Miss you love escrita por Letícia Oliveira


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oii, pessoal. Estive sumida mesmo (e como!). Mas não me batam. Bom, nem sei se vocês acompanham minha estória mais, mas vou postar este capítulo aqui e ver o que se deu dele. Bom, mais uma vez, mil perdões, sério. E vamos lá.
Ps: Gostaria que vocês comentassem para eu ver quem ainda acompanha, rs. ❤



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POV'S DU

Cheguei em casa, estavam todos na sala de jantar em uma típica refeição em família - onde eu, claro não estava inclusa -. Meu "pai" estava como de praxe na ponta da mesa, e na outra ponta, minha mãe. Dispostos paralelamente um ao outro, meus irmãos Theo e Davi, o mais novo.
Observei aquela cena por uns segundos. Todos conversando alegremente, sorrindo. Coisa que não acontecia quando eu estava no meio disso tudo. Passei por aquilo tentando não ser percebida. Mas quando estava no terceiro degrau da escada indo para meu quarto, ouvi a voz de Davi.

– Eduarda! Vem aqui jantar com a gente, vem! - o pequeno falou batendo palminhas -

Girei o calcanhar e respirei fundo, indo de encontro à mesa. Alberto me fitou e desviei o olhar. Abaixei-me na altura da cadeira onde Davi estava e passei a mão por seus cabelos cacheados e negros.

– Olha, não vai dar, tampinha. Eu estive dando um rolê na casa de um amigo meu e...

– O filho do comendador? Seu namorado né? - ele disse inocente e fuzilei Theo, dando um olhar mais mortal possível para ele. - Eu gosto dele. Naquela vez que ele veio aqui, me deu um carrinho beeeem' grandão!

–Ele é legal, meu amor. Mas não é meu namorado. É apenas meu amigo e nada mais. - levantei-me e dei um beijo em sua cabeça - Bom, eu vou subindo. A mana aqui está morta de cansada.

– Tudo bem. - ele sorriu -

– Boa noite. - Alberto forçou um sorriso para mim, e minha mãe assentiu, como se quisesse que eu retribuísse -

– Boa noite, família. - dei um sorrisinho e andei em direção ás escadas. - Boa refeição.

Cheguei em meu quarto já tirando minhas botas e as jogando em um canto qualquer, ficando apenas de meia. Joguei-me em minha cama e fitei o teto.
Nem sempre minha convivência com meus pais foi assim forçada. Muito menos com Theo. Tudo começou quando Davi nasceu, há cinco anos. Ele não foi planejado, assim como eu. E por esse motivo, meus pais estavam estressados, irritados, ou seja lá qual for o nome para isso. Alberto já estava com seus quase 47 anos, minha mãe chegando aos 40 e Theo com 18. Por eles tudo bem apenas dois filhos - ou apenas um, como era o plano deles -, mas aí veio a notícia de que ela estava grávida e tudo virou de cabeça para baixo. Ela sempre discutia com meu pai, e numa dessas discussões, ele jogou na cara dela que ela era uma fraca pelo simples fato de não ter me abortado e nem a criança que estava em seu ventre. Eu escutei tudo, escondida na escada. Não acreditei ao ouvir aquilo saindo da boca do pai que tanto amava, mesmo ele me tratando como certa indiferença na maior parte do tempo.
Depois disso, passei agir diferente com ele. Ora! Uma criança de 14 anos escutar que era melhor não ter nascido, é um trauma e tanto. Logo após Davi nascer, minha mãe entrou em depressão pós parto. Foram longos meses de angústia e sofrimento para todos nós, menos meu pai, que andava em farras e festas gastando todo o dinheiro que faturava na empresa. Até que um dia qualquer, fui com Théo na empresa espairecer um pouco (meu irmão já era maduro o suficiente para me tirar do caos que era minha casa) e encontramos meu pai se agarrando com a mulher do sócio dele. Meu pai fez nós jurarmos que em hipótese alguma minha mãe saberia disso, e isso só me fez ter mais nojo dele. Disse que não queria estragar o casamento com minha mãe, mas estava sendo muito difícil sustentar a situação em casa com ela daquele modo e que se nós a amassemos como dizíamos, não falaríamos nada. Eu, claro, não falei. Mas fiquei com muita raiva dele e as brigas tornaram-se constantes. Minha mãe ficou boa, Davi cresceu, meu pai deixou a amante e Théo com o passar do tempo virou-se contra mim, por causa da ambição. Não consegui seguir em frente. Ninguém imagina que eu lembre do que vi, mas lembro muito bem. E embora não pareça, amo minha mãe e por isso não aguento vê-la passando por tudo isso com meu pai. Mas sempre sou a errada mesmo.
Ouço o celular tocar e saio de meus devaneios. Não é Lucas.

– Oi, Michel! - falo animadamente -

Michel é meu ficante - nem tão ficante - quase há um ano.

– Oi, ruiva! - ele falou, com sua voz animada de costume - Vamos sair na quarta?

– Boa noite pra você também! - gargalhei - Sim, vamos sair na quarta!

– Nos encontramos no cinema ás 14:00. Ok?

– Ok. Bom tenho que desligar, ou então desmaio de tanto sono a qualquer hora.

– Ok. Boa noite. Te adoro. - ele fala e eu rio de lado -

– Também. - dou um beijo por telefone e ele ri - Tchau.

Suspiro desligando o telefone e ajeito-me na cama.


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Notas finais do capítulo

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