Quando o amor acontece escrita por Burogan


Capítulo 13
Cap 13 - A decisão!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Demorei, mas voltei. Dessa vez as coisas ficaram realmente interessantes entre Bryan e Paty, ficaram curiosos? Espero que gostem =D



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— Alô? Ow. Ei. Terra chamando Paty. Querida, você ainda está viva então volta para o seu corpo. — Becah me chacoalhou me tirando do transe.

— Ham? Sim? — Respondi sem entender.

— Caramba Paty, o que deu em você? Fica devaneando o tempo todo. — Respondeu Simon.

— Não, é que eu estava... — Os dois me observam curiosos.

— Você estava...? — Becah tentou completar a minha frase.

— Ha! Esquece. — Jamais nessa vida iria admitir que estava pensando naquuele nerd idiota.

— Tudo bem. O que você vai pedir? — Becah me deu o cardápio.

Eu estava sentada em cima de uma das mesas da praça de alimentação do shopping Maresias. Normalmente sentar em cima da mesa é proíbido em um lugar desses, a essa altura os seguranças já teriam me chamado a atenção, mas ninguém é tão insano ao ponto de dizer não para a filha do dono — mostrei um sorriso maléfico. Isso não é um ato de rebeldia, é apenas uma jogada estratégica. Uma rainha tem que ser vista onde quer que esteja, por isso sempre procuro ficar em lugares mais altos, pois assim posso me destacar dos outros. E também adoro olhas as pessoas por cima. Abri a tampinha do esmalte azul e comecei a pintar as unhas das mãos.

— Eu quero só uma coca. — Meus olhos estavam concentrados na minhas unhas.

— Nossa, o rapaz quase te comeu com os olhos amiga. — Becah observou um cara passar pela nossa mesa.

— Humm.... — Tentei dizer alguma coisa, mas não saiu nada.

— PATY! Você está se distraindo denovo. — Becah fez bico.

— Amiga, desculpa. Sobre o que você estava falando? — Perguntei.

— Eu estava dizendo que um cara quase.... quer saber? Deixa pra lá. Você está muito aérea hoje, o que houve? — Becah prendeu sua atenção em mim.

— Não foi nada, apenas estou cansada. — Menti.

A verdade é que neste exato momento não estou me reconhecendo, para ser sincera, me sinto assim já faz algum tempo. Tudo culpa daquele nerd! Parece que está tudo fora do lugar, nada acontece da forma que é pra acontecer. Varios flashs vinham na minha mente e aquele nerd estava presente em todas. Não sei por que, mas o fato de não ouvir a sua voz me deixava deprimida e na minha mente só existia espaço pra uma pergunta: O que será que ele está fazendo agora?

Não demorou muito para a comida chegar. Becah tinha pedido um Big Mac e o Simon devorava um Subwey de trinta centímetros. Era sabado então o shopping estava bastante lotado e por onde eu passava os olhares vinham em meu encalço. Depois que Simon nos deixou, Becah pediu que eu a acompanhace até uma tabacaria que ficava próxima a praça de alimentação. Assim que chegamos ela foi direto nas revistas de fofoca, eu fiquei ali parada procurando algo que me chamasse a atenção, não gostava muito de ler, só lia se realmente precisasse.

— Mamãe, mamãe! Eu quero esse mangá do naruto, compra pra mim? — Um menininho que adentrara a loja havia me tirado do transe.

— Claro querido! — Disse a mulher ao seu lado.

Naruto. Fiz questão de gravar esse nome, eu já tinha ouvido o Bryan falar algo parecido. Imediatamente salvei esse nome no bloco de notas do meu celular, com certeza eu iria querer pesquisar depois. Eu sempre sei o que quero, como quero e quando quero, decidir as coisas foi sempre muito facíl pra mim, mesmo que as vezes fossem decisões que eu não queria tomar, mas sempre vi isso como algo que precisava ser feito. E se tratando do Bryan, depois dessa noite, é a primeira vez que não sei o que fazer.

— Poooor que??? Porrr queeeeee a Mema tinha que morrer? — As lagrimas escorriam pelos meu olhos.

— É comovente né? — Bryan tinha a voz calma.

— Sua culpa, seu idiota. — Dei um soco em seu braço.

— Ai! O que? Por que é a minha culpa? — Bryan massageava o braço esquerdo.

— Por que você gosta de me ver chorar. — Enxuguei as lagrimas.

— Desculpa, você não gostou? — Bryan me ecnarava apreensivo.

— Não, muito pelo o contrário, eu amei. A Mema é muito... muito... fofa! — Minha voz saia aos tropeços.

Observei ele desligar o notbook. Já fazia umas três horas que nós estavamos assistindo, meu cerebro parecia estar mais lento que o normal, como se eu estivesse com dificuldade para processar qualquer coisa. Não percebi quando Bryan se aproximou de mim com um copo de leite com toddy, me perguntei quando ele tinha saído? Ele segurava dois copos, em um ele bebia e outro ele estendeu até mim.

— O que é isso? — Perguntei.

— É leite. Relaxa não coloquei veneno, pode tomar. — Ele sorriu.

— O-obrigada! — Segurei o copo. Senti meu rosto inteiro ferver.

— O que foi? Há não. Não me diga que você tem reação alergica a leite também? — Bryan me observava preocupado.

— Calro que não seu bobo. É que... ninguém nunca me levou leite na cama. — Minha voz saiu fraca.

— Você está brincando? Então quer dizer que a rainha da Arcati, não é tão mimada assim? — Ele arregalou os olhos.

— O que? Eu não sou mimada! Exigente é uma definição melhor. Meu estilo de vida é bem complicado Bry.... — Bufei, mas fui interrompida de imediato.

— E eu não estou te criticando, sério. Acho que até te entendo. — Ele colocou as mãos em minha bochecha, o que me deixou bem nervosa.

— Po-por que você diz isso? — Gaguejei.

— Sabe, esse herói aqui tem um poder muito especial. — Bryan tinha um enorme sorriso no rosto.

— Há é herói? E que poder é esse? — Entrei na brincadeira.

— Visão absoluta! Eu vejo o que outras pessoas não veem. — Bryan fez voz de mistério.

— O que você vê! — Sentei mais próximo dele, ficando cara a cara.

— Você é uma rainha. O seu marketing pessoal é bem poderoso. Seu cabelo ruivo da a sensação de calor, de fogo e quem brinca com fogo pode se queimar. A caveira mexicana na sua coxa eu interpreto como um sinal de ataque. Por exemplo, quando você sai para uma festa ou algo assim, você se coloca em uma posição de ataque então sempre usa uma roupa que permita que a sua tatuagem fique exposta. E caveira representa morte, então acho que a mensagem que você quer passar é "Cuidado ao mecher comigo!". — Bryan ajeitava os oculos negros.

— Viu só? Depois de toda essa análise, tem certeza que quer ser meu amigo? — Mostrei um sorriso maléfico.

— Sem sombra de duvidas! — As palavras de Bryan saíram como um tiro.

— Mas eu posso te queimar! — Bati as mãos nos cabelos.

— Eu aguento o calor! — Ele sorriu.

— Bryan, eu sou complicada. — Eu olhava em seus olhos.

— Adoro complicações. — Senti meu coração desmanchar.

— Eu sou grossa, fria, brut... — Bryan me tomou em seus braços.

— Shhi, shhi.... isso não é verdade. Você é meiga e gentil, não devia falar coisas tão horríveis de si mesma. Tudo bem, você é louca e complícada e é isso que eu mais amo em você. — Ele sorriu.

— Impossivel! Você só está dizendo isso pra eu não ficar mal. — Fiz bico. — Que horas são? — Procurei o celular na minha bolsa.

— Deve ser umas sete horas agora. — Bryan sibilou enquanto bebia o leite.

— Tenho que ir. — Imediatamente me levantei da cama.

— Ok, eu te levo até a porta. — Bryan saiu na frente.

Assim que entrei na sala me deparei com a imagem de umam menina pequena esparramada no sofa. Ela tinha os cabelos longos e negros, seus olhos castanhos se escondiam atrás de um óculos lilás. A menina me encarava boquiaberta, ela se levantou vestida num blusão preto e veio até mim.

— Amanda! Já te falei pra não ficar usando minhas blusas pra dormir. — Bryan bufou.

— Maninho, quem é essa? — A menina tinha a voz sonolenta.

— Oi, meu nome Paty. É um prazer te conhecer Amanda. — Sorri. Então quer dizer que o nerd tem uma irmanzinha?

— É uma amiga. — Bryan explicou.

— Só um momento... você está dizendo que essa moça, que parece uma modelo, é sua amiga? E veio te visitar as sete da manhã? — Amanda encarava Bryan por cima dos óculos.

— Isso mesmo. — Bryan tentava entender o questionamento da irmã.

— Haaa.... etendi... — Amanda carregava um ar de mistério. — OOOOOO MÃEEEEE TEM UMA MODELO AQUI, ACHO QUE O BRYAN RAPTOU ELA. CHAMA A POLÍCIAAA!!

— CALAAAA BOOCAAAAAA SEU ANÃO DE JARDIM! — Bryan correu até Amanda e tapou sua boca com as mãos, é a pimeira vez que o vi correr tão rápido.

— O QUE? COMO? QUEM MATOU QUEM? — Uma mulher abriu uma porta atrás de mim fazendo um som estrondoso, ela correu até a sala. Os cabelos parecendo um ninho de passarinho, ela vestia uma camisola vermelha. No entanto o que me chamou a atenção foi a espada em sua mão, era meio torta, mas claramente era um espada.

— POR QUE CARALHOS A SENHORA TE UMA KATANA MÃE? — Os olhos de Bryan estavam do tamanho de bolas de tênis.

— COMO ASSIM POR QUE??? QUE EU SAIBA EU SOU MULHER SOLTEIRA, MÃE DE DUAS CRINAÇAS E EU PRECISO DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO. — A mulher tagarelava.

A situação estava armada. Bryan em cima da irmã tentando fazer ela calar a boca, a mãe dele de camisola parecendo uma bruxa enquanto segura uma espada na mão e eu ali, parada feito uma planta tentando entender tudo aquilo. Bryan me olhava aflito, tive que morder a lingua pra não rir.

— Olha, em dias normais elas são super amaveis. — Bryan sorriu sem graça. — Ai! Não me morda. — Ele sacudiu a mão freneticamente.

— É um prazer te conhecer também Paty. — Amanda saiu dos braços de Bryan.

— Vocês podiam ser menos barulhentos de manhã. — A mãe de Bryan reclamou.

— Mãe essa é Paty, minha amiga da faculdade. — Lancei meu sorriso mais fofo assim que Bryan apontou pra mim.

— Ha sim, é um prazer querida. Meu nome é Aline. — A mulher descabelada me tomou num abraço de urso.

— O-o prazer é meu. — Corei.

— Por que não toma o café conosco? Sempre cabe mais um na mesa. — Aline sorriu e foi pra a cozinha.

— A não, obrigada. Mas eu preciso mesmo ir. — Me direcionei até a porta.

— É uma pena, minha mãe faz omeletes deliciosos. — Amanda voltou a sentar no sofa.

— Não, ela precisa ir. — Bryan abriu a porta.

— É.... é... você pode ir lá em casa mais tarde? E-e-eu terminei a planta do projeto, queria que você visse. — Por que estava sendo tão embaraçoso convidar ele pra ir até minha casa?

— Beleza, terminei o banner e eu também preciso que você veja. — Ele coçou a cabeça.

Eu estava deitada na cama olhando o instagram, enquanto Becah experimentava o decimo sexto vestido. Minha querida amiga tinha um sério problema de insegurança, consequentemente, se arrumar para sair era sempre uma jornada. Ela colocava as roupas no ombro e rodopiava em frente ao espelho.

— Ai amiga, me ajuda! Será que se eu for com esse vestido decotado ele vai me achar biscate? — Becah experimentava um vestido vermelho que ia um pouco abaixo da bunda.

— Ele vai te achar linda! — Sorri.

— Aiii.... tomara! Tomara. — Ela se sentou na cama.

Eu estava dando mais alguns conselhos sobre moda para Becah, quando meu celular vibrou. Era uma mensagem e com certeza não era de nenhum contato da minha agenda. Assim que li, meu coração gelou. Tudo a minha volta ficou cinza, como se simplesmente a minha vida tivesse acabado ali. Desejei mil vez que aquilo que eu tinha lido fosse uma mentira, um sonho que eu precisava acordar. Mas a frase "Sei tudo sobre você e Bryan Marralcks. Venha me encontrar no bar do azeitona as 22hrs, é melhor vir sozinha sua puta devoradora de nerds!", era bem real. Meus olhos miraram imediatamento o relógio de ponteiro na parede do quarto, já eram 20hrs. Juntei minhas coisas, peguei minha bolsa e saí. Becah tentotu me alcançar, mas tropeceu no vestido que ela tentava colocar.

— Já vai querida? — Regina, a mãe de Becah havia me parado na porta.

— Ha, pois é. Tenho que resolver uma coisa. Até qualquer hora dona Regina. — Saí e dei as contas para a mulher de olhar bondoso.

O pneu do carro cantou. Meu pé parecia um tijolo em cima do acelerador. Merda! Merda! Merda! Soquei a busina. Eu tomei tanto cuidado pra não ser vista, como alguém descobriu? Droga. O mundo inteiro parecia que ia cair, flahs da minha vida começaram a passar e por alguns minutos pude ver tudo que abdiquei pra chegar onde estou. Manias que tive que perde, hábitos que tive que adquirir. Todos os meus esforços agoram escorriam pelo ralo.

Assim que entrei no bar pude entender por que não frequentava aquele lugar. Fedia a pum e cachaça. A iluminação era baixa, a maioria dos clientes era homens barbudos e tatuados, tinha duas mesas de sinuca. Parecia um bar de gangue de motoqueiros. Sentei em um lugar vazio, em seguida tirei um lenço da minha bolsa e meu alcool anti-séptico e esfreiguei a mesa.

— Vai pedir alguma coisa senhorita? — O garçom se aproximou.

— Um suco de laranja. — Encarei o homem a minha frente.

— É... não servimos isso aqui. — Ele falava, mas tinha certeza que seus olhos miravam a minha boca.

— Como é que é? Ta, então me trás água. — Senti o nervosismo tomar conta do meu corpo.

O único ponto positivo nesse lugar é que a porta tinha um sininho, então era impossivel não saber quando alguém entrava ou saia do bar. Fiquei ali por alguns minutos, aqueles caras não paravam de me encarar, parecia que eu estava num covio de lobos. Comecei a olhar as fotos do celular pra ver se o tempo corria mais de pressa, foi então que fui surpreendida por algo que não esperava. Uma foto. Eu estava deitada na cama e tinha um rapaz de cabelos cacheado ao meu lado, ele sorria radiante para a foto. Bryan havia tirado uma selfie e eu estava tão distraída que nem notei. Nerd idiota! Um sorriso brotou no canto direito do meu rosto.

— Você está bem feliz pra quem acabou de ser descoberta. — A voz de uma mulher emcapazuada soou a minha frente.

— Mostre-se! — Trinquei os dentes.

— Calma rainha, recolha as garras. — Ela tirou o capuz, revelando a pessoa a minha frente.

— Se lembra de mim de Paty? — Ela tinha um sorriso sinico.

— Talvez! — Meus olhos observavam atentamente os seus.

Ela também era ruiva, mas os nosso tons de vermelho era bem diferentes, o dela estava mais pra um alaranjado água cor de salsicha. Uma das laterais da cabeça dela era raspada enquanto o outro lado mantinha os cabelos longos e lisos, os olhos eram verdes como esmeralda. Eu a vi poucas vezes e o curioso e que todas as vezes que a vi, ela estava com o Bryan. Ela era a ruiva que dançou com ele na festa e foi ela que limpou o rosto dele quando derramei coca em sua cabeça, o nome dela era...

— Tati. Sou amiga do Bryan. — A ruiva me encarava.

— Como descobriu? — Eu tentava controlar a voz.

— Você acha que é a unica que conhece aquela lanchonete perto da saída da cidade? Teve uma vez que vocês foram lá e por coincidência eu também. Depois daquele dia comecei a observar mais o Bryan e descobri que ele te encontrava num terreno abandonado da arcati. Ele também sempre manteve mistério sobre a pessoa que era dupla dele no semestre interativo. Apenas liguei os pontos. — Tati tinha a voz séria.

— Parabéns Sherlock Holmes, fui pega. — Levantei as mãos. — Agora vamos ao que interessa, o que você quer? — Eu a encarava furiosa.

— Quem diria hein? O nerd e a rainha.... andando juntos. Que meigo. O Bryan é realmente um cara bacana, mas não é homem pra você. — Tati fez sinal negativo com a cabeça.

— O que quer dizer com isso? — Bufei.

— Sabe qual foi seu azar? É que você foi descoberta justo por uma estudande de Publicidade, ou seja, divulgar é algo que sei fazer bem. É o seguinte, a partir de hoje você não vai mais falar com o Bryan, não vai mais chegar perto dele, nem se quer respirar o mesmo ar que ele. Se fizer isso prometo que não vou falar nada sobre o seu segredo na universidade. — Sua voz foi tomada pela raiva.

— Eu não posso me afastar dele! Quer dizer, eu já tentei desfazer a dupla, os coordenadores simplesmente não deixam. — Minha voz era controlada, mas a minha vontade era de voar na garganta dela.

— Há me poupe desse discursinho barato! Você é a filha dos Arcati, se vi-ra. — Eu juro que vou matar essa menina.

— Só me responde um coisa. Por que isso tudo? O que você vai ganhar manchando minha reputação ou me afastando dele? — Senti meu rosto fever.

— Por que eu amo ele. E você está no meu caminho. — A resposta foi como um disparo contra o meu peito. Então alguém o ama.


Não me lembro como cheguei em casa, minha mente estava tão pesada que eu não processava mais nada. Arrastei meu corpo até a ducha do banheiro, as coisas estavam fugindo do controle. Por mais que ele seja estranho e tenha essas manias esquisitas, não quero me afastar dele. Querendo ou não o Bryan se tornou algo importante pra mim, algo que eu... não quero perder. E quem aquela biscatinha acha que é pra querer exigir com quem ele deve andar? Eu tinha uma escolha a fazer, perder o posto de rainha e ser amiga do Bryan ou continuar a garota mais popular da Arcati e nunca mais ouvir aquela voz doce. Coloquei minha calcinha e deitei na cama. Tudo o que eu queria é que esse dia fosse apagado da minha memória. Disquei um numero no meu celular. Meu coração já estava em farelos, mas no momento era a minha unica opção.

— Alo! — A voz de Bryan soou do outro lado da linha.

— Oi feioso... — As lagrimas começaram a escorrer.

— Paty? É você? Está tudo bem? — Bryan tinha a voz preocupada.

— Sou eu sim, sendo franca, está tudo uma merda. — Tentei controlar a voz.

— Ei, você está chorando? Por que se tiver eu posso ir aí e...

— Paty Pannes não chora, idiota. — Pressionei a boca no travesseiro pra abafar o choro.

— Sei.. mas então, o que houve? — Ele tinha o ar pensativo.

— Descobriram. Sabem sobre mim e você. — Fiz força pra não soluçar.

— Santo Goku... não se preocupa, eu vou falar pra todos que eu te persegui, chantagiei, sei lá. — Cada palavra uma lagrima. Ver o esforço dele em me proteger só me fazia querer ficar ainda mais perto dele.

— Não seja bobo... isso não seria justo com você. — Tentei controlar a voz.

— Então... isso significa que não vamos mais nos ver? Você me ligou pra se despedir, não é? — A tristeza carregava suas palavras.

— Sim! — Enterrei minha cara no travesseiro. depois de alguns segundos retomei a voz. — Ainda sabe as regras do acordo? — Eu tentava controlar os soluços.

— Não devo te procurar... — Pressionei a cara contra o travesseiro.

— Não devo falar mais com você.... — Aquelas palavras me rasgavam por dentro.

— Devo fingir que você não existe... — Eu me contorcia na cama.

— Adeus... rainha. — Suas palavras já não tinham mais emoções.

— A-adeus... heroi.

E foi naquele que momento que percebi duas coisas importantes sobre mim. A primeira é que eu odeio a minha vida. A segunda é que eu definitivamente amo Bryan Marralcks!


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Notas finais do capítulo

É galera deu ruim pra Paty. E agora, o que sera da nossa rainha seu o seu herói? Não percam o próximo capítulo >



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