Os instrumentos mortais - A bela perdida escrita por A OLD ME


Capítulo 23
Capitulo 21


Notas iniciais do capítulo

Euuu voltei... depois de um tempo absurdo mas voltei e estou aqui para ficar com você por mais uns dias e postar mais capitulos divos (assim espero) antes da faculdade começar...
Queria agradecer a Fernanda Nunes que gente a fofa veio no facebook falar comigo sobre a fic... (varias vezes) amei isso, amei muuuuito!



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Assim que cheguei em casa fui direto para a cama, dormi tão rapidamente que mais pareceu que havia desmaiado. Esperava-se que minha noite fosse calma, tudo bem que eu estava furiosa com Jonathan, mas não havia ninguém em casa, porém foi exatamente por causa de minha raiva que os sonhos vieram. Meu anjo guia ainda me protegia e me aconselhava e naquela noite ele estava determinado a me entregar de uma vez por todas a cura para Jonathan.

Estou de volta a sala branca com tronos dourados Mumiah se aproxima novamente de mim, toca minha cabeça e eu desmaio. Varias visões de Jonathan veem a minha mente e junto delas a runa de ligação. Desta vez ela está diferente, ainda é o par de asas de demônio e anjo e o nós continua lá mas por cima há um bloqueio, algo que indica que ela não ficará a mostra, que sumirá assim que terminada e só reaparecerá quando for necessitada.

“A runa é a resposta, mas há um preço a se pagar. No coração dele uma arma celestial deve repousar, se a ligação for suficiente a vida ele retornará, porém se não bastar, não só ele, mas também você morrerá.”

E foi assim, com uma frase mal rimada que o anjo me deu a resposta para salvar Jonathan e ou mata-lo e morrer junto, ele eu e nosso bebê. O cenário mudou e tudo ficou extremamente escuro. Depois daquilo, eu não tive mais sonhos, nem visões, fiquei em um limbo escuro, só comigo mesma até a manhã seguinte chegar.

E quando ela chegou eu estava sozinha na cama, ainda havia calor no lado de Jonathan o que indicava que havia voltado e não quis me acordar e a pouco havia saído e ainda não queria falar comigo.

Fiquei deitada por cerca de duas ou três horas antes de levantar, Jonathan não apareceu e eu só decidi levantar porque Jace invadiu meu quarto atrás de Clary.

— Ah... hã... desculpa... é que Clary não está na cama. – disse ele.

— Quando acordei a três horas atrás Jonathan havia acabo de sair, eu acho, e não ouvi barulho até você arrombar meu quarto. – explico nada pacientemente.

— Desculpa... mesmo. Onde será que eles foram?

— Não sei Jace! Devem ter ficado entediados por acordar tão cedo e saíram, Clary tem que conhecer melhor o irmão e Jonh não vai medir esforços para isso... Escuta, estamos em Paris, vou fazer umas compras, organizar umas coisas e volto a tempo de fazer algo para o almoço. Quer algo?

— Não, você escolhe... Vou.. é vou treinar! – diz ele de mal humor.

Olho no relógio assim que ele sai, já marca 10:00h. Levanto rápido me arrumo e saio antes que Jace volte para perguntar mais alguma coisa. Gosto de Paris, acho um lugar lindo, Jonathan e eu havíamos colocado na lista de lugares onde queríamos ir. Agora estamos aqui e eu não faço ideia de onde ele está e ainda tenho que arrumar uma forma de colocar uma runa nele sem que ele perceba.

Compro tudo que preciso e ainda chego em casa antes do meio-dia. A casa está silenciosa, provavelmente se voltaram estão no porão ou todos saíram mesmo. Não me importo preparo o almoço, algo simples, mas pelo menos comida de verdade e não aquelas coisas congeladas.

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POV. Jonathan

Após salvar, carregar e tentar convencer Clarissa eu estava realmente começando a ficar irritado por isso sugeri que fossemos caminhar, prometi que á convenceria.

Passamos por diversas ruas, parques, pontos turísticos mundialmente famosos. Uma brisa gelada se espalhava e pude perceber que Clarissa estava ficando com frio. Tirei meu cachecol e entreguei a ela que tentou recusar obviamente.

— Não seja tola... Pegue! – ordenei – você está com frio.

— Obrigada. - disse ela fazendo uma careta.

Seguimos caminhando por mais alguns minutos até chegar a uma antiga e tradicional cafeteria em um ponto escondido de Paris. Pegamos uma mesa bem a janela de onde conseguíamos ver a tão famosa torre Eiffel.

— Então... O que quer me provar trazendo-me em uma cafeteria antiga.

— Gosto desse lugar, calmo e pacifico, longe de tudo que acontece lá fora. – falo e ela parece duvidar – a primeira vez que vim aqui, eu havia acabo de perder Celeste, estava caminhando por ai, fugindo um pouco de Valentim que não me permitia sofrer minha perda. Celeste e eu sempre quisemos conhecer Paris, planejávamos viajar quando abandonássemos nosso pai. Quando encontrei esse lugar associei a ela, e vinha aqui sempre que podia.

Nossos chocolates quente chegam junto de alguns croissants e começamos a tomar em silencio. Clary come ferozmente abrindo margem para que eu incomode-a mais um pouco.

— Vá com calma, não vão fugir!

— Cala a boca Jonathan estou com fome. – ela resmunga. – Alias, você não disse que ia me convencer e provar seu plano, o que fazemos aqui?

— Tudo a seu tempo Clarissa... – cantarolo para ela – Primeiro, o que sabe sobre nossa família?

— Bom, não... nada, quase.

— Sua mãe nunca lhe contou nada?

— Não... – ela resmunga – e ela é sua mãe também.

— Bom, primeiramente, nosso nome... – eu comecei a contar – Significa estrela da manhã, é germânico, mas nossa família era suíça.

— Era?

— Valentim até muito pouco antes da ascensão pensava que era filho único, e desconhecia a infidelidade de nosso avô, mas quando a irmã, mãe de Celeste, apareceu ele a recebeu de bom grado, queria uma irmã, sua família, e isso talvez seja um sentimento que agora eu esteja sentindo, a diferença é que Amélia o queria como irmão, foi a ele de bom grado o acolheu e se deixou ser acolhida.

— Conheço essa parte da história, Celeste me contou.

— Bom, então você sabe o que aconteceu com Amélia, ninguém nunca soube da existência dela, Valentim achou que seria melhor assim e mesmo querendo a irmã não queria revelar a infidelidade do pai, nem mesmo Jocelyn soube, para todos ela foi acolhida, era uma Nephilim sem família e morreu assim para salvar Valentim. Nossos ancestrais, tiveram somente um filho por gerações, até nosso avô. Por isso nossa arvore genealógica é bem pequena. – paro um pouco para ver se ela entente, pego um cacho do cabelo dela e digo – isso, vem do lado britânico, dos Fairchild. Eu puxei o lado suíço.

— Sabe alguma coisa dos nossos avós?

— Não... Como poderia? – digo sentindo um pouco do que Clary deve estar sentindo agora. Eu também não sabia a história de parte da minha família.

Mais um silencio se instala por um instante antes que eu encontre uma forma de continuar.

— Estava pensando no que me perguntou na noite passada?

— O que exatamente perguntei? Eu não consigo lembrar... – ela diz um pouco envergonhada.

— Você perguntou a quem eu pertenço? – suspiro – e a verdade é que não tenho uma resposta para te dar.

— Eu não preciso de uma resposta, você não precisa pertencer a ninguém, eu só... não sei!

— Bom então deixe que eu pergunte algo... – arrisco – acha que conseguiria me perdoar?

Ela parece gelar automaticamente. Gagueja, pragueja e desvia o olhar. Tenta novamente e engasga.

— Eu ... não sei dizer... – responde ela – Depende do tipo de perdão de busca. Para ser perdoado precisa merecê-lo precisa fazer reparações.

— Reparações... – repito – Acha que se tivéssemos... sido criados juntos, você me amaria?

— Eu não sei... Você é meu irmão, acho que eu seria obrigada a te amar. – ela parece repensar – Celeste me disse que você era diferente com ela. E As vezes quando você está com ela você parece mesmo diferente, mas acho que você não consegue mudar quem é e as coisas que faz.

— Você chama isso de dar uma chance?

— Sabe quando eu aceitei vir eu só queria arrumar um jeito de levar o Jace embora, mas ai quando cheguei, a Celly e o Jace tão feliz e você as vezes tão carinhoso com ela, que me fez realmente pensar e tentar entender você.  – faço uma careta e ela para – Entenda Jonathan, essa sou eu me esforçando para conhecer o garoto que causou mal a muita gente e o irmão que brincou comigo! – ela termina seria.

— Imagino como teria sido de Valentim a tivesse criado.

— Mas ele não criou – ela diz seca – Pensando bem eu o matei.

— Na verdade foi o anjo. – remendo – eu te odiei tanto quando te conheci, você era tão como ela! Mas quando percebi que eu queria você ao meu lado, como minha irmã e quando reencontrei Celeste... Você é sim, Clarissa, por mais que não admita, uma Morgenstern, você é como eu... – ela negou com a cabeça e eu revidei – Você matou nosso pai, Clarissa, e nem sente remorso! Ele espancava Jace como espancava a mim e mesmo Jace sentiu a morte dele e você... nada! Você é como eu.

— Eu... – ela choraminga – Não é justo.

— Tenho razão, não tenho?

Ela baixa a cabeça desistindo do assunto. Pago a conta e levanto, Clary ainda não olha para mim e sim para a janela, toco seu ombro e digo:

— Venha...

Ela recusa minha mão quando se levanta, viro e sigo porta a fora.

— Não sou como Valentim! – ela fala mais alto – Nossa mãe...- ela tenta mas a corto.

— SUA MÃE... – digo com raiva – Sua mãe me abandonou, me jogou fora, me odiou desde que nasci!

— Ela te amava! – ela grita de volta.

Estamos em um beco e o único mendigo que havia no beco saiu correndo quando gritei.

— Ela ainda te ama – Clary continua – Ela chorava sobre o baú com suas coisas de bebê que conseguiu salvar todo dia no seu aniversário. Eu sei que o baú está no seu quarto!

Eu a ignoro e sigo em frente na intenção que ela perceba minha irritação e cale a boca antes que eu faça alguma bobagem, não acontece!

— Como você pretende ter meu perdão, como pretende ser pai, se mantém os olhos tão fechados em relação a nossa mãe, se a odeia tanto! – ela grita de longe, mas eu não paro – Sebastian!

Continuo caminhando estou bem afastado dela e caminho rápido ela corre por um momento e no outro ela para e grita:

— Jonathan Christopher Morgenstern!

Nesse momento, eu paro, não escutei Clarissa me chamando, escutei minha irmã mais nova, me chamando, brava comigo. Devagar giro um pouco e fico encarando-a por cima do ombro. Ela se caminha lentamente até mim parando ao meu lado próxima a mim de uma maneira que ela jamais havia chegado por vontade própria desde que descobriu quem eu era.

— Você ao menos sabe meu nome do meio? – ela pergunta, como um juízo final.

— Adele – digo sentindo um aperto no peito ao lembrar do dia em que eu e Celeste apanhamos porque lemos o diário de Valentim sobre Clarissa – Clarissa Adele Morgenstern.

Ela parece ficar surpresa por eu saber, e talvez meu tom de voz a tenha surpreendido.

— Porque Adele? Mamãe nunca explicou...

— Não sei também... – digo voltando a caminhar – Valentim nunca quis que você se chamasse Clarissa Adele, ele queria que fosse Seraphina, como nossa avó. – suspiro lembrando do fim trágico que ela teve – Depois que nosso avô morreu ela adoeceu e morreu de tristeza, Valentim sempre disse.

Ela concorda...

— Eu uma vez já disse que isso era impossível – ela fala – então eu conheci os Nephilins.

— Nossos laços são mais intensos... São eternos! Veja a casa que ele tinha preparada para a volta de Jocelyn...

— Não é algo que eu vá entender. Ele dizia a Jace que amor é para fracos....

— A dor e a perda fortalecem. – completo a frase tradicional dos homens Morgenstern.

Frase um tanto quanto contraditória, uma vez que todos os homens Morgenstern costumam se apaixonar perdidamente por uma mulher de acordo com as histórias. Continuei caminhando e logo parei em frente a porta de Magdalena, uma irmã de ferro exilada.

— Qui est lá?

— C’est le fils e La fille de Valentim – respondi em francês – Nous avions rendez-vous?

Abri a porta e subi indicando para que Clarisse viesse comigo.

— Tu dois être Jonathan Morgenstern. Et elle, c’est ta soeur? Je pensais que...

— Eu sou Jonathan Morgenstern e está é sim minha irmã. Clarissa. Por favor, fale inglês na frente dela, ela não entende Francês. – ela limpa a garganta – Clarissa essa é irmã Magdalena. Das irmãs de ferro.

Clarissa começa a indagar a irmã, nervosa por conhecer uma desgarrada. Interrompo o bate papo e os olhos da irmã Magdalena brilha os olhos ao ver o adamas.

— Puro Adamas, intocado.  – entrego a ela – Quando estiver pronto voltarei para buscar e você será recompensada.

Ela nos acompanha até a porta e antes de fechar diz:

— Vocês dois... – ela nos observou – Mon Dieu – ela fala juntando uma mão a outra. – São iguais a seus pais.

E com isso... retornamos ao apartamento.


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