A Esfera da Herança escrita por FireboltVioleta


Capítulo 12
Third Judgement - Umbridge


Notas iniciais do capítulo

Oe, gente linda! :3
Finalmente o novo capítulo!
Tentei fazer uma coisa legal, mas ninguém me tira da cabeça que ficou uma bagaça. Então, se acharem chato, me desculpem. :(
Comentários são super bem vindos. Leitores fantasmas, por favor, deem sua opinião. Eu amo vocês, e quero saber se vocês também me amam... huashuas ♥♥♥♥♥♥
Boa leitura!



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HERMIONE

Eu tinha acabado de retornar a forma normal e, do nada, senti o quinto elemento se irradiando brutalmente de volta ao meu corpo.

Oliviene recuou, provavelmente assustada com minha abrupta reinvocação. Rony piscou, mas parecia estar esperando minha reação.

– Dolores Umbridge? – minha voz era tão suave e letal quanto uma lâmina.

Num movimento repentino, Rony apanhou minha mão.

Ainda mentalmente instável com o que acabara de ouvir, ergui o olhar para ele. Rony me encarava sério, dando um aperto em meu pulso.

– Hermione.

O quinto elemento ribombou em resposta, diminuindo seu torpor dentro de mim. Como parte de minha mente, os elementos pareceram entender o tom de aviso em sua voz, permitindo que eu me dominasse outra vez.

– Tudo bem... – arfei.

Nyree me olhou.

– Tipo, se acalma, Hermione. Ninguém quer morrer de susto com um dragão de seis metros dentro do tribunal.

Revirei os olhos para ela - e, para meu alívio, foi o suficiente para fazê-los rir.

– Oliviene – Gina abria e fechava as mãos – não sabe a vontade que eu estou de esganar você... aliás, esganar o Kingsley – ela arregalou os olhos – com tantos julgamentos... e jogam logo a da sapa velha pra Hermione?

– O processo dela é urgente – Oliviene engrolou, sem graça – precisamos de um julgamento ainda essa semana... há populares... – ela mordeu o lábio – querendo lincha-la dentro do Ministério.

Minha personalidade normal praticamente amou a ideia de jogar Umbridge para uma multidão enfurecida, mas eu sacudi a cabeça, tentando afastar aquela vontade. Eu era Juíza agora. E iria julga-la dentro das leis, de modo justo e imparcial. Minha parte Wicca garantiria isto outra vez.

– Tudo bem – suspirei – peça para Atena organizar os preparativos da próxima audiência.

– Pode deixar – Oliviene assentiu, parecendo aliviada, e saiu rapidamente pela porta do tribunal.

Assim que a porta se fechou, Rony resmungou.

– Pare com isso.

Encarei-o, confusa.

– O que?

– Está insegura – ele virou os olhos para o domo do tribunal – que diabo, Hermione... não sabe o que estão falando de você? Cada pessoa aqui confia no seu julgamento, garota. Pare de se preocupar.

– Ele tem razão, Hermione – Harry sorriu – e tem outra coisa... assim como Rita, ela tem o azar de ter a própria Juíza como acusadora e testemunha – o sorriso dele dobrou de tamanho.

Senti um arrepio cortar minha coluna, fazendo-me retornar á forma normal de novo.

Aquilo ia ser complicado. A vaca rosa tinha tantas infrações, de tantos graus diferentes, com tantas ocorrências, que eu mal sabia por onde começar.

E julgar ex-Comensais da Morte e jornalistas era uma coisa. Julgar uma ex-funcionária do Ministério, que havia tido uma ocupação enorme na própria Corte Ministerial, seria outra coisa.

– Vou organizar a disposição do júri – apertei de volta a mão de Rony, tranquilizando-o – nos vemos no fim do julgamento.

Rony sorriu, afagando meu rosto com a mão livre. A sensação tão boa, que invadiu meu corpo, quase me fez desejar ficar ali o resto do dia. Meu noivo e seus toques de derreter metal...

– Ah, parem com isso – Gina bufou, empurrando Rony e me fazendo rir – vão ter tempo pra esses carinhos açucarados depois. Agora nossa diva precisa brilhar, dá licença...

Darel me encarou, humorado, como se dissesse “essa aí é da pá virada.”.

Ainda rindo, acenei para Rony, que dava um tapa na orelha da irmã, enquanto todos saíram do tribunal.

_______________O__________________

Foi muito mais fácil me transfigurar nesse terceiro julgamento. Meu corpo e minha mente, perfeitamente conectados, permitiam que eu mudasse minha forma sem qualquer esforço, o que representava um avanço enorme desde que eu começara as transfigurações na Redoma da Wicca.

Eu sentia muita falta da Redoma... e da casa do meu tio. Ia arrumar um jeito de ir lá ocasionalmente... algum dia.

Enquanto divagava, observei todos retomarem seus lugares no tribunal.

Meu coração batia rápido, ansioso, quase ignorando a serenidade incomum que o quinto elemento deveria me fornecer.

Se eu errasse alguma coisa naquele julgamento, com certeza seria crucificada. E com uma plaquinha em cima de mim, dizendo “jazerá aqui a Juíza que não condenou a sapa”.

Pisquei, irritada, tentando encobrir a ansiedade e permitindo que o quinto elemento corresse mais livremente em minha mente.

Atena parecia um ratinho, de tão amuada que estava ao meu lado. Devia também estar com medo de ganhar uma plaquinha do tio “a assistente de tribunal que fez a Juíza ser crucificada com ela”.

– Falta mais alguma coisa, Atena? – torci o nariz quando a aquela minha voz afiada soou outra vez.

– Não, Meritíssima.

– Ótimo – murmurei – chame a ré.

Não quis impedir as exclamações de surpresa, raiva e desagrado que se seguiram, enquanto as portas do tribunal reabriam, dando passagem para dois aurores que ladeavam uma figura baixinha - previsivelmente vestida de rosa - e um bruxo de terno que a acompanhava.

– Iniciando o processo contra a ré Dolores Jane Umbridge. Advogado de defesa... Gabriel Bones.

Assisti Umbridge lançar um olhar azedo para Atena, indo se sentar, algemada, no banco dos réus, junto dos aurores e do advogado.

Quando ela se virou para mim, porém, vi seu rosto anfíbio se contorcer num esgar de choque e pânico.

Eu não precisava ver sua pulsação para saber que Umbridge ainda não havia me reconhecido... mas que já estava apavorada o suficiente com minha forma.

– Pode ler as acusações – minha voz saiu num desnecessário rosnado.

Atena pigarreou, com os olhos saltados, provavelmente sentindo a atmosfera ameaçadora que pairava no tribunal.

– A ré é acusada de crimes qualificados de tortura, injúria e difamações graves, repressão, ameaças contra menores de idade, corrupção, presidência de julgamentos e condenações sem base judicial, uso abusivo do poder de Alta Inquisidora durante período na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e incitadora de instabilidades na relação entre espécies mágicas e não mágicas.

– Protesto!

Nossa... aquela foi rápida.

Todos se viraram, surpresos, para o advogado de Umbridge.

Tive vontade de negar a revindicação, mas fiquei curiosa.

– Prossiga, Sr. Bones.

– Peço á vossa Excelência que retire a acusação de uso abusivo do poder inquisitório. A acusação não constava no quadro anterior antes do início da sessão.

– Ah, sim – fitei-o, desdenhosa – realmente não estava – dei um largo sorriso ao advogado – fui eu que acrescentei ao dossiê.

Os burburinhos aumentaram, surpresos. Pensei ter ouvido risadinhas na assistência.

Umbridge se ergueu.

– Com todo o respeito, Excelência – ela disse, com aquela já conhecida voz infantil - mas a senhorita não poderia fazer isto... de acordo com o artigo nono da Constituição Judicial...

– Sim, nenhuma acusação pode ser acrescentada durante o processo do julgamento – respirei fundo, encarando-a – exceto, e só neste caso, se o Juiz da Corte tiver presenciado, ou tiver testemunhas disponíveis no momento, do ato criminoso em questão.

Ela aparentou choque quando eu recitei o artigo de cor.

“Não esperava por essa, Dolores?”, ri mentalmente.

– E, quanto á esta acusação em particular, há testemunhas tanto no júri quanto na assistência - enfatizei, taxativa – além de mim mesma... como diria a Legislação, Indubitatumtestimonium.

Revirei os olhos quando Umbridge franziu o cenho.

Rony deu uma risadinha irritantemente audível na fileira da frente. Ele e Harry se viraram par Dolores, sorrindo.

Ela olhou para os dois e, deles, olhou para mim, finalmente somando dois mais dois, e ficando boquiaberta.

– Algo mais a declarar, Bones?

Gabriel parecia a imagem do desagrado.

– Não neste momento, Excelência.

– Miriam... – assenti para a escrivã, que anotou os dados do julgamento. Voltei á virar-me para Umbridge, que ainda me observava, atordoada.

– Dolores Umbridge?

Eu não podia ter recebido olhar mais venenoso em toda a minha vida.

– Meritíssima? – ela praticamente rasgou o tratamento.

– O que tem a dizer sobre todas as acusações?

Vibrante como uma bexiguinha, ouvi o coração dela disparar.

– Sem base, Excelência.

O sangue rugiu em meus ouvidos, enquanto as exclamações de indignação se ergueram da assistência.

“Pare”, ordenei á mim mesma, tentando encaixotar minha irritação – e, para minha surpresa, o elemento de fogo, que parecia doido para sair por minhas mãos.

– Todas as acusações têm testemunhas, sendo eu mesma uma observadora de quase todas as infrações. Onde não haveria base, Sra. Umbridge?

Dolores se ergueu, virando-se para a assistência.

– Esse julgamento, aliás, não tem base.

Com essa, até eu arfei, junto dos espectadores, que pareciam alarmados.

– Pelo amor de Deus, Dolores – arfou Gabriel.

– É isso mesmo! – ela me olhou cruamente – olhem só para quem vocês estão deixando julgar os cidadãos do nosso povo! Ninguém aqui tem bom senso? Todo mundo aqui sabe da verdade... desde quando uma garotinha... – ela cuspiu – uma Wicca, uma bruxa condenada ás Trevas, é adequada para julgar quem é inocente ou culpado? Desde quando uma criança pode condenar qualquer pessoa?

A assistência estava atônita, se entreolhando e falando. Mas nada se comparava á própria pulsação que corria dentro de mim, enlouquecida.

– E quem é você para falar da Juíza assim? – vi Nyree se levantar, com a testa vincada de raiva.

– É! Quem você pensa que é?

– Não preciso achar mocinha. Fui membro da Corte com muito mais honra e por muito mais tempo do que essa pirralha imunda.

A balbúrdia que se iniciou não precisou de muito para ser contida

Eu simplesmente me ergui, e o tribunal inteiro silenciou-se.

Senti, outra vez, aquele formigamento em meu corpo, como se meu interior Wicca quisesse emergir novamente, como havia feito na Toca.

Mas eu não podia deixar que acontecesse agora.

Os archotes do tribunal, porém, ignoraram meu apelo desesperado, fazendo o fogo que crepitava dobrar de tamanho.

As pessoas pareceram se encolher em reação ás chamas.

– Basta, Dolores – minha voz soou fria como metal – limite-se á tentar se defender de suas acusações, em vez de aumenta-las.

A assistência estava boquiaberta, provavelmente surpresa de que eu não tivesse usado o surto de Umbridge para condena-la mais rápido.

Ela se virou de volta para mim, raivosa. Mas parecia ver, pela atmosfera latejante do salão, que não seria uma boa ideia tentar apelar por difamações para se safar do julgamento. Simplesmente voltou a se sentar.

– Peço reivindicação de uma testemunha de defesa para a ré, Meritíssima – Bones tagarelou, ainda atônito com a reação de sua cliente.

– Nome?

– Pio Thicknesse, Excelência.

Atena me deu um sorriso tão grande, antes de me entregar o dossiê, que eu quase ri.

Dei um meio-sorriso quando acabei de ler o processo de Pio.

– Negado – vi alguns do júri pularem no banco, e, em seguida, parecerem esconder o sorriso – a suposta testemunha em questão foi julgada incapaz de depor qualquer coisa sobre o período como Ministro. Foi comprovado que sofreu uma Maldição Imperius durante todo esse tempo, e isenta de qualquer punição ás ações decorridas.

– Não é verdade! Pio estava consciente! – grunhiu Umbridge – ninguém pode provar!

– Não, Pio não estava consciente – rebati – pedido negado, Bones. E acho que sua cliente já disse tudo o que queria dizer... tem algo a acrescentar?– voltei a sentar na tribuna, gesticulando a mão para Miriam - essa sessão do tribunal terá um intervalo, enquanto iniciamos a reunião do júri. Assistência dispensada até a segunda ordem.

Pareceu-me que a enorme massa de gente estava aliviada de poder deixar o tribunal. Vi gente praticamente correndo na direção da saída.

Não me importei de verificar se Umbridge e Bones já haviam saído. Apenas desci da tribuna, seguindo Atena, que já acenava para uma Oliviene surpresa. Tentei ver Harry e Rony, mas eles pareciam já ter saído com Nyree, Darel e Tamahine.

Assim que Atena entrou na sala, porém, Oliviene segurou meu braço, olhando assustada para as portas do salão.

– A coisa está feia, Hermione – ela arfou – o júri está querendo vindicar pena máxima.

– Execução? – sussurrei, sentindo meus olhos se arregalarem.

– Não... – Oliviene piscou – pior.

Um júri todo... e á favor... minha nossa.

Todos deviam estar com muita raiva.

– Entenda, Hermione... Umbridge não deixou de gerir várias tentativas de perseguição á nascidos trouxas. E, infelizmente, três casos que ela julgou... receberam pena máxima. Foi praticamente três homicídios... sem citar outras criaturas e espécies que também poderiam ter sofrido esse fim. Os crimes delas são expansivos o suficiente para serem considerados atentados á sociedade... e há vítimas e familiares de vítimas aqui... até mesmo no júri.

– Por favor, Oliviene – balancei a cabeça – ela não vai ser julgada com base no desgosto popular – engoli em seco, sentindo os elementos quase vacilarem dentro de mim – o ódio... não nos permite raciocinar direito. Essas pessoas estão fora de si. Se eu tiver de ser odiada por julga-la justamente... – respirei fundo - pelo menos estarei de consciência limpa.

– Bom... – Oliviene suspirou.

– Não sei que veredicto vou decidir... mas não vou condena-la á morte só por pressão.

Ela assentiu, me dando uma palmadinha nas costas e me acompanhando até a sala de reuniões,

_______________________O_____________________________

Quando voltei ao tribunal, o efeito da reunião com o júri ainda latejava em minha cabeça.

Eu podia sentir, graças ao quinto elemento, toda a vibração vital na sala. Podia até mesmo sentir a angústia, a raiva e a indignação de cada pessoa do júri. E nem sequer podia culpa-los.

Mas sabia que o ódio pulsante ali não permitiria que pudessem avaliar justamente a condenação de Umbridge. Precisei de toda a minha empatia para convencê-los.

Suportar as sensações que as pessoas ali me passavam foi suficientemente penoso para que eu tivesse de voltar á forma normal para decidir o veredicto.

E, mesmo assim, ao finalmente decidir, eu não pude impedir um nó de se formar em minha garganta.

De volta á tribuna, já transfigurada outra vez, vi cada rosto na assistência me encarando com ansiedade. Era evidente que todos ansiavam pela decisão.

Evitei encarar o rosto contraído de Bones e a expressão odiosa de Umbridge, enquanto recebia o pergaminho do veredicto das mãos de Atena.

Finalmente, os elementos me cobriram como um manto protetor, permitindo que eu lesse a pena sem sentir apreensão.

Aliás, sem sentir nada.

Para não dizer que não senti nada, senti um arrepio quando Rony assentiu para mim, sorrindo.

E, graças aos céus, o quinto elemento me deu coragem o suficiente para dizer o que todos aqui queriam ouvir.

– Dolores Jane Umbridge,... após consideração e consenso do tribunal, pelos crimes hediondos de tortura, tentativas múltiplas de homicídio, violação da liberdade, perseguição, corrupção ministerial, condenações vergonhosas e difamação de graus máximos, essa Corte decidiu condena-la à pena que qualquer pessoa desumana deve receber.

Ergui o rosto, impassível, olhando uma última vez para o rosto detestável que havia feito tantas desgraças.

– Prisão perpétua.

– Que? - ouvi-a guinchar.

Suspirei, finalizando o julgamento.

– Caso encerrado!

Mal ouvi os aplausos que discorreram enquanto batia o martelo.

A gritaria no tribunal era grande e alegre o suficiente para eu nem sequer ter vontade de conte-la.

Em meio ao torpor dos elementos, senti algo engraçado mexer em meu estômago. Quase como um auto-orgulho da sensação de dever cumprido.

Eu nem acreditava. Tinha feito isso mesmo.

E o mais importante... não tinha sido esfaqueada. Ainda bem. Pelo visto, meu veredicto tinha satisfeito todos ali.

A ovação, porém, já estava me deixando sem graça. Ergui a sobrancelha para a assistência, que diminuiu a balbúrdia, mesmo parecendo ainda extasiada com o resultado.

Eu já ia descer da tribuna, talvez tentando fugir da eminente multidão que me cercaria, mas, para meu espanto, Bones e Umbridge pararam bem diante dela.

Os aurores tentaram empurra-la para que continuasse andando para a saída, mas ela se jogou, algemada, em minha direção, me encarando furiosa.

– Escute bem, sua nojentinha. Você não perde por esperar. O cavalo da morte vai encontra-la.

– Ande logo, mulher – grunhiu um dos aurores, finalmente, tirando-os dali.

Meu coração disparou, atônito.

Umbridge sabia sobre os cavalos da profecia?

Não podia ser... ninguém sabia disso...

Ou sabia?

Minha primeira reação foi quase ter vontade de ir atrás deles para encara-la, e fazê-la contar o que sabia.

Mas eu queria mais era esquecer que aquela pequena e ridícula premonição existia.

Talvez fosse só coincidência...

Balancei a cabeça, ignorando meus pensamentos. Não ia ficar pensando naquilo agora.

Previsivelmente, foi só eu descer da tribuna para ser engolfada por aquele grupo de doidos. Oliviene e Atena acenaram da grade do júri, fazendo sinal positivo para mim.

– Mandou bem, Hermione! – Darel bateu palmas.

Sorri, aliviada.

– E aí, Harry? – brinquei – não quis dizer nada a respeito das acusações?

– Não – Harry fez uma careta – Nyree prometeu fazer comigo o que Voldemort não teve a decência de fazer, se eu abrisse a boca.

– Nossa, Nyree – balancei a cabeça enquanto minha amiga gargalhava.

– Hermione! – Gina pulava – a vaca rosa foi para o brejo!

Ri, achando graça.

– Vaca rosa?

– Você devia era ter dado a pena máxima – Gina fez um biquinho, fazendo todos rirem – um beijinho de dementador para alegrar a vidinha da sapa.

– Acho que não – franzi o cenho, me virando abruptamente e quase caindo em cima de Rony.

– Oi, Excelência.

Torci o nariz.

– É senhorita Granger para você, plebeu.

Rony gargalhou, me abraçando e beijando meus cabelos. Meu coração bobo e apaixonado ribombou ao som de sua risada.

– Plebeu? – ele encostou o rosto em minha orelha, sussurrando e me deixando quase arrepiada – me deixe só entregar meu currículo na seleção e a gente ir para casa... aí você vai ver quem é o plebeu...

– Ain... – guinchei, rindo, enquanto os elementos por fim se dissipavam e me devolviam a forma normal. Abracei Rony, absurdamente alegre.

Minha nossa... como eu estava feliz. Havia conseguido concluir os julgamentos com sucesso, sem apelar para meus poderes, sem me desequilibrar, e com toda a equidade e justiça que deviam ter.

Ainda me incomodava um pouco toda aquela coisa de ser uma figura régia e de condenar pessoas... mas agora, eu sabia que podia fazer aquilo.

Aquela pequena ameaça de Umbridge era a única coisa que me incomodava. Mas eu me recusava á me esquentar com isso... ainda mais agora, que tudo parecia tão claro e animado.

Aquele dia não podia ficar mais perfeito...

Ou foi isso que achei... antes de Rony, como sempre, me surpreender mais tarde.


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Notas finais do capítulo

Comentários, protestos, elogios, pedradas... fiquem à vontade.
Kissus de cereja e até o próximo capítulo!



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