Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 26
Dark and Clear


Notas iniciais do capítulo

Oe, pessoas lindas!
Mais um capítulo da nossa novelinha! rsrs
GENTE, 156 ACOMPANHAMENTOS?? Como posso retribuir a atenção e o carinho de tanta gente?
(Todos gritam: PAGA UM INGRESSO DO WIZARDING WORLD OF HARRY POTTER!)
(Eu: não sou neta do Silvio Santos).
Mas, se pudesse, daria sim... para todo mundo! *u*
Obrigado á todos!
Boa leitura!



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HERMIONE

Eu me sentia como se estivesse dentro de uma bacia grande e escura, virada de cabeça pra baixo.

Tudo que eu lembrava, antes disso, era de ter visto a Pandora gritar, enquanto o moço que me dera o Bichento vinha pra cima da gente.

A Pandora não estava mais me apertando, nem com a faquinha encostada em mim, então eu sabia que ela não ia mais me machucar. E o Rony e o Draco tinham mesmo vindo me buscar... sabia que estava segura.

Mas ver o homem mirando um cano enorme na cabeça da Pandora me deixou com medo. Então eu tinha ficado na frente dela, levantando meus braços pra tentar impedir o cano de bater na Pandora.

Depois disso, só lembro que tudo ficou doendo. Doendo muito.

Eu queria chorar, mas não conseguia. Nem conseguia descobrir onde estavam meus olhinhos dentro de todo aquele preto.

Parecia que eu estava dormindo, mas estava acordada.

Quanto tempo já fazia que eu estava no escurinho?

Quis chamar Rony, mas minha garganta também não se mexeu.

Mesmo assim, eu ainda conseguia ouvir umas vozes ao meu redor.

– O que aconteceu? – era uma voz de mulher, que eu não conhecia. Parecia nervosa.

– O irmão dela... acho que pensou que Pandora ainda ia nos ameaçar, e tentou acertá-la... Hermione entrou no meio e...

Era a voz de Rony. Ele estava chorando.

– E então? – ouvi a voz de Draco, ansiosa.

– Perfuração do abdome – a mulher respondeu – não atingiu nenhum órgão vital, mas ela sangrou bastante.

– Aparatamos com ela assim que pudemos – Drago falou – Stuart entrou num colapso nervoso depois que... puxou o cano de volta. Está arrasado também.

Ouvi Draco engolir em seco.

– Por que ela tinha que se meter?

– Por que ela é a Hermione – Rony guinchou – ela não pensa nem um minutinho sequer nela mesma. E agora você sabe o quanto é frustrante.

– Trouxeram os dois para cá? – a mulher perguntou.

– Sim – outra voz apareceu. Oliviene! – assim que os três saíram, os aurores entraram para escoltá-los. Stuart desmaiou... está em estado de choque na recepção da Danos Causados Por Feitiços. Pandora... – ouvi Oliviene arfar – bom... está internada provisoriamente na Divisão de Acidentes com Artefatos... acabou se acidentando quando fugiu dos aurores... em alguns dias, vai ser internada na Ala Psiquiátrica... á não ser que queiram apresentar queixas para prendê-la.

Ah, não... iam prender a Pandora? Não, ela não podia ir presa! Ela não tinha culpa de não estar bem!

– Só se for de outras pessoas – Rony disse, sério – eu não vou prestar queixa contra ela. Ainda mais depois disso. Pandora não precisa ficar mais psicótica do que já está com toda a merda que aconteceu nos últimos anos.

Sorri em meio ao escuro. Eu sabia que Rony ia defender a Pandora.

Porém, tudo ficou silencioso outra vez do nada.

Alguém tempo depois, as vozes voltaram.

– Sua mãe e sua irmã estavam lá? – uma voz nova, de homem, apareceu.

– Estavam... – era a voz de Draco – não estavam feridas nem nada, se é o que você quer saber.

– Já estão em casa... elas queriam ficar aqui, mas pedi que esperassem lá depois de receberem alta... não precisam ficar mais estressadas com tudo isso.

De novo, tudo ficou quieto.

E, logo em seguida, começaram de novo.

– Por favor... eu preciso vê-la.

Reconheci, assustada, a voz do moço que estava com o cano.

A escuridão começou a desaparecer. No lugar dela, uma luz forte apareceu. Pisquei, incomodada.

Finalmente, podia sentir minhas mãozinhas e meu corpinho de novo.

E estava sentindo uma dorzinha chata na barriga, como se tivessem apertado ela com uma corda.

Vi Rony e Draco se virarem para mim, surpresos.

– Hermione – Rony me olhou, parecendo querer sorrir, mas não conseguindo.

Levantei um pouco. Olhei para baixo, reconhecendo onde eu estava. Parecia um quartinho de hospital.

Minha barriguinha doeu de novo. Ai, que chato.

Entre Rony e Draco, estava o moço do galpão.

Rony parecia congelado, enquanto olhava o moço chegar perto de mim. Parecia querer pegar a cadeira vazia ao lado dele e tacar na cabeça do homem.

Mas o homem não parecia nem se importar. Por que ajoelhou do lado da minha cama e me olhou, triste. Pegou minha mão, fazendo carinho nela.

Vi os olhos delem ficarem molhados.

– Me desculpe, querida. Desculpe-me por tudo. Eu... eu...

Ele baixou a cabeça. Estava na cara que não conseguia falar.

E, pra mim, nem precisava.

Mesmo assim, ele pareceu muito surpreso quando eu abracei.

– Ta tudo bem, moço.

Ele deu umas palmadinhas nas minhas costas, afagando minha cabeça.

Ele se levantou, me soltando e virando para Rony.

– Eu acho que nunca vamos poder consertar o que fizemos... mesmo assim – ele baixou a cabeça – espero que nos perdoem. Nós... – ele engasgou de novo.

– Não precisa dizer - Rony também se ergueu – sabemos o que passaram. Eu provavelmente teria feito alguma loucura parecida, se não tivesse fincado a cabeça no lugar.

– Sim... sim – o moço assentiu – estou disposto a tentar retribuir o que quer que seja... vocês podiam muito bem nos condenar.

– Não, não podíamos – Draco girou os olhos para cima - que saco, vocês nem sabiam o que estavam fazendo!

Fiquei brava. Todo mundo falando um monte de bobagem, enquanto o pobre homem estava sofrendo. E com a irmã no hospital!

– Parem com isso! – falei, brava.

Todos pararam, olhando para mim com os olhos arregalados.

– Deixa eu ver se eu tendi. A Pandora e ele levaram eu, a Gina e a Molly embora por que acharam que a gente tinha feito alguma coisa de errado. Certo? Mas aí eles viram que não tinha feito nada, certo? E aí ele bateu o cano em mim sem querer, mas agora eu to bem, né? Então se tá todo mundo bem, por que essa confusão toda? Que bagunça!

O queixo do Rony caiu, o que foi engraçado.

Draco, ao contrário, levantou a sobrancelha, parecendo segurar uma risada.

– Eu não ia falar nada, mas a pestinha tem razão – Draco finalmente sorriu, dando um soquinho de brincadeira na minha testa. Eu ri, desviando dele.

– Acho que ela falou por todos nós – Rony voltou a se virar pro moço – Stuart, acho que encerramos aqui. É melhor para todos nós que sua consciência fique limpa. Não julgamos vocês por isso.

O moço – ah, o nome era Stuart – balançou a cabeça, suspirando.

– Vou manter Pandora aqui até que esteja curada. Ela não vai mais causar mal á ninguém. Eu prometo.

– Sei que não... ela vai ficar bem – Rony pôs a mão no ombro dele – agora volte para seu quarto. Ainda precisa descansar depois de tudo. Você é tão vítima quanto todos aqui.

Stuart deu uma ultima olhadinha para mim antes de sair do quarto, sem dizer mais nada.

Draco esperou a porta fechar para se voltar pra mim.

– E você, hein, nanica? Matou nós dois de susto!

– Matou? – Rony o encarou, parecendo querer rir de surpresa.

Dei uma risadinha quando vi Draco ficar um pouco vermelho.

– Qual é... vi uma criança ser empalada na minha frente... não fiquei nem um pouco calmo, ué...

– Eu também fiquei preocupada com você, Draco – ri, balançando a cabeça.

Ele me olhou, revirando os olhos de novo.

– Que seja, baixinha.

Rony parou de olhar par Draco e veio até mim, me dando um abraço gostoso.

– Sim... você matou nós dois de susto, garota.

Apertei o abraço que dei nele, dando um beijinho na sua testa.

– Tô bem agora.

– E é melhor que continue assim – ele me olhou, mais sério – ainda devia te deixar de castigo no cantinho depois de fazer aquilo. Podia ter se machucado muito mais.

– Era eu ou a Pandora – franzi a testa, bufando e dando de ombros – eu não queria que ela se machucasse.

Rony me olhou, parecendo cansado, mas sorriu, afagando meu cabelo.

– Sei que não – ele se levantou – bom, vamos deixar você descansar mais um pouquinho... logo, logo, você vai sair do hospital.

– Ah, não! – pulei na cama, sentindo minha barriguinha doer de novo – fica aqui, Rony!

Draco olhou para nós dois. Parecia intrigado e... triste?

Rony o olhou.

– Acho que vou ficar com ela, então. Pode falar para Oliviene avisar minha família?

– Posso – Draco veio até a cama, beliscando minha orelha e me fazendo dar uma risadinha – fique de olho nela. Vou falar com os aurores.

Draco saiu do quarto, mas, antes que a porta fechasse, outra pessoa entrou. Parecia uma enfermeira.

– Bom dia, querida – ela sorriu para mim. Parecia boazinha – Sr. Weasley, vou administrar um pouco mais da Poção do Sono agora. Se quiser sair...

– Vou ficar com ela – ele apertou minha mão, me olhando de lado.

– Muito bem – ela chegou perto de um tubinho que tinha do lado da minha cama, com uma daquelas coisas que usavam pra dar injeção, e enfiou a agulha num buraquinho dele – você vai ficar com sono agora, está bem? Vai dormir mais um pouquinho...

– Mas eu não quero dormir! – falei, tarde demais, enquanto ela empurrava o que tinha dentro da injeção pra dentro do tubinho.

– Você precisa... tem que descansar mais um pouquinho – Rony encostou a cabeça em cima de mim para beijar minha testinha – nãos e preocupe com mais nada... você está segura agora, ta?

Enquanto a enfermeira ia embora, senti uma moleza na cabeça. Tentei focalizar Rony, mas estava ficando tudo embaçado. Meus olhos estavam pesados feito bolinhas de gude.

– Eu não quero dormir... – resmunguei.

– Ta tudo bem agora – senti Rony afagar minha mãozinha, mas também o ouvi soluçar baixinho.

Tentei ver se ele estava triste ou chateado, mas tudo voltou a ficar escuro.

Mas, desta vez, era um escuro bom.

Do tipo que aparece antes da gente acordar se sentindo muito melhor.

Não tinha por que eu ficar preocupada.

Rony tinha razão.

Enquanto eu estivesse com ele, nada mais importava.


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Notas finais do capítulo

Então, gente? Conseguiram ficar mais calmos? Tudo bem? (faz carinho na cabeça dos leitores) amigo, amigo...
Comentários?
KIssus e até o próximo!
P.S. Sim, tá acabando. Ahhhhh rsrs



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