Miss you love escrita por Letícia Oliveira
Notas iniciais do capítulo
Olá, meus amores! ❤
POV'S DU
– Du, já pensou a gente com um filho? - Lucas perguntou para mim e eu engasguei o com o suco -
– Quê?
– É, Du. A gente, com uma família. Filhos. Ele sorriu e me toquei de que não era para mim - Já imaginou se meus filhos nascem ruivos?
Revirei os olhos. - Seus filhos com a Ísis?
Ele ficou pensativo e me fitou.
– Não.
Suspirei. Como ele mente mal.
– Eu quis dizer... meus filhos com... contigo.
Lucas disse com um sussurro e gargalhei alto.
– Filhos? Comigo? - Pus o suco no criado mudo e continuei rindo - Agora tu viajou legal, lek. Eles não iriam nascer ruivos.
Agora foi a vez de Lucas rir.
– Viu?
– O quê?
– Tu cogitou a ideia de ter filhos comigo, lek. - Ele disse e piscou -
Meu sorriso morreu. Cogitei?
– Não, é que... tu disse e eu... bom, deixa para lá.
Nós estávamos cada vez mais próximos. Lek e eu havíamos ficado outras vezes. Mas como eu mesma e ele disse, amigos coloridos. E bem coloridos. O caso é que eu acho que estou gostando mais do que devia desse amigo colorido. E isso não é bom.
– Lucas... tu ainda foi na Ísis? - Disse após partir o beijo -
Eu tinha medo de que ele se desse conta de que deixou ela de lado, e de repente fosse procurá-la. Eu não queria isso. Queria ele me beijando, me desejando. Era pedir demais? Não. Não era.
– Não, Du. - ele fitou-me - Não achei necessário. - sorriu - E sabe... você beija muito melhor.
– Cafajeste! - Dei um murrinho em seu ombro - Mas sei que beijo bem. Você não é o primeiro a dizer isso. - Falei convencida, para provocá-lo -
– Ah é? - Ele virou-se para mim - E eu beijo bem?
Fiz cara de pensativa e biquinho.
– Dá pro gasto, lek.
Lucas fez-se de afetado e uma carinha de cachorro abandonado na mudança, que me fez quase agarrá-lo pelo pescoço e encher de beijos. Credo, não me reconheço. Estou... fofa.
– Ei, não fica assim. - Falei o puxando pela camisa - Eu te gasto todo. - Dei um selinho nele -
Ficamos nos beijando por alguns minutos, até que Lucas subiu a mão por minha blusa, a levantando, e puxou-me para mais perto. Ofeguei e afastei-me.
– Já deu. - Arrumei meu cabelo - Vamos jogar? Que tal? - E a blusa - Me conta sobre teu emprego. Quando vai receber o salário pra gente comprar novos jogos?
Lucas fitou-me confuso.
– Oi? - perguntei - Tá aí ainda?
Sorri.
– Tô, lek. - piscou os olhos algumas vezes - Preciso de água. E gelada.
Lucas saiu do quarto rápido e ri da cena. Eu não me sentia preparada para ter algo a mais com ele. Não era questão de confiança, porque confio muito nele. Nem questão dele ser o primeiro, porque já namorei durante um ano e meio. Era porque talvez ele iria tratar com algo casual e eu... bom, eu sou do signo de câncer. Não pareço muito sentimental, mas sou sim. E muito. Por esse motivo não queria avançar o sinal. Não sem antes Lucas gostar de mim o quanto gosto dele.
E sobre o caso do meu pai. Bom, o advogado estava trabalhando eficientemente e rápido. As coisas eram demoradas mesmo. Mas iam dar certo.
Lucas volta para o quarto, e cai na cama. Meu celular toca, mas não ligo e continuo vidrada no jogo.
– Lek, tu num vai atender não? - Apontou com a cabeça para o aparelho jogado na cama - Essa música é meio chata e tá atrapalhando o jogo.
– Ei! - Virei-me rapidamente para ele - Pitty não é nem de longe chato! E se quiser atende. Deve ser meu irmão, sei lá.
Lucas continuou jogando mas o celular não parava. Equilibrou o controle no pescoço enquanto pegava o celular para
a botar no silencioso.
– Melhor botar no silencioso, né? Já que tu num vai atender. - revirou os olhos -
Lucas parou um pouco e estranhei aquilo. Pausei o jogo e lá estava ele, com o celular na mão.
– Era o Michel. - disse entregando-me o aparelho - Ele deve querer muito falar contigo, né?
Peguei o celular e olhei o visor. Quatro chamadas perdidas.
– Melhor eu retornar. Vai que é algo urgente.
Lucas arqueia uma sobrancelha. - Ok.
* *
– O que você tanto conversou com o Michel? - Lucas pergunta para mim, no jantar. -
Sim, estávamos jantando à mesa, com a família dele. José Alfredo depois de ter visto alguns beijos nossos no Jardim uns dias atrás. Encasquetou de estávamos namorando. Aí já viu, né?
– Nada demais. Coisa da universidade.
Lek fitou-me desconfiado. - Vocês nem fazem o mesmo curso.
– E daí? - revirei os olhos e ri por dentro. -
Ele estava com ciúmes?
– Lucas, meu filho, pare de fazer perguntas para sua namorada no horário de janta. - Alfredo falou alto. Nos tirando da bolha envolta -
– Nós não... - tentei dizer, mas Marta interrompeu -
– Conheci seu pai, Eduarda. Alberto Botticelli. - me observou e corei. Por que citar logo ele? Não conheciam-me pelo que sou? - Muito educado e bonito. Agora sei a quem puxou...
Tossi um pouco.
– É... muito educado... mas não gosto muito de comentar sobre ele.
Marta deu-se conta do que havia dito.
– Desculpa. De verdade. Não sabia que... enfim, como anda o curso?
Sorri amarelo.
– Ótimo! Amo biologia.
O jantar passou normalmente e chegou a hora de ir embora.
– Bom, lek. Tenho que ir. - peguei minha bolsa no sofá - Dona Marta, o jantar estava muito delicioso - sorri - e seu Alfredo, e eu Lucas não namoramos...
– Ainda, Du. - Alfredo disse - Tenho certeza que irão casar um dia.
Corei. - Lek, me leva lá fora?
Lucas acompanhou-me e deu-me uns beijos.
– Amanhã tu vem?
– Não. Tenho prova. - o fitei -
– Queria te ver. - Disse derrotado - Mas ok. Quando chegar em casa me liga. - deu-me um selinho -
– Tá.
Desvencilho-me do abraço dele, e parto para casa. No caminho, vou pensando. Po que todas as vezes que Alfredo insinua que eu e Lucas namoramos, ele não desmente?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Xiii! Por que será, ein, gente? Tirem as dúvidas de Du. ❤