Os instrumentos mortais - A bela perdida escrita por A OLD ME


Capítulo 7
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

oiie gente voltei... mil perdões estava em uma semana corrida na facul... mas aqui está!



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Com meu coração pesando mais que nunca peguei o cavalo, com o bilhete guardado em meu bolso e voltei para Alicante o mais rápido possível para encontrar Clary e Jace. Era chegada a hora de lhes contar a verdade agora que eu mesma sabia de toda ela. Quando cheguei fui direto para meu quarto passando por todos sem dizer nada, Arthur veio atrás de mim, mas cheguei ao quarto antes que ele se aproximasse e tranquei a porta.

Tomei um longo banho quente coloquei minhas roupas que costumava usar para matar demônios, calça preta de couro, blusa preta, sobretudo igualmente preto e minha bota de cano longo e salto alto.

Arrumei minha mochila com algumas roupas mundanas e outras do tipo que seres do submundo ou caçadores usam. Prendi armas em meu cinto, braços, bota e casaco estava quase pronta quando ouvi Manoel batendo na porta desesperado e corri para abrir.

— Você e Istael tem que levar os pequenos para o salão de acordos, agora... – ele começou a falar, mas parou quando viu minhas roupas.

— Eu sei eu vi o sinal e o fogo... – ele assente e mesmo querendo não faz perguntas e quando vai sair do meu quarto puxo seu pulso – Pai, espera! – ele me olha com os olhos brilhando por eu chama-lo de pai e não de Arthur - Se eu ver Jonathan, eu vou...

— Eu sei, você faz suas próprias escolhas querida, não posso impedi-la de ir com ele. – ele fala e o puxo para um abraço sussurrando “Obrigada pai” para que só nós dois pudéssemos ouvir.

Corri com ele para a sala onde Istael esperava com os meninos com uma mochila nas costas assim como eu, a diferença é que ele estava levando coisas para as crianças, eu estava levando coisas para caso eu tivesse que fugir.

Pego Hugo no colo enquanto Istael pega Téo, meu pai já havia ido embora e nós atravessamos a praça e entramos no salão de acordos. Istael me encarou estático observando a quantidade de armas que eu carregava ergueu uma sobrancelha.

— Você não vai ficar aqui, não é? – ele perguntou já sabendo a resposta.

— Não posso Ist... Você não entenderia... Assim que Marina chegar para ajudar a cuidar dos meninos, tenho que partir.

— Sempre soube que tinha algo diferente em você... O que você esconde?

— Para o seu bem... é melhor você não saber, confia em mim, nunca fiz nada para que não confiasse, fiz?

— Tudo bem... Confio em você, confio em você mais que tudo nesse mundo Celly, mas você tem que confiar em mim também, se você for eu também vou! – ele olhou para trás de mim – Marina está ali, mas está sozinha – antes que ele terminasse, eu já estava me levantando.

— Tudo bem, preciso que ir, pegue Hugo. – ele pega Hugo que estava dormindo e segura minha mão...

— Cuidado... – aceno para ele e saio do salão sem que ninguém me veja.

Procuro por Clary na casa onde Jonathan disse que ela está, mas não a encontro, nem a Jace, no caminho sou encurralada por alguns demônios mas com a ajuda de um licantropo os eliminamos e sou forçada a voltar para o salão de acordo novamente. As chamas começam a se esvair, mas a feridos nas ruas, os licantropos por todos os lados, ajudaram a eliminar os demônios, mas sei que essa é só uma amostra de Valentim. Vi Isabelle agarrada ao corpo de uma criança chorando, a garota dura e forte chorando, provavelmente pelo corpo do irmão caçula.

Voltei ao lado de Istael sem dizer nada, sangue de demônio cobria meu braço, me lavei e fiquei próximo aos meus amigos, agora eu só tinha que esperar, não podia falar com Jace, não agora que ele perderá um irmão adotivo. Clary ficaria coberta de pessoas a sua volta, e eu não encontrei Jonathan no meio de toda essa multidão.

Somos obrigados a voltar para casa, mas depois de muito protestar Arthur me leva para a reunião, no meio da reunião Valentim aparece com suas bobagens de sempre, mas de alguma forma matou o inquiridor o que deixou todos malucos. Mais uma vez tive que voltar para aquela casa insignificante. Fiquei trancada no meu quarto até a próxima reunião que resolveria se eles se entregariam aos caprichos de Valentim ou lutariam. Acabei adormecendo não antes de fazer Istael e Arthur prometerem me acordar para a próxima reunião.

Meu sono não foi tranquilo...

Atormentado por cenas que Ithuriel havia me mostrado nos últimos dias, a lembrança do toque de Jonathan e o bilhete que ele deixou com o que eu deveria fazer, as palavras de Valentim e a proposta deixada para a clave...

No dia seguinte fui acordada na hora da reunião, rapidamente estava pronta e fomos direto para o salão. Istael ao meu lado o tempo inteiro, mais cedo ou mais tarde as perguntas começariam. Eles iam entregar as pontas quando Clary se pronunciou. O salão estava cheio de caçadores de sombras que provavelmente ela não conhecia nem a metade, mas mesmo assim a vi passar pelas portas encarar alguns que ela conhecia e caminhar firmemente até ela olhar para seu amigo Diurno mais uma vez, Jace não estava no salão, aquilo me preocupava mas tive que ignorar, a vi subindo os degraus da plataforma e virar para a multidão.

Imaginei um mar de diferentes rostos e expressões se viraram para ela, mas quase ninguém além de seus conhecidos a perceberam ali, foi então que vi o Cônsul Malachi indo em direção a ela mandando que ela descesse gritando coisas que eu não conseguia ouvir e aparentemente ela também não. E foi ai que outros caçadores começaram a enxerga-lá e agora ela tinha a atenção que procurava, consegui escutar sussurros atrás de mim de “É ela... a filha de Valentim”

— Vocês estão certos, - ela disse, lançando sua voz tão longe e tão alto quanto ela podia, -Eu sou a filha de Valentim. Eu nunca soube que ele era meu pai até algumas semanas atrás. Eu sei que muitos de vocês acreditam que isso não é verdade, e tudo bem. Acreditem no que vocês quiserem. Apenas contanto que vocês também acreditem que eu sei coisas sobre Valentim que vocês não sabem, coisas que podem ajudar vocês a vencerem esta batalha contra ele – se apenas vocês me deixarem dizer o que elas são.- ela disse firme e me lembrei da visão que Ithuriel me mostrou sobre Valentim antes de eu nascer, será que ela descobriu também, será que ela faz o mesmo que eu? Não consigo deixar de me perguntar.

— Ridículo.- Malachi ficou no pé dos degraus da plataforma. -Isto é ridículo. Você é só uma garotinha...

—Ela é a filha de Jocelyn Fairchild.- Era Patrick Penhallow. Empurrando seu caminho em frente a multidão, ele levantou uma mão. - Deixe a garota dizer seu conselho, Malachi.

A multidão estava murmurando. - Você,- Clary disse para o Cônsul. -Você e o Inquiridor jogaram meu amigo Simon na prisão...

— Seu amigo o vampiro?

— Ele me contou que você perguntou a ele o que aconteceu no navio de Valentim aquela noite no East River. Você pensou que Valentim deve ter feito algo, algo como magia negra. Bem, ele não fez. Se você quer saber o que destruiu aquele navio, a resposta sou eu. Eu fiz isso.

Malachi e muitos outros riram como se ela tivesse contado uma piada mas o rosto de Luke congelou.

 - Eu fiz isso com uma runa, ela era uma runa tão forte que fez o navio se fragmentar em pedaços. Eu posso criar novas runas. Não só as no Livro Cinza. Runas que ninguém tenha visto antes, mais poderosas... – e minhas suspeitas se confirmaram... ela também podia, ela também tem o sangue de Ithuriel!

—Já chega. Isto é ridículo. Ninguém pode criar novas runas. Isso é uma completa impossibilidade.- Ele se virou para a multidão.-Como seu pai, esta garota é nada mais que uma mentirosa.

— Ela não está mentindo.- era Alec Lightwood falando -  Eu vi ela criar uma runa. Ela usou ela em mim. Ela funcionou.

— Você está mentindo para proteger sua amiga...

— Realmente, Malachi,- Maryse disse secamente. - Por que meu filho iria mentir sobre algo como isso, quando a verdade pode tão facilmente ser descoberta? Dê a garota uma estela e deixe ela criar uma runa.

Caminhei até Clary já que ninguém o havia feito e entreguei a ela uma estela que carregava na minha mochila caso perdesse a minha. Ela me olhou grata e virou para a multidão.

Depois de um tempo protelando eu a vi fechar os olhos e desenhar cegamente algo em seu braço então ela abriu os olhos, mas eu não a via, eu via Jonnathan!

Malachi olhou horrorizado para ela e falou algo em outra língua, Luke perguntou por “Jocelyn” e naquele momento entendi sua Runa, ela mostrava a cada um as pessoas amadas.

E então quando Amatis se agarrou a Clary chamando pro “Stephen!” a balançando pude ver como se a runa flutuace para mim, Clary reagiu dizendo não. Ela se virou para todos voltou a falar.

— Eu sei que o que todos vocês acabaram de ver,- ela disse.-E eu sei que você sabem que esse tipo de magia está além de qualquer glamour ou ilusão. E eu fiz isso com uma runa, uma única runa, uma runa que eu criei. Há razões do porquê eu ter esta habilidade, e eu sei que vocês poderiam não gostar delas ou mesmo acreditar nelas, mas isso não importa. O que importa é que eu posso ajudar vocês a vencerem esta batalha contra Valentim, se você me deixarem.

— Não haverá uma batalha contra Valentim,- Malachi disse insistente - A Clave decidiu. Nós iremos concordar com os termos de Valentine e largar a nossas armas amanhã de manhã.

— Vocês não podem fazer isso,-  protestei ao mesmo tempo que clary.

— Você acha que tudo ficará bem se você desistirem? Você acha que Valentim vai deixar

vocês vivendo como vocês tem vivido? Você acha que ele limitará sua matança para os demônios e os Downworlders? – gritei com raiva me voltando a todos, quando senti o aperto de Istael na minha mãe direita e meu pai na mão esquerda.

— A maioria de vocês não viram Valentim em quinze anos. Talvez você tenham se esquecido de como ele realmente é. Mas eu sei. Eu ouvi ele falar sobre seus planos. Vocês pensam que podem continuar a viver suas vidas debaixo das regras de Valentim, mas você não serão capazes. Ele irá controlar vocês completamente, por que ele sempre será capaz de ameaçar e destruir vocês com os Instrumentos Mortais. Ele ira começar com os Downworlders, é claro. Mas então ele irá para a Clave. Ele matará eles primeiro porque ele acha que eles são fracos e corruptos. E então ele começará com qualquer um que tenha um Downworlder em qualquer lugar em sua família. Talvez um irmão lobisomem ou um filha adolescente rebelde que ocasionalmente se encontre com elfos ou qualquer um que proteja um Downworlder. E então ele irá atrás de qualquer um que empregue os serviços de um bruxo. Quantos de vocês seriam?

— Isso é uma tolice,- Malachi disse secamente.- Valentim não está interessado em destruir os Nephilim.

— Mas ele não acha que alguém que se associe com Downworlders é digno de ser chamado de Nephilin. Olhe, sua guerra não é contra Valentim. É contra os demônios. Manter os demônios longe deste mundo é seu mandato, um mandado do céu. E um mandato do céu não é algo que vocês podem simplesmente ignorar. Downworlders odeiam demônios também. Eles os destroem também, Se Valentim tem seu modo, ele irá gastar muito de seu tempo tentando assassinar cada Downworlder, e cada Caçador de Sombras que esteja associado com eles, ele vai esquecer tudo sobre os demônios, e vocês também, por que vocês estarão muito ocupados tendo medo de Valentim. E eles irão invadir o mundo, e isto será assim. – ela tomou mais fôlego.

—Eu vejo onde isto está indo. Nós não iremos lutar ao lado de Downworlders em operação de uma luta que nós talvez não possamos ganhar...

— Mas vocês podem vencê-la. Vocês podem.  Meu pai odiava downworlders por que ele tinha ciúmes deles.- ela continuou, suas palavras tropeçando uma sobre a outra. - Ciúme e medo de todas as coisas que eles podiam fazer que ele não podia. Ele odiava que em alguns modos, eles são mais poderosos do que os Nephilim, e eu aposto que ele não está sozinho nisto. É fácil ter medo do que você não compartilha. Mas e se vocês pudessem compartilhar isso? E se eu pudesse fazer uma runa que pudesse ligar cada um de vocês, cada Caçador de Sombras, para um Downworlder que estivesse lutando ao seu lado, e vocês pudessem compartilhar seus poderes – vocês pudessem se curar tão rápido quanto um vampiro, tão forte quanto um lobisomem, ou tão rápido quanto um elfo. E eles, em troca, poderiam compartilhar de sua formação, suas habilidades de combate. Vocês poderiam ser uma força imbatível – se vocês me deixarem marcarem vocês, e se vocês lutarem com os Downworlders. Por que se vocês não lutarem ao lado deles, as runas não irão funcionar. Por favor.  Por favor me deixe marcar vocês.

Ela encarava a todos firmemente mas parecia que ia desmaiar, foi quando eu subi e a segurei a levando para fora daqui como Malachi ordenou para que eles tomassem uma decisão. Ela não protestou, nos sentamos na escadaria afastadas da porta e eu desenhei na palma de sua mão uma runa para lhe retomar a energia sem que ninguém percebesse. Ela me olhou com os olhos arregalados e eu pedi para que ela fizesse silencio.

— Você tem que retomar as forças... Fique quieta por um minuto... Você falou muito bem lá! Tenho certeza que eles aceitarão.

— Como você tem certeza? – ela sussurra. – e porque está me ajudando?

— Porque você vai descobrir que precisamos ficar juntas, somos mais parecidas por dentro do que irmãos gêmeos idênticos são por fora, e pessoas como nós são raras e tem que se manter unidas. – ela me encara confusa e eu me levanto – A promessa de união não está quebrada, confie em mim mas agora tenho que procurar meus amigos... Aliás sou Celeste Morgenstern – ela fica de olhos arregalados quando digo o sobrenome – eu sei, inacreditável né, sei o peso de carregar esse sobrenome, mas por favor, as pessoas me conhecem pelo sobrenome de meu pai, se perguntar a alguém por mim, pergunte por Celeste Blackthorn do instituto de Londres ou pela casa de Margarett Whitemoon.

E assim viro rapidamente e a deixo para trás me esvaindo pelas sombras.


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