Os instrumentos mortais - A bela perdida escrita por A OLD ME


Capítulo 13
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Bom dia boa tarde boa noite... Então gente eu ia programar esse capitulo só para dia 31 mas amei tanto o comentário da NahCarstairs que esse capitulo é especial para ela... espero não desapontar sua animação flor... continue comentando suas opiniões são bem vindas, dicas também!



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— Olha quem saiu do quarto... – Escuto Jace dizer na porta, estou meio sonolenta e totalmente imóvel, mas ainda acordada, coberta somente com um lençol – Huuum... Vejo que se divertiram, não deixou nem ela se curar direito... – ele tenta falar mas escuto um “plaft”, provavelmente Jonathan batendo nele – Aiiin... – os dois ficam em silencio- Sua namorada é confusa... Parece tão serena e vulnerável vendo daqui, mas no clube, agressiva e raivosa... – ele fala mas Jonathan quem completa para ele.

— Como qualquer caçador de sombra... – ele fala docemente e sinto que os dois olham para mim – Ela consegue ser sim tudo isso. Incrivelmente teimosa e irritadiça, mas cautelosa e... – ele se cala, mas quando volta a falar o tom doce da voz se foi. – Jace?

— O que?

— Não que te diga muito respeito mas ela não é minha namorada.. – o tom de voz dele meio ríspido de início me surpreende até que ele termina a frase – Ela é minha noiva, e eu agradeceria se você parasse de olhar para ela.

A porta se fecha e os dois desaparecem, as palavras de Jonathan gravadas na minhas mente dançam em frente aos meus olhos me impedindo de dormir. Tomo uma ducha e percebo que não tenho roupas no quarto além das que eu estava usando, mas como sempre ando com uma muda extra de roupas sei que na minha bolsa que ficou na sala tem. Me enrolo novamente na toalha e abro a porta cautelosamente, não há ninguém no corredor, também não escuto nada desço rapidamente as escadas até a sala, torcendo para que os meninos não estejam lá e não estão. Remexo no sofá e não encontro...

— Droga cadê minha bolsa! – praguejo baixinho. Dou um passo para trás batendo em algo, ou melhor alguém – Jesus! – digo, gritando.

— Não, mas dizem que a semelhança é incrível. – e esse foi Jace convencido.

— Ah... Onde está Jonathan? Viu minha bolsa?

— Jonathan está lá em baixo na sala de treinamento... E sua bolsa está junto dos casacos, Jonathan a colocou ali... P-porque está andando... pela casa.. sabe.. sem roupas?

— O que está acontecendo aqui? – pergunta Jonathan se aproximando.

— Porque minhas roupas limpas estão na bolsa... – respondo Jace primeiro e me viro para Jonathan sem dizer nada, como ele também está calado, caminho até minha bolsa e a pego, sem olhar para nenhum deles vou até o pé da escada parando quando Jace fala...

— Na suíte a um armário de roupas, acho que devem caber nela, Jocelyn, ela e Clary tem praticamente o mesmo tamanho.

— O que? – pergunto confusa... Obviamente ele não estava falando comigo.

— Vem eu te mostro... Jace que tal esquentar algo para comermos? – Ele fala vindo em minha direção enquanto fala com ele.

Subimos e vamos até um quarto grande que fica em frente a escada. Sem que eu perceba ele já está abrindo o closet me puxando para lá.

— Valentim montou esse closet inteiro para Jocelyn, na verdade o apartamento inteiro, na esperança que ela um dia voltaria... Como Jace disse vocês três são quase do mesmo tamanho, Jocelyn é só um pouco mais alta que você e Clarissa mas creio que a altura pouca não interfere... – ele me analisa – Pode escolher, vou esperar na sala!

— Ei espera... O que deu em você?

— Nada... só se vista e vá para baixo, temos que conversar antes de eu sair. – antes que eu possa protestar ele já se foi.

Pego minha roupa intima dentro da bolsa, um short branco e uma blusa soltinha azul celeste do enorme closet e as visto rapidamente, seco meu cabelo com a toalha mesmo só para não molhar a roupa e continuo descalça. Desço novamente as escadas e Jonathan me espera sentado no sofá, largo a bolsa na mesa de centro e me sento no sofá do lado oposto.

— Porque sentou ai?

— Estou esperando que você me mande embora já que agora eu estou na casa que você está morando e você não pode simplesmente sumir.

— Por quê eu...? – ele começa a pergunta mas ergo a sobrancelha e ele para a frase – Desculpa, mas não vou fazer mais isso, eu já falei, prometi!

— Então porque está estranho?

— Não estou, só achei que você estivesse dormindo e de repente está de toalha na sala... – ergo uma sobrancelha...

— Você está tendo um ataque de ciúmes?

— Nã..Não! Não estou – ele se enrola e vem em minha direção – OK! Mudança de assunto... – ele me abraça – Me conta o que aconteceu... Desde o dia... o dia...

— Que Valentim tentou me matar?

— É! Quero saber o que aconteceu com você, tudo, quero entender pelo o que passou...

— Tudo bem... Bom você lembra como foi aquela semana? – ele faz que sim com a cabeça – A noite antes de tudo, você foi no meu quarto me dar boa noite depois que Valentim se deitou, não consegui dormir direito aquela noite porque Valentim andava mais rígido que o normal com os treinamento e mesmo com as marcas meu corpo ainda doía... Levantei para tomar água e quando voltei ao quarto alguém me agarrou por trás e tampou minha boca. Ele me jogou contra a cama, tentei pegar minha estela em baixo do travesseiro, mas ele percebeu e jogou ela longe, tentou me sufocar mas eu acertei o joelho no seu estomago...- Paro para ver como ele está absorvendo – Bom ele se irritou e pegou uma faca e acertou minha barriga, eu consegui girar e cair para o lado da cama mas estava perdendo a consciência, me lembro de tentar gritar por você... – Lagrimas invadem meus olhos e viro o rosto para o outro lado.

— Tudo bem... Olhe para mim! – ele puxou meu rosto para ele – Pode falar.

— Os gritos saiam estranhos, indefinidos então eu desisti, por alguma razão o homem me pegou no colo e pulou a janela, estava tudo escuro, ele sussurrou algo sobre Valentim ficar furioso e bateu na minha cabeça, acordei no hospício, os médicos disseram que tinham me sedado e que eu moraria lá, mas teria que ficar na cama presa até não causar mais mal a mim mesma... Umas semana depois eu estava podendo sair entre os outros, lembrava aos poucos o que tinha acontecido e seis meses depois consegui fugir durante a noite, vaguei uma semana até achar o instituto de Londres e eles me acolheram lá, logo na primeira semana eu não falava com ninguém, mas Arthur e Istael ficavam ao meu lado o tempo todo, insistindo, então Arthur me contou que achava que era meu pai mas só teria certeza se eu falasse com ele...

— Seu pai? Você o encontrou?

— Sim... Ele era do Círculo no início, ele era amigo de Valentim e foi ele quem levou minha mãe até Idris, lembra a história de ela não sabia quem era?

— Uhum...

— Ela teve um caso com ele, mas meu pai largou o círculo junto com Luke... Antes mesmo de Jocelyn e voltou para o instituto de Londres... Menos de um ano lá e um homem apareceu para falar comigo quando eu e Istael ficamos cuidando de tudo, pois os adultos estavam em Idris. Era Pagborn. Ele me contou o que aconteceu e me preveniu para que eu me escondesse muito bem... eu tentei convencer ele a falar com você... mas... ele disse...

— O que?

— Que você estava diferente, cruel... e que Valentim descobriria. Implorei, mas ele simplesmente sumiu quando se chateou de meus pedidos... Tentei levar minha vida esperando por você, por Valentim descobrir ou pôr o plano em pratica, fui aperfeiçoando minhas runas em segredo e treinando com os outros, Arthur cuidou de mim, me treinou, mas de uma maneira diferente, gentil... Tentando se aproximar de mim. Nunca contei todos detalhes para a proteção dele então ele não sabe nada sobre minha vida antes de chegar a ele além de algumas coisas básicas.

— Quando vocês apareceram novamente eu ficava apreensiva a cada maldito segundo, e em Idris quando fui caminhar com Istael e nos perdemos na volta para casa e encontramos vocês no caminho para pedir informação eu congelei, mesmo com o cabelo preto eu quase tinha certeza que era você...

— O que é Istael?

— Meu amigo, e primo também eu acho, pois ele é parente distante e órfão de Arthur e ele também é meu parabatai.

— Sério?

— Uhum, Istael é irritantemente legal, mas sempre me protegeu...desde meus primeiros dias no instituto. Ficávamos de responsáveis das crianças mais novas quando todos adultos tinham que sair. Nos tornamos parabatai dois dias antes de eu te ver, ele pediu no nosso primeiro dia em Idris e eu aceitei pois não haveria ninguém melhor que ele para isso.

— Pula essa parte... tá me chateando...

— Você é inacreditável... – eu digo me agarrando ao braço dele recostando a cabeça em seu ombro.

— E depois?  - ele pergunta – Depois que eu morri?

— Eu enlouqueci... Fui tentar matar Valentim, mas quando cheguei lá Clarissa estava agonizando com runas silenciadoras e paralisantes que ele colocou nela, Valentim chorava sobre o corpo de Jace e o anjo se ergueu, Clary colocou o nome dela no lugar do nome de Valentim e o anjo o matou, foi quando Clary pediu para trazer Jace de volta... O anjo falou comigo coisas que não entendi direito, mas assim como você ele disse que eu deveria partir pois eu seria caçada agora.

— O anjo teve piedade de você?

— Ele disse algo sobre de todos os romances deste mundo o nosso ser o mais confuso e surpreendente. Algo sobre o que leva a perdição também pode ser a cura.

— Não entendi...

— Nem eu... enfim eu voltei para onde estava seu corpo para esconde-lo até poder velar você e depois partir, mas você tinha sumido, aquilo me deixou perdida e não consegui partir. Me esgueirei pela cidade e fui até o quarto de Istael, quando ele voltou contei a ele o que havia acontecido antes de partir já havia contado a ele quem eu realmente era e mais algumas coisas, disse que partiria e pedi perdão por colocá-lo em risco, mas quando pulei o portal que fiz ele agarrou minha mão e pulou comigo.

— Ele o que? Celeste vocês estavam juntos?

— Sim ele me seguiu... Tentei manda-lo de volta várias vezes mas seria mais perigoso para ele e ambos sabíamos disso... Encontramos um bruxo que nos escondeu com feitiços, por isso vocês e nem ninguém conseguia me achar, além das minhas runas estávamos protegidos por magia.

— Onde vocês estavam?

— Brasil... O bruxo era de lá... só saímos do estado que ele morava compramos um apartamento e ficamos lá até receber as notícias. Eu não disse nada que estava planejando sair e procurar você, mas Istael percebeu. Fiz ele prometer que ficaria com Kiron, o bruxo, pois ele não queria voltar para Londres. Mesmo de longe ele me ligou a cada hora os três dias que estive sozinha em NY.

— Porque não veio com você já que ele se preocupa tanto? – ele diz ríspido.

— Porque eu não deixei... já fiz demais não ia fazer ele correr mais um risco.

— Então você mesmo sabendo os riscos veio para o lugar mais perigoso para você sozinha? Celeste eu já achava que estava morta porque não te encontrava imagina se eu descobrisse que foi assassinada por que estava me procurando e se eu não tivesse chegado a tempo? – ele fala levantando.

— Jonathan eu faria tudo novamente para te achar! – eu grito – Me desculpa se eu tive esperança, me desculpa por querer estar com você... Mas não me trate como a garotinha que você protegia dos castigos do seu pai porque eu enfrentei a morte, a perda, a confusão e a rejeição, sozinha durante dois anos Jonathan, não sou criança posso cuidar de mim mesma.

— Percebi isso quando foi ataca mais cedo... – ele diz irônico.

— Se está tão descontente com minha presença porque não me manda embora? – sussurro.

— Não estou descontente Celeste, não vê? Não haveria como eu estar mais feliz, só estou furioso porque tive medo de te perder novamente, fiquei bravo por você correr riscos por mim... Te amo por isso mas não me perdoaria... – ele para de falar com os olhos lacrimejando – Celeste Morgenstern você é meu ponto fraco.

— Essa é sua maneira de dizer que me ama?

— Não é minha maneira de dizer que você é tudo para mim. – ele fala me puxando novamente para ele.

— Você não faz ideia do quão devastador foi assistir sua morte, não poder chegar a tempo para salvar você – digo já chorando – e não me diga que entende porque você não me viu morrer! – falo dessa vez elevando a voz – e depois ver Clarissa ter a chance de trazer Jace de volta, ajudá-la a fazer isso sabendo que eu não teria a mesma chance, você não faz ideia de como tive que buscar forças onde não existia mais e onde mal conseguia alcançar para não enfiar aquela maldita espada no meu próprio coração, se não fosse pelo anjo, eu o teria feito!

— Me desculpa... – diz ele afagando meu cabelo.

Quando abro os olhos vejo Jace escorado na parede com um olhar confuso e surpreso. Ele percebe que o estou olhando e sem dizer nada vai para a cozinha.


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Notas finais do capítulo

AAAAi gente fiquei tão orgulhosa que esse cap... ta maiorzinho... o que acharam?
ENTÃO, CURTIU O CAPITULO? QUE TAL ACOMPANHAR, COMENTAR, RECOMENDAR E FAVORITAR... NÃO CURTIU? NINGUÉM É PERFEITO MAS POSSO MELHOR COM SUAS CRITICAS E IDEIAS? DIGA O QUE PENSA!



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