A Esfera da Herança escrita por FireboltVioleta


Capítulo 15
Talk and Love - Part 1


Notas iniciais do capítulo

ALOOOOOOOOO GENTE!
Tudo bem com vocês? (Firebolt leva chinelada).
Desculpem a demora ABSURDA em postar... como eu disse, as postagens ficarão um tanto imprevisíveis até julho...
MAS EU POSTO. Calma aí. rsrs
Boa leitura!



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RONY

Eu ainda estava tentando processar tudo que estava acontecendo.

Nyree e Darel, ainda atordoados, não tiveram outra opção, a não ser convidar aquela mulher estranha, parecidíssima com Hermione, para entrar e se acomodar, enquanto Hermione e eu íamos nos trocar.

Helen Granger era o tipo de pessoa que falava manso, sem pressa, sempre com um sorriso animado no rosto. Não fossem os cabelos castanhos levemente grisalhos em algumas mechas, o rosto bonito começando a enrugar levemente e a calma absurda que transmitia, poderia muito bem ser uma gêmea de Hermione.

As apresentações foram rápidas, devido á ansiedade que Helen e Hermione pareciam compartilhar em conversarem. Mas pude notar que a mulher ficou especialmente satisfeita quando Hermione apresentou-me como noivo dela.

– Eu realmente peço perdão por não ter aparecido antes, querida... – Helen suspirava algum tempo depois, segurando a mão de minha noiva – muita coisa aconteceu... desde que descobrimos que você era bruxa. Harold desapareceu... e eu... bom, eu morava sozinha na época, desde que sua avó faleceu.

“Você era tão pequena quando te vi pela última vez... não me admira que não se recorde de mim. Tentava conseguir contato com seus pais, mas era difícil. Eles não queriam saber de ligações ou cartas do nosso lado da família desde que seu tio sumiu. Tampouco seu tio me contatava. Eu me sentia entre os dois extremos de uma guerra eterna e silenciosa em nossa família.”

– Eu conversei com eles – Hermione comentou – eles sabem de toda a verdade agora...

– E é isso que eu vim saber também, Hermione, se me permite o atrevimento de perguntar – Helen careteou, o sorriso contagiante sumindo do rosto – alguns meses atrás... gente estranha... acho que de seu mundo... me contatou. Para reconhecer um corpo – ela engoliu em seco.

– Sim – afaguei as costas de Hermione enquanto ela fechava os olhos.

– Ele parecia ter sofrido tanto... – Helen soluçou – e ninguém queria me explicar o que diabos havia acontecido... – Helen arfou – prometo que isso nunca se espalhará... mas eu preciso saber, Hermione...

Hermione assentiu, ainda com a cabeça baixa.

– Tudo bem, Helen...

– Pode me chamar de tia Helen, querida – a mulher sorriu fracamente.

– Ok, tia Helen... – Hermione se empertigou – Nyree... ainda tem uma cópia do Profeta Diáriocom a matéria dos Wiccas?

Nyree franziu o cenho, embalando Tamahine.

– Faz favor, madame – ela fungou, fazendo todos rirem – meu marido que fez essa matéria, dá licença? Claro que eu tenho...

Ela apanhou um jornal da escrivaninha ao lado do sofá e entregou-o nas mãos de Helen, que parecia confusa.

A mulher abriu-o e começou a ler. Quase ri quando observei seus olhos se arregalando cada vez mais á medida que descia as linhas da manchete.

Quando chegou ao fim do jornal, Helen só faltou cair para trás.

– Meu Deus... Hermione... – Helen encarou-a, boquiaberta – então tudo isso... é por causa da Maldição?

– Sim e não – falei – de certa forma, a Maldição não causou esses imprevistos, e sim as pessoas que a usavam – olhei para Hermione, orgulhoso - Hermione é a prova que qualquer Wicca consegue domar os poderes.

– E você tem tanto potencial, querida – Helena abriu um largo sorriso – olhe só o que você fez!

– Não foi nada – Hermione murmurou, sem graça.

– Ah, vem com essa agora! – Darel acotovelou-a de leve – não vem dar uma de humilde agora, moça...

– Ele tem razão... tem que se orgulhar de si mesma – Helen enfatizou o que dizia com uma aceno da cabeça.

– Obrigada...

Helen bateu as mãos nas pernas, fazendo uma careta hilária.

– Bom, gente, a conversa está ótima, mas eu tenho que voltar para casa... estou com visitas para daqui a duas horas e tenho que organizar tudo...

– Ah, não – Hermione se ergueu – fique mais um pouco... a não ser que vá incomodá-la, Nyree...

– Imagine – Nyree fez sinal de descaso com a mão – fique á vontade, Sra. Granger.

– Não, não... tenho que ir embora mesmo... – Helen sorriu, dando um abraço em Hermione - foi muito bom te encontrar de novo, Lontrinha...

Hermione fungou, retribuindo o abraço da tia.

Lontrinha... Helen tinha a mesma afabilidade de Harold. Era de família mesmo...

– Não vai sumir de novo, vai?

– Claro que não... para isso, eu trouxe um bilhetinho – Helen se afastou de Hermione e entregou-lhe um pedaço de papel – é meu número. Faço questão de atender ao telefone sempre que precisar ou quiser ligar.

– Puxa... obrigada!

– Quer um guarda-chuva, Sra. Granger? Acho que ainda está garoando...

– Imagine, querida... trouxe o meu... – Helen abriu a porta da frente, sorrindo, enquanto apanhava uma sombrinha preta de sua bolsa – desculpem qualquer incômodo... mas eu precisava falar com minha sobrinha... – vi Hermione sorrir, envergonhada.

– Pare com isso, Helen... – Darel bufou, revirando os olhos – qualquer amiga de Hermione é amiga nossa... sinta-se em casa quando precisar...

– Vocês pode ir me visitar qualquer hora também – Helen piscou paras mim –todos vocês. Garanto que vão amar a minha casa.

– Pode deixar... iremos assim que puder.

– Ok... então. Até mais, Hermione!

– Até logo, tia Helen.

Helen se despediu com mais um aceno da cabeça e abriu a sombrinha fora da casa, saindo e fechando a porta atrás de si.

Pisquei, me pegando com um sorriso. Que pessoa mais legal. Aquela simpatia dos Grangers parecia contagiar toda a família.

Nyree guinchou, rindo e beijando a testinha de Tamahine.

– Gente fina a sua tia, hein, Hermione?

Olhei para minha noiva, que também estava tão encantada quanto eu. Tinha um novo brilho no olhar, enquanto encarava a porta fechada á frente e fagava o pedaço de papel em suas mãos.

– Sim... e muito curiosa também – Hermione nos olhou – não era nada do que eu esperava...

– Acho que é nossa deixa também, não é, dona sereia? – brinquei, cutucando Hermione e fazendo rir.

– Acho que sim.

– Ah, qual é? Tá chovendo... fiquem mais um pouco... – Nyree fez biquinho. Tamahine, para nossa diversão, tentou imitar a mãe, flexionando o labiozinho para frente e nos olhando.

– Não, não... Hermione está certa... – contestei, sorrindo – aliás... temos que ter umaconversinha em casa...

Só eu devo ter percebido Hermione estremecer.

– Tudo bem, seus estraga-prazeres – Darel deu um tapinha em nossa costas – mas prometam que voltarão logo... essa casa precisa de agito... – Darel me deu uma piscadela nada sutil – principalmente do agito de vocês.

– Tchau, Darel – bufei, deixando nosso amigo maori gargalhando enquanto puxava Hermione para a porta da frente. Hermione revirou os olhos para Nyree, que também ria, e pegou o guarda-chuva de dentro da bolsinha, abrindo-o e acenando para os dois.

Por mais que aqueles malucos me atazanassem, senti um aperto no peito quando saímos da casinha colorida.

Saco... eu gostava muito daqueles três.

A vantagem de só haver um guarda-chuva para duas pessoas era que Hermione teve de ficar grudadinha em mim, quase o caminho todo de volta para casa.

– Nem se atreva – ouvi-a resmungar em determinado momento, parecendo ler meu pensamento.

– O que? A fazer isso? – puxei-a pela cintura, fazendo-a gargalhar.

– Sabe... uma coisa que minha tia me disse me deixou curiosa... sobre a batalha...

– Deus, Hermione... tem certeza que quer..?

– Calma – ela balançou a cabeça – não, era sobre as selkies... quando elas vieram me ajudar contra Rodrick... eu perdi meu apito... o que Io me deu. Quem as chamou?

– Cho – balancei os ombros – ela me veio correndo em um momento, me estendendo aquela coisinha branca...eu estava em forma de dragão, mas ela entendeu quando acenei para ela assoprar.

– Hum... estranho... nem me lembrava de onde tinha deixado – Hermione suspirou – se não fosse aquela pobre selkie ter atacado Carrow e o distraído, talvez nem estivéssemos vivos. Tenho muito a agradecer àquela foca loura...

– E, vamos parar de lamuriar – beijei seus cabelos – e vamos para casa...

– Rony?

– Oi?

– O que você quis dizer com conversinha?

Sorri, me deleitando da expressão conflitante entre expectativa e medo de Hermione.

– Vamos chegar em casa primeiro.

– O que eu fiz dessa vez? – ela guinchou, arregalando os olhos.

– Tirando me aparecer em forma Wicca naquele biquíni delicioso, ficar parecendo um picolé se derretendo na água e me matar de medo naquele tribunal? Nadinha...

Hermione arfou, parecendo dividida entre o riso e o espanto.

– E qual vai ser minha punição? Você não tem tantas armas aqui, tem?

Meu sorriso se abriu ainda mais, e vi Hermione finalmente amuar.

– Tenho meus truques... agora vamos embora.

Hermione parecia genuinamente assustada quando se agarrou em meu ombro, fugindo das gotas de chuva.

E isso era bom... ela não perdia por esperar...

_________________O___________________

– Oi, Sra. Weasley. Carlinhos, Percy.

– Boa tarde, Hermione.

– Olá querida... – mamãe abriu um sorriso quando entramos – não se resfriaram nessa chuva, não é? Podiam ter mandado uma carta para seu pai buscar vocês dois, Rony...

– Não precisava... a casa dos Williams fica logo ali no quinto quarteirão depois da estradinha – abracei mamãe – como está Jorge?

– Na mesma – Percy bufou – não sai do quarto à não ser para ir ao banheiro e comer.

Suspirei. Meu pobre irmão... achava que minha dor só não era maior do que a dele....

Hermione baixou o olhar, parecendo constrangida.

– Sinto muito...

– Ei, não foi culpa sua, Hermione – Carlinhos contestou – ele já não estava bem á um bom tempo...

– Onde está Gina? – indaguei .

– Você não se lembra de nada, não é? –Carlinhos revirou os olhos – ela vai passar as próximas duas semanas na casa de Andrômeda, e de lá vai para o último ano em Hogwarts. Luna também está lá. Parece querer fugir do recém-formado namoradinho.

Ri, me lembrando que agora Luna era uma pobre coitada comprometida. Como ela e Neville deviam estar?

Que saudade nos nossos colegas...

– Vão jantar? – mamãe perguntou – fiz empadão de carne.

– Agora não... – puxei Hermione, que mais parecia era ter vontade de se agarrar na pilastra da escada e não soltar mais – a gente desce daqui a pouco.

“Ou não”, minha mente pérfida sorriu maldosamente.

Hermione fazia uns barulhinhos baixinhos e estranhos, feito um mini-pufe, enquanto eu a guinchava escada acima.

– Para o quarto... – entoei, empurrando Hermione pelas costas.

– Tá... – ela lamuriou-se. Se realmente era fingimento ou não, eu não sabia dizer.

Quando Hermione ficou de frente para o meu quarto, porém, um ímpeto me dominou.

– Não.

– O quê? Mas é aqui...

– Não... – repeti, sorrindo – o outro quarto.

Hermione me encarou, parecendo escandalizada e... animada? Hum...

– O quarto da Gina? – o humor atravessou seu rosto espantado.

– Por que não? – afaguei seu ombro, sentindo-a enrijecer – se é para entrar de cabeça na perdição, o lugar não importa...

Hermione me olhou, enquanto eu a guiava para o quarto mais a frente.

– Eu sou sua perdição?

Fingindo ignorá-la, senti meu peito se estufar.

Sim, senhor. Aquela garota era a perdição de qualquer um.

Uma vez apaixonado por Hermione, só a morte – e olhe lá – poderia te separar dela.

– A perdição não é uma idéia tão ruim, então... – beijei seu pescoço, ainda levando-a pela cintura.

Hermione estava começando a fazer aquele hilário e agradável movimento de se escorrer pelo meu corpo. Parecia já não querer se sustentar em seus próprios joelhos.

– Ei... preciso de você consciente, Meritíssima...

– Então p-para... – Hermione choramingou.

– Vamos ver como vai se virar nesse próximo julgamento...

– Um julgamento? – ela se virou de costas, me encarando enquanto entrávamos no quarto.

– Sim... mas um julgamento onde só tem o juiz e a ré.

Hermione parecia atordoada e confusa, mas ainda assim exibia aquele sorriso torto que fazia meu coração bater mais rápido.

Deus do céu... como podia ser tão linda?

– Cama – apontei para frente, taxativo.

Hermione fez o movimento de erguer os pulsos em minha direção.

– Não... – empurrei seus braços – aqui neste tribunal não se admitem correntes.

Hermione riu.

– Vai me julgar em liberdade assistida, então?

Olhei-a de baixo para cima, desfrutando de cada perfeição em seu corpo.

– E muito bem assistida...

Hermione parecia tão animada, como uma criança prestes a fazer uma tripulia. Era encantador... enfeitiçador.

– O que você via aprontar, garoto?

– Calma aí...

Empunhei minha varinha, apontando para o gaveteiro e me concentrando.

Accio tigela!

Hermione tentava me observar, enquanto eu, ainda de costas, sorria satisfeito para minha mais nova arma.

Virei-me para ela, já segurando a tigelinha.

E o rosto dela só faltou explodir em vermelho, quando Hermione encarou os morangos banhados em leite condensado que haviam ali.


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Notas finais do capítulo

Comentários? Xingamentos?
Kissus e até o proximo!
Obs: aceito sugestões para nosso proximo capítulo hot... rsrs



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