Os instrumentos mortais - A bela perdida escrita por A OLD ME


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

oie gente... a fic teve poucas visualizações, poucos acompanhamentos e zero de comentarios mas é em respeito a quem acompanhou que continuo postando...



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— Celeste? – Escuto a voz de Manoel chamando – Celeste, onde você está?

— Deus Arthur! Pare de gritar! Sabe que Celeste escuta muito bem... Ela só está se fazendo de difícil, faz a mesma coisa desde que bateu em nossas portas na primavera do ano passado! – e essa foi Margarett, a mulher que comanda o Instituto de Londres junto com Manoel.

Faz 10 meses que estou aqui, exatos dez meses hoje... Quando cheguei aqui estava fraca e sozinha, por uma semana fiquei em uma cama da enfermaria do instituto, ninguém conseguia chegar perto de mim, falar comigo, embora tentassem mas eu não respondia. Eu não tinha as resposta, simplesmente não podia falar que fui criada por Valentim, eles me colocariam perante a espada mortal ou talvez me matassem, afinal todos acham que Valentim está morto. Uma semana na enfermaria e Arthur mais uma vez apareceu. Ele falou comigo mesmo sem saber se eu prestava atenção contou que sabia quem eu era embora não acreditasse em si mesmo e então eu tinha um álibi, a clave não se incomodou com minha repentina aparição e eu fiquei aqui.

— Celeste, pelo anjo, você e essa sua mania de se isolar do mundo, estou a quase uma hora procurando por você, não nega que é filha de Amélia!

— E isso é ruim? – pergunto encarando ele. – Sou mais uma Morgenstern amaldiçoada?

— Eu não quis dizer isso... – ele se interrompe – Tá desculpa é que... você tem que se acostumar a isso... seu sobrenome não é dos que mais se quer ouvir... e não é bom que você fale... podem te escutar.

— Tá tudo bem... o que aconteceu? – Pergunto deixando a irritação de lado.

— Tenho uma reunião em Idris preciso que você e Istael fiquem no comando... Os mais novos não tem treino hoje mas quero que fique de olho neles.

— Quando você vai?

— Agora!

Ele se vai e continuo na torre por mais um tempo, minha estela girando em minhas mãos, meus pensamentos em Jonathan e Valentim... Tudo que eu queria era poder vê-lo, Jonathan, mas não tenho como entrar em Idris, meus portais não me levam até lá. Então tudo que tenho a fazer é esperar que eles apareçam o que eu de faço sei que não vai demorar, não mais.

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Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip... Bip...

Odeio esse maldito despertador...

Viro ainda sonolenta e aperto o botão que desliga o despertador “27, junho de 2014, 05:00”, levanto em direção ao banheiro e jogo água gelada em meu rosto, faço minha higiene e visto uma calça de couro preta, blusa de manga comprida cinza que deixa meus ombros e minhas marcas bem a mostra. Saio do quarto com dando de cara com Istael.

— Gracinha... Acordou cedo, café? – ele fala estendendo a xícara.

— Não obrigada, posso fazer meu próprio café.

Dou as costas a ele e sigo para a cozinha. Não há mais ninguém aqui, preparo meu café e já deixo tudo arrumado para os outros, ninguém aqui cozinha direito acho que os caçadores de sombra se esquecem de que tem que comer. Após terminar meu café da manhã passo em meu quarto pego minha bolsa e saio para caminhar. Londres não é um dos meus lugares favoritos no mundo, por isso as vezes quando ninguém está lembrando da minha existência crio um portal para algum lugar diferente e sumo por algumas horas.

Eu não devia ser capaz de fazer isso, criar portais, petrificar temporariamente demônios usando runas, não é algo que alguém deveria poder fazer nem mesmo um caçador de sombras, mas eu posso graças a Valentim, mesmo que ele não saiba disso ainda...

Caminhei a manhã inteira, treinei a tarde e estou agora mais desperta que nunca, cansada de estar nesse lugar só me resta uma opção. Caminho até um beco e assim que tenho certeza que não há ninguém faço um portal para Nova Iorque. Costumo vir aqui com bastante frequência, mas tento me manter longe do instituto daqui por causa de Hodge e Jace, que mesmo que não me conheça poderia querer saber de onde eu venho se visse minhas marcas.

Entro em uma cafeteria e me sento em uma mesa próxima a janela.

— O que vai querer? – pergunta uma garçonete baixinha parada ao meu lado.

— Cappuccino, por favor.

Aprecio o gosto doce de chocolate e creme da bebida quando termino pego minhas coisas e vou ao banheiro trocando rapidamente de roupa. O reflexo que vejo no espelho me assusta estou usando um vestido vermelho que cobre meus braços mas deixa p pescoço e os ombros totalmente expostos o vestido desce apertado até a cintura e a partir daí começa a se abrir indo até o meio da coxa na frente onde ele acaba mas na parte ele continua até os pés onde uso um sapato de salto preto, minha estela está presa em meu pulso direito por baixo da manga apertada, em uma bainha na coxa, onde ninguém consegue ver, uma pequena lamina com a qual sempre ando para casos de emergência. Coloco a bolsa atravessada da no ombro e sigo caminho até a Pandemonium. Quando eu morava em Idris com Valentim, embora ele sempre mostrasse que não gostava muito de mim, eu era sua sobrinha e ele me criou, sempre me deu presentes e roupas, geralmente eu me vestia com vestidos longos que eu sempre adorei, mas desde o dia em que entrei no instituto passei a me vestir como uma caçadora. Preto geralmente sendo a cor dominante, roupas apertadas com espaços para as armas, me faz sentir falta de casa.

Na Pandemonium não tenho problemas para entrar, vou direto a pista vip e fico observando, demônios, vampiros, lobisomens, feiticeiros, fadas e humanos dançando entre si. Uma garota alta de cabelos negros passa esbarrando em mim...

— Ei, sei que está lotado, mas cuidado ai! – digo ríspida. Dois garotos que estavam na frente dela param e se voltam para nós, gelo percorre minha espinha e minhas veias quando percebo que são caçadores de sombra, um deles em particular chama ainda mais minha atenção, o garoto que Valentim criava longe de mim e de Jonathan, agora já mais velho um verdadeiro caçador de sombras. Embora eu soubesse que estava aqui não o via desde que ele tinha nove anos, mas ele está exatamente como o anjo me mostrou, forte, destemido. Os dois se aproximando e agora reconheço Isabelle e Alexander Lightwood, filhos dos representantes do instituto de NY.

— Quem é você? – Alexander pergunta.

Recuo um passo sem dizer nada enquanto eles se aproximam mais, não estou muito longe dos banheiros mas se eu correr eles vão atrás assim simplesmente respondo.

— Uma caçadora como vocês. – todos estão olhando fixo para mim mas é Alexander que fala.

— De onde você é? E o que faz aqui?

— Conhecendo Nova Iorque horas... E eu, sou de todos os lugares, não pertenço a nenhum instituto se é isso que quer saber, assim como não exerço a função de caçadora?

— Por quê? – dessa vez é Isabelle quem pergunta.

— Porque escolhi assim quando minha família foi tirada de mim, agora sou só mais uma mundana. – eles e olham confusos e duvidosos, mas assentem. Sei que nos últimos anos aprendi muito sobre esconder a verdade.

— E decidiu vir a Pandemonium? Logo está cheia de seres do submundo e demônios? – fala Alexander.

— Dizem que a verdadeira natura de um caçador o atrai de volta... Mas tenho que ir agora...- quando vou virar para sair Jace me para com a mão em meu ombro.

— Talvez seja melhor cobrir as runas nesse lugar caçadora! – ele sussurra tocando meu braço onde o vestido estava mais para baixo revelando a ponta de uma runa de força.

Me largo dele e saio apressada sem olhar para trás o mais rápido possível, chegando no banheiro respiro fundo e arrumo meu vestido, quando estou quase na porta escuto um grito de horror de uma menina, olho para trás vendo a ruivinha com a mão na boca olhando em direção a Isabelle, Alexander e Jace que estavam invisíveis para todos mundanos enquanto apunhalavam um demônio.

Encaro a menina tentando me aproximar dela, sabendo que conheço seu rosto, mas outro menino começa a chamar a atenção dela de maneira preocupada, os três assim como eu a olham com os olhos arregalados tentando entender, enquanto a garota é puxada pelo amigo para a rua, volto ao banheiro desenhando o portal e logo estou em meu quarto.

Confusão. É a palavra que me define no momento, me dispo rapidamente indo para baixo do chuveiro. A garota, não é qualquer uma, ela é a garota que Ithuriel me mostrou quando mostrou Jace, Valentim e Jonathan, bom pelo menos agora sei que ela é realmente real e tem algo relacionado a mim.


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