Um mês depois:

P.o.v.s Elsa.

Já tinha se passado um mês, o nosso pequeno grupo de amigos agora estava super amigos.

Eu e Merida estavamos nervosas e ansiosas neste mês, por causa que neste mês iriamos fazer estágio, e isso era esplendoroso.

Mas hoje é domingo, estou apenas sentada no sofá com uma vasilha de pipoca assistindo filme com a minha irmã,Anna,e minhas amigas Puzie e Merida. Meus pais tinham ido novamente vistar minha tia Karine, minha mãe disse que ela entrou em depressão depois da morte do tio Octávio.

As meninas estavam chorando, bom, Puzie estava com os olhos vermelhos de tanto chorar, Anna chega estava soluçando, Merida estava se segurando pra não chorar, eu, como estava? Provavelmente minha mack estava toda borrada, cara nunca pensei em toda a minha vida que iria chorar em um filme de pré adolescente, além do mais em um desenho da Disney.

Sim, é sim um desenho da Disney, Big Hero 6, o filme é emocionante, nós rimos muito, e agora estávamos chorando, que coisa em?!

Quando acabou o filme, as meninas foram embora eu me sentei no sofá novamente.

– Anna eu vou sair.- eu disse.

– Pra onde?-Anna se sentou ao meu lado.

– não sei, só não quero ficar em casa.-eu disse.-acho que vou na livraria.

– na livraria?- Anna perguntou.

– sim, quer ir?

– Qual livraria você vai?

– ah, Anna se não quer ir é só falar.-disse, eu sabia que ela não gostava de livrarias.

Ela riu.

– Se for aquela perto do shopping eu vou.

– E Essa mesmo,vamos?-perguntei.

– vamos.-ela sorriu.- vou só me arrumar,okay?

Revirei os olhos.

– Ta okay, vai, mas é pra ser rapidinho.

Ela sorriu, e subiu as escadas, não demorou ela apareceu na sala, já pronta.

– Estou pronta.-ela disse.

– Ta vamos, que está ficando tarde, e nós vamos andando, é aqui perto mesmo.

– oquê? Nós vamos andando?

– sim, vamos.

A campainha tocou.

Anna a abriu.

–kris!-ela abriu um sorriso enorme, e o abraçou.

– vim te convidar para paciar comigo, topa?

– ah... É que... Eu ia sair com a El's... - Anna disse passando a mão em seu próprio braço, meia sem graça.

– Não tem problema Maninha, pode ir.-eu disse.

– pra onde estavam pretendendo ir? A Elsa pode vir conosco se quiser.-Kris disse.

– Não, obrigada, mas vocês são um casal... Então... Não to afim de atrapalhar, eu queria ir mesmo para a livraria.-eu disse, mas naverdade, cara hoje é domingo, não estou afim de segurar Vela.

– Vocês iam à livraria?

– sim.-eu disse.

– não tem problema, eu te levo lá Elsa, ai eu e Anna vamos para o cinema.

– ahm... Pode ser.- disse.

Nós saímos de casa e fomos para o carro de Kristoff, pra falar a verdade, eu poderia ter pegado meu carro e tals, mas eu não estava afim de dirigir.

Eles me deixaram na livraria, que pra mim era perto de casa, não tanto, mas era.

Entrei na loja, tinha algumas pessoas comprando seus devidos livros, alguns vendedores.

Olhei as diversas estantes e prateleiras de diversos livros de diversos autores.

Até que achei o qual eu queria, 'Todo dia', era o nome do livro.

O peguei e fui até o caixa, o paguei para a moça, peguei o livro, que agora estava em uma embalagem própria da livraria, e quando estava para sair da livraria, peguei meu celular, para olhar a hora, 18:57 era o que mostrava na tela do celular, o coloquei novamente no bolço, e sai.

Já Estava tarde, e não tinha ninguém nas ruas, se não fosse por mim, e um grupo de rapazes/homens perto de uma das esquinas.

Não liguei, já estava tarde, e hoje é domingo, as ruas estão desertas por conta disto.

Segui meu caminho. Os rapazes/homens que estavam parados, estavam conversando algo, e rindo.

Passei perto deles sem dar ouvidos as cantadas furadas que eles me deram, já estava prestes a atravessar a rua, mas sentir uma mão segurar-me.

–Hey, não vai falar com agente gatinha?- um dos rapazes, era o que estava me segurando disse.

– me solta, não quero arrumar confusão.-disse já sentindo o gelo correr pelas minhas veias, e chegando na ponta dos dedos, pra piorar estava sem luvas.

– Vocês ouviram? ela não quer arrumar confusão, que fofo.-o rapaz, que ainda me segurava, disse, e os amigos dele apenas riram.- escuta aqui gatinha, você é muito falante, e gostosa, não é rapazes? -ele disse, os outros riram, e afirmaram, aquilo já Estava me dando nojo.

Tentei puxar minha mão, que o rapaz segurava, ele agarrou com mais força, e me puxou, me deixando de costa para ele, senti algo gélido em meu pescoço, uma faca talvez? Não. É redondo. Coloquei minha mão no objeto, não sabia indentifica-lo.

– vamos rapazes, andem, tirem a roupa dela.-ele disse.

–SOCORROOO!!!-gritei invalidamente, pois ninguém escutou.

– Tem certeza Gaiu?-um dos rapazes perguntou rindo.

– vamos logo, Luky.-disse o cara que me segurava.

–SOCORROOO!!! - gritei mais uma vez, e mais uma vez, nada.

–Shhhh.-o rapaz que ainda me segurava colocou a mão em minha boca.

– é melhor nós a encostamos ali, Gaiu.-o rapaz mais auto disse.

–okay.-ele disse e me arrastou para a parede próxima dali.-vamos tirem roupa dela.- Gaiu disse, senti mãos em meu abdômen, me contorci tentando sair dali.-calma Gata, vai ficar tudo tranquilo.

Senti mãos apertarem meu bumbum, minha coxa, e escutei as risadas dos nojentos e tarados que estavam me molestando.

Escutei um barulho de pneus de moto arranhando o asfalto.

– deixem a garota.-disse uma voz masculina, não conseguia ver a pessoa.

– quem é você para nos dizer o que fazer playboyzinho.-disse Gaiu, ele apertou mais o objeto contra a minha garganta, minha respiração falhou.

Escutei o acelerador da moto, e os caras gritaram, e chamaram palavrões, Gaiu soltou o objeto do meu pescoço, eu cai no chão de joelhos, e fechei meus olhos, sentindo minhas lágrimas escorrem.

Eu poderia ter machucado aqueles caras se eu quisesse?

Não. Eu poderia ter-lhes matado.

–Elsa.-senti mãos em meus ombros - Elsa está tudo bem? Eles te agrediram?

Balancei minha cabeça negativamente, as mãos de Edward me Viraram de frente para ele, e senti seus braços ao redor de mim.-tem certeza que está tudo bem?

– e-estou.... Bb-bem... -disse.-eu só quero ir para casa... -minhas lágrimas cairam mais.

– tudo bem eu te levo até lá.-ele disse.

– não precisa, eu vou sozinha.- eu disse.

–Elsa, olha seu estado, está abalada...

– foi só uma tentativa de assalto...-ele me interrompeu.

– isso não foi só uma tentativa de assalto Elsa.-ele disse seriamente.-foi uma tentativa de estupro.-ele disse.

Eu olhei nos olhos dele, aqueles olhos verdes, que agora estavam me olhando seriamente.

– Edward...-sussurrei.

– Vamos, eu levo você.-ele se levantou e me ajudou a levantar, ele subiu na moto, e eu subi logo atrás.-segura firme El's.-ele disse, e foi o que eu fiz, e nós partimos.

Edward era o nosso vizinho, ele morava antes em New York, quando éramos crianças, nós éramos amigos inseparáveis, pra falar a verdade, eramos namoradinhos. Aos doze anos de idade, ele e o irmão gêmeo - eu não os confundia, era fácil, Edward era amigável e gentil, Douglas, o irmão gêmeo dele, era calado, e tinha sempre uma feição séria.- perderam os pais em um acidente de carro, e foram morar em paris com a tia deles.

E ai nunca mas tinha visto ele, até a semana passada.

Ele veio trabalhar em New York, e voltou para a antiga casa, ao lado da minha.

Agora ele era um homem, lindo, forte, enfim... Um homem formado, como disse a minha mãe assim que o viu novamente. Douglas havia ficado em paris.

Ao chegarmos na frente de casa, eu desci da moto, meia tonta, ainda não acreditava que aquilo havia acontecido comigo. E que poderia acontecer coisa pior...

– Você tem certeza que você está bem?-ele perguntou.

– tenho.- sorri falsamente.

– Você não está bem.- depois de anos e ele ainda conhecia minhas feições.-me dê a chave.-ele disse e fez um gesto com a mão.

– Edu não precisa.-disse, e ele me olhou com uma cara como se dissesse "sei" ironicamente, bufei e dei a chave de casa pra ele.

Ele desceu da moto e seguiu em direção a porta de casa, eu o segui.

Depois que entramos, eu fui até a cozinha, peguei um copo d'água e bebi.

– El's, seu livro.- Edward disse, deixando a embalagem onde estava meu livro, em cima da bancada.

– nem sabia que você tinha pego.- eu disse.- Obrigada.

Ele sorriu.

– E o seu irmão?- perguntei.

– Douglas. Ele estara vindo pra cá amanhã.-ele disse.

– ah.- eu deixei o copo na pia.- e como ele está? Está diferente? Mudou o jeito dele?

– hm...-ele deu um meio sorriso - ele está bem, e ele está muito diferente, o cabelo está tingido -sorri com aquilo -,de preto, fez tatuagens, e sim, mudou totalmente o jeito dele, e possivelmente não se parece mas comigo.

Minha boca se abriu.

– Oh, então ele está gótico?

– Mais ou menos isso.-ele disse.- ele ficou assim, depois de um acidente, e de um lance com uma garota ai.-ele disse.

– Acidente?-peguntei.

– sim, mas isso é uma longa história.-ele disse, percebi que ele não queria falar sobre aquilo, então resolvi não me meter.

Nós fomos para a sala, e nos sentamos no sofá.

– E a sua tia?

–Ela faleceu ano passado.-ele respondeu, um pouco cabisbaixo.

– ah, eu acho melhor eu parar de fazer perguntas.-eu disse e ele sorriu.

–então me diga, e você como está? Mudou muito fisicamente posso ver, ficou mais bela, mais linda.

Corei.

– Obrigada.- sorri - Eu mudei bastante mesmo.

– ainda está na faculdade certo?

– sim, pediatria.-disse.

–Doutorado de Pediatria?!-ele sorriu. -que legal, Também faço doutorado.-ele disse, eu sorri.

– E já conseguiu emprego?

– ainda não.-ele disse.

– Eu e Meri, vamos fazer estágio este mês.-eu disse.

– Ah, que legal.-ele sorriu.-quem é Meri?

– É uma amiga.-disse.

– Am...-ele olhou para mim, bem nos meus olhos - Você cresceu.-ele passou levemente a mão sobre minha bochecha, que agora provavelmente estaria vermelha e quente, sabia o que ele poderia fazer depois disso...

Ele aproximou seu rosto próximo do meu, pude sentir a respiração dele bater em meu rosto, e ele provavelmente sentia a minha, que estava super agitada.

–Senti saudades de você, minha El's.- ele acariciou meus lábios com os dele, eu fechei meus olhos, e então ele me beijou ternamente, calmo, talvez ele estaria respeitado meu espaço, o beijo ficou mais intenso, mais feroz, a língua dele, agora, paciava por cada continho da minha boca.

Eu resolvi abrir meus olhos por um segundo, e não era mas Edward Mathson que estava me beijando, era Jack Frost.

Não! Isso não podia estar acontecendo.

Em um pulo eu separei o beijo, e olhei para o cara, e... encontrei um Edward com feição de preocupado.

–Está tudo bem El's? Fiz alguma coisa errada?

–sim... Quer dizer, não... Ah... Sim, eu estou bem, e não, você não fez nada de errado... E só que... Eu não posso... Você poderia ir embora? Desculpe-me por isso...

–Não, tudo bem.-ele disse, se levantou, e eu o levei até aporta.

– Obrigada por ter me ajudado - sorri.- e me desculpe novamente.

– não, ta tudo bem.-ele disse, se aproximou de mim, e me deu um beijo na bochecha.-Boa noite El's.-ele sorriu.

– Boa noite Edu.-disse.

Logo depois dele entrar na casa dele, eu fechei a porta, subi para meu quarto.

Peguei uma roupa, a minha toalha, e rumei para o banheiro, para tomar um banho gelado.

Que dia, não?!

Com certeza, eu ia ter que falar para a Anna sobre isso.

Mas uma coisa não saia da minha cabeça, porque diabos eu vi o Jack? porque diabos eu imaginara ele ali, naquele beijo? Eu o desejava? Eu o queria?

Essas eram perguntas que eu não sabia responder, ou se existia uma resposta.