Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 25
Então, namorados?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem
Boa Leitura!



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Anne estava com uma calça jeans preta skinny, um casaco, sobretudo preto e com o cabelo preso em uma trança colada. Acho que não preciso dizer que ela estava linda, né?

-Oi.

A beijei de forma rápida mais intensa.

-Então, preparada para se encontrar com a Camila de novo?

Ela fez uma careta.

-Eu não quero ver aquela loira oxigenada nem pintada de ouro!

-Eu também não Anne, mas vamos encontrar ela na escola, não temos escolha.

-A gente podia contratar um assassino de aluguel, né?

Ri de sua sugestão, mas logo falei.

-A Camila não vai fazer nada para você. Ela que se atreva a incomodar minha namorada!

Vi o rosto de Anne ficar surpreso e um pouco vermelho.

-Então, estamos namorando?

Ela me perguntou com uma voz bem baixinha. Olhei para ela e sorri.

-Se você não se incomodar de ter um maluco como namorado...

Ela riu e respondeu.

-Desde que você não se importe de ter uma louca como namorada.

A coloquei contra a parede e a beijei demoradamente, explorando cada canto de sua deliciosa boca.

-Ai gente, ainda não é nem sete meia da manhã!

Nós dois rimos. Mas mesmo assim paramos de nos beijar. Elizabeth estava usando uma meia calça cinza quadriculada, com uma bota preta, e um vestido azul marinho. Será que ninguém explicou para ela que vamos para a escola e não para um concurso de moda?

-Bem, é o que se faz quando se está namorando.

Vi Elizabeth sorrir ao ouvir a parte de se estar namorando.

-Falando nisso, sabia que o Kevin me pediu em namoro?

Eu fui obrigado a rir. Pedir em namoro? Aposto que ele deve ter sido super formal...

-Sério? Que legal. Achei que ele nunca faria isso.

Anne falava com a voz animada enquanto íamos para a garagem onde meu pai já nos esperava.

-Eu também. Mas ontem a tarde ele veio aqui no prédio e me convidou para dar uma volta. Confesso que andar não é meu passatempo preferido, mas até que foi legal ficar conversando com ele. Então quando chegamos aqui no prédio ele me beijou e disse que gostava de mim. Ele não é um fofo?

-Totalmente.

Foi à resposta de Anne. Fique feliz ao constatar que minha melhor amiga e minha namorada gostavam uma da outra. Namorada... Como era bom chamar Anne assim! Chegamos à garagem e fomos para onde o carro prata do meu pai. Eu sentei no banco da frente enquanto as duas sentavam nos de trás.

Logo chegamos na escola. Assim que saímos peguei a mão de Anne. Ela me olhou sorri para ela, Anne retribuiu o sorriso. Elizabeth disse que iria procurar Kevin. Assim fomos nós dois sozinhos andando até os armários. Recebemos vários olhares alguns realmente surpresos.

Até Luciana, a ruiva de olhos estranhamente amarelos, e Janaina, a com cabelos loiros e olhos azuis, vieram na nossa direção.

 

Janaina

 

 

-Jô! Então é verdade, vocês dois estão juntos!

Janaina falou com os olhos faiscando na minha direção. Anne assentiu com a cabeça.

-Ai eu sabia que isso iria acontecer. Vocês são o casal mais perfeito que eu já vi!

Luciana falou com um sorriso bobo no rosto. Anne sorriu as duas saíram.

E fomos até os armários. Ainda de mãos dadas. Só que nos esperando lá estava à última pessoa que eu esperava, ou queria, encontrar. Camila. Só que seu cabelo loiro estava castanho. Ela tinha pintado o cabelo. Eu acho que ficou, decididamente, melhor. O cabelo escuro combinava mais com ela. Além disso, seu cabelo, que ela sempre alisava estava cacheado hoje.

 

 

Ao seu lado estava Ana Clara, sua melhor amiga, de olhos verdes e cabelo castanho.

 

 

-Oi garotas.

Falei tentando parecer casual. Camila mal olhou para mim.

-Joanne, eu queria te pedir desculpas. Agi como uma idiota.

Anne olhou para ela surpresa. Devo dizer que estava igualmente surpreso. Era a última coisa que eu esperava de Camila.

-Você me perdoa?

-Claro.

Anne sorriu ainda parecendo meio perturbada.

-Eu diria amigas, mas acho que é mais apropriado não mais inimigas?

Fui obrigado a rir. Será que tudo começaria a dar certo?

-Você fica melhor morena, Camila.

Falei com sinceridade. Ela me lançou um olhar meio conturbado, como se só agora percebesse a minha presença.

-Obrigado, Lucas.

Ela não parecia tão agradecida assim. O que tinha acontecido com Camila para falar de modo tão rude comigo? Sei lah. Acho que nunca vou entender essas garotas.

As duas saíram andando. Abri meu armário para pegar o livro de física que precisaria.

-Lucas.

Alguém me chamou. Me virei e dei de cara com Carlos que não estava com uma cara muito amigável. Bem, que sabe algumas coisas não dessem certo...

-Sim?

-Então é verdade.

Ele disse olhando para Anne. Que por sua vez pegava um caderno no armário.

-O que é verdade?

-Vocês estão juntos, mesmo?

Carlos pode até ter perguntado, mas não me deu tempo de responder.

-Eu pergunto se você gosta da garota e você me responde que ela é uma maluca bipolar! Então menos de uma semana depois você já está saindo com ela!

Droga! Acho que eu nunca devia ter dito aquilo, mas o que eu poderia fazer se eu achava que aquilo era verdade quando eu disse?

-Carlos não foi bem assim...

Ele me interrompeu antes que eu acabasse.

-Quer saber? Esquece! Amigo que nem você eu não preciso.

Então se virou. Pensei que ele iria ir embora. Carlos até deu uma passo. Mas então parou e fechou a mão em punho. Se virou. Assim que notei o que ele varia a seguir me abaixei. Ele acabou dando um soco no armário, o que realmente deve ter doido...

-Quer saber? Não vale apena brigar por causa dessa vadia.

Foi ai que Carlos errou. Ele poderia ter me xingado de qualquer coisa que eu não teria feito nada. Mas ele não podia ter dito uma palavra errada que fosse sobre Anne, a não, sobre Anne não... Fechei minha mão em punho e dei um soco bem dado na boca dele. Senti a dor tomar minha mão ao entrar em contato com os dentes da criatura. Antes que eu pudesse dar outro soco nele, ou que Carlos revidasse, Anne se colocou entre nos dois.

-Chega, os dois, agora!

Carlos ainda atordoado saiu andando. Anne se virou para mim, com os olhos preocupados e um pouco bravos.

-Deixa eu ver sua mão.

Ela disse em tom de ordem, não pedido. Mostrei minha mão para ela. Estava vermelha, mas não sangrando. Ela sacudiu a cabeça de um lado para o outro.

-Não está muito machucado. Poderia ser pior.

-Eu sei. Não devia ter mirado na boca, e sim no nariz.

Ela me olhou como se estivesse decidindo se estava brava, preocupada ou achando graça da situação.

-Não devia ter dado um soco nele, nem na boca e muito menos no nariz!

Olhei para ela e como seu rosto ficava bonito, mesmo irritado. Como eu tinha sorte de dizer que ela era minha namorada. Minha. Sabia que se pudesse voltar no tempo teria dado novamente aquele soco no Carlos. Ninguém que falasse mal de Anne perto de mim sairia ileso.


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Notas finais do capítulo

Beijokas Bibi