Dois Quartos de Vinho escrita por Ninguém
Notas iniciais do capítulo
Olá, querido leitor. Seja bem vindo! Puxe uma cadeira ou deite no sofá, tome um chá ou coma uma pipoca. Enfim, sinta-se a vontade e tenha uma ótima leitura.
Lia estava sentada tomando café, a sua frente, em cima da mesa, estava sua agenda de autógrafos aberta na ultima página usada, achou melhor conferir se ele realmente tinha assinado. Nela continha uma assinatura e logo abaixo, um recado e um número.
"Espero poder te fazer faltar mais vezes"
— PUTA QUE PARIU ESSE É O NÚMERO DELE?
— Nada de gritos antes das 8h00 da manhã.- Lia levou um susto, fechou a agenda em um pulo e olhou para a amiga. - Opa espera ai, o que tem na agenda que eu não posso ver? E com quem você saiu ontem que não me contou nada e só voltou de madrugada?
— É... hã... eu posso explicar.
— Ótimo, estou esperando. - Respondeu cruzando os braços.
— Na verdade eu não posso explicar e você vai ter que confiar em mim.
— Como não?
— Lembra de quando conheceu o Gibi? - Aline balançou a cabeça em sinal de que se lembrava. - Então, vocês ficaram saindo juntos por três meses e você não me contou. TRÊS MESES! Eu fiquei brava, mas agora entendo, porque no final deu tudo certo e estão juntos até hoje.
Mesmo não gostando, Aline teve que concordar com ela.
— Só me diga que ele é incrível.
— Ah ele é, pode ter certeza.
Ao sair do banho, ela pegou de novo a agenda, mas dessa vez anotou o número e mandou uma mensagem:
Aposto que eu e mais 500 temos esse número.
Naquele dia ela não foi à Tropeços, passou a tarde na casa de Vitor, contou tudo sobre o encontro, mas não disse com quem foi.
— Desculpa por não contar é que tá tudo tão no começo, não vou ficar contando vitória antes do tempo.
— Na hora certa você me conta e outra, eu adoro um mistério. - Ele respondeu com um sorriso malicioso. - Mas então ele não te beijou?
— Não. Você nem imagina o meu desespero, ele ficou lá olhando nos meus olhos, a centímetros do meu rosto, sem me soltar e eu não tinha ideia do que fazer.
— Deve ter ficado com cara de adolescente, mas por que VOCÊ não beijou ele? - Ele deu ênfase no "você".
— Claro que não, né Vi?! Pensa comigo, ele deve ser desse tipo que está acostumado a ter todas que quiser, se eu for assim tão fácil perde a graça.
Ele ia respondeu, mas o toque do celular ela o interrompeu.
— É ele né? - Lia apenas balançou a cabeça.
"Elidio: Já acordo com calunias. Bom dia pra você também."
O que achou de ontem?"
"Você: De que parte de ontem?''
"Elidio: Da noite."
"Você: Ah achei abafada, o que é normal no verão, mas as estrelas estavam lindas."
"Elidio: Hahaha engraçadinha, você entendeu a minha pergunta."
"Você: Acho que só um encontro não é suficiente para eu poder formar uma opinião."
"Elidio: Não seja por isso, tá livre amanhã?"
"Você: Faculdade, lembra? O que acha de segunda?"
"Elidio: Marcado! Te busco no mesmo horário.
Deitada na cama do amigo ela pensava na noite anterior. Nem por um segundo sequer seus batimentos desaceleraram, ela tremeu durante todo o jantar, mal conseguia olhar diretamente nos olhos dele, que a olhava de um jeito desconcertante, intimidador. "E o que foi aquilo na escada? Como ele pode mexer tanto comigo?".
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até o próximo capitulo,
Abraços.