Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 39
Do rosa ao laranja


Notas iniciais do capítulo

Como sou muito boa, postarei hoje o próximo capítulo!
Amei as teorias de vocês: que era a Samantha, a Camila, a Joanne, a mãe do Luke, a Julia e até o ex da Sam vocês colocaraam no meio.
Pior é que ninguém disse quem realmente era... shushushsuhs
Vocês já achando que era o maior drama, acho que as decepcionarei!
Bem, sem mais delongas, o capítulo!



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Elizabeth estava na porta. Eu ainda estava surpreso demais para falar.
    -Beth, entre.
    Meu pai disse, ele parecia tão surpreso quanto eu. Ao ver nosso estado Elizabeth abriu ainda mais seu sorriso. Assim que meu pai deu espaço ela entrou, saltitando e se sentou no sofá.
    -Oi Luke. Parece que você viu um fantasma...   
    Demorei alguns segundos para conseguir formar uma frase coerente.
    -Beth... o que você fez com seu cabelo?
    Ela passou os dedos pelos cabelos, não pude deixar de notar que suas unhas estavam vermelhas tomates.
    -Que foi? Não gostou? Passei a tarde inteira no cabeleireiro...
    Elizabeth não tinha apenas pintado o cabelo de laranja. Ela tinha o repicado todo e deixado umas mechas loiras. Não é que ficou feio, é só que... eu não estava esperando isso.
    -Mas seus pai deixaram?
    Meu pai se intrometeu.  Elizabeth sorriu.
    -Minha mãe foi junto comigo para o cabeleireiro. Ela tinha que retocar o vermelho dela. Até dizemos para o pai ir junto, para pintar o cabelo e sumir com aqueles cabelos brancos. Tipo, ele disse que era coisa de mulher.... Mas quem deu a idéia de deixar umas mechas amarelas foi minha mãe, eu iria pintar tudo de laranja.
    -Mas eles não fizeram nada? Tipo, por você ter levado uma advertência?
    Perguntei, perplexo ainda com as palavras dela e pelo tom de seu cabelo.
    -Para ser sincera, meu pai disse algo como: Elizabeth, você sabe ler! Mas acho que ele estava sendo irônico.
    Me senti obrigado a rir. O jeito como ela imitou seu pai foi hilário.
-Lucas e Beth, tenho que preencher uns papéis do hospital.
    Dizendo isso meu pai saiu da sala, e foi para seu escritório.
    -Mas e você e Joanne? Está tudo bem?
    Ela me perguntou assim que a porta de meu pai bateu.
    -Nem fala, acho que ela quer me ver, na melhor das hipóteses, morto!
    Elizabeth se recostou no sofá e me encarou, enquanto colocava o cabelo para trás.
    -Também né, Luciana me contou o jeito como você a acusou!
    Como ela poderia usar aquele toma acusatório comigo? Já não bastava Joanne?
    -Mas Elizabeth, foi você quem me disse que achava que Camila podia ter razão.
    Elizabeth revirou seus olhos cor de mel, e me olhou como se achasse que eu tinha algum problema mental.
    -Podia né, Luke? Não disse que tinha certeza. Você deveria ter chamado Joanne para uma conversa particular. Daí você dizia o que Camila tinha lhe dito e perguntava o que ela achava. Tipo, será que tenho que te explicar tudo?
    Me senti meio envergonhado e muito mal-humorado. Não gostava quando ela falava assim comigo, como se eu tivesse cinco anos!
    -Mas do que adianta isso agora? Ela já deixou bem claro que não quer aceitar minhas desculpas...
    Falei enquanto colocava meus pés em cima do pufe que fica na frente do sofá.
    -Como assim?
    Beth perguntou, me interrompendo. Contei a ela o que aconteceu hoje desde o almoço. Tipo, da briga com meu pai, da conversa com Anne e depois com minha mãe.
    -Sempre quis conhecer sua mãe, ela parece ser legal.
    -Humm, Mas o que você acha que devo fazer em relação a Anne?
    Elizabeth fez uma careta que não me animou muito.
    -Bem Luke, do jeito que você descreveu parece que ela esta realmente magoado contigo.
    -Isso eu deduzi sozinho.
    Falei ainda de mau humor. Beth novamente revirou os olhos.
    -Olha, ficar de mau humor não vai adiantar. Eu acho que você deveria dar um tempo para ela pensar e deixar um pouco da raiva passar. Depois você pede desculpas para ela.
    -Depois quando?
    Me senti um garoto do jardim de infância perguntando isso, como se precisasse que me dissessem tudo certinho. Mas não queria estragar as coisas com Anne outra vez.
    -Não sei Lucas, não é uma data especifica. Quando você achar que ela já não está com raiva de você.
    Imaginei que ela diria algo desse tipo, mas não pude deixar de ficar decepcionado. Como saberia quando Joanne já não me odiava com todas as suas forças?
    -E se ela continuar sem aceitar as desculpas?
    Perguntei, imaginando já as piores das hipóteses. Que se danem os otimistas!
    -Parte para outra?
    Olhei incrédulo para ela. Balancei minha cabeça negativamente.
    -Não mesmo, Beth. Não vou desistir da Anne assim.
    Elizabeth não parecia exatamente surpresa com minhas palavras.
    -Bem, o negócio e esperar...
    -Você não pode fazer nada? Vocês ficaram amigas nos últimos tempo!
    Ela me olhou com pena. Então deu um meio sorriso.
    -Eu posso ligar para ela e perguntar como ela está e tal, mas não sei se vai adiantar!
    -Você faria isso?
    Perguntei cheio de expectativa. Senti dentro de mim nascer uma nova esperança.
    -Claro que sim, Luke, você é meu irmão, meu melhor amigo. Claro que faço isso por você.
    -Te amo. Mesmo pintando o cabelo com essas cores chamativas e usando essas  roupas... singulares!
    Eu ia dizer estranhas, mas achei melhor não dizer isso na cara dela agora. Elizabeth me olhou, fingindo-se ofendida:
    -Lucas, eu posso mudar de idéia! Se eu fosse você não iria ficar me tirando...
    A interrompi, estava impaciente demais para ficar a ouvindo dizer bobagens.
    -Tá legal. Amor da minha vida, quando você vai poder ligar para Anne?
    Ela sorriu, enquanto seus olhos brilhavam. Covinhas apareceram nas suas bochechas.
    -Bem melhor assim. Posso ligar agora se você quiser.
    Agora foi a minha vez de sorrir.
    -Claro que quero.
    -Imaginei.
    Elizabeth disse em um tom entediado. Peguei uma almofada e atirei nela.
    -Ei, esqueceu que sou o amor da tua vida? Tua melhor amiga de toda a eternidade?
    Ela quase não conseguia falar de tanto que ria. Logo Beth já havia jogado umas três almofadas em mim.
    -Ok. Eu me rendo. Mas só porque quero que você ligue logo para a Anne.
    Elizabeth mostrou a língua para mim.
    -Seja homem Lucas e admita que sabe que eu ganharia de você!
    Revirei os olhos. Peguei o telefone e atirei para ela.
    -Liga logo!
    -Tá, mas eu não sei o número!
    Falei ele para ela. Elizabeth arregalou os olhos, perguntei o que tinha acontecido.
    -Que fofo! Você sabe o número dela de cor!
    Pela milésima vez disse para ela ligar logo. Dessa vez Elizabeth o fez. Demorou alguns segundos até que ela começasse a falar.
    -Oi Jo! É a Beth! – Tempo de resposta. – Pois é, você saiu mais cedo da aula hoje, só liguei para saber se você está bem.
    A resposta de Joanne foi longa.
    -Tudo bem, pode falar mal dele mesmo. – Anne disse algo que pareceu deixar Beth extremamente surpresa. – Sim, é verdade. Mas ele está péssimo.
    Ela me encarou. Não parecia nem séria nem divertida, muito menos entediada.
    -Joanne pediu para mim te dizer que é para você esquecê-la. Pois é exatamente o que ela fez com você.
    Fiquei perplexo. Como assim, ela já tinha me esquecido? Impossível... espero.
    -Como ela sabe que eu estou aqui?
    Agora Beth sorriu, mas só um pouquinho.
    -Joanne viu o nome no identificador de chamadas, estava o número da sua casa. Ah, ela está dizendo que não é estúpida.
    -Diz para ela que eu estou realmente arrependido pelo jeito que a tratei.
    Elizabeth repetiu o que eu disse. Esperou alguns segundos e me disse:
    -Ela está mandando você parar de me usar como pombo correio e que já te disse tudo o que precisava.
    Não tive capacidade de responder. Elizabeth disse tchau a Anne e desligou o telefone.
    -Acho que a raiva ainda não passou.
    Olhei para ela, e dei um sorriso irônico.
    -A raiva dela, com certeza, ainda não passou.

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Notas finais do capítulo

Se vocês deixarem muitos reviews eu posto o próximo amanhã mesmo
Beijinhos