Os instrumentos mortais - A bela perdida escrita por A OLD ME
Notas iniciais do capítulo
Gente tive que postar esse porque não ia aguentar não saber a opinião de vocês sobre ele... Spoiler: Caiu a casa no final!
Jonathan e eu fomos a um restaurante lindo em Veneza que só Deus sabe como ele conseguiu uma reserva, caminhamos ao luar, observamos as sereias, a noite foi perfeita. Quando voltamos ficamos sentados no sofá até Clarissa e Jace voltarem. Eles estavam tão animados que mal nos notariam se não fossem as piadinhas de Jonathan. Fomos para o quarto e tivemos uma ótima noite juntos.
A manhã chegou, acabei acordando antes de dele o que é uma raridade, estava completamente nua mas como era muito cedo e ninguém estava acordado acabei colocando somente minha calcinha e a camisa de botões preta de Jonathan. Desci e preparei o café da melhor forma que consegui com nosso limitado estoque de comida. Torrei pão no forno com queijo e tomate, aqueci água e preparei um café bem forte e como opção e porque amo estar na cozinha acabei preparando um suco de laranja, banana e menta que meu noivo adorava. Peguei alguns biscoitos também e não tinha mais opções nossa cozinha só tinha comida pronta!
Irritada coloquei café em uma térmica para quando Jace e Clary acordassem, pães no forno e suco na geladeira, escrevi um bilhete e deixei na mesa. Separei uma bandeja com duas xícaras de café dois copos de suco e alguns pães e biscoitos para mim e para Jonathan e voltei para o quarto. Tive dificuldades para abrir a porta, mas finalmente consegui.
— Amor... Café! – disse animada, enquanto tentava acorda-lo. – Ei acorda, desde quando dorme mais de 4 horas por dia? – digo ainda acariciando seus cabelos.
— Huuum – responde ele sonolento – O que? – Então pisca os olhos negros – Ah amor... O que faz acordada tão cedo?
— Perdi o sono e preparei nosso café? – digo indicando a bandeja – Vamos comer? Estou faminta!
Ele me beija e levanta indo em direção ao banheiro, consigo ver pelo reflexo do espelho enquanto ele escova os dentes, lava o rosto e molha os cabelos e a nuca. Ele percebe que o estou observando e sorri para mim me encarando pelo espelho.
— O que você fez para o café? – Estou tão concentrada em nosso momento de casal mundano, e no temos que temos passado assim que demoro um tempo para conseguir responder.
— Café, pães, biscoito e suco LBN – digo sorrindo enquanto ele faz uma careta para o nome do suco. – Há temos que dar um nome a seu suco favorito!
— Jura? Suco de laranja, banana e menta?
— Sim – digo vitoriosa enquanto ele vem me abraçar distribuindo beijos pela minha cabeça, pescoço e ombros.
Tomamos café entre beijos e abraços, esses momentos em que ele é só meu me faz esquecer de todo o resto, de tudo que é ruim, nesses momentos sei que ele é o meu caçador de sombras e que o sangue de demônio não o domina.
Em um minuto estou com Jonathan no outro estou em um lugar, um lugar claro, com paredes brancas, pilares dourados e tronos de ouro, já estive aqui antes, sei que não estou presente de corpo mas em pensamento, jamais poderia chegar a este lugar.
Um bater de azas toma minha atenção, é Mumiah ele caminha até mim repousando a mão na minha barriga. Fico confusa e suas palavras, ou melhor, sua única palavra não ajuda na minha compreensão “ligação”, o anjo parece perceber minha confusão e ordena que eu feche os olhos como quem diz “por Deus preciso desenha” obedeço e diante dos meus olhos uma runa aparece. Não é nenhuma que esteja no livro cinza nem uma das que eu mesma criei, a runa é complicada, um par de asas, porem as asas são diferentes e quando focalizo nelas percebo sua diferença, uma é de demônio e a outra de anjo, as asas são ligadas por uma corda com um nó, um nó de sangue. Tento entender parece um símbolo de ligação, ligação de alma e ligação sanguínea, ...
— Você está em um dos seus devaneios – ele fala me chamando atenção – achei que não tivesse mais isso anjinha!
— Não, quase não tenho mais, mas tive bastante depois que Valentim tentou me mandar para os céus, e descobri que isso é por causa do sangue do anjo mesmo, na verdade é porque os anjos falam comigo, geralmente é assim que surgem novas runas. – Digo meio seca. Jonathan me tirou da minha visão antes de entender totalmente a runa.
— E o que você viu agora?
— Não sei direito, você me tirou antes da hora, algo sobre cura... – digo, omitindo a parte que já sei.
— Desculpa... Mas como assim um tipo de cura? – ele pergunta e no mesmo momento outra runa vem a minha mente, ela é bem simples na verdade, uma mistura de Iratze comum e uma de reposição sanguínea, resultante em uma runa para retardar os danos de veneno de demônio. – Celeste?
— É uma runa para retardar veneno de demônio... – explico. Ele parece se convencer e não faz mais perguntas, me abraça novamente encostando na cabeceira da cama.
Ficamos na cama por mais alguns minutos até ele decidir levantar, ele toma banho e como eu já havia feito isso só coloco uma roupa, um short preto e uma regata igualmente preta e desço para a sala de treinamento. Comecei com um simples arremesso de facas, mas foi o suficiente para me eu acabar com uma poça de sangue nos pés, estava distraída demais e acabei cortando a mão. Subi as escadas correndo, havia deixado minha estela no quarto, quando virei o corredor desequilibrei e acabei colocando a mão suja de sangue na parede.
P.O.V. Jonnathan
Celeste apareceu com a mão escorrendo sangue, fiz uma iratze nela enquanto ela me explicava como se machucou e fui incapaz de não rir lembrando de quando isso acontecia com nós antigamente.
Enquanto ela foi tomar banho sai para limpar o caminho pelo qual ela veio já que ela havia avisado que derramará sangue por tudo, assim que sai do quarto dei de cara com Clarissa olhando abismada para o sangue de Celeste.
— O que faz acordada?
— O que você faz acordado? – ela revida a pergunta.
— Descendo para pegar toalhas e limpar tudo isso...- faço uma pausa, e sussurro olhando o sangue – Celeste!
— Onde está Celeste? – ela pergunta preocupada – Ela está bem?
— Tomando banho agora, quer falar com ela? – pergunto maldosamente me aproveitando do pavor em seus olhos.
— Não, tudo bem! E você?
— Está perguntando se estou bem?
Como ela não respondeu, caminhei pelo corredor passando por ela que se encolheu...
— Desça! – ordenei. Ela logo me seguiu, parei em frente a geladeira olhei para Clarissa. – Quer alguma coisa?
— Só água, - respondeu rapidamente.
— Então, viu as sereias ontem?
— Sim, Jace e eu vimos uma... – ela disse olhando para meu braço onde havia uma mordida de um vampiro com quem cruzei ontem quando estávamos chegando em casa.
— Mordida de vampiro pode dar bastante sede, mas creio que já sabe disso!
— Porque eu saberia?
— Imaginei que já tivesse brincado de mordidinhas com seu amigo Diurno.
— Não – respondeu rapidamente – Não sei porque alguém deixaria um vampiro o morder de propósito, você deixaria?
— Eu já deixei! – disse lembrando de uma vampira que conheci a um ano atrás.
— Achei que odiasse seres do submundo! – retrucou Clary me deixando irritado.
— Não! – respondi severamente, respirei fundo e tentei diminuir o tom – Não me compare a Valentim.
— Claro. É até porque é super fácil não comparar vocês.
— Não é culpa minha nascer parecido com ele e você com ela. – ela me olhou enrugando as sobrancelhas. – Viu sempre me olha assim, como se eu fosse o bicho papão importunando crianças órfãs por diversão.
— Você matou uma criança, - diz ela se retraindo ao lembrar de Max.
— Então é isso vamos abrir o jogo já?
— O que esperava? – ela pergunta baixo porem ríspida, o que faz com que eu me retraia.
— Acreditaria se eu dissesse que foi um acidente? Nunca quis mata-lo só precisava descor.. – ela me encarou com raiva calando-me - é verdade Clarissa. Pretendia desacorda-lo como fiz com Isabelle, subestimei minha própria força.
Nesse momento vi Celeste surgir atrás de Clary com os olhos marejados e uma expressa de pavor, senti o peso no olhar dela quando ela disse:
— Foi você quem matou aquele garotinho?
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