Passam-se alguns dias. Carolina segue, sobrevivendo a dor, com os conselhos do Aldo. Omar continua a procurando, sem cessar, por todos os cantos.

Omar tem, finalmente, a certeza absoluta de que a ama. Após os dias agonizantes que passou longe dela, ele percebeu que já não sabe como viver sem o amor de sua amada Carolina Angeles.

Já não aguentando a dor, Omar acaba se entregando ao álcool. Uma forma de anestesiar sua dor. Ele para em um bar no litoral. Enquanto bebe, ele chora com um pequeno embrulho na mão.

Próximo ali, Carol passeava apreciando a doce brisa que vinha do mar. Nesse instante, talvez, por obra do destino, o Omar, que estava no bar do outro lado da rua, a vê e corre, um pouco bêbado, até ela. Ao correr, ele já alterado pelo álcool não olha e é atropelado por um carro que passava no momento. Carolina corre para socorre-lo.

Ele, mesmo caido no chão e sangrando, nunca se sentiu tão feliz em sua vida.

–Carol, meu amor. Diz Omar, com voz fraca.

–Não fale. Poupe forças. -Adverte Carolina com a voz embargada pelo choro.

–Desde o Brasil eu queria lhe dar isso. -Diz o Omar abrindo a mão e entregando o pequeno embrulho a ela.

Nesse momento ele desmaia e mil coisas passam pela cabeça de Carolina. Ela não sabe se ele morreu, se foi um desmaio, se ficará bem. A única certeza que possui é que o ama. Mais do que nunca ela tem essa certeza.

Seus pensamentos são interrompidos pelo estrondoso barulho das sirenes da ambulância que acabou de chegar ao local do acidente.

Continua.