Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 24
Rescue - Part 1


Notas iniciais do capítulo

Hello, povos! Sentiram minha falta? (Firebolt leva chinelada na bunda, seguido de gritos de "ONDE VOCÊ SE METEU, SUA VAGABUNDA?")
Desculpem o sumiço. Estou nos últimos dias de curso de Pedagogia (semana que vem é prova, na outra TCC, e nas outras, exames... arg!), então o tempo foi corrido. PERO ESTOY AQUI, QUERENDO TER... (le eu Shakira)
Gente, CENTO E TRINTA FAVORITOS?? É muita gente fofa numa fic só! *u* obrigada, seus lindos e lindas!
Bom, mais um capítulo para acabar com os nervos da galera! rsrs
Boa leitura!



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RONY

Eu comunicara todos de minha família, além de Harry, sobre as buscas que já havíamos iniciado.

O Ministério ainda manteve todos sob vigilância, impedindo até mesmo o meu melhor amigo de entrar para a equipe de procura. Não queríamos mais pessoas preocupadas ou curiosas com o que estávamos fazendo, e Harry Potter, obviamente, não era exatamente sinônimo de situações agradáveis.

Ele ficou extremamente chateado, dada sua carta - enviada por uma coruja parda enquanto estávamos ao norte de Londres – mas se conformou quando prometi á ele que encontraria Hermione e que já tínhamos idéia de onde estaria ela, mamãe e Gina.

Aquilo tomou dimensões absurdas: enquanto equipes inteiras de aurores mantinham os olhos no Ministério da Magia – e em eventuais novos suspeitos – apenas eu, Oliviene, Draco e um dos aurores que nos alcançara horas atrás encabeçavam a equipe de resgate.

Mas eu entendia o que Kingsley estava fazendo. Tornando tudo o mais sigiloso possível para que não fizessem perguntas. Afinal, quase ninguém, além de alguns funcionários, minha família, Harry e alguns amigos sabiam da situação de Hermione. O que é que diriam sobre a própria segurança do Ministério da Magia, se soubessem que ela fora seqüestrada? Como confiariam em nós outra vez se descobrissem tudo?

Assim que identifiquei Pandora, Oliviene procurou, no arquivo do Ministério, todos os locais, endereços e imóveis que tivessem alguma reação com os Brown. Íamos revistar cada um, procurando um provável cativeiro e fazendo perguntas a quem estivesse lá.

Até agora, não havíamos tido sucesso.

– O antigo apartamento da avó trouxa não tinha ninguém – Draco riscava, na lista, cada lugar que já havíamos visitado – nem na casa onde Lilá e Pandora moravam antes dela morrer. A fazenda está abandonada e os tios que criaram os três estão confusos, provavelmente por um feitiço da Memória que eles jogaram – ele me olhou, bufando – só sobrou o armazém de poções da bisavó das pestes e um galpão de materiais mágicos disfarçados como mercadorias trouxas. Aonde procuramos agora?

Olhei para Oliviene, sentindo meu coração apertar no peito. Já fazia mais de um dia que Hermione fora seqüestrada. Devia estar faminta... apavorada. Talvez até ferida.

E tudo por culpa minha. Outra vez.

Oliviene, como a excelente amiga que era, apertou meu pulso.

– Pare de se culpar, Rony. Nós vamos achá-las. Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Assenti, ainda desanimado. Minha pobre menina...

– Talvez devêssemos ir ao depósito primeiro.

Olhei para Draco, estranhando sua dianteira. Enquanto eu me lamuriava, deprimido, ele parecia estranhamente ansioso, como se simplesmente quisesse encontrar Hermione tanto quanto eu.

O nó em minha garganta tentava decidir se sumia ou se ficava ainda mais apertado. Eu via, chocado, a tensão de uma pessoa que se preocupava genuinamente com a criança que estava desaparecida, atrás de linhas inimigas.

Eu não sabia se Draco Malfoy, o sonserino arrogante, desprezador de nascidos trouxas, realmente estava ali. Nem sabia se o ódio que sempre tivemos um contra o outro ainda imperava. O máximo que eu poderia afirmar era um desdém quase sem antagonismo. Talvez por que estávamos juntos pelo mesmo objetivo...

Mas uma coisa eu sabia. Ele não odiava mais Hermione.

Pelo menos, não agora.

Concordei, encarando Oliviene, que fez sinal para que aparatássemos até Covent Garden.

Suspirei antes de ser engolido pela aparatação.

Que os céus nos ajudassem...

_____________________________O_________________________

O edifício do suposto galpão era tão surrado e maltratado que se ocultava sem problemas na paisagem cinzenta.

As janelas estavam vedadas, mas podia-se ver, sem problemas, uma lamparina acesa entre as frestas das madeiras pregadas no batente, embora ainda fosse dia.

Meu estômago se agitou. Alguém devia estar lá.

Oliviene se adiantou, mas segurei seu braço.

– É melhor eu entrar primeiro – ao ver sua expressão se vincar, expliquei – se ela estiver aí... Pandora pode estar completamente desequilibrada, Oliviene. Muitas pessoas vão assustá-la. Ela pode ter uma reação ruim... pode ameaçar Hermione. Melhor eu tentar só conversar primeiro... tentar persuadi-la, não sei...

– Não vamos poder garantir sua segurança daqui de fora, Weasley – ela falou, mas não de modo petulante. Parecia tão desolada quanto eu.

– Eu peço reforço se houver problemas – acrescentei, ansioso.

– Vou entrar com você, então – Malfoy disse, revirando os olhos quando ergui a sobrancelha – qual é... se houver problemas, vou poder sair correndo para fora, para chamar os dois aqui. A secretariazinha tem razão... você pode precisar de ajuda.

O auror nos olhou, bufando.

– O que acha, Olviene?

Ela piscou, tensa.

– Faz sentido. Tudo bem... – Oliviene voltou a me olhar – mas não deixem de nos chamar se houver problemas. Você sabe o estrago que uma pessoa mentalmente doente pode fazer.

– Sim – apertei a mão que ela me ofereceu – obrigado, Oliviene.

Draco e eu nos adiantamos, ainda olhando para nossos dois companheiros de resgate, enquanto virávamos a maçaneta da porta do galpão.

– Está aberta – sussurrou Draco, surpreso.

Arfei. Não haviam nem trançado o galpão?

Abrimos a porta silenciosamente, entrando sem barulho dentro do imóvel.

Havia dezenas de caixas empilhadas por um longo corredor, iluminadas fracamente pela lamparina que eu vislumbrara do lado de fora.

– Aonde será que estão todos? – ouvi Draco murmurar consigo mesmo, olhando tensamente ao redor.

Enquanto andávamos lentamente, com as varinhas em riste, pelas várias colunas de caixas do corredor, dois pensamentos aterrorizantes me dominaram inesperadamente.

Primeiro: eu tinha quase absoluta certeza que estávamos no lugar certo.

E segundo: sim, realmente estávamos no lugar certo. Onde Pandora queria que estivéssemos.

Ela nos queria ali. Queria que a encontrássemos.

E sentia vontade de vomitar só de imaginar por que Pandora nos esperaria.

Foi quando nós viramos a última pilha de caixas que finalmente a focalizei.

Estremeci, sentindo o chão desaparecer sob meus pés.

Era absurdamente parecia com a irmã. Apenas alguns anos mais nova.

Mas o olhar paranóico e doente que me encarava nunca havia sido visto no rosto de Lilá Brown.

Era a expressão de uma pessoa enlouquecida em todos os sentidos.

Mas não foi isso que fez meus pés paralisarem, minha mão cair ao lado do corpo e minha respiração falhar.

Foi ver, envolta em seus braços, a garotinha apavorada, que estremecia, sem poder se mexer, a cabecinha erguida para evitar a adaga de prata que lhe apoiava o pescoço.

– Rony! Draco! - guinchou Hermione.

Foi o suficiente para destruir cada nervo de meu coração.

– Finalmente – ouvi a voz de Pandora, cínica, completamente destituída de consciência, como uma criancinha ao mesmo tempo inocente e pérfida – achei que nunca viriam para brincar com a gente.


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Notas finais do capítulo

Comentários? Mais chineladas? Choro coletivo? kkk
Beijinhos e até o próximo!



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