Os instrumentos mortais - A bela perdida escrita por A OLD ME


Capítulo 28
Capitulo 26


Notas iniciais do capítulo

Fic chegando ao fim finalmente mas fiquem ligados porque depois desse capitulo tem o Epilogo e sim claro as explicações porque vai ter continuação.



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POV Jonathan

— Saudações, Mestre – sussurrou ela e então eu senti.

A espada perfurando meu peito com rapidez e velocidade. O olhos de Clary estavam assustados quando ela me encarou e por um segundo quase me juntei a ela com a sensação de que não me causará efeito algum. Eu estava errado. Algo retorceu e a apertou dentro de mim  e eu me vi gritando e caindo.

— Fogo celestial. – foi o que consegui dizer e vi a confirmação nos olhos de Clarissa.

— E a ele darei a estrela da manhã... – proferiu Clary e a chamas irromperam em torno de mim.

Eu sentia o sangue queimar, cada gota do meu sangue, do sangue de Lilith em mim queimando como álcool, a dor agonizante me chamava para a morte, uma voz feminina gritou em minha cabeça um sonoro “Não”, mas eu não me importava mais, simplesmente a ignorei. Eu não queria dar ouvidos a aquela voz, eu só queria que aquilo terminasse, eu soube naquele momento que reencontraria minha bela perdida e com ela estaria meu filho. Viveríamos no esquecimento enquanto éramos esquecidos por aqueles que permaneciam vivos. Eu queria poder agradecer a Clary antes de partir, mas com as chamas a minha volta e dentro de mim eu não sabia se teria tempo para isso. E então a chamas se foram.

Meus olhos focalizaram Clary enquanto eu usava o resto de minhas forças para alcançar as palavras que precisava dizer a ela.

— Você, moldou o fogo celestial... – sussurrei – Minha doce irmã, jamais poderei demonstrar o quanto sou grato.

— Matem a garota. – gritou Amatis e antes que eles se movessem eu ergui a cabeça, gritando, “Não”.

Clary correu até mim se ajoelhando ao meu lado.

— Sebastian. – disse com a voz rouca.

— Não, ele se foi. Sou Jonathan.

Paços vieram devagar e outra ruiva se ajoelhou próximo a minha cabeça.

— Jonathan.

— Mãe... – disse pela primeira vez permitindo-me sentir ama-la – Me desculpa, - mas começo a tossir sem consegui terminar a frase.

— Shhhi, não se esforce meu bebê. – disse afagando minha cabeça agora em seu colo.

Lagrimas quentes começaram a escorrer pelos meus olhos. A ultima vez que chorei foi quando minha celeste foi levada de mim, foram lagrimas de raiva e tristeza, agora eu chorava de amor, a dor da espada outrora em meu peito não era mais sentida, a dor que eu sentia agora era o peso de todo amor que eu sentia, por minha mãe, por minha irmã, por Jace, até mesmo por Valentim, mas principalmente por minha bela, por minha Celeste.

— Sinto muito, sinto tanto... – digo a elas – Nada que eu fale vai reparar, se eu tivesse tempo nada que eu fizesse o faria também... Eu me arrependo. De tudo. Clariss... – Ela me olhava com confusão, tentando entender, tentando perdoar e me permitir uma partida para o elísio. – Não – falei tentando alcançar a mão dela – Não tente me perdoar, sei que não mereço, sei que não a como e estou em paz com isso também. Só quero que saiba que mesmo aquele outro, mesmo como Sebastian eu te amava. Você e Celeste eram tudo para mim. Em um outro mundo teríamos sido crianças felizes. Jace e eu teríamos sido amigos e competitivos. Celeste teria sida a garota a qual todos eram incapazes de não amar. Teríamos sido uma família de verdade. Será assim quando eu reencontrar minha Celeste. Obrigado Clarissa, por me fazer partir.

— Jonathan... – Ela disse agora chorando.

— Não chore, não suporto vê-la infeliz, não suporto que derrame lagrimas, ainda mais se forem por mim. – eu afago seu rosto – Preste atenção, os crepusculares, não conseguirei conte-los quando... – tusso mais sangue – Jace, onde está Jace?

— Aqui. – Falou ele entrando no meu campo de visão.

Dei as instruções a ele que as seguiu confuso mas firme. Logo o cálice infernal estava em suas mão e Amatis implorava pela vida.

— Lorde Sebastian, Se ele o fizer, morremos, todos nós.

— Sinto muito pelo o que fiz a vocês. – e Jace o fez, os crepusculares engasgaram e caíram desfalecidos.

— Eu posso senti-la, posso sentir Celeste, somente um momento em minha vida como ele me senti tão leve assim... – não consegui terminar a frase, mas a imagem de minha celeste segurando minha mão em sua barriga preencheu minha mente e me levou para longe dali.

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P.O.V. Clary

— Ele está morto. Meu irmão está morto. – digo abraçando a mim mesma caindo enquanto Jace me amparava. Olhei para Alec e Izzy, me encarando confusos, com raiva por eu chorar pelo garoto que matou seu irmãozinho – Vou entender se me odiarem por eu não odiá-lo, mas não posso fingir, não isso.

— Não te odiamos Clary, no final, você teve um tempo com seu irmão de verdade, você o libertou. Deve sofrer sua perda, como sofremos a nossa, ninguém irá julgá-la por amar seu irmão. – Disse Alec.

P.O.V. Istael

Assim que Celeste parou de respirar, encarando seu bebê ainda coberto de sangue eu entrei em pânico, mas tive que me controlar, pela criança que eu segurava em meus braços enquanto Kiron vinha em minha direção mandando que eu entregasse bebê e cuidasse de Celeste.

— Vou ligar para Jace, vou ligar até ele atender, até ele voltar. – disse ele enquanto eu repetia as palavras de Celeste em minha mente.

P.O.V. Jace

Eu carregava Jonathan desfalecido no lombo do cavalo enquanto era seguido por Clary logo atrás. Ao longe eu já conseguia ver o lago Lyn e parado próximo a beira duas figuras masculinas encaravam o lago. Fomos nos aproximando e quando desci do cavalo Istael se aproximou e pegou Jonathan deitando-o na areia ao lado do corpo de Celeste. Voltei minha atenção para Clary que encarava Kiron fixamente. Demorou uns minutos, mas entendi. No colo do feiticeiro estava um embrulho que resmungava e fazia barulhos baixinhos enquanto o homem magro o embalava. O bebê de Jonathan e Celeste Morgenstern. Clary caminhou até ele tomando o bebê dos braços dele enquanto o feiticeiro lhe dava instruções.

— Venha. – disse ela voltando a mim e caminhando até a entrada da floresta.

Istael arrumava Jonathan entrelaçando a mão dele com a mão de Celeste e tocando-os com a estela encima de suas barrigas. Desenhou um círculo no chão próximo a água. E Kiron proferiu algumas palavras. Erguendo-se do chão e da luz uma figura conhecida surgiu. Ithuriel.

P.O.V. Jonathan

— Eu o vi morrer Jonathan Morgenstern e vi Celeste cair com você. Quando dei a ela o símbolo, ela sabia os riscos e os aceitou de bom grado em troca da esperança de que isso o traria de volta para ela. Eu disse que você teria que ser digno, que um laço muito forte teria de mantê-lo. Um laço de amor puro e você o fez.

— C-como? – pergunto confuso.

— Pois seu último pensamento antes da morte não foi algo que você deixaria para trás, uma vida, tempo, família, magoas ou bem material, seu último pensamento foi a paz, a paz por poder finalmente reencontrar sua amada e seu filho, você acolheu a morte de bom grado, como Celeste estava disposta a fazer por você. O amor de vocês os salvou. – disse Ithuriel – Vivão Jonathan e Celeste Morgenstern, é tempo de descansarem, sua batalha terminou por hora.

— Eu tenho uma pergunta...

— Então pergunte.

— Meu sangue... eu não tenho mais? O sangue de Lilith, ela não pode mais me influenciar?

— Você está livre, seu sangue foi limpo pelo fogo celestial.

— Obrigado. – falo e ele irrompe em chamas dando o assunto por encerrado. Não tenho nenhuma reação além da óbvia viro-me para Celeste tomando-a em meus braços enterrado a cabeça e seu cabelo enquanto ela descaça a sua em meu peito.

Passamos um tempo assim, ninguém nos interrompe e eu não me afastaria dela mesmo que tenha muitas desculpas para pedir e muitos agradecimentos a fazer, mas me afasto quando escuto um resmungo infantil e depois um choro. Alto e forte. Que ecoa através da floresta. Olha para Celeste e ela está sorrindo, mas com certa preocupação nos olhos, o choro aumenta e de perto do lado contrário ao lago vejo uma garota ruiva se aproximar com um bebê recém-nascido no colo.

Ela caminha até mim lentamente tentando acalmar, sem sucesso, o bebê que está envolto em uma manta azul celeste. Ela fica a um passou de mim e estende o bebê em minha direção.

— Não... – digo me afastando.

— Hora vamos Jonathan, você não vai machuca-lo, é só pôr o braço assim. – ela faz uma demonstração mas eu não reajo.

Celeste toma a frente, pegando o bebê no colo. Agora consigo vê-lo melhor. Cabelo ralo quase inexistente em loiro, bochechas vermelhas pelo ar frio, mãos pequenas com dedinhos enrugados próximos ao queixo largo como o meu. E seus olhos, verdes, um tom de verde mais escuro que os de Celeste.

Eu estico uma mão como se fosse instinto no minuto em que ele faz uma careta de dor.

— O que ele tem? – pergunto a Celeste.

— Nada além de fome eu acho, quando foi a última vez que o alimentou? – ela pergunta se dirigindo ao bruxo Kiron.

— A umas três horas quando saímos de casa.

— Com certeza é fome. – Clarissa afirma.

Eu ignoro a conversa casual pegando somente a parte de que ele está bem. Mesmo vendo a criança, vendo os traços meus e de Celeste, não consigo acreditar no que meus olhos me mostram.

— É mesmo ele Jonathan. – Celeste fala capitando minha confusão – É nosso bebê.

Eu seguro os cotovelos de Celly e acomodo meus braços em volta do menino.

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P.O.V. Celeste

Jonathan então acomoda os braços de forma protetora em volta de nosso bebê e eu começo a passa-lo para seus braços e sem que ele perceba está segurando sozinho nosso filho.

— Foi por pouco que Arthur não acertou em uma área que bem – me interrompo- porem pegou em alguns de meus órgãos vitais. Desmaiei pelo sangramento, mas a marca de Ithuriel me protegeu levou meu coração a quase parar, batendo tão lentamente que era imperceptível. Até que as runas de cura terminassem seu trabalho. Kiron e Istael cuidaram de mim por uma semana até que eu acordasse, mantendo meu corpo forte para que pudesse sustentar o bebê, mas durante as quinze semanas de gravides que se seguiram e mal saia da cama, passava mal facilmente e não podia me esforçar com nada porque tanto eu quanto o bebê estávamos fraco, então Kiron me mantinha induzida a um coma a maior parte do tempo, nosso bebê veio antes da hora, mas saudável, ontem poucas horas antes de... adormecermos. – falo a última palavra com cuidado.

Jonathan me olha assustado quando o bebê reclama e tenta entrega-lo a mim, mas eu só passo a mão em sua cabeça e ele então pergunta com um sorriso no rosto e olhos brilhando.

— Como ele se chama?

— Lucas Ithuriel Morgenstern.

— Nosso pequeno anjo, não posso acreditar que está realmente aqui, que vocês dois estão. Eu estava pronto para encontra-los no esquecimento.

— E foi isso que o trouxe de volta a nós. Nem a morte pode nos separar, meu amor. Nem mesmo ela é capaz de tamanha crueldade.

— Eu gosto. – ele fala depois de pensar por uns segundo.

— Do que exatamente?

— Ithuriel, acho que é o nome certo para ele, mas gostaria de saber, porque Lucas?

— Lucas era o segundo nome de Pegborn. Você... – ele me corta.

— Obrigado.

— Pelo o que?

— Por ser tão maravilhosa. Por me amar. Por me dar a família que sempre sonhei ter. E por me fazer ver a coisa certa sempre.

— Lucas Ithuriel Morgenstern, eu prometo que serei para você o pai que um dia sonhei ter, que estarei ao seu lado sempre, quer você queira ou não. Vou estar sempre aqui para minha família. – ele fala olhando para mim, Clarissa, Istael, Kiron e lá no fundo, escorado em um arvore ele vê Jace, seu olhar fica paralisado por um momento até que Jace sorri e acena com a cabeça para Jonathan

— Quer que eu seja o padrinho dele também? – pergunta em tom irônico.

— Nem vem Herondele! – fala Istael de perto do lago – Eu e Kiron seremos os padrinhos de Lucas.

— Não deveria ser um homem e uma mulher? Um casal de padrinhos?

— Que preconceito Clarissa... Diga isso a Alec e Magnus quando você e Jace tiverem os seus. – Fala Kiron brincando enquanto Clarissa fica vermelha como um tomate.

— Vocês sabem que tecnicamente, caçadores de sombras nem tem padrinhos. – digo.

— Mas Lucas terá! – Istael dá a conversa por encerrado.

Me aproximo de Jonathan abraçando sua cintura.

— Você vai adorar nossa casa, ela é linda e a vista quando o sol nasce e se põe é incrível.


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