Acordo com um sol forte adentrando o quarto, onde tenho ficado o ultimo mês. Mal saio do quarto a não ser quando o bruxo que está me escondendo sai comigo, encontrei ele na America do sul, Brasil, que é onde estamos agora. Ele não gosta nada da Clave então simplesmente decidiu me ajudar, como ele não é nenhum alto bruxo também não tem muito contato com o submundo, ou seja, somos ninguém em lugar nenhum.

— Anda acorda Celly já passa do meio dia...- uma voz masculina pragueja abrindo a cortina que faz com que o sol atinja meu rosto - Estava começando a achar que você tinha entrado em coma. – diz Istael.

— De que adianta estar acordada? Não farei nada mesmo...

Todos os dias Istael faz a mesma coisa, me acorda, me incentiva a abrir os olhos e levantar da cama, como havia prometido, independentemente do que acontecesse voltaria até ele, não precisei falar muito, ele partiu comigo sem cogitar, viemos o mais longe possível e encontramos Kiron o bruxo que nos esconde.

— Tenho informações de Idris... – Kiron cantarola para mim me fazendo levantar rapidamente.

Consigo escutar a risada dele quando pulo da cama parando em frente a ele.

— O que?

— Não se preocupa não loirinha, não sabem onde estamos... – ele fala sem terminar a frase.

— Então o que é?

— Ótimo Kiron não deixou nem ela comer! – Grita Istael.

— Aconteceu uma coisa em NY. – eu espero que ele continue – Jace o garoto que você falou, sobre está desaparecido junto com o corpo de Jonathan, ao que parece Lilith tentou trazer ele de volta dos mortos... é só o que ouvi hoje quando fui ao café onde aquele vampiro trabalha.

— Não entendo...

— Lilith quem deu o sangue para Valentim fazer os testes... Jonathan possuía o sangue de Lilith ela deve querer trazer ele... – Explico.

— Mas ela não... – diz Istael.

— Não pode? – eu termino a frase de Istael – Na verdade pode, tudo precisa de equilíbrio, Jace foi trazido pelo anjo, ele é puro tem sangue de anjo, Jonathan é o contrapeso. – paro por um momento... Não pode ser verdade.

Uma vertigem me atinge, tontura e estomago revoltado, corro para o banheiro sem falar nada e sinto Istael e Kiron me seguirem quando me agacho na privada colocando para fora minha ultima refeição do dia anterior. Quando o alivio finalmente vem me encontro na parede gelada do banheiro com a cabeça entre os joelhos, Istael repousa a mão nas minhas costas afagando com carinho e Kiron vai até a pia pegar algo.

— Ei, o que aconteceu? Tudo bem? Você está doente? – Istael pergunta para mim – O que ela tem Kiron?

— Calma isso são os nervos, me de um minuto com ela... Vamos saia, saia, saia! – diz ele respondendo e ao mesmo tempo expulsando Istael.

— Eu to bem, juro!

— Eu sei que está... toma ponha isso na nuca, vai aliviar! – ele me entrega um pano molhado. – Tome um banho, mas antes me diga, o que não pode ser verdade... – eu o encaro – precisa ser sincera comigo, tenho que saber do que estou te protegendo! – ele fala em um tom mais severo.

— Jonathan está vivo novamente... – sussurro.

— Tem certeza?

— Eu sinto isso! Eu sei que está!

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Faz quatro dias que recebemos a noticia de Nova Iorque desde então nada novo, as buscas por Jace continuam, a clave está focada nisso interrogando todos que tiveram envolvimento no dia, mas nada foi achado. Não é surpresa.

Rastreamentos não adiantam, sabemos disso, pois também tentamos o que significa é que eles estão em um dos meios de fuga do Valentim, me lembro de Jonathan me contar sobre isso, mas não sabia direito me ensinar, pois o próprio não sabia direito fazer.

— Não entendo, se rastreamento não funciona onde eles estão? – pergunta Kiron frustado.

— Ele está usando um dos meios de Valentine de se manter longe da Clave... Ele tentava me ensinar a como acha-los e controla-los... mas ... nem ele sabia direito na época – eu digo baixinho deitada na cama – Desista, ninguém irá encontra-los a não ser que ele queira.

— Mas o Jace, se está vivo porque estaria com ele? – é a vez de Istael indagar. – Ele teria voltado para a garota... Você viu o jeito deles, os dois, ela é tudo para ele, não entendo!

— Pelo o que entendi, Lilith os ligou, sendo Jonathan o primeiro, Jace atende suas vontades... Mas você está certo ele vai voltar a Clarissa, não para ficar com ela, mas para leva-la com ele.

— Pode estar certa. – diz Kiron – Isso significa que temos que ficar longe de Nova Iorque, crianças! – ele caminha até a porta que leva ao outro cômodo do apartamento que compramos – Vou dormir crianças, não fiquem acordados até tarde.

Ele sai nos deixando sozinhos, Istael está sentado em uma poltrona vermelha no canto do quarto, sei que ele me encara pois sinto o peso do olhar dele sobre mim, viro para olha-lo ao mesmo tempo que ele levanta. Ele caminha devagar até a cama sentando-se ao meu lado me puxando para si. Deito com a cabeça em seu peito enquanto ele acaricia meu cabelo, nunca na minha vida alguém cuidou tanto assim de mim quando Jonathan, e Istael mesmo sendo meu parabatai, não tinha obrigação de fazer isso, mas foi contra tudo que acreditava para estar aqui comigo.

— Você não precisa fingir que não se importa para mim... – ele diz ainda acariciando meus cabelos. Eu o encaro sentando na cama. – Sou seu parabatai Celeste, posso sentir sua confusão, sua vontade de estar com ele e sei que você não está bem, só não sei o motivo concreto.

— Eu... Tudo que eu queria agora era... poder encontra-lo. – lagrimas invadem meus olhos – Não é justo! Fomos separados duas vezes pela morte e não chegamos aos vinte ainda, eu só tenho dezessete, posso parecer forte mas estou em pedaços... – minha voz falha.

— Eu sei, sei disso! Te entendo, você sabe disso... Mas.. – ele para a frase suspira e continua – Você tem me deixado preocupado, quase não come, não sai da cama e tem passado mal já. Escuta! Sei que está tramando algo, vi como reagiu hoje o dia inteiro, e se for fugir Celly...

— Sabe que dessa vez não poderá vir comigo, para sua proteção... Eu não posso! Tudo que eu queria era poder viver em paz com Jonathan, ter você como vizinho, em Idris, no vale mas essas coisas me foram tiradas! Sim eu vou atrás de Jonathan, acho que sei como encontra-lo... Então quando eu partir preciso que você volte para Arthur, diga a ele que você veio para me proteger, que eu parecia enlouquecida quando fui até você, que lhe contei somente parte da verdade.

— Mas eu poss..

— Não, não pode! – eu digo levantando.

— Não me diga o que fazer Celeste, eu quis vir! Eu vim por você e eu não vou deixar você ir sozinha até ele enquanto volto para o instituto mentindo para o tio Arthur.

— Pelo anjo, você é insistente! – digo frustrada.

— É por isso que somos ótimos Parabatai!

— Tudo bem, mas você vai seguir meu plano, não fará nada diferente, OK? – pergunto me aproximando dele novamente.