Miss you love escrita por Letícia Oliveira


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal. Fiquei feliz em saber que ainda me acompanham! De verdade. ❤
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João Lucas acordou em seu carro, com as costas doídas e a cabeça a ponto de explodir a qualquer momento. Piscou os olhos por breves instantes, um pouco desnorteado por não saber onde estava. E aos poucos foi recordando-se de tudo. Casa da Ísis, discussão, bebida. Não lembrava de muita coisa, nem de como estava tão bêbado de dormir no estacionamento de sua própria casa. Menos mal. Fitou o telefone, que vibrava insistentemente. Era Du.

— Du?

— Oi, lek. - Ela falou, suspirando. - Só te liguei pra certificar de estava bem. Bom, você bebeu muito e não queria sair do carro por nada, e eu sou só uma garota. - Riu do outro lado da linha. - Conseguiu entrar em casa?

— Hm. Acordei agora. E no meu carro.

— De ontem? - Sua voz soou assustada.

— Humrum. - Ele sorriu. - Obrigado por você ter vindo. Mesmo eu não lembrando de nada. De verdade.

Du engoliu em seco e esboçou um sorriso. 

— Que isso, lek? Amigos são pra isso mesmo. Hm. Eu vou desligando aqui, ok? Depois a gente se fala.

— Ok. Te amo. - Falou ao telefone.

Du ficou durante uns segundos olhando para a tela acesa do celular, sorriu de leve e deitou-se novamente na cama.
João Lucas descansou a cabeça sobre o banco do carro por uns minutos e tomou coragem para abrir a porta do carro e sair de lá, ainda cambaleando. Estranhou o fato de ninguém ter vindo tomar satisfações com ele, nem escutar o berro de seu pai. Achou melhor assim. Não queria ver aquela cara de cafajeste do comendador, que entregava com toda certeza que ele havia ficado com Ísis a noite toda enquanto ele enchia a cara por um bar qualquer. Definitivamente ela não gostava dele, e Lucas pensou que teria que se acostumar, afinal, ele ainda era João Lucas Medeiros de Mendonça e Albuquerque, o filho mais novo do comendador que as garotas caíam matando.
Andou pelo estacionamento procurando a saída, e o achar, foi andando tentando esquivar-se do sol que queimava seus olhos. Era horrível. Passou pelo jardim, falando com os seguranças e finalmente entrou em casa.

— Ah, ele acordou. - Maria Clara revirou os olhos e falou com outra pessoa ao telefone. Provavelmente sua mãe. - Como foi dormir no carro? - Desviou a atenção do celular e o fitou com falsa expectativa.

Lucas balançou a cabeça e deu de ombros, andando para a escada.

— Não enche, Clara. - Bufou apoiando-se no corrimão. - Quer dizer que vocês me viram no estacionamento e não fizeram nada?

Maria Clara soltou uma gargalhada ácida, desligando o celular.

— Era pra fazer o quê? Ir te rebocar? - Levantou a sobrancelha em inquisição.- Aquela sua amiga esteve aqui. Fez de tudo para te levar para dentro. Mas ela é uma garota, e bem pequena em comparação a você. Acabou desistindo.

— É. Eu fiquei sabendo. - Levou as mãos à cabeça. - Que dor!

Foi andando as escadas quando sentiu uma mão em seu ombro. Era Clara.

— Vem, caçula trabalhento. A sua irmã mais velha vai cuidar de você, embora você não mereça. - Sorriu e passou a mão pelos ombros do rapaz. - Você está um caco, garoto! Ainda bem que a mamãe não dormiu em casa pra te ver assim.

João Lucas que estava caminhando com o apoio da irmã, parou bruscamente.

— Ei! Quer me derrubar, Lucas?

— A mãe não dormiu em casa? - Perguntou surpreso. -

— Não. Não dormiu. Mas depois a gente fala disso, ok? Agora vamos subir para você tomar um remédio, uma ducha e descansar esse esqueleto farreador. - Riu caminhando com o irmão -

**

— Sério isso, Eduarda? O que custava jantar com sua família?

— Mãe, eu... - Du tentou falar, mas foi interrompida.

— Olha, a convivência com você vem tornando-se cada dia mais... - Laura parou, procurando palavras. - mais difícil! Seu irmão pediu, Eduarda!

— Eu não aguentaria estar sentada a mesa com ele. - Du suspirou. - Mãe, eu te amo muito, mas...

— Mas...? - Laura pôs a mão na cintura esperando resposta -

— Mas o Alberto não passa por aqui! - Gesticulou para a garganta. - Desculpa.

— Ok. Eu não vou tentar entender mais. Mas da próxima vez, tenta ao menos falar direito com o Davi. Ele te ama. - Ela esboçou um sorriso de lado. -

— Eu também amo ele. - Du sorriu. -

Laura  girou os calcanhares para sair, quando Du a chamou, de pé.

— Mãe?

— Oi.

— Me dá um abraço. - Ela olhou para sua mãe sorrindo. - Para eu ter certeza de que você me ama.

Laura devolveu o sorriso e foi caminhando rumo à filha. - Claro que eu te amo. - Abriu os braços e a abraçou forte.

Há tempos que Eduarda não sentia tamanha demonstração de amor por parte de sua mãe. Mas aquele abraço, restaurou todas as suas dúvidas a cerca disto.

**

Lucas fitou a parede branca do quarto, e tentou fechar os olhos para dormir. Mas simplesmente não conseguia. A cabeça não doía mais, mas ele ainda estava quebrado. Mesmo assim não sentia sono. Virou-se de um canto para outro na cama, até sentir-se confortável para ficar apenas pensando na vida. Ou melhor, em todos que nela estavam inclusos, até Ísis. Ele teria que esquecê-la de uma forma ou outra. Mas não sabia como.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, amores!