Miss you love escrita por Letícia Oliveira


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Amores, desculpem a demora para postar. Mas é que a maioria das vezes eu escrevo o capítulo e deixo-o guardado esperando por mais notificações de vocês, para saber o que acharam do anterior e postar o próximo. Então, peço que tenham calma. E não. Não vou abandonar a fanfic, e sim fazer o máximo para continuar postando. Tenho a quantidade de capítulos em mente e quase toda a estória programada na mente também. Quem quiser saber mais informações, estarei a todo dispor para sanar dúvidas (só mandar mensagem para mim no privado, ok?) quando, claro, tiver tempo.
No mais, boa leitura. ❤



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POV'S LUCAS

 Levantei abruptamente depois de passar dez minutos - ou mais - na cama, refletindo a cerca do sonho que tive com minha melhor amiga. Com Du. Não entendo o porquê de estar sonhando justo com ela. Nem estou apaixonado nem nada. Apenas... gosto um pouco dela. É bom ficar com ela, beijar, morder aquela boca carnuda e linda que tanto aprecio, afagar os cabelos ruivos e sedosos que ela tem, mesmo que a marrenta não goste tanto assim. Mas apaixonado? Acho que o pessoal aqui de casa andam viajando. E o meu subconsciente também. 
O sonho parecia tão real. Tão certo. E senti a ansiedade por meu personagem no sonho. E os flashes de Du aceitando o pedido. Mas em determinado momento, quando ainda estávamos nos beijando e nos apreciando, aquele carinha apareceu. A tomou de meus braços. Um vazio me preencheu instantaneamente, e ofeguei. Aí acordei. Quando acordei, fiquei puto por ter sido apenas um sonho. Mas depois, quando recobrei a memória, vi que foi melhor ter acordado. O tal depois de tomá-la de mim, afastou-se cerca de um metro, e a beijou. Na minha frente. Não pude fazer nada não sei porque. Minhas pernas não obedeciam os comandos e lágrimas desciam. Du olhou-me com pesar e foi andando até sumir nas sombras do Jardim com ele. 
Não. Isso não aconteceria. Ele não a tomaria de mim. Ou não me chamo João Lucas Medeiros de Mendonça e Albuquerque.

 Levantei-me apressadamente e fui ao banheiro, realizar o ritual de toda manhã antes de ir para a Império. Terminado tudo, peguei meu terno ligeiramente amassado e desci ao encontro dos demais que estavam postos à mesa. Meu pai estava na ponta, como sempre, e os demais em lugares que não prestei atenção. Bruna, a enteada de Pedro, estava lá também. Adoro essa garotinha. Ela é a única pessoa dessa casa toda que é realmente pura e inocente. Acho que por ser criança. Já mencionei que adoro crianças?

 – Tio! - Levantou-se da cadeira que estava ao lado de Daniele e correu até mim, me abraçando pela cintura - Saudade de você!

 A sapequinha estava numa espécie de colônia de férias, e somente ontem a noite havia voltado para casa, mas quando chegou eu já havia dormido.

 – Também tava com saudade de você, Bruninha! - Ajoelhei-me próximo a ela e depositei um beijo em sua testa - Como foi lá? Fez muitos amigos.

 Ela aproximou a boquinha de meu ouvido e fitou o resto das pessoas na sala de jantar, que riram do gesto.

 – Bom, eu conheci um garoto bem chato lá. Ele me chamou de feia e chata também. Mas até que ele é meio legal. -  Falou e sorriu por fim -

 Ás vezes me esquecia que Bruna já é quase uma mocinha de dez anos.

 – Olha, você não é feia. Muito menos chata. Que pena não vai ver ele tão cedo. Mas quem sabe? - Também aproximei minha boca de seu ouvido - Segredo nosso, ein?

 Ela assentiu. Deu um último beijo em mim e pegou a mochila no sofá, indo com Daniele para escola. Sentei-me à mesa como todos e sorri, enchendo o copo de suco.

 – Você leva ótimo jeito com criança. - Pai me disse rindo - Não vejo a hora de ganhar netos.

 Engasguei-me.

 – Melhor deixar os planos para depois. - falei e todos ali riram -

 * *

 Já haviam passado uma semana desde o tal sonho com Du. E incrivelmente ela não havia ligado, e nem ido a minha casa. Como eu estava? Como deveria estar, claro: remoendo-me de algo que não sei explicar por imaginá-la com aquele namoradinho ou sei lá o quê dela. O que custava uma ligação, mensagem ou seja o que for? 
Pode ser que tenha acontecido algo na casa dela. Ou que ela esteja muito atarefada por causa da Universidade. Aí, bom, seria o caso de eu ligar. E o fiz.

 – Du? - perguntei ansioso ao ouvir que ela havia atendido -

 – Oi, Lucas! - Uma voz infantil respondeu -

 Sorri. Era Davi, o pestinha que também adoro. Já havia saído diversas vezes com ele para o parque. Muito gentil e danado também.

 – Ei, tampinha! Como vai?

 Ele riu. - Vou bem, e você?

 – Ótimo. Mas me diz uma coisa. Onde sua irmã está?

 – Ali com a Andréa vendo algumas fotos do bebê.

 Fotos? Deve ser ultrassom.

 – Faz um favor? - Davi assentiu - Passa o celular pra ela.

 – Tá.

 – Obrigado, tampinha. Qualquer dia desses vou aí pra te levar pro parque, que tal?

 – Tudo bem! - Ouvi passos e uma porta abrindo - Du, seu namorado Lucas. Ele quer falar com você.

 – Davi! O que eu falei sobre não atender meu celular? - Du ralhou com o irmão - Oi, lek.

 – Oi. Você sumiu. - falei simples -

 – É. Eu tô meio que ocupada com algumas coisas aqui em casa.

 – Hm. A gente poderia se ver, né?

 Minhas mãos tremiam, minha voz também.

 – Se você tiver tempo, claro. - Completei -

 – Hoje pode ser? Tô um pouco folgada.  - a ruiva sorriu -

 – Claro que pode! Hoje, no parque?

 – Humrum!

 Desliguei o telefone depois de desperdir-me. Eu a veria finalmente. Não faz muito tempo, certo? Mas é que uma semana sem se ver é como se fosse uma eternidade sem vê-la. Eu sentia necessidade de Du. De vê-la. Eu estava sim - nem acredito que vou admitir -, apaixonado por ela.

 * *

 Eu estava sentado num banco do parque ambiental pensando na vida - ou em algo -, quando avistei Du chegando. Ela estava linda. Vestia uma saia preta no meio das coxas, uma blusa de mangas compridas azul e uma bota de cano alto preta, com seu cabelo preso em um coque frouxo. Quando me viu, sorriu e acenou.

 – Lek, eu sumi, eu sei. Mas é porque... - ela mal sentou-se e foi falando sem parar -

 – Eu sei. Eu entendo. Tá sendo barra cuidar de quase tudo. Do processo. Da sua mãe e irmão... eu sei como funciona essa burocracia toda.

 Ela sorriu e esticou os braços para me abraçar. Abracei-a. 
Seu perfume é tão doce, que não me importaria de passar a tarde inteira inspirando o cheiro de seu pescoço.

 – Senti saudades. - Beijei seu ombro, e fui subindo para a bochecha. -

 – Eu também, lek. - Du apertou-me mais contra ela - Você nem imagina.

 – Ah. Imagino sim.

 Desvencilhamo-nos e olhei profundamente em seus olhos. Como ela podia ser tão simples e tão bonita ao mesmo tempo? Pus uma mão em cada lado de seu rosto, ela sorriu. Dei um selinho em seus lábios.

 – Lucas... - A garota fechou os olhos -

 A puxei mais para mim, e dei um beijo com vontade. Claro que sabíamos que estávamos num parque com crianças. O que quero dizer com vontade é justamente o que não tinha antes. Pelo menos da minha parte. Sentimento. Acho que a saudade fez sentir isso. Partido o beijo, nos entreolhamos intensamente. Até que ela desvia o olhar de mim, e fita algo além das minhas costas.

 – M-michel?! - Du fala visivelmente desconcertada -


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