Miss you love escrita por Letícia Oliveira


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas ❤❤
Mais um capítulo daqueles!
Sem mais delongas, obrigada por todos os comentários - e puxões de orelha - que me mandaram! Vocês não sabem o quanto me deixam felizes ♥



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POV'S Lucas

— Bom dia. — Meu pai falou entrando pela porta do quarto sem nenhuma cerimônia.- Hoje você não escapa de ir à empresa. Te dou exatamente trinta minutos para se aprontar. — Olhou-me de relance e saiu batendo a porta. —

Dormi um dia inteiro. E isso não era bom. Pelo menos não para meus pais. Porque dormir um dia inteiro é dos deuses.

— Nossa. — murmurei algo e levantei — Eu bebo e quem tem a ressaca é meu pai.

Pego meu celular e vejo uma mensagem de Du: A farra de Segunda foi boa, ein? Virou até a quarta! Depois me liga. (Se tiver vivo ainda)
João Lucas: Tô vivo sim, não te preocupa. Depois falo contigo. Hoje é um dos dias "D".
Du: Puxado, ein? Vai lá. Depois nos falamos.

Levantei da cama, fiz minha higiene matinal e pus um daqueles ternos que tanto odiava, mas que por ser uma ida à Império, precisava ser usado. Olhei para o relógio e quase infartei. Marcava sete horas da manhã.
Logo ao entrar na sala de jantar, dou de cara com minha mãe, me fitando como se quisesse me matar.

— Conversamos quando chegarmos, Lucas. — Ela direciona o olhar para meu pai, que faz um gesto que eu sente à mesa com todos. —

— Bom dia, família!

* *

— O que deu no pessoal de casa? — Pergunto a Zé Pedro, já sabendo a resposta. —

— Você. Você é a causa de todos os estresses.

— Essa doeu, viu? — Ponho a mão no peito, e ele revira os olhos. —

Viro-me para o computador e atento-me às planilhas dispostas na tela. Zé Pedro vai me explicando cada detalhe, de como tudo se passa, e não entendo nada. Nem 1%.
Ao fim do "expediente", pego minhas coisas e vou dar uma espairecida. Mas não uma espairecida como costumo dar. Uma espairecida normal, de boas. Em um parque com árvores. Afrouxo a gravata, e antes de sair do carro, tiro o terno.
Antes de entrar, vejo duas figuras em um banco, quase comendo um ao outro. Rio disso, afinal quem nunca deu uns amassos num banco de Praça?
Mas, espera aí. Reconheço a silhueta ruiva e magra. Du.
Não que eu tivesse algo a ver com aquilo. Mas fiquei tão desconfortável ao ver o modo de como o cara pegava nela. Dou de costas, decidido a entrar no carro e voltar para casa.

Lucas? — Du chama ao eu dar o primeiro passo no sentido contrário. —

Viro-me, e vejo melhor o cara. Ele parece confuso.

— Er... oi. Já tô de saída. Depois a gente se fala. Tô atrasadasso. — Gesticulo. —

— Então tá, lek. — Ela fala meio desapontada. —

Dou meia volta e saio. Dirijo até chegar em casa e encontro minha mãe no sofá.

— Vamos conversar?

Quarta-feira geralmente é um dos dias da semana em que mais odeio. Por que? Porque tenho que ir fazer média na Império. Ou seja, passar o dia todo engravatado e ''falando de negócios". Bom, até que não era tão doloroso fazer isso. Não quando se está com uma ressaca imensa. Já não bastava ter visto minha melhor amiga aos beijos com um cara, ainda ouvi o que não tinha ouvido no dia anterior, por dormir no estacionamento de casa. Eu costumo não ligar muito. Na verdade nem ligo. Mas extrapolou os limites.

— Você quer que nós tenhamos que tomar medidas drásticas? — Minha mãe esbravejou — Está viciado em bebida, festas... gasta dinheiro como se não houvesse amanhã.

Revirei os olhos. Estava sentado no sofá observando o circo de sempre. Clara e Pedro haviam saído. Ela para ver o noivo, ele para comer fora com a mulher e enteada. Meu pai estava fazendo sabe-se lá o que, que ainda não estava gritando também no meu ouvido.

— Quem sabe se você não está usando drogas mais pesadas! Ah meu Deus! — Ela esbravejou passando as mãos pela cabeça — Vou conversar com seu pai e procurar um clínica de reabilitação urgente... — Maria Marta falou murmurando e procurando algo na bolsa. Era um calmante. —

Saltei os olhos e engasguei-me com a própria saliva.

— Quê?! — Levantei de ímpeto — Mãe, eu não estou usando drogas!

Ela virou-se com cautela e ingeriu o remédio juntamente com a água que Silviano a deu.

— Todos falam isso. Mas você precisa de tratamento.

— Mãe, eu não preciso de nada. Quer dizer, acho que não.

— Ótima defesa, João Lucas. — Ela riu com escárnio. — Olha, do jeito que você está levando, não dá. Não dá. — Balançou a cabeça e sentou-se no sofá — Já não basta tantos problemas. Seu pai com aquela ninfetinha. E me vem você. 

— Olha, eu te juro que não estou viciado em nada. - Sentei junto a abraçando. — Eu só bebi para esquecer a Ísis. — Confessei. — Ela me deu outro fora, e...

Exatamente sobre isso que queria conversar com você, Lucas. Que história é essa de ir no apartamento de Ísis? — Meu pai brada ao chegar na sala, com aquela voz autoritária e sotaque mais carregado que o normal. — Ele não precisa de clínica coisíssima nenhuma. Precisa entender de uma vez por todas que com mulher minha não se mexe. 


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Notas finais do capítulo



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