Quando o amor acontece escrita por Burogan


Capítulo 18
Cap 18 - A determinação de um herói


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaaaaa Bom dia pessoal! Peço desculpa pela demora na postagem dos capitulos, é que a faculdade começou a apertar hehehe, mas aqui está, mais um capitulo. Obrigado a todos que estão comentando e acompanhando a história, isso é muito importante pra mim. Bom, aproveitem e se deliciem com a leitura >



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/584359/chapter/18

Eu estava na sala de aula. O professor de fotografia explicava sobre iluminação natural e artificial e como provocar efeitos, dando textura e formas no seu objeto de estudo. A iluminação é o componente mais importante para compor uma foto, é ela que da um ar mais dramático ou alegre pra fotografia. Se eu soubesse utilizar essas técnicas antes, talvez eu tivesse tirado uma foto da Paty. Eu revirava os olhos, enquanto tamborilava os dedos impacientemente na mesa. Não que a aula seja chata, muito pelo contrário, adoro fotografia, mas ultimamente ir pra Arcati tem sido um inferno. Graças aquela noite, agora todos ficam me olhando cochichando, já era de se esperar que eu virasse o assunto da universidade. Afinal, aquele tomatão alpha decidiu me dar um fora na frente de todos e ainda por cima quebrou o violão do Thomas.

Já se passaram um mês desde que a Paty me deu um fora. Agora parece que as coisas estão mais calmas e a minha vida voltando a ser como era, nada de andar no porta-malas ou ter que ficar abrindo a porta de madrugada, meu cotidiano se resumiu em ir trabalhar, faculdade e depois animes, isso quando o Thomas não vai lá pra casa jogar. Quanto a Paty? Bom, ainda a vejo no campus da Arcati, mas agora é como se fossemos estranhos. Ela continua poderosa e imponente, quanto mais percebo isso, mais claro fica o quão estupida foi a minha ideia de perdi-la em namoro. O que mais me irrita é que ela consegue viver os dias dela normalmente, sempre anda com aquele sorrisão estampado no rosto, como se tudo fosse perfeito. Droga! Apesar da minha vida ter voltado ao normal, me sinto vazio, uma casca oca, como se uma parte de mim tivesse se desprendido e eu sei exatamente que parte eu perdi. Seria essa a sensação de saudade?

— Então quer dizer que você realmente tentou pescar um peixe grande? — André sentou ao meu lado.

— Você também é? — Murmurei.

— Ha, qual é Bryan? Os alunos são falam disso, dá uma olhada no que escreveram na página da Arcati no facebook. — André me entregou seu celular.

— Mas o q...? — A surpresa me deu um soco na testa.


                                    Sapos Acham que são príncipes!

Na madrugada de sábado, exatamente 01h00 da manhã Paty foi convidada a aparecer na Arcati, todos os alunos acharam estranho quando Becah, sua fiel amiga disse que a rainha estava convidando a todos para comparecer na Arcati na mesma hora e local informados acima. A surpresa foi revelada quando todos viram um nerd de publicidade e propaganda se declarando para a rainha. Parece piada, mas não é! A Paty realmente foi pedida em namoro por um ser nojento desses. É claro que a nossa rainha botou logo o sujeitinho medíocre pra correr. E com isso quero alertar a todas as meninas, tomem cuidado! Esse tipinho de gente está cada vez mais audaciosa, então se vocês virem um nerd, é melhor correrem.

— Merda! Não tem nada de errado em ser nerd. — Minha voz soou baixa.

— Eu avisei, não avisei? Sabia que isso ia acontecer. — Tati pegou o celular da minha mão.

— Me deixa Tati! — Peguei minha mochila e levantei da cadeira.

— Ué gente, só falei verdades. — Tati deu de ombros enquanto eu saia da sala.


Já se passaram um mês e as pessoas ainda estão postando esse tipo de coisa? Senti meu sangue ferver, é tão ruim as pessoas aceitarem alguém diferente? Geralmente quando me sinto deprimido, eu acho um canto e começo a ver animes, mas lembrei que ainda estava sem meu tablet. Então comecei a andar, sem saber pra onde ia, só não queria ficar na Arcati.

Não sei por quanto tempo eu andei, mas foi tempo o suficiente para as minhas pernas suplicarem por uma pausa. Eu estava em uma ponte que atravessava a rua de um lado para o outro, estava mais pra uma passarela. Encostei no parapeito e fiquei ali, observando a lua imensa no céu. Logo reparei um senhor entrar na passarela, era meio corcunda e usava trapos rasgados e velhos, lentamente ele empurrava um carrinho que continha varias coisas que provavelmente ele pegou na rua, não demorou muito e o senhor parou o carrinho atrás de mim, fiquei observando ele se aproximar a passos lentos e então ele se encostou no parapeito e fixou seus olhos na lua. Me perguntei se ele havia reparado que eu estava ali, simplesmente não me importei, continuei a dar atenção a lua. Ficamos assim por uns dois minutos até que sua voz mansa cortou o silêncio.

— É tão linda, mas é tão sozinha, você não acha? — Disse o velho.

— Desculpe, o que disse? — Perguntei.

— A lua! Sabe, ela é muito bela, mas ao mesmo tempo que ela emana essa beleza toda, ela também emana solidão. Esse é meu lugar preferido da cidade. — O homem fitava o céu.

— É como a Paty! Bonita, linda, porém sozinha. — Murmurei.

— Paty? — O velho depositou seus olhos em mim.

— O que? N-não! Eu disse... Há! Esquece. — Bufei.

— Sinto que alguém sofre por amor. — Sua voz era suave.

— Santo Goku! Não, eu não estou sofrendo por amor. — Tentei explicar.

— Santo goku? — O velho arqueou uma sobramcelha. — Sinto que alguém é louco também. — Ele deus gargalhadas.

— Se você rir assim, vai parecer mesmo que o que eu falei é ridiculo. — Reclamei.

— Qual é o seu nome criança? — Ele observava sério.

— Bryan! Bryan Marralkcs. Qual é o seu velhote? — Impliquei.

— Jhon Benes! A suas ordens. — Ele me entregou um cartãozinho.

Meus olhos não acreditavam no que via. Em minhas mãos havia uma carteirinha da OAB, na foto o rapaz moreno está mais forte e corado, tinha mais cabelo e usava um terno. Observei o homem a minha frente, ele estava todo mau trapilho e fedendo. Eu tentava abrir a boca pra dizer algo, mas simplesmente não saia nada.

— Nem sempre fui um morador de rua, se é o que quer saber. — Sua voz era calma.

— E por que está nessas condições? — A surpresa tomou conta da minha voz.

— A coisas na vida que simplesmente acontecem e não tem como explicar. Faz muito tempo que perdi minha esposa e filhas num incêndio, eu havia tirado um cochilo e bum! A casa toda estava em chamas. Eu consegui sair, os bombeiros tentaram de tudo pra resgatar elas, mas era tarde demais... os corpos já estavam carbonizados... daquele dia em diante não consegui mais retomar a minha vida, simplesmente um dia eu acordei e decidi que queria andar, andar, andar e nunca mais parar e aqui estou, essa carcaça de pele e ossos.

— Não sente saudades da sua família, seu lar? — Eu sentia um aperto no coração.

— Minha vida não existe sem elas meu jovem, a dor que eu sinto é maior que a fome, que o frio, que o medo. — Jhon Benes observava a lua.

— Por que resolveu me contar isso? — Minha voz não tinha emoção alguma.

— Por que assim que te vi, você aí todo distraído olhando pra lua, percebi que você estava tão perdido quanto eu. — Seus olhos fitaram os meus.

— Entendo... — Sussurrei.

— Então me conte, qual é o motivo dessa carinha tristonha? — Ele falava despreocupadamente.

— Eu não estou triste. — Minha voz era firme.

— Ha! É claro que está. E não precisa me dizer o motivo que eu já sei qual é. — Ele riu.

— Ha é ô professor Xavier. Então me diz, qual é o meu problema? — Alfinetei.

— Você tinha uma namorada, acho que essa tal de Paty aí que você mencionou mais cedo, provavelmente ela te deu um pé na bunda e agora você está aí, feito um cachorro sem dono. — Ele riu.

— Como sabe? — Arqueei uma sobrancelha.

— Amor meu jovem, amor é o único problema que um adolescente pode ter. — Ele suspirou.

Aos poucos Jhon Bens foi se mostrando um cara interessante, falou de quando serviu a marinha e contou suas histórias de colegial, eu fiquei ali por horas, feito uma criança ouvindo histórias. Quando dei por mim já era meia noite, me despedi de Jhon e fui até o ponto de táxi mais perto. Depois de alguns minutos, eu estava em casa. Na porta do meu quarto havia um bilhetinho da minha mãe dizendo que tinha pizza na geladeira. Aquilo ascendeu uma chama em meu interior, ver animes e comer pizza, não podia ficar melhor. Imediatamente peguei uma muda de roupas secas e fui tomar um banho. Em seguida, fui até meu quarto, peguei meu notbook e levei até a cozinha, esquentei a pizza e pronto. Nada melhor do que pizza e um pouco de Nanatsu no Taizai.

— Bryaaaaaaaan! — A voz de Amanda soou baixinho em meus ouvidos.

— Hm... o que é? — Murmurei.

— Acorda irmãozinho lindo, a cozinha não é lugar pra dormir. — Amanda sussurrou.

— Cozinha... HAM? QUE? EU DORMI NA COZINHA? QUE HORA SÃO? — Como raios eu apaguei na cozinha?

— Ahahahahaha tem uma calabresa na sua testa. — Amanda apontava o dedo freneticamente para mim.

— SANTO GOKU! — Foi a unica coisa que saiu quando olhei o relógio. Eu estava muito atrasado pro trabalho.

Sai tropeçando pelos móveis da casa, fui até o banheiro me levar, em seguida comecei a me arrumar. Em menos de dez minutos eu já estava chegando no ponto de ônibus. Me coração acelerava. Sério, ninguém deve começar o dia desse jeito. Como eu dormi na cozinha? Tentei a forçar meu cerebro a lembrar, mas nada. Assim que cheguei na agência encontrei o gerente de cara amarrada.

— Está atrasado Marralkcs! — O gerente resmungou.

— Sim, eu sei disso e prometo repor esse horário. — Passei por ele e corri até o fundo da agência pra começar a organizar os arquivos.


O banco estava lotado, varias pessoas formavam uma fila imensa na entrada. Eu andava de um lado paro o outro, entregava um documento aqui, ajudava outro lá. Foi quando tiros estouraram no auto, as pessoas começaram a gritar e correr, em questão de segundos a agência virou um caos. Estávamos sendo assaltados? Aquela pergunta fez gelar minha espinha. Corri até a porta giratória, os seguranças estavam todos rendidos, 5 pessoas entravam dentro da agência. Os cinco estavam de preto, portavam revolver, rifles, metralhadora e um segurava uma doze. Seus rostos estavam escondidos por mascaras de palhaços. Mas que merda é essa? Senti a adrenalina tomar conta do meu corpo. Merda! Merda! Esse realmente não é o meu melhor dia. Um dos palhaços apontou a doze pra cima e disparou contra uma das lampadas fazendo um som estrondoso. Todos ficaram assustado com o barulho.

— SSSSSHHHHHHH! Eu quero todo mundo calado, entenderam? Vocês vão se comportar, vão fazer o que eu disser. — Disse o Palhaço da doze.

Eu estava escondido atrás de um armário de arquivo, então eles não podiam me ver. De onde eu estava conseguia enxergar toda a situação. Um palhaço ficou na perto da porta rotatória vigiando a entrada, enquanto dois ia organizando os reféns e os outros dois Palhaços iam pegando os pertences das pessoas.

— Escutem com atenção, pois só vou perguntar uma só vez. Quem... é... o gerente? — O Palhaço que carregava a doze começou a falar calmamente.

O pânico era visível em cada um dos rosto que estavam ali, todos enfileirados, é obvio que muitos ali não sabem quem é o gerente. Um banco tem muito gerentes... o assaltante poderia estar se referindo ao senhor Jack que é o gerente pessoa jurídica, ou então a dona Margo, que é a gerente de atendimento. Não! Com certeza é o Oliveira, gerente pessoa física e também meu chefe, mas também pode ser Daiana, a gerente geral. Acontece que esse assaltante, o palhaço que carrega a doze perguntou errado. A pergunta certa é: Quem é o tesoureiro?

— NÃO, NÃO, POR FAVOR NÃO ME MACHUQUE! — Uma senhora entrou em pranto quando um dos palhaços começou a arrasta-la pelos cabelos.

— CALA ESSA BOCA VADIA! — Ele apontou a ponto 40 pra cabeça da mulher.

— Se ninguém me falar quem é o gerente, eu vou estourar os miolos dela. É isso o que vocês querem? Por que é só dar um sinalzinho pro meu parceiro ali e buuum! Bye, bye. — Disse o palhaço com a doze na mão. Ele estava de pé encarando todos os reféns.

— Não! Por favor, não façam isso. — Sr. Julio se levantou.

— Haaa.... viu só como você entendem as coisas rapidinho? — O palhaço riu.

Sr. Julio não é o gerente, é só o rapaz que entrega a senha. Eu sentia a raiva crescendo dentro de mim, minha vontade era de ir lá e acabar com eles. No entanto, eu era tomado por uma impotência imensa. O que eu poderia fazer contra eles? Ir lá e mostrar meus jutsus? Não, eu ia acabar com um buraco na testa. O cofre ficava no subsolo, observei sr. Julio e mais dois palhaços irem até a porta de acesso as escadas junto com o assaltante que carregava a doze. Merda! Aquele velho... ele ia morrer. Em questão de minutos eles iam perceber que o sr. Julio não faz a minima ideia de como abrir o cofre. Meu coração parecia sair pela boca. Santo Goku! Isso só pode ser um pesadelo.

— Ei Greg... Avisa o Jhonas que a polícia já está aqui. — O palhaço que estava vigiando a porta giratória carregou a 38, a voz era claramente a de uma mulher.

Logo o tal do Greg começou a falar no celular, ele andava de um lado para o outro, a arma sempre apontada para os reféns. Ele desligou o telefone e foi diretamente para uns dos reféns, era o homem de terno, barba bem aparada e cabelos grisalhos.

— Ei, você! vem cá. — Ele pegou o homem pelo braço e arrastou até o penhor. Provavelmente não tinha conseguido resultado com o seu Julio, então resolveram pegar as joias do penhor e o dinheiro dos caixas. Assim que o Greg saiu, a porta de acesso a escada se abriu e outro palhaço apareceu. Droga! Será que estão revesando? Quando meus olhos focaram as mão do palhaço, senti meu corpo todo enrijecer, suas mãos estavam sujas de sangue!

— Seu Julio... — Sussurrei enquanto levava a mão a boca.

Logo Jhonas voltou do subsolo da agência, ao seu lado seu Julio. Ele estava bem machucado, havia tomado varias pancadas, estava quase inconsciente. Jhonas devolveu o velho para os reféns e pegou outra mulher, dessa vez uma jovem. Ele fez ela escrever um numero bem grande num cartaz branco e atravessou com ela na porta giratória, a doze mirando sua cabeça. Minutos depois eles voltaram. Ele encostou a moça num canto e sentou em uma das cadeiras onde os clientes sentam pra aguardar atendimento. Então um celular tocou.

— BOOOAAAA TARDE! SR. COMANDANTE. — Jhonas atendeu seu celular.

— É o seguinte, eu te dei meu telefone por que acredito que as duas partes podem sair vencedoras nessa situação.... então aqui vai minhas exigências. — Jhonas tinham tom sarcástico.

— Eu tenho cerca de 300 almas inocentes aqui comigo... hó tadinhas. São exatamente 14h30 agora, se você me arrumar um helicóptero, um elefante, dois bilhões e eu vou sair daqui numa boa.... nada de viatura e policiais, entendeu? Por favor, me arrume um leão também. Adoro animais selvagens. — Jhonas riu com a ultima frase. — Se quero mais alguma coisa? Há, claro! Quero ingressos para o Lollapalooza. Você tem uma hora, senão todos morrem. — Jhonas desligou o celular.

Meu cérebro havia acabado de dar um nó. Sério? Um elefante e um leão, mais Lollapalooza? Esse cara tem sérios problemas. Com certeza eu ia morrer hoje, a policia não ia conseguir todas as exigências, não em uma hora. Aquela moça de vigia na porta, a polícia só não entra por que ela está lá, se eu ao menos conseguisse derrubar a menina, as coisas iam se resolver, mas como eu ia atravessar todo o salão? Merda, não tem como isso ficar pior.

— Ei Jhonas... — Disse Greg.

— Sim...? — Jonhas carregou a doze.

— Sabe o que é, ainda temos uma hora e eu já terminei de pegar joias então... estou entediado, é isso. Vai, deixa eu pegar uma dessas vadias. — Todas as mulheres do salão começaram a gritar, o som era abafado pelas amordaças.

— QUIETAS! — Jhonas apontou a doze pros reféns. — Tudo bem, escolhe uma. — Jonhas começou a andar em direção a porta de acesso as escadas.

— Hahaha... ótimo! Uni... duni... tê... — Greg começou a olhar uma por uma das reféns.

Senti o fogo crescendo em meu peito. Não podia imaginar que uma coisa dessas estava acontecendo, não queria acreditar. Os reféns começaram a se agitar, as mães começaram a se deitar sobre as filhas numa tentativa desesperada de protege-las.

— Salamê... LINGUÊ! — Greg pegou uma jovem pelo cabelo e começou a arrasta-la até o meio do salão.

Observei a mãe da menina, a senhora tentava gritar mais não sai nenhum som, haviam lhe colocado uma gravata na boca. Sua cabeça estava vermelha e suas veias saltavam pelo pescoço, seus olhos transbordavam em lagrimas. Greg Montava igual um gorila sobre a moça, ele tetava ferozmente rasgar suas vestes. Eu tinha que fazer algo! Não tinha outro jeito, meu lado humanitário já tinha tomado conta de mim. Se eu ao menos conseguisse salvar essa menina, todos os esforços teriam valido a pena. Goku! Nunca te pedi nada, sempre fui fiel a você e te defendi quando as pessoas diziam que você é desenho pra criança, mas hoje esse herói tem um pedido, talvez o ultimo. Que todos que acreditam em você possam levantar as mãos para cima, empreste a força de todos nesse banco, de todos nessa cidade, me empreste sua força para que eu possa usar a....

— GENKI DAMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!! — Quando dei por mim, já estava atravessando o salão.

Tudo aconteceu muito rapido. Eu corri a até a menina e voei em cima de Greg, nós rolamos no chão, até que consegui ficar por cima. Sentei em cima de sua barriga e desferi três socos em sua face, quando eu ia acertar o quarto a menina que vigiava a porta efetuou dois disparos. Meu corpo simplesmente não respondia mais, senti minha cabeça bater forte no chão. Era como se eu estivesse inconciente, mas pudesse ver tudo. Um clarão se formou no ar e a menina que vigiava a porta caiu no chão, ela sangrava. As pessoas começaram a correr, cuturnos pretos passaram por mim, seria a policia? Não consegui me mexer e nem ouvir, minha visão era turva e ia ficando cada vez mais escura, era como se minhas energias estivessem sendo drenadas.

Frio. Minha bochecha pregava no chão da agência, tudo o que conseguia ver eram pés. Pelo tanto de coturno que passava próximo a minha cabeça, imaginei que a situação já estivesse sob controle. Tentei direcionar meu olhar para baixo e pude ver a poça de sangue se formando em baixo de minha barriga. Era um vermelho bonito, assim como o cabelo dela. Mais que merda! Por que eu tenho que pensar naquele tomatão alpha justo agora? Mas era inevitável, afinal, eu ia partir sem ao menos ter a chance de reatar com ela. Esses eram os meus momentos finais, eu podia pensar em qualquer coisa, qualquer pessoa, mas não. Na minha cabeça só tinha espaço pra ela. Vários flashs vinham a minha mente.... a primeira vez que a gente se conheceu... o primeiro chute que ela me deu.... o beijo... a risada doce... o jeito de menina mandona... merda, eu realmente.... eu realmente... amo essa maluca....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bryan, Bryanzito, o herói, ele está morto? Oh My Goood..... não percam o próximo capitulo, vocês podem se surpreender hahahaha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando o amor acontece" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.