Os instrumentos mortais - A bela perdida escrita por A OLD ME


Capítulo 8
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie. voltei brotando de um mal humor repentino que estou hoje... espero que gostem do capitulo estava escrito a três semanas mas não conseguia postar pela correria... se tiver algum erro me avisem pq não consegui revisar...

boa leitura!



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Após deixar Clary encontrei com Istael na praça do anjo, ele estava sozinho e procurava por mim então decidi que estava na hora de tira-lo do escuro total, ele é meu parabatai e devo confiar nele. Arrastei ele para casa comigo e nos trancamos em meu quarto. Por um minuto fiquei apenas encarando-o, mas ele quebrou nosso breve silencio.

— O que aconteceu? O que você falou lá, porque fez aquilo? – ele me pressiona a falar.

— Por favor Istael, só me prometa que manterá a mente aberta e saiba que não posso lhe contar tudo para não arriscar demais sua vida...

— Tudo bem Celeste, pode confiar em mim!

— Meu nome completo é Celeste M- Mor -...- Minhas palavras falham, respiro fundo e falo de uma vez – Meu nome é Celeste Morgenstern Blackthorn.

— Mo- Morgenstern? Como? Arthur não é seu pai? Não somos primos?

— Sim, Arthur é meu pai e somos primos, tem haver com minha mãe... – ele me encara sem dizer nada então continuo – Minha mãe era irmã mais velha de Valentim, e não, quase ninguém sabia disso, pelo o que entendi ela foi trocada no hospital ou algo do tipo, descobriu isso quando já passava dos 25 anos, minha avó Seraphina achou que sua filha havia morrido após o parto, ela a ganhou em um hospital mundano na suíça, que é de onde os Morgenstern veem. Quase ninguém soube disso e eles não gostavam de comentar sobre o assunto pois abalava demais meus avós, mas tudo melhorou na família quando Valentim nasceu... Obvio que não durou muito tempo!

“Mas minha mãe havia sido trocada acidentalmente na maternidade e quando o mundo mágico se fez presente para ela, já tardio, ela achou que estivesse enlouquecendo. Fugiu deixando para trás família, trabalho e uma vida inteira. Foi parar em Londres onde viu uma velha igreja se transformar em praticamente um palácio e soube que aquilo não era loucura. Arthur me contou que ouviu as portas se abrirem e quando chegou ao hall de entrada lá estava minha mãe abraçando a si mesma.”

— Foi Manoel quem a encontrou, quem a apresentou ao mundo dos Nephilins e quem a levou para Valentim? – ele pergunta me interrompendo.

— Sim... – caminho até a janela me escorando na beirada. – Ela não sabia quem era, mas a aparência dela, os cabelos louros prateados, os traços leves de uma dama que ele havia conhecido quando pequeno e o olhar, ele sempre lembrava do olhar dela, o mesmo de Valentim.

“Meu pai já fazia parte do Circulo e uma semana após a chegada de minha mãe ele a levou a Idris, ele não morava no instituto na época, mas o seu pai sim! Quando levou ela a Valentim tudo se confirmou, eles eram irmãos... Amélia, minha mãe, e Arthur se apaixonaram e Valentim, e que gostava muito de meu pai aprovou, mas eles não apresentaram ela como uma Morgenstern somente uma perdida que não sabia quem era, tudo passou-se bem por meses, Valentim e o Círculo estavam ganhando forçar até Luke ser mordido e transformado em um licantropo”

— Essa parte da história você já sabe, mas quando Luke deixou o Circulo, meu pai e o seu também deixaram, aposto que isso você não sabia!

— Não... Nunca imaginei que meu pai tivesse feito parte do Circulo! – ele diz com rancor.

— Não se chateie por isso... Ele partiu quando viu a razão! – digo ternamente a ele.

Contei a ele o resto da história, como Arthur implorou para que ela fugisse com ele e como ela se negou a sair de perto do irmão mesmo sabendo da gravidez, como ela escondeu de todos, sobre meu nascimento e a ascensão, e por fim sobre a morte de minha mãe.

— Sinto muito Celeste... – ele fala se aproximando – Mas você cresceu com quem afinal?

— Ist, quem me criou depois da morte de minha mãe foi... – Tenho medo de dizer isso a ele, mas toda a história já foi demais e mesmo assim ele continua me ouvindo, então largo a bomba – Foi Valentim!

Seus olhos estalados, ele não pisca, não se move e se não fosse pela fraca respiração acharia que ele havia se tornado pedra. Istael fica em silencio por um longo e demorado minuto.

— Ist por favor fale comigo... – sussurro para ele, segurando sua mão, então como primeiro sinal ele a aperta de volta.

— Então você foi criada desde pequena por ele?

— Sim e até meus cinco anos de idade achei que fosse filha dele, até encontrar um diário que falava sobre mim... – eu me interrompo sabendo que já disse demais – Istael não posso lhe contar mais, por sua vida, mas saiba que lhe contei por que confio a vocês nossas vidas, nunca teria me tornado sua parabatai se não confiasse. Mas tem muita história ainda para ser contada e pouco tempo...

— O que temos que fazer? – ele me interrompe.

— O que?

— Celeste, Valentim está nos atacando, a filha dele propôs uma forma de destruí-lo e você incentivou, mais cedo quando estávamos sob ataque você ia partir e pela sua mochila não seria por pouco tempo, então presumo que algo mais está acontecendo e preciso que me diga se for partir...

— Eu direi, me despedirei antes... – estou falando, mas ele me corta novamente.

— Não para me despedir, para eu ir com você.

— Não, de jeito nenhum! – eu quase grito, mas ele segura meus pulsos e me puxa para um abraço.

—Celeste, não importa o que aconteça, não vou deixar minha parabatai sozinha – ele fala em um tom extremamente autoritário – Você entendeu?

— Então você tem que saber de mais uma coisa... – eu digo cautelosamente – tem uma pessoa que cresceu comigo... ele é, ele é filho do Valentim, o que todos achavam que tinha queimado no fogo com ele.

— O que tem ele?

— Ele é meu noi... – mas vou completar a frase uma me interrompe.

— Celeste, Istael... Eles tomaram uma decisão, vamos lá. – grita Arthur do andar de baixo.

Nos entreolhamos por um instante mas a conversa deve esperar, pego minha mochila e Istael me faz passar no quarto dele para pegar uma para ele, no final das contas meu parabatai não irá mesmo me abandonar, imagino a cara de Jonnathan quando o ver ao meu lado, descemos as escadas e partimos em direção ao salão de acordos seguindo Arthur, o salão está cheio, ao longe perto da porta Clary está apreensiva mas o alivio percorreu o rosto de muitos quando declararam finalmente que aceitariam... Usariam as runas de aliança de Clary e lutariam! Mas eu sabia que não seria tão simples assim...

Pessoas correndo para todos os lados, caçadores e Donworlders se unindo por uma runa que unificaria seus poderes eu me mantive quieta em um canto depois de emprestar minha estela para minha tia Jocelyn que por acaso não sabe que é minha tia, mas cansada de estar em um canto fui para perto de Clarissa quando percebi que ela estava exausta, ela procurava freneticamente por alguém, provavelmente o amigo Diurno. De repente ela se levantou, mas Jocelyn a segurou...

— Onde você vai? Não parece bem?

— Eu estou... só vou procurar o Simon, já volto!

Ela foi calmamente, passo a passo em direção a escada...

— Posso acompanha-la se você se sentir melhor, ela não me verá como uma guarda costas! – eu digo me aproximando de Jocelyn que pareceu se assustar.

— Quem é você?

— Celeste, de Londres... – disse calmamente.

— Desculpa é que parece com alguém que conheci... mas, você é a filha de Arthur?

— A própria, a filha que apareceu do nada... – digo sorrindo. – Então, ela está indo pela escada e nossas alturas não nos permitem ser enxergadas de longe... Quer que eu acompanhe ela?

— Obrigada – ela diz acenando com a cabeça e eu corro em direção a Clary.

Sigo Clary parando ao lado dela que do degrau mais alto observa o mar de gente a sua volta, ela parece confusa e deixa o braço levantado acenando para os Lightwood, mas seu amigo não esta com eles, paro ao lado dela procurando por ele também e o encontro perto e um pilar.

— É o Simon que você está procurando? Por que ele está perto de um pilar ali escondido...- eu digo e ela me olha nervosa – calma não vou te apunhalar, é só que você parece que vai desmaiar com toda essa pressão e esses olhos em você...

Vamos descendo as escadas e as pessoas a encaram, rapidamente Simon a puxa me deixando para trás e fechando uma porta, me encosto na porta enquanto espero por eles, cinco minutos e eles voltam, meus olhos batem na testa de Simon onde está descoberto pelo cabelo, eu o empurro na parede e puxo Clary junto...

— Deus vocês dois são muito descuidados, eu sei que eles querem você Simon, mas todos se sentirão ameaçados sabendo que não podem te matar, cubra isso agora, e Clary você é muito poderosa, mas tem que ter mais cautela. – eu paro, ele parece confuso, Clary também – Muito bem não conte a ninguém sobre isso, só quando chegar as crianças da noite, Clary se você se sentir mal... Use aquela Runa que fiz mais cedo, ela não é do livro cinza é um pouco melhorada mas dura pouco!

Eu os deixo para trás e vou para a rua, Istael me segue... o Portal está aberto, aproveito o momento, olho para Istael que entende o que quero dizer ele faz movimentos indicando que irá comigo mas o paro...

— Não ainda não, juro que voltarei, mas você tem que ficar aqui, se manter informado e cuidar de nossos amigos... – eu o abraço – por favor, tome cuidado.

E sem que ninguém perceba pulo nele... Está na hora de encontrar Jonathan. Caio em algum lugar do vale, mas não demoro muito para me situar estou perto da antiga casa, assim como Jonathan mandou. Deixo minha bolsa de roupas na casa e pego algumas armas, sei que deveria esperar, mas sempre odiei regras. Corro em direção a onde sei que Jonathan estará, a pé é longe para ir, mas tenho que tentar.

O ar está pesado, eu estou eufórica, minhas pernas doem mas continuo correndo o máximo que consigo.

Consigo ouvir gritos, gritos de uma garota, tento definir se a voz é conhecida, mas não consigo, corro mais rápido e então consigo ver três silhuetas, uma delas se levantando devagar como se estivesse quase petrificado, alguém está em pé, pelo brilho no cabelo consigo ver que é Jonathan, mas só então percebo que a pessoa para qual ele levanta alguma arma é Isabelle.

Pavor percorre meu corpo, não posso deixa-lo tirar uma vida assim, ele irá quebrar a promessa que me fez disse que não os mataria, mas não sou rápida o suficiente e quando ele levanta o chicote de Izzi contra ela mesma, Jace está em pé a um passo dele com uma espada em sua mão, um grito é tudo que consigo fazer. Apoiada em uma arvore vejo a espada Morgenstern ir de encontro a suas costas até atingirem seu coração.

Jonathan de alguma forma foi o único que escutou meu grito ele se vira para Jace, mas seus olhos encontram os meus, o brilho negro se esvaindo e palavras silenciosas me atingindo “Sinto muito”, e ele cai de joelhos rolando morro abaixo até o rio rochoso onde a água atinge sua ferida levando seu sangue escuro.

Despedaçada é assim que me sinto enquanto corro pela encosta do morro para chegar ao corpo de Jonathan. Lagrimas embaçando minha visão consigo sentir o gosto amargo de sal nelas. Consigo chegar perto dele a água corre devagar e leve...

— Jonathan? Jonathan meu amor, por favor não me deixa aqui sozinha... – eu praticamente sussurro segurando a sua cabeça – Não agora que te achei, Jonathan, por favor... – eu falo, grito, sussurro e é quando ele leva a mão ao meu cabelo manchando-o com seu sangue.

— Não tem mais tempo para mim, mas você tem que parar Valentim... – ele sussurra fraco, tão fraco que quase não consigo escutar.

— Não vou te deixar sozinho... – me ele me interrompe dessa vez mais alto.

— Você precisa... Pelo seu bem... e pelo bem da minha irmã! – ele para um minuto para ganhar forças mas ele sabe que não tem um minuto – Você terá que sumir... depois de tudo... Uma Morgenstern criada por Valentim ... não será bem vista... precisa ... tomar... cuidado.

— Shiuu... Por favor, n-não... me faça te deixar aqui...não ... m-me... não me deixa aqui... -  ele passa a mão no meu cabelo dessa vez abrindo os olhos, verdes como nunca antes, e em seu ultimo suspiro sussurra...

— Eu te amo minha bela.


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