A Esfera da Herança escrita por FireboltVioleta


Capítulo 16
Talk and Love - Part 2


Notas iniciais do capítulo

Ae, cambada de gente bonita!
Mais um capítulo super HOT para os safadenhos de plantão... kkkk
Ta, nem tão hot assim (para de dançar, Laisa...)
Infelizmente, gente, o retorno da fanfic não está sendo como eu esperava. No Spirit menos da metade dos leitores que eram frequentes nas outras temporadas estão comentando, e no Nyah, UMA pessoa comentou nas ultimas duas postagens. To sentindo uma falta de doer o coração da Jennifer, da Bibia Ferrari e da Nay Ferreira, além das outras... :(
Esse capítulo está sendo meio que um ultimo teste. Se a situação decair, talvez eu vá excluir a fic e modificar a conclusão na terceira temporada. Não adianta continuar a fanfic se quase ninguém parece ter interesse em dizer se a leitura agrada ou não. Desculpe ás meninas que ainda leem, mas o desânimo meio que está falando mais alto em mim :(
Mas ainda tenho esperanças de que a situação mude... :P
Boa leitura!



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HERMIONE

O solavanco de susto que passou por meu corpo quase me fez cair na cama.

A quentura que invadiu-me dos pés á cabeça foi quase indecente.

– Quê? - guinchei, boquiaberta - nem pensar!

O sorriso de Rony, diabólico e encantador, pareceu iluminar o quarto.

– Ora, ora... a Wicca está com medo?

Falando nisso, eu sentia - muito bem controlada, mas quase revolta - a pulsação tão familiar que precedia a conjuração, parecendo latejar em reação á pequena tigelinha que meus olhos fitavam.

Eu era um tubinho de dinamite. E Rony segurava o fósforo.

Minha. Nossa.

O garoto só podia ter enlouquecido. Eu não ia responder por mim depois que ele finalmente subisse naquela cama. Wicca ou não, aquilo estava me arrepiando todinha.

"Ah, e você nunca fez isso, não é?", ironizou minha mente.

Chantilly e sorvete eram uma coisa. Leite condensado com morangos, considerando que Ronald devia estar com os dois tipos de fome... era a fórmula de um desastre nuclear ali mesmo.

Rony se aproximou lentamente, parecendo desfrutar de cada ponta de pânico que crescia em mim com sua aproximação.

– Isso vai ser castigo mesmo? Desculpa, então, perdão, sei lá... - choraminguei - mas não faz isso...

– Tarde demais - estremeci quando o colchão rangeu com seu peso - tivesse pensado nisto antes de me aparecer daquele jeito na piscina...

– Mas eu já não fui torturada?

– Você esqueceu, sua ingênua? - Rony inclinou-se sobre mim, ainda sorrindo, enquanto pousava a tigela na mesinha-de-cabeceira - nós fomos interrompidos - minha cabeça afundou no colchão quando ele chegou ainda mais perto - ainda não acabou.

– Tem pena de mim, vai... - arfei. Minha nossa... aquilo, com Rony me encarando naquele seu olhar incendiário, na cama de Gina... a saciedade daquele garoto não conhecia limites.

E por que diabos eu estava tão animada com aquilo, embora estivesse me contorcendo de temor?

Não. Caraca, não ia dar certo. Alguém ia acabar incendiado ali. Talvez até literalmente.

Rony começou a trabalhar, desabotoando minha blusa jeans com uma lentidão torturante, enquanto eu sentia meu coração disparar. O gelo que estava em minha barriga já estava descendo para um lugar bem menos decente.

Com a merda do arrepio que eu estava, até meu útero devia estar contraído feito uma bola de papel.

Meus braços, já meio atordoados, não demonstraram nenhuma oposição quando a blusa e a camiseta subiram por eles. Eu me sentia como uma bonequinha de pano, simplesmente me movendo de acordo com o bel prazer do meu enlouquecedor dono.

– Hum... muito bom - Rony riu, afagando suavemente meu ventre descoberto, e quase me fazendo evaporar de tanto derretimento.

– Hum - mordi o lábio, fazendo uma careta. Rony gargalhou.

– Bom, não vou fazer tudo sozinho, moça - ele franziu o cenho, ficando ainda mais tentador - sua vez...

Corada e já ofegante, deliberadamente evitando olhar nos olhos de Rony - ou ia acabar carbonizada - tirei sua já meio pendente camiseta, tentando encobrir minha vergonha. Tendo feito aquilo mais de meia dúzia de vezes ou não, ainda me sentia um tento tímida com aquilo.

– Você fica linda quando está envergonhada... - ele sussurrou, acariciando minha bochecha, com a expressão encantada. Me derreti toda com seu olhar reverente.

Enquanto eu tentava, sem sucesso e com muitas risadas, tirar o jeans que ele vestia, Rony beijou meu ombro, aninhando a cabeça ao lado da minha.

Dei um pulo quando ele, muito prestativo, também fez o favor de tirar o meu também. fazendo questão de beliscar periodicamente minhas pernas.

– Ai! Seu tarado! - gargalhei.

– Eu? - ele mordeu o lóbulo da minha orelha, finalmente fazendo nós dois cairmos na cama, rindo - não fui eu que apareci todo sensual na beira da piscina, foi?

– Quase isso - grasnei quando seus lábios pousaram em minha clavícula.

– Pronta pra mais um castigo? - Rony indagou, humorado.

– Rony... - funguei - você é mau.

Eu só faltei me esfarelar quando ele virou, subitamente, a pequena tigela em minha direção, fazendo o líquido escorrer em minha barriga. O guincho de terror que eu dei foi abafado pela sua boca risonha.

– Comporte-se - ela alertou, descendo o rosto abaixo de meu sutiã.

– Não... - solucei, querendo desmaiar enquanto sua boca continuou o trajeto, finalmente chegando no leite condensado que grudava em meu ventre.

Casseta... aquilo era bom. A temperatura fria do leite condensado contrastava com a ardência deliciosa que ficava depois de Rony sorvê-lo de minha pele. Era enlouquecedor.

Não tinha como eu não deixar de sorrir com aquilo. Com Rony, naquelas brincadeiras fúteis mas maravilhosas, eu não tinha que me preocupar com meus poderes, ou minha influência destrutiva, ou mesmo com supostas novas profecias. Não tinha que pensar em nada mais além de nós dois.

Ali, com Rony, eu não era uma bruxa poderosa, volátil e violenta. Nem era uma Juíza régia, com a responsabilidade do mundo nos ombros.

Ali, eu era apenas Hermione Granger, um jovem bruxa irremediavelmente apaixonada , tendo mais um momento especial com o amor de sua vida, e nada mais.

Por mais bizarras e insanas que fossem, aquelas brincadeiras eram o ápice da minha felicidade quando eu estava ao lado de Rony.

– Parece estar gostando - ele murmurou em meu umbigo - acertei?

– Ah... - arfei, corando e rindo.

– Não ouvi a resposta.

– Sim, sim - guinchei fingindo uma voz infantil, pulando no colchão e fazendo-o gargalhar.

Ele voltou o rosto para baixo, me encarando, com uma expressão tão apaixonada que fez meu estômago se retorcer de carinho.

Sorri quando Rony encostou a testa na minha, com os olhos fechados. Apertei sua mão, ignorando a sensação grudenta em minha barriga e olhando-o suspirar.

– Eu perdi tudo isso mesmo?

Fiquei surpresa quando ele falou. A voz dele era quase uma lamúria.

– O que?

– Isso tudo... - Rony ergueu os olhos para mim, e, para meu espanto, estavam agitador como o mar revolto - depois de todos estes anos, depois de udo que fiz de errado... imaginar, sabe... que perdi isso... - ele afagou minha mão - toda essa alegria sua... seu sorriso...

Meu coração saltou rápido, fazendo um nó se formar em minha garganta.

– Rony... - segurei o rosto dele em minhas mãos - pare com isso. Pare de pensar no passado.... pelo amor de Deus... - suspirei - se nem eu mais penso em tudo isso, por que você ainda se tortura lembrando?

– Esse é o problema... - ele me abraçou, parecendo desolado - acho que você não devia esquecer... tenho medo no tanto que você ainda confia em mim.

Engoli em seco.

– Eu morreria por você.

– Mais um problema! - Rony exclamou, arregalando os olhos e arfando - não vou suportar se um dia você... eu...

A cabeça dele despencou para baixo, e, aterrorizada, assisti seu corpo sacudir com um soluço.

– Rony, pare! - levantei seu queixo, alarmada - céus... pare de pensar nisso... eu imploro... olha pra mim...

Meu estômago tremia com a aflição dele. Me dava vontade de chorar... nunca tinha visto-o tão vulnerável. Era angustiante.

Numa tentativa desesperada de acalma-lo, me aninhei em seu corpo, apertando-o num abraço e beijando seus cabelos.

– Tudo bem, Rony... calma...

– Eu... também tenho... pesadelos... - ele murmurou, estremecendo - eram só com o Fred... - Rony arfou - mas agora... os vampirizados... e toda a batalha em Beauxbatons... e com você... sempre pálida...

– Não - segurei seus ombros - eu estou aqui. Por favor...

Meu coração não estava aguentando. Ver Rony outra vez fragilizado, como á dois anos atrás... aquilo era dor demais para eu suportar.

Cacei seus lábios até que estavam colados aos meus.

Foi o suficiente para Rony simplesmente mergulhar em meu beijo, retribuindo sofregamente.

Em seu desespero, voltamos a cair unidos no colchão, entrelaçados nos braços um do outro.

Senti, nas palmas de minhas mãos, o quinto elemento aflorar suavemente. Meu corpo mergulhou no costumeiro torpor Wicca, possibilitando que o elemento fizesse seu trabalho, enquanto repassava-se para Rony através de mim.

O tremor no corpo dele diminuiu, e seus soluços cessaram.

A cabeça dele, pousada acima de meu busto, ficou alguns segundos parada, como se ele temesse levanta-la.

– Melhor? - perguntei, preocupada.

Rony assentiu, erguendo lentamente a cabeça.

– Obrigado.

Ele me encarou, parecendo enfeitiçado pelo meu olhar - provavelmente prateado naquele momento - e soltou minha cintura.

– Vou parar com isso - Rony comentou, parecendo perdido.

– Vai ficar tudo bem... - sussurrei, e, para quebrar o clima angustiante, brinquei - agora me passa um paninho, que eu preciso me limpar da meleca que você fez aqui.

Funcionou; Rony riu, embora ainda parecesse abatido.

– Tem razão... - ele apanhou a varinha.

– O que... - ri baixinho, confusa, antes de gritar com o feitiço.

Tergeo!

– Não! - gargalhei, enquanto a varinha aspirava as sobras do leite condensado - faz cócegas!

– Hum... - ele parecia mais animado enquanto puxava para si os morangos que haviam sobrado na tigelinha - servida?

– Acho melhor - enrubesci, finalmente aliviada que Rony estivesse mais calmo - nós irmos jantar, não acha? Gina vai ficar desconfiada - comentei, ficando ainda mais rubra - se você disser que já está satisfeito...

– E quem disse que eu estou? - ele sorriu, maroto. Ufa, meu Rony sacaninha tinha voltado.

– Tudo bem, depravação em primeiro grau - beijei sua bochecha, me levantando da cama - vou me trocar, e o senhor não vai me impedir.

– Sabe que eu posso... - ele começou, mas tropegou no colchão quando as chamas surgiram em minha mão, mais brincalhonas do que ameaçadoras.

– Sabe que não pode - rebati, sorrindo - anda, vamos logo...

Enquanto voltávamos a nos trocar, eu não pude deixar de sentir meu peito dolorido e cheio de compaixão pelo meu noivo completamente instável.

Nós já tínhamos vivido tanta coisa... será que um dia toda aquela dor desapareceria do olhar dele? Será que, um dia, aquele pobre coração ficaria finalmente em paz?

Aliás, será que, um dia, todos ali ficariam em paz?

Me incomodava muito não ter uma resposta.

__________________O___________________

Aturar os olhares sugestivos de Gina - que havia vindo passar a última noite conosco no dia, chegada exatamente alguns minutos após deixarmos nossa "cena do crime" -, durante o jantar, foi uma das coisas mais chatas que eu tive de aguentar desde que Neville começara a namorar Luna - quando me lembrava de todas as declarações apaixonadas dele que tive de aturar durante o sétimo ano.

– O que tem de sobremesa, mãe? - perguntou Percy.

– Adivinhem só... - a Sra. Weasley sorriu, trazendo uma travessa nas mãos.

– Pudim! - arfou Gina.

– Não! - Rony arfou também.

Eu dei tanta risada com a cara espantada da Sra. Weasley e o olhar chupado de Rony que quase escorreguei para baixo da mesa.

Chega de leite condensado por hoje– ele sussurrou, me fazendo rir ainda mais.

– A Luna vai vir? - Gina falou, achando graça.

– Hum, não... - a senhora respondeu - eu quis fazer um pudim hoje, só isso... mas rendeu menos, por que fui procurar a segunda vasilha de leite condensado e não encontrei.

Ih, merda.

Gina esbugalhou os olhos para nós dois, finalmente parecendo somar dois mais dois, e boquiabriu-se.

– Pudim, Gina? - Carlinhos ofereceu á irmã.

– Sim - ela me encarou, irritantemente maliciosa, e abaixou a voz - e você quer o pudim do Rony, não é?

– Você não ia passar a semana com seu namorado? - sussurrei de volta, sarcástica.

Gina empalideceu - uma reação que eu não esperava.

– Sim...

– Tudo bem? - continuei cochichando, confusa, enquanto a Sra. Weasley continuava servindo os demais... e Rony com cara de quem ia ter um ataque diabético.

– Tudo - ela continuou, monossilábica.

– A gente conversa depois - conclui, olhando de um jeito irônico para Rony quando ergui o potinho de pudim.

Depois do jantar, com todo mundo já preparado para dormir - e eu sem sucesso para descobrir o que diabos estava acontecendo com Gina -, eu fiquei ao lado de Rony na cama, simplesmente observando-o dormir, pensando no como aqueles últimos dias haviam sido os mais agitados de minha vida, e rezando para que tudo continuasse do jeito que estava... tudo se resolvendo calmamente e sem conflitos.

Foi uma pena que nada permaneceu do jeito que eu esperava...

Pois bastou alguns dias para que meu mundo virasse de cabeça para baixo outra vez.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentários? Reinvidicações? Pedradas?
KIssus e - espero - até o próximo capítulo!



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