Me Apaixonei pela Pessoa que Eu Odeio escrita por Bibiana CD


Capítulo 21
O Jantar de Sábado: O esclarecimento


Notas iniciais do capítulo

Bem, fiz esse capítulo o mais rápido que consegui.
Ele é o último do jantar de sábado.
Boa Leitura!



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Mais tarde, pensando na reação que tivemos na mesa, cheguei à conclusão que foi engraçado. Quero dizer, na hora eu estava ocupado demais. Tente ficar surpreso, se engasgar, raciocinar e não jogar toda a bebida que você tem na boca em cima da garota que está na sua frente, tudo isso ao mesmo tempo!

Pois é. Assim que entendi o que Eduarda disse foi o que aconteceu. Mas, bem, vou contar na ordem certa para vocês entenderem.

Enquanto em me engasgava com um copo de refrigerante, vi Anne arregalar os olhos para Eduarda como se ela fosse louca. Elizabeth que comia uma batata assada se engasgou e acha que jogou toda a batata em um guardanapo que colocou na frente da boca. Me pai atingiu um tom de vermelho pior do que um tomate. Mauro sibilou baixinho o nome de Eduarda, o nome INTEIRO dela! Carla ria baixinho, como se achasse a situação hilária. E se você parasse para pensar notaria que a situação realmente era cômica!

Assim que me recuperei da surpresa olhei estupefato para o meu pai:

-Do que ela está falando?

Meu pai já teve namoradas, quero dizer. Não que ele tenha me apresentado muitas, mas eu sabia que nem sempre quando ele saia à noite era para fazer plantão. Mas por favor, ele estava namorando a mãe da Camila? Da Camila? Estamos falando da mesma pessoa? Espero que não!

-Em casa, Luke.

Meu pai me disse, em tom baixo e um tanto quanto ameaçador. Ele não estava para brincadeira, mas isso não quer dizer que eu fosse desistir tão fácil. Ele me devia uma explicação, e eu a queria: Agora!

-Pai, é verdade?

-Agora não Lucas.

Ele continuou com o mesmo tom de voz, mas uma luz estranha brilhou nos seus olhos. Seria a sua parte serial killer acordando? Bem, acho que afinal não fosse tão ruim assim esperar até chegar em casa...

Na minha frente Anne me encarava com um olhar um tanto quanto peculiar. Quanto nossos olhos se encontraram entendi que ela queria saber como eu estava. Balancei a cabeça bem pouco, da esquerda para a direita. Não estava nada bem, eu não estava entendendo nada!

Um silêncio dominou a mesa por alguns segundos.

-Então, Skywalker, já sabe com quem vai fazer o trabalho de inglês?

Anne me perguntou, na voz dela não tinha nem um sinal de vergonha, preocupação ou qualquer coisa estranha. Ela parecia apenas uma garota perguntando algo a respeito da aula em um jantar normal. Entendi que ela estava acabando com o assunto, o que a agradeci em silêncio e apenas com um olhar. Sabia que meu pai não falaria nada, e esse assunto levaria apenas a stress e muitas pessoas cor de tomate!

-Bem, não sei. Quer fazer comigo?

Respondi a pergunta dela e já emendei outra para não deixar o assunto morrer. Mas para falar a verdade, não seria nenhum sacrifício passar uma tarde ao lado dela...

-Claro. Mas o trabalho é em grupo, sabe quantas pessoas tem que ter?

Me lembrei desse detalhe. Acho que não seria dessa vez que eu teria uma tarde a sós com ela.

-Humm, acho que são seis.

-É que bem, eu já tinha aceitado o convite de Carlos para fazer o trabalho.

Carlos? Quem é Carlos? Ai meu deus! O Carlos, o loirinho idiota que me disse que gostava da Anne. Ok, ele me perguntou antes se eu queria alguma coisa com ela, mas o que eu posso fazer se eu só notei que gostava dela mais tarde? Eu posso o matar estrangulado e depois decapitar e esquartejar por gostar da Anne! Não que eu o culpe por se apaixonar por ela afinal, ela é a garota mais perfeita que existe, mas isso não vem ao caso.

-Sim né. Só faltou o garoto se jogar nos seus pés e implorar para você fazer o trabalho com ele. Achei que ele iria se ajoelhar... Bem, e quando você aceitou por livre espontânea pressão ele parecia que tinha ganhado na loteria!

Elizabeth tagarelou a Anne enquanto se servia com mais salada. Ela parecia a ponto de um ataque de riso enquanto contava.

 -Acho que ele deve ter sérios problemas nessa matéria para fazer um escândalo daqueles.

Anne falou enquanto segurava o seu copo de refrigerante. Para minha surpresa não tinha ironia no seu tom de voz. Quero dizer, a Anne, super ligada no que todos estão fazendo e por que, não tinha notado que o Carlos sofria de uma paixonite aguda por ela? Acho que vou soltar fogos de artifício!

-E quem mais você acha que deveria ter no grupo?

Perguntei tentando ao máximo encerrar o assunto Carlos. Acho que consegui.

-Ah, a Beth é claro.

Elizabeth ao lado de Anne sorriu de orelha a orelha.

-Acho que é importante dizer que eu sou pior que um poste em inglês!

Anne riu por causa das palavras da outra. Seu riso era melhor do que qualquer música que existia...

-Tudo bem. Eu não me importo!

-Ok. Acho que a Luciana e a Janaina também vão querer fazer com você, né?

Questionei, afinal, Anne parece ser uma das melhores amigas delas.

-É, acho que sim!

Ela sorriu ao ver que eu me lembrava das amigas dela. Ao menos eu imaginava que era por isso...

-Então já temos o nosso grupo!

Elizabeth concluiu o óbvio. Isso é típico dela.

E então os adultos que até agora tinham ficado em silencio ouvindo a nossa conversa voltaram a falar. E o resto do jantar foi uma barulheira só. Bem, para falar a verdade eu só tinha olhos, ouvidos e voz para uma pessoa. A garota dos olhos azuis esverdeados...

 

Chegamos em casa. Me sentei na poltrona e fiz um sinal para meu pai se sentar no sofá. Ele me olhou com uma expressão que era algo entre uma careta e um sorriso. Ele não escaparia dessa vez, eu precisava da verdade. Meu pai teria que me contar!

-Ok Lucas. Acho que tenho que te contar algumas coisas.

Meu pai falou com a voz arrastada. Acho que esse não era exatamente o assunto que ele gostaria de ter com o filho.

Concordei com a cabeça. Ele realmente precisava me contar algumas coisas.

-Você sabe algo a respeito dos pais de Camila?

Não! Ela nunca disse nada a respeito da sua família e eu nunca fiz questão de perguntar. Para falar a bem da verdade, eu quase nunca falei sobre qualquer coisa com a Camila!

-Não.

-Então, eles estão separados a dois anos.

Assenti com a cabeça. Bom pelo menos ela era separada. Pensei em qual seria a reação de meu pai se ouvisse o que eu estava pensando...

-Então, nós estamos juntos há seis meses e...

-Vocês o que?

Não me contive. Gritei, e bem alto mesmo. Ta, eu podia entender que ele tinha uma namorada. Eu levava numa boa que ela fosse à mãe de uma colega minha. Mas ele estava saindo com a ela há seis meses e não tinha me dito nada? Nem uma palavra?

-Estamos saindo há seis meses?

Meu pai falou, como se já esperasse essa reação da minha parte. Mas o que ele queria? E, principalmente, por que não tinha me contado?

-E você não me contou. Por quê?

Fui o mais direto possível. Estava encarando meu pai, por que ele continuava tão calmo? Ele já esperava essa reação?

-Bem, por que eu não sabia como.

Ah, então ele não sabia como? Quem sabe DIZENDO! O que tinha de complicado nisso?

-Todo mundo já sabia, né? Quero dizer, Eduarda, Carla e Mauro?

-Sim, eu a apresentei a eles.

Dei uma risada irônica. Então tudo bem apresentar a namorada a todo mundo, menos só a quem mesmo? Ah, sim. O FILHO dele!

-E quando pretendia me contar?

Perguntei com a voz meio rouca, eu não sabia por que ela estava saindo assim...

-Bem, quinta-feira, quando eu, você, Sam e a filha dela vamos almoçar em um restaurante.

Deixei passar o Sam. Minha mente estava processando o fato de que eu teria um almoço com Camila, acho que eu teria que me segurar para não matá-la pelo que fez com Anne...


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Notas finais do capítulo

Sei que vocês queream romance e vai ter, nos próximos capítulos
Então, reviews?