Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 25
Rescue - Part 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Mais um capítulo para nossa querida fic! *u* kkkk
P.S. favor não ter raiva da autora ao fim do capítulo. TÁ?
Boa leitura!



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DRACO

Senti meu coração querendo fazer uma escalada forçada para fora de minha garganta.

Granger chorava baixinho, sem nem ousar se mexer, nos encarando com os olhinhos arregalados de pavor.

Eu e Weasley paralisamos, atônitos, quando Pandora fez menção de segurar Hermione ainda mais forte.

Engoli em seco com a pequena adaga prateada que Pandora sustentava contra o pescocinho da garotinha. Lembrava-me demais de algo parecidíssimo, igualmente aterrador, há tempo atrás, com Granger ainda adulta.

Só que, desta vez, não era uma tia minha... uma Comensal.

Para meu choque, tudo que eu via ali era uma outra criança, que não fazia a menor idéia do que estava fazendo.

Rony parecia pensar no mesmo que eu, pois me olhou de esguelha, se movimentando cautelosamente, assentindo levemente como se para me lembrar do que havíamos combinado.

– Pandora? – ouvi Weasley murmurar, cuidadoso.

Vi a jovem que agarrava Granger esboçar um sorriso doentio, quase ingênuo.

– Puxa... não achei que saberiam meu nome – ela riu.. uma risada absurdamente destituída de humor e, ao mesmo tempo, quase infantil – não achei que fosse se interessar pela família dela.

Pandora recuou um pouco, fazendo Hermione capengar e se agarrar ao braço que a segurava, tentando manter a cabeça longe da lâmina que havia na mão de sua captora.

– Mas por que se interessaria, não é, Rony? Ela era bem mais interessante para você do que nós.

– Pandora... – Weasley baixou a voz, súplice.

– E Lilá sempre te achou interessante... – Pandora arfou, os olhos adquirindo um brilho demente – ela te adorava. Falava de você o tempo todo durante as férias. Dizia o quanto você era brilhante... incrível.

– Eu sei... – Rony gaguejou, quase me fazendo gritar para que calasse a boca. Ele não tinha percebido ainda aonde essa conversa terminaria?

Porém, eu mesmo não me atrevia á abrir a boca. Não conseguia tirar os olhos do olhar desesperado da pequena Hermione.

– Claro que sabe. Lilá te dizia o tempo todo, não era? – Pandora voltou a se aproximar. Hermione guinchou, ficando na ponta dos pés, se afastando outra vez da faca – mesmo quando você fez a burrice de se envenenar... mesmo depois de você ter dito o nome dela enquanto dormia... mesmo quando você a trocou por uma garota qualquer...

– Por favor, Pandora... – ele me olhou, angustiado.

– Mesmo depois de tudo ter acabado para você... não, nunca acabou para ela. Lilá nunca deixou de acreditar que você era importante. Que você merecia ter tudo. Merecia uma vida. Fosse lá com quem fosse.

Baixei a cabeça, desconfortável, quando as lágrimas começaram a descer pelo rosto pálido de Pandora.

– Eu realmente sinto muito, Pandora – a voz de Rony estava quase embargada. Se era por estar realmente aflito por Pandora, ou pela ansiedade voraz de impedi-la de ferir Hermione, eu não sabia.

– Sente? – a voz dela subiu uma oitava – sentiu alguma coisa quando a deixou sozinha junto com a Armada? Ou quando voltou a vê-la ao voltar para a escola? Você sequer se incomodou em saber onde ela estava na batalha?

– Eu queria poder ter ajudado, Pandora. Eu juro. Nunca quis que ninguém se machucasse.

– Mas ela mais do que se machucou, Rony... – apertei a varinha quando Pandora estremeceu, o ódio quase insano varrendo seus olhos – ela mais do que se machucou naquela noite quando se jogou na frente daquele lobisomem para impedir que VOCÊ MORRESSE. Ela esta morta. A MINHA IRMÃ ESTÁ MORTA! ELA MORREU POR VOCÊ, RONY!

Mesmo para mim, o que Pandora estava fazendo, consciente ou não, estava mais do que atingindo Weasley.

Eu podia ver, em seu olhar perturbado, que as facadas que Pandora lhe atirara haviam acertado em cheio em seu peito.

Quando ele voltou a falar, sua voz estava mortalmente calma.

– Meu irmão também morreu, Pandora.

Pude ver, surpreso, pelo assombro de Pandora, que aquilo não parecia ser de seu conhecimento.

– O quê?

– Meu irmão também morreu... na mesma batalha que sua irmã – virei-me para Rony, atônito, vendo-o estremecer, mas ainda representando lucidez – você não foi a única que sofreu. Eu realmente sinto muito por tudo que aconteceu. Por Lilá. Por não ter podido salva-la. Sinto até mesmo por não ter sido o cara que ela sempre esperou que eu fosse. Mas se a intenção é garantir meu sofrimento, acho que você chegou um tanto tarde. Poderia simplesmente ter sido a assassina do meu irmão... o que acha?

Apesar de não haver sarcasmo na voz de Weasley, percebi que ele literalmente acabara de jogar uma devolutiva de choque para Pandora.

Pandora parecia horrorizada, aparentando estar levemente desarmada com o que Rony dissera.

– Matar..? – ela murmurou, com a expressão vidrada – o seu irmão... ele...?

Pandora estava perplexa. Mesmo para alguém com a cabeça completamente fora do lugar, aquilo que Weasley falara devia ter sido um balde de gelo na psicose da garota.

– Nunca mataria ninguém – Pandora guinchou, com o olhar perdido.

– Então por que segura essa faca? Acha que matar uma criança vai fazê-la se sentir melhor?

Pandora baixou a cabeça em direção á Granger, que ainda tremia em seus braços.

Parecia estar vendo pela primeira vez o punhal em suas mãos.

E também parecia estar finalmente se dando conta de que estava ameaçando a vida de uma pequena garotinha.

– Eu não... – Pandora balbuciou, parecendo atordoada – não conseguiria matar ninguém. Não... não quero. Não quero – ela balançou a cabeça distraidamente, os olhos arregalados de modo anormal.

– Então qual é seu objetivo? – finalmente me desengasguei, tentando aproveitar a enorme brecha que Weasley abrira na resistência de Pandora – o que vai fazer afora?

Baixei os olhos em direção á Granger, que me encarava fixamente, de modo sugestivo, toda a expressão apavorada esvaída de seu rosto. Parecia entender o que estávamos fazendo com Pandora.

E por que não entenderia? Aquela pequena criaturinha era fantástica... sempre fora.

Para nosso completo aturdimento, vi Pandora soltar a faca de sua mão. O objeto caiu com um estrépido no chão.

– Está tudo bem, Pandora – Rony disse, tranquilizador – ninguém vai te julgar. Você pode tomar a decisão certa. Podemos terminar isso sem mais nenhum problema. Vamos poder te ajudar.

Pandora olhou para Rony, de forma quase hipnotizada.

Vi ela ainda hesitando levemente em soltar os dedos do ombro de Hermione. Mas eu finalmente tinha a impressão que ela não ofereceria mais perigo algum.

Porém, o som agitado que surgiu detrás de Pandora me desviou completamente a atenção.

Só tive tempo de assistir, horrorizado, alguém surgir por trás delas e, como um raio, saltar na direção de Pandora.

– Não! – ouvi a garota exclamar.

Hermione se voltou para o agressor, se interpondo de supetão entre ele e Pandora.

E, enquanto meu estômago caía em algum lugar do abismo, vi o próprio agressor esboçar uma expressão de absoluto terror quando o cano afiado que brandira contra Pandora se enterrou no pequenino corpo de Hermione.


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Notas finais do capítulo

Então? Mais alguém querendo morrer ou matar? rsrs
Beijinhos e até o próximo!



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