Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 40
Sinto falta de seu sorriso


Notas iniciais do capítulo

Oi! Já que eu sou uma pessoa muito boa está aqui mais um capítulo =] Q*etambémpqestoufelizqueospontinhosdepopularidadevoltaram*
Estava sem tempo de revisar, então se tiverem erros de português me avisem!
Boa Leitura!!!



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            Acordei com a droga do despertador. Tinha trocado a música. Agora era “I don’t Love you” do My Chemical Romance. Quem sabe Joanne estive certa esse tempo todo, e eu sou realmente emo. Quero dizer, essa música é depressiva demais até para mim. Tenho que me lembrar de trocá-la. Me levante sem a mínima vontade. Não que estivesse cansado, tinha acordado ao meio dia nos últimos quatro dias. Mentira, pois acordei ontem as onze e meia. Bem, esse negócio de suspensão até que não foi de todo mal.

            Claro que eu não estava com a mínima vontade de levar mais uma. Meu pai podia não estar falando sério da última vez, mas não estava a fim de saber o que ele faria se eu levasse outra suspensão...

            Tomei um banho para ver se acordava um pouco. Acho que este é o melhor jeito de ficar bem ligado, principalmente por ser fim de julho, uma das épocas mais frias do ano. Claro, que isso também significava que as férias não tardariam a chegar. Coloquei minha habituais calças jeans de um azul escuro, uma malha cinza e um casaco preto. Sequei meu cabelo com uma toalha. Ele estava ficando longo demais, precisava cortá-lo...

            Como em todas as quintas-feiras meu pai não estava em casa. Tomei apenas uma xícara de café e logo desci para a garagem. Elizabeth ainda não estava lá, muito menos Anne.

            Nesses quatro dias nada mudou entre nós. Ela simplesmente não falou comigo, como se eu não existisse. Segui o conselho de Elizabeth e não tentei me reaproximar dela novamente. Me pergunto quanto tempo isso demorará. É estranho, mas sinto falta do seu sorriso.

            Vi a porta do elevador abrir. Beth, seu pai e Joanne vinham em minha direção. Joanne usava um casaco azul e uma calça jeans clara, seus cabelos lhe caiam pelos ombros e ela usava uma faixa preta para que eles não caíssem nos seus olhos, não pude deixar de notar que hoje estes estavam mais para o azul do que para o verde.

            Elizabeth e ela pareciam estar em uma conversa animada, pois nenhuma delas pareceu me ver. Já tinha me acostumado com o laranja de seus cabelos. E até achei legal, depois que o susto inicial passou.

            -Oi.

            Falei assim que eles estavam perto o suficiente para me ouvirem. Anne pareceu realmente surpresa ao ouvir minha voz. Em um movimento rápido ela virou a cabeça na minha direção. Como um ima nossos olhos se encontraram. Antes de qualquer coisa vi neles uma tristeza que me partiu o coração. Queria pode dizer que ela sorriu, que já não estava mais brava comigo e que agora aceitaria minhas desculpas. Mas seus olhos se tornaram frios e de repente foi como se uma parede de gelo caísse entre nós, a deixando fora do meu alcance.

            -Nossa Lucas, você me assustou!

            Elizabeth disse, fazendo-me lembrar que não estava sozinho com Joanne.

            -Desculpe, não foi minha intenção.

            Falei, tentando não demonstrar no meu tom de voz o que sentia. Ao irmos para o carro eu e Joanne sentamos cada um em um canto. Não quis forçar a barra, essa foi uma das viagens mais longas que fiz. O silêncio que estava no carro era um pouco tenso, podia ouvir a respiração de nós quatro. Beth tentou manter uma conversa, mas era basicamente um monólogo e ela logo desistiu dele.

            Tinha pensado em varias formar de falar com Anne. Tinha imaginado tantos jeitos de lhe dizer o que estava acontecendo. Mas assim que saímos do carro ela pareceu simplesmente desaparecer. Gostaria de saber para onde ela foi, mas para ser sincero não tenho nem idéia. Fui até meu armário, pegar alguns livros e deixar as outras coisas ali mesmo.

            Estava indo para a aula de português quando ouvi alguém me chamar. Me virei e vi Bruno vindo pelo correndo.

            -Oi.

            Falei sem muito entusiasmo, mas tentando não demonstrar.

            -Oi Lucas. Cara, nem sabe, estou total ferrado! Sabe depois daquela suspensão meu pai disse que estou de castigo até o fim do ano. Eu vou matar aquele diretor. O que seu pai fez?

            -Disse que da próxima vez eu vou para Inglaterra.

            Bruno fez uma expressão como se acabasse de ouvir que meu pai tinha dito que iria começar a  me torturar.

            -O que? Tipo, e eu achando que tava mal. Mas tipo, largar tudo e ir morar com tua mãe? Será que nossos pais não entendem que nós temos vidas?

            -Tenho minhas dúvidas.

            Entramos na sala e nos sentamos na última fileira, perto da janela.

            -Aff, e para piorar ainda tem o boletim. Tipo, o meu virá tão vermelho que vai parecer manchado de sangue.

            Comecei a rir, mas duvido que o meu virá muito diferente.

            -Calma Bruno, ainda devemos ter um mês né?

            Falei tentando ser positivo.

            -O pior mês da minha vida, esse negocio de ter prova. Tipo, os professores acham que a gente não tem nada para fazer? Que ficaremos dia e noite estudando?

            Possivelmente as pessoas da minha turma, e de todos os primeiros anos, não deviam ter realmente algo mais a fazer além de estudar. Mas não quis dizer isso a Bruno, pois ele estava certo, estas provas trimestrais seriam uma verdadeira tragédia.

            O sinal não demorou a tocar e logo a sala estava lotada. Joanne e Luciana estavam sentadas na segunda fileira, atrás delas estavam Janaina e Marina. Na terceira fileira do outro lado da sala, o mesmo que eu e Bruno estávamos, estavam sentadas Camila e Ana Clara. Julio estava com Elizabeth na minha frente. Kevin era da outra turma.

A professora Marcela de português chegou. Seus óculos fundo de garrafa deixavam seus olhos castanhos maiores ainda, seu cabelo preto com fios brancos presos em um rabo estranho e uma leg roxa com um casaco vermelho faziam dela umas das pessoas mais estranhas que eu já vi.

-Silêncio.

Ela gritou. E logo estavam todos em silêncio absoluto, pois por mais estranha que a prof. Marcela fosse todos os alunos tinham por ela um medo e um respeito de dar a inveja a qualquer outro.

-Esse trimestre, em vez de prova de recuperação os primeiros anos terão um novo tipo de evento. Quero que fique bem claro que ninguém será obrigado a fazer, mas que nenhuma prova ou trabalho de recuperação será aceito em conselho.

Traduzindo, todo mundo será forçado a fazer isso a não ser quem quiser se ferrar!

-Cada um terá que fazer no auditório algum tipo de apresentação artística.

Mesmo sendo a professora Marcela, logo a sala estava um tumulto com todos falando ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

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