Os instrumentos mortais - A bela perdida escrita por A OLD ME


Capítulo 16
Capitulo 14




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/584412/chapter/16

Quando acordo pela manhã Jonathan não está mais na cama, a altura do sol e a claridade no quarto denunciam que dormi demais e deve ser quase meio dia. Levanto devagar e vou até o banheiro, encho a banheira, jogo alguns óleos e me aninho dentro dela encolhida com a cabeça apoiada nos joelhos.

Não sei quanto tempo depois, mas tempo o suficiente para meus dedos ficarem murchos, escuto um barulho no interior do quarto. Termino meu banho rapidamente sem molhar o cabelo e coloco o vestido verde que marca minha cintura e destaca a cor dos meus olhos, largo meu cabelo que cai liso em meus ombros mas com cachos finos após a cintura e ainda descalço corro para fora.

Consigo escutar o final de uma conversa entre Jace, Jonathan e Clarissa.

— O que está fazendo aqui em cima? – pergunta Jace.

— Estava procurando por você...-  Clary responde em um tom meloso.

— Estávamos comprando comida – responde Jonnathan – Vejo que encontrou as roupas... Gostou?

— Quer almoçar? – Jace pergunta. Clarissa não responde verbalmente, mas Jonathan sim...

— Ótimo então vou acordar... – antes que ele termine a frase pulo em seus braços mais animada que o normal, pois a verdade é que, estou animada. Por estar com ele, por conhecer melhor Jace e por agora ter uma companhia feminina, ainda mais ela que além de ser minha prima e cunhada tem o sangue do anjo e os mesmo poderes que eu.

— Acordar a mim? – pergunto antes de beija-lo.

— Parece que a noite e a manhã de sono lhe fizeram bem minha bela!- ele fala afagando minha bochecha- Está com fome?

— M-o-r-r-e-n-d-o – soletro para ele.

Viro para Clarissa que nos encara boquiaberta enquanto Jace tenta chamar a atenção dela, sem sucesso. Vou em sua direção me desprendendo de Jonnathan.

— Venha me dar um abraço prima/irmã/cunhada! – digo abrindo os braços para ela que vem com a mesma animação ao meu encontro.

— Você...

— Achou mesmo que eu não estaria aqui?

— Eu te procurei... Todos procuramos antes de partir de Idris e depois... Achamos que tivesse... – ela fala rapidamente mas para antes de falar a palavra.

— Morta? É o que eu queria que pensassem... – ela estala os olhos – Desculpa, queria poder ter lhe contado mais, simplesmente larguei uma bomba em você e não expliquei, mas quando tudo aconteceu eu não tinha tempo e não seria seguro lhe contar.

— Mas por...

— Clarissa sabe o porque mas lhe explicarei mesmo assim – ela sorri – mas não agora! Estou com fome... Vamos? – pergunto estendendo a mão para Jonnathan que já estava ao meu lado.

Em poucos minutos estávamos todos a mesa comendo. Clary ao lado de Jace, eu ao lado de Jonnathan. Ela estava se habituando a tudo ainda mal falava, Jace tentava estabelecer uma conversa animada e prazerosa, Jonnathan estava quase tão calado quanto Clary então decidi me unir a Jace.

— É tão bom ter uma garota além de mim aqui... Estava quase sentindo falta de Marina!

— Aquela insuportável? – indaga Jonnathan.

— É aquela com quem você teve um encontro enquanto eu estava teoricamente morta!

— Ahhhhhhh – grita Jace – Não vão começar né?!

— Que isso Jace é só uma discussão saudável. – Digo Ironicamente – Enfim não fale mal de Marina, Margarett a criou mal não é culpa dela ser daquele jeito!

Voltamos a comer meio em silencio trocando algumas palavra enquanto Jonnathan abre o vinho.

— Vinho? – ele oferece a Clary que aceita. Depois olha para mim com a garrafa ainda na mão – Querida? – aceito também.

— Então — disse ela. — Esta casa... é sua?

— Era do nosso pai — respondeu Jonathan — De Valentim. Ela se move, entra e sai de mundos, do nosso e de outros. Ele a usava como refúgio, e também como forma de viagem. Ele me trouxe aqui algumas vezes, me mostrou como entrar e sair, e como fazê-la viajar.

— Não tem porta de entrada.

— Tem, se souber como encontrar. Papai foi muito esperto com este lugar.

Clary olhou para Jace, que balançou a cabeça.

— Nunca me mostrou. Eu nem saberia adivinhar que existia.

— É muito... apartamento de solteiro — observou Clary. — Eu não imaginaria Valentim

como alguém...

— Que tinha uma TV de tela plana? — Jace sorriu para ela.

— Ele não era! – Penso alto. – E para minha defesa só estou aqui a uma semana e não podia sair muito de casa para fazer compras enquanto não saíssemos dos estados unidos.

—  Não pega nenhum canal, mas dá para assistir DVDs. Na mansão tínhamos uma velha caixa de gelo que funcionava com energia enfeitiçada. Aqui ele tem uma geladeira sub-zero.

— Aquilo era para Jocelyn – comentou Jonathan prendendo a atenção de Clary. – Todas as coisas modernas, aparelhos, roupas, como as que você e Celeste usam, eram para nossa mãe. Caso ela decidisse voltar.

Um minuto de tensão se instalou até que Jonnathan voltou a falar.

— Valentim criou isso logo no mesmo ano que tudo aconteceu, foi modernizando conforme o tempo passava, não sabíamos da sua existência então quando ele a fez era para uma família de cinco membros, por isso quatro quartos. Mas no fim das contas, só precisamos de dois! – Ele termina com um sorriso malicioso.

— Não entendi...

— Desculpa se é estranho... – Fala Jace – Podemos comprar roupas novas agora que estamos longe.

— Sim podemos ter uma tarde de garotas... – digo animada- Compras, salão essas coisas.

— Acho que o que ela não entendeu foi a contagem da família... – diz Jonathan. – é assim... Valentim + Jocelyn= 2 + Eu= 3 + Celeste= 4 + Jace =  5. Três crianças e um casal = quatro quartos necessários. Obvio que Valentim não sabia que eu e Celeste acabaríamos juntos o que abriria espaço para você com o tempo para ter seu próprio quarto, mas ele imaginaria muito menos que você e Jace se juntariam também o que o faria se sentir idiota de ter construído três quartos de solteiros e uma suíte ao invés de três belas suítes de uma vez só – Jonathan fala sem parar.

— Acho que você tem que parar de beber! – digo rapidamente. – Clarissa já entendeu sua analise.

— Ah Celly... – levo a taça de vinho intocada a boca, mas quando o cheiro me atinge é como se eu bebesse sangue.

Largo a taça que se espatifa na mesa e corro para o banheiro passos vem atrás de mim mas eu ignoro e tranco a porta. Um liquido gelatinoso e acido volta pela minha garganta piorando e aliviando o mal estar ao mesmo tempo. Batidas insistentes na porta causam dor na minha temporã. Pego o celular no bolso do vestido e disco o número de Istael.

— Alo? Celly? Finalmente!

— Oi Ist, Kiron está com você?

— Sim, sim. Como está?

— Bem mas preciso falar em particular com Kiron por favor.

— Tudo bem.

Faz-se silencio por um instante até Kiron responder do outro lado em um tom preocupado. Explico para ele o que tem acontecido e ele escuta calado.

— Kiron, Eu acho que posso estar...

— Não diga o que acho que vai dizer! – fico em silencio – Pelo anjo Celeste como pode ser tão irresponsável? Espera. Você está ai a uma semana só. É impossível ter esse tipo de sintoma e você teve isso no dia em que falei sobre Jonathan... – Ele congela do outro lado, tenho que chamar a atenção dele para que volte a falar – Céus, você e Istael nunca né? Porque se estiver... de Istael Jonathan mata vocês dois.

— Claro que não Kiron... Você sabe que não. Nunca. – eu atropelo as palavras e antes de revelar do dia D respiro fundo. Kiron insiste para que eu me explique e conto a ele sobre o encontro no lago Lyn.

— Bom então você já sabe o que fazer Celly... Não posso fazer nada por você é sua decisão, se for verdade, você quem escolhe o que quer. Mas não impeça de vir até mim se precisar.

— Tudo bem... Eu sei, Obrigada... Conte a Istael por mim... Ele me matará por telefone se eu contar.

Desligo o telefone e me preparo para sair do banheiro, Jonnathan ainda insistente do outro lado da porta, deve estar ali a cinco minutos. Caminho lentamente e abro a porta.

— O que diabos aconteceu?

— Passei mal de novo.

— Você tem passado mal a três dias... O que eu faço? O que você tem? – ele praticamente grita para mim – E não me venha com nada... Porque ninguém fica assim por nada!

— Jonnathan calma... Já falei ontem, isso é todas essas mudança. A comida congelada, a mudança de horários, ficar presa nessa casa. Tudo isso.

— Mas tem que fazer algo para melhorar... Você quase não tem comido...- ele começa seu discurso novamente mas eu o calo.

— Que tal darmos um dia a Jace e Clary enquanto nós temos um dia romântico para nós? – pergunto de maneira pidona.

Ele ergue a sobrancelha protelando antes de responder, mas cede. Vou para o quarto enquanto ele vai falar com Jace.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ENTÃO, CURTIU O CAPITULO? QUE TAL ACOMPANHAR, COMENTAR, RECOMENDAR E FAVORITAR... NÃO CURTIU? NINGUÉM É PERFEITO MAS POSSO MELHOR COM SUAS CRITICAS E IDEIAS? DIGA O QUE PENSA!