Uma Segunda Chance escrita por Sapphire


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Eita capitulo grandinho esse. >.< Da até dorzinha de cabeça de escrever sem parar. kkkkkk

Olha aí Marcelly, o que vc me faz escrever ♥ obrigada pela força de cada dia que dá na fic de Uma Segunda Chance e em Cosmos.
A cena romantica foi feita pra você que tanto me pediu. :)

Ta aí meu povo, minhas leitoras. Leiam e aproveitem :)



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Assim que ele confirma o que tanto queríamos ouvir. Minha reação continuou sendo a mesma. Sentada ereta e dura, mas com a única diferença é que meus olhos saltaram para fora. Meu coração bateu mais forte. Se eu não estivesse sentada na cadeira, de certeza eu cairia.

— Paola? Amor? – Ouvi apenas a voz do Liam ao fundo me despertando do meu transi. Sua mão segurou firme em meu braço.

Virei minha cabeça na direção quando ele me chamou e o olhei. Assim que vi aquele par de olhos azuis marejados, meus olhos marejaram também e uma lágrima escorreu pela minha face. Me joguei nos braços dele de felicidade e o abracei com todas as forças sorrindo.

— Eu estou grávida – Eu digo emocionada – Estou grávida... grávida... grávida – Repito sem parar, mas somente para ele ouvir enquanto limpava o rosto da lagrima que caiu. Não queria borrar a maquiagem, tinha que me controlar.

— Você está me assustando, Paola – Escuto a risada dele perto da minha orelha, e em seguida ele beija meu rosto e se afasta sutilmente. Nos entre olhamos e olhei para minha barriga meio que automaticamente. E eu vi aquela pequena protuberância que eu achei ser gordura era meu filho ali crescendo. Quem diria, eu Paola chorar de alegria por saber que ia ser mãe.

Talvez o que eu precisasse era amar de verdade. Foi isso que fez a total diferença na minha vida. Amar o homem certo para ter uma família com ele. Ouvimos o médico pigarrear nos tirando da nossa pequena comemoração e em seguida olhamos para ele.

— Vamos nos ver frequentemente, senhora Montagner. – Ouvi a voz do médico. – Devemos começar a agendar as consultas e os próximos exames.

— Co.como assim? Tem alguma coisa de errado no meu sangue? – Escuto Liam rir e olho para ele rápido e volto ao doutor. – Minha gravidez é de risco? – Meu coração bateu mais que depressa.

— Não há nada de errado, mas quando temos uma mulher gestante, ela precisa fazer o pré natal. É o procedimento natural. – Ele cruzou as mãos sobre a mesa em cima dos exames.

— Pré natal? O que é isso? Não estamos perto do natal, estamos distantes da data. – Olhei para o Liam novamente que sorriu e tentou abafar o riso.

O que diabos eu estava perdendo? Qual era a graça?

— Senhora montagner, pré natal é o nome da consulta que a mulher cuida da saúde do bebê e a própria saúde. É para o bem-estar dos dois, assim evitando doenças que possam complicar no nascimento de um parto prematuro ou aborto. E claro pré natal é para orientar as futuras mamães como saber agir na gestação e o que a espera.  Eu vou recomendar alguns livros excelentes para ler durante a gestação. – Ele entregou os exames em minhas mãos.

— Quer dizer que vou ter que vir frequentemente para cá? – Perguntei passando os papeis para o Liam.

Aquela conversa não estava me agradando nenhum pouco.

— Uma vez por mês.  Quando chegar a 34 semanas sua frequência vai aumentar chegando a ser a cada duas semanas.  Quando atingirmos as 38 semanas a consulta será a cada dois, três dias. – Ele me orientava e eu começava a mexer a perna impaciente.

— Eu não vou aguentar isso, que tédio. – Olhei para o Liam pedindo socorro. – Não há outro jeito?

— Eu vou acompanhar você em todas as consultas, amor. Fica tranquila, não é tão incômodo assim. – Ele olhou para o médico – E quantas semanas ela está?

— Pelos exames, está com 3 semanas.

Senti a mão do Liam pousar sobre minha barriga acariciando. Minha mão pousou sobre a dele instantaneamente. Respirei fundo e contei até 10 mentalmente. Eu de verdade odeio hospital, exames médicos e clinicas. A não ser as clinicas para procedimentos estéticos. Essas eu amo de paixão. Nunca é o bastante para ficar mais linda.

Eu não sabia o quão difícil é ter filhos.

— Agora a senhora cuidará da alimentação, procurará não fazer esforços físicos ou passar estresse. Durante esses meses ficará voltada a vocês dois. Vou passar a dieta recomendável, comer de 3 em 3 horas. Beber muita agua e se for ao salão, sem produtos químicos.

— Eu sei disso doutor – Liam sorriu e se levantou – Eu tenho um filho e sei como cuidar da minha mulher. Vamos ser cautelosos. – Ele me puxou pelas mãos e eu levantei. – Vai dar tudo certo.

Liam passou o braço em volta da minha cintura passando conforto e segurança. O que eu mais precisava naquele momento.

Agradecemos ao médico e saímos do consultório nos beijando apaixonadamente, com olhares reprovadores por nossa demonstração de amor e felicidade daquele jeito em público. Mas não podíamos conter a felicidade. Estávamos grávidos. Eu carregava o filho dele, e eu ia passar por uma gestação, sentir uma nova vida crescer dentro de mim e alguém para chamar de meu.

— Precisamos contar ao Ryan – Liam lembrou. Ele estava empolgando. Mas no momento que estava feliz eu conseguia ver sempre um pontinho de trevas no meio da luz.

— Está esquecendo da sua mãe também. – Fiz uma careta.

— Paola... – Liam chamou meu nome com tom de repreensão. Se ele já ficou assim por eu ter feito uma careta, imagina se ele soubesse como eu a chamo mentalmente.

— Ela não vai dar os parabéns. Ela vai desejar que eu morra atravessando a rua. Não vamos falar nada até os 3 meses. Não quero correr o risco de perder o bebê... “Vai que ela faz uma macumba para mim. ” – Essa última parte eu só pensei.

— Minha mãe também não é essa mulher cruel que você acabou pintando ela. Ela ama o Ryan e vai amar esse novo neto também. – Ele beijou minha testa carinhosamente abrindo a porta do carro para eu entrar.  – Sem contar que ela vai ficar pouco tempo em casa. Ela sabe que precisamos da nossa privacidade. Além do mais, você já fez o favor de contar que está gravida logo que chegamos.

— Mas não tínhamos a plena certeza de que eu estava. – Me defendi.

Mordi meu lábio impaciente. Eu já vi um filme parecido com isso. Eu casada com Carlos Daniel e sem a minha privacidade com aqueles parentes todos morando sob o mesmo teto que nós. Parece piada, mas era assim que me sentia com a Susan lá. Paulina que se ferrou nisso tudo. Boa sorte para ela.

— Ei. Não faz essa carinha. Acabamos de ter uma notícia linda e você fica assim? Que tal um presente? Para você e o Ryan? Você sabe que ele vai ter um ataque de ciúmes e é melhor a gente ir o preparado. – Liam colocou a mão esquerda no volante, e a mão livre sobre minha coxa. – Quem sabe aquilo que ele pediu mais cedo?

— Um cachorrinho de pelúcia para ele. Porque eu não quero animal de verdade em casa. – Passei o cinto em volta de mim e abri o vidro da janela.  – É o mais próximo de bicho que eu permito.

— E para você? – Senti perguntar cauteloso.  Fiquei pensativa. Um presente ideal era a mãe dele bem longe de casa, talvez na Islândia.

— Só para o Ryan está bom. – Coloquei a mão sobre a mão dele que estava em minha coxa e acariciei de leve.

Passamos a loja de brinquedos e eu escolhi o mais lindo e caro presente para quando o Ryan chegasse da escola encontrasse o brinquedo em cima da sua cama. Para o meu pestinha só o melhor.  Por fim foi um enorme cachorro branco de pelúcia como havia imaginado, mas era realmente enorme, ocuparia a cama do Ryan. E espero que do fundo da minha alma ele goste e esqueça de querer ganhar algum pet.

Chegamos em casa muito rapidamente. Liam estacionou o carro em frente de casa e saiu do automóvel dando a volta nele para abrir a porta para mim, me ajudando a descer e logo pegou o brinquedo no banco de trás e subiu as escadas até a porta de entrada para abrir para nós dois.

Ele assobiava de felicidade e eu esboçava um sorriso leve.

— Hummm alguém aqui está feliz? Posso saber porque?

Meu sorriso desmanchou no mesmo instante. Escutar a voz da Susan acabava com a alegria de qualquer um. Ela estava em pé de braços cruzados e um semblante sério. Se ela soubesse que ela já não era muito bonita, e fazendo cara de lhama que está com diarreia, fica pior ainda.

— Pode mãe. Não agora. Vou levar esse brinquedo para o quarto do Ryan. – Liam subiu as escadas com o enorme cachorro de pelúcia e eu estava seguindo ele quando a jararaca me chamou. Havia subido alguns degraus apenas.

— Então está gravida mesmo. – Não era uma pergunta, soou como uma afirmação.

Virei na mesma hora. Empinei meu nariz e a encarei. Estava segurando no corrimão e o apertei com força para me segurar.

— Estou! Vai ter que ir se acostumando com a ideia que vou morar nessa casa e serei a futura e nova senhora Scott. E se não quiser que nada te aconteça, sugiro sair do meu caminho. – Avisei.

— Está me ameaçando, Paola?

— Não sogrinha. Estou apenas avisando. Que se não ficar longe do meu caminho, coisas poderão acontecer. – Dou o meu melhor sorriso. – Não posso me estressar nesse momento. – Acaricio meu ventre. – Ou terá que se entender com seu filho. É para o bem do meu bebê. – Eu sempre iria provocar.

Giro novamente e subo as escadas. Entro no quarto do Ryan e Liam está ali ajeitando tudo para que quando nosso filho chegasse enxergasse o presente. Mas nem escondendo era possível, pois era enorme.

— Ele vai amar. – Eu digo me aproximando.

— Ele amaria mesmo se fosse um de verdade. Ele não vai ser ludibriado tão facilmente assim. Já esteja preparada.

— Não quero bicho em casa. E consigo fácil fazer ele esquecer. Paola Montagner sempre tem um truque na manga. Não esqueça do dia do remédio dele. Tenho minhas táticas. – Levanto uma das minhas pernas para trás como nos filmes românticos para lhe arrancar um selinho.

— Que você é uma mulher fantástica, disso nunca duvidei. – Ele me puxa pela cintura e me ergue puxando um beijo do selinho que eu dei.

Ele me põe de volta no chão e com as mãos na minha cintura elas deslizam suavemente para o meu bumbum e aperta levemente, me fazendo gemer baixinho. Ele me fazia ficar excitada facilmente.

Senti seu membro duro latejar no meu ventre. Liam estava excitado também e ambos queriam a mesma coisa. Deitar na cama, completamente nus. Trocamos beijos cada vez mais quentes até não termos noção a nossa volta.

Porque era exatamente assim que nos sentíamos quando estávamos juntos e a sós. Ficávamos a par do resto do mundo somente com um olhar ou um beijo.

Liam foi me conduzindo pelo quarto até que eu caio na cama do Ryan com o peso dele sobre mim. Ele se afasta um pouco e me dá um selinho novamente.

— Aqui não. Melhor irmos para o quarto. – Ele me avisa como se a culpa fosse minha da situação da qual nos encontrávamos.

— Foi você quem me empurrou. – Eu dou uma risada e acaricio o rosto dele levando minha mão para trás do seu cabelo.

— Eu quero te amar de todas as maneiras possíveis, Paola. – Liam mordeu o lábio inferior de forma tão sexy que eu me aproximei dele puxando seu lábio com o dente e soltando sem machuca-lo. – Eu realmente quero comemorar com você depois desse dia com essa notícia maravilhosa. Da mesma forma que nosso amor nasceu em outro ser, quero ama-la do jeito que o criamos. – Ele mal terminara de falar e eu mal tive tempo de responder a sua declaração e já estava em seus braços rumo ao nosso quarto.

Liam estava sendo tão carinhoso, como ele nunca fora antes. Não na cama pelo menos. Sempre era tudo muito selvagem com ele e tão brutal. Ele não gostava de esperar. E agora sentir seu carinho, seu cuidado por eu estar gravida me fez enxergar um outro lado dele que eu conhecia, mas não era tão visto.

Ele me deitou na cama com todo o cuidado e começou por me beijar no colo e puxar lentamente a alça do meu vestido e mordendo o meu ombro esquerdo de leve. Seus lábios foram subindo até o meu pescoço na qual ele me chupou com uma certa força e beijando no local que acabara de machucar.

Ele estava se controlando ao máximo para ser cauteloso. Eu o empurrei para o lado e sentei em cima dele.

— Você não precisa fazer assim.

— Eu sei. Mas eu sinto que eu devo agir com você desta maneira. – Ele ergueu o corpo se sustentando nos cotovelos e capturou meus lábios suavemente enquanto minhas mãos trabalhavam para tirar o cinto da sua calça e arremessa-la para longe.

Suas mãos foram diretamente para o zíper do meu vestido atrás e foi se abrindo delicadamente. Ele afastou as alças do meu ombro, e elas caíram revelando meus seios.

Liam desceu sua boca até um dos meus bicos e o sugou. Minha mão foi diretamente para sua nuca para que ele não parasse de mamar tão cedo.  Com a minha outra mão livre levantei sua camisa e arranhei seu abdômen.

Eu voltei a deitar na cama enquanto ele veio por cima de mim sem parar um minuto se quer de brincar com meus seios e suga-los. Intercalando apenas de um para o outro. Eu estava indo a loucura.

Quando ele se saciou do que estava fazendo, ele puxou meu vestido me despindo totalmente. Eu levei minhas mãos a barra da sua camisa e praticamente obriguei a tira-la. Eu queria o contato logo de sua pele. Eu beijei seu peito passando a língua pela estradinha que levava a sua virilha. Voltei a subir com meus beijos e passei a língua em um dos seus mamilos e eu ouvi um gemido abafado.

Abri o botão da sua calça e desci o zíper puxando de uma vez só junto com a sua boxer apertada com sua ereção pulando automaticamente para fora. Umedeci meus lábios só de pensar em colocar aquela tora na boca. Mas fui impedida.

— Eu quero que você aproveite mais dessa vez. – Liam me puxou para levantar da cama e me virou de costas beijando meu ombro fazendo um caminho com os lábios descendo para o meio das minhas costas chegando ao lombar enquanto segurava meus seios brincando com os bicos apertando-os.

Fechei meus olhos para sentir cada toque seu. Sentia que minha pele queimava. Eu estava entrando em combustão. Ele exercia um poder sobre mim que era inexplicável.

Ele beijou cada lado do meu bumbum e puxou para baixo minha calcinha. Agora sim eu estava do jeito que vim ao mundo.

Ele me abraçou por de trás e senti seu membro fazer pressão na minha bunda. Eu gemi um pouco mais alto. Sentia meu liquido escorrer pelas pernas, eu só pensava logo de ser preenchida.

Espiei por cima do ombro e vi que ele tirou a calça junto com a boxer que estavam ainda presa ao corpo dele. Arfei só com a visão.

Ele me deu um sorriso torto e olhou para o meu corpo de cima abaixo mordendo o lábio, me fazendo imitar o gesto dele. Ele me virou de frente para ele e me beijou. Joguei os braços em torno do seu pescoço sem precisar ficar na ponta dos pés. Ainda estava com meus saltos.

Eu sentei na cama e ele se ajoelhou diante de mim separando minhas pernas. Sua mão enorme empurrou minha barriga em direção a cama me obrigando a deitar e relaxar enquanto minhas pernas estavam para fora da cama.

Segurei a respiração assim que senti sua língua me invadir. Agora era impossível se segurar ou não gemer a cada chupão ou a cada curva que sua língua dava brincando com meu clitóris me levando a um orgasmo que me fez gritar.

Meu corpo tremia e fechei minhas pernas em torno da sua cabeça, mas sua língua não parou em momento nenhum. Liam segurava com força para separa-las. Eu não controlava meu corpo e muito menos meus gritos. Fiquei uns bons 10 minutos recebendo um sexo oral enquanto meu corpo debatia de prazer.

Quando ele estava feliz por me deixar extasiada, ele me puxou mais um pouco pela cintura para beirada da cama e levantou apontando seu enorme pênis na minha direção. Eu estava ainda me recuperando, mas queria mais e mais.

Liam se encaixou na minha entrada e penetrou me fazendo ver estrelas. Minhas mãos seguraram de forma bruta o edredom e gemi alto. Fechei minhas pernas em torno do seu quadril e cruzei-as. Meus Scarpin encostavam na sua bunda e eu fazia uma pressão para baixo para que ele se movesse.

Ele segurou firme na minha cintura e começou a se mover. Nossos corpos começaram a dançar em sincronia encaixados perfeitamente. Não dizíamos absolutamente nada. Não precisávamos trocar palavras, só olhares. A cada estocada seu ritmo acelerava e meus gritos aumentavam. Eu queria mais e mais e mais da sua carne. Abracei-o e arranhei suas costas ficando minhas unhas na sua pele.

Agora éramos os dois gemendo. Eu de prazer e ele de dor e prazer. Nossos gemidos chegaram a um nível alto e estávamos prestes a gozar juntos. Quando mais uma vez alcancei meu nível alto de gozo, Liam me preenche a fundo com seu liquido.

Ele caiu por cima de mim ofegante e suado. Eu mal conseguia respirar, mas o sorriso de satisfação estava estampando em minha face.

Eu o beijo acariciando seu cabelo molhado.

— Eu te amo. – Ele se declara sorrindo.

— Eu também te amo, cariño.

Ele me abraçou me ajeitou em seu peito, e eu acabei adormecendo naqueles braços tão protetor e reconfortante.

Eu acordei com o meu lado vazio da cama e encontrei um bilhetinho do Liam avisando que ia buscar o Ryan na escola, eu dormi tanto que não percebera que a hora passou voando. Eu nem mesmo se quer havia almoçado. Passei a manha toda com o Liam e nem se quer havia notado o tempo.

Enrolei-me nos lençóis e estiquei meu braço para pegar o telefone ao lado em cima da cabeceira. E disquei para a Paulina no celular do Carlos Daniel, mesmo. Eu ia estragar a lua de mel deles, mas o que me importa? Eu precisava falar com ela.

Levantei da cama ainda enrolada e caminhei até o banheiro, ouvi uma voz masculina atender do outro lado. Era o Carlos Daniel.

— Alô?

— Olá, queridinho. Aproveitando muito a sua lua de mel e aproveitando para tirar a pureza da minha irmãzinha imaculada?

— Paola.... – Sua voz soou irritada quando notou que era eu. Eu podia até mesmo ver ele revirando os olhos e sua mandíbula apertar. Ele era tão previsível.

— Passa para a minha irmãzinha gêmea. Preciso falar com ela. Você vai saber porque ela vai falar para você de qualquer forma.

Ele nem se quer se despediu de mim, e ouvi ele chamar a Paulina contrariado. Carlos Daniel me odiava até a alma. Mas e eu com isso?

— Oi Paola. Como estão as coisas? Fizeram uma boa viagem para os Estados Unidos?

A viagem em si foi maravilhosa e tranquila. O problema foi quando cheguei ao destino. Era melhor que o avião tivesse explodido no ar, do que encontrar com a Susan.

— Claro... claro.... Mas liguei para falar outra coisa.

Parece loucura vindo de mim, mas estava mesmo animada de contar a boa nova para ela.

— E o que é? Alguma novidade? – Ela perguntou intrigada, podia sentir isso. – Posso sentir na sua voz que tem notícia boa.

— Com certeza tem. – Confirmo admirando meu rosto no espelho – E a novidade que não é tão novidade assim, é que eu realmente estou grávida.

Assim que eu dei a notícia ouvi gritos de felicidades do outro lado da linha. Tive que afastar da minha orelha para não ficar surda. Revirei os olhos, mas esbocei um sorriso.

— Dá para você se controlar? Quem está gravida sou eu, e não você... – eu disse. – Bom por enquanto né? Você encontrou os prazeres da carne e do jeito que é apaixonada pelos filhos do Carlos Daniel... é capaz de ter engravidado ontem mesmo.

Deixei meu lençol deslizar suavemente para o chão e olhei meu corpo nu em frente ao espelho. E fiquei de lado olhando para minha barriga.

Ela ficaria horrivelmente deformada após o nascimento do bebê. Liam ia ter que pagar todos os tratamentos estéticos possíveis para eu voltar ao normal.

— Eu estou tão feliz por vocês. Ai, Paola. Finalmente você vai entender o significado de viver de verdade. Com responsabilidade e o que é amar alguém sem querer nada em troca. Um amor desinteressado.

— Eu liguei para te contar a novidade porque acho que você mereça saber. Não liguei para me dar lição de moral. – Resmunguei fazendo careta para o meu reflexo.

Ouvi a risada da minha irmã do outro lado.

— Mas aposto que está gostando, não é verdade? Você está realmente feliz ao lado do Liam. Isso todos puderam notar. Principalmente a vovó Piedade notou.

— Não te liguei para falar dos Bracho, Paulina. – Ralhei sem paciência.

— Me desculpa. – Ela riu desconsiderando minha raiva. – Eu estou super feliz e acabo não me contendo.  Parabéns, irmã. Para você e o Liam que também deve estar feliz.

— Você não imagina o quanto. – Eu digo pensando no que acabara de acontecer na cama andando na direção do chuveiro e entro no box abrindo o registro deixando a agua cair e molhar meus pés. – Bom... Já falei o que eu tinha para falar. Agora vou tomar um banho e porque estou muito ocupada. E você também está.  E faça o seu trabalho direito, porque do jeito que seu maridinho me atendeu, você não está fazendo um bom trabalho. – Gargalhei desligando o telefone não dando brecha para Paulina responder.

Terminando meu banho me arrumei e fui comer alguma coisa para não ficar de estomago vazio, e para o meu milagre eu não vomitei e muito menos achei Susan pela casa. Deduzi que ela tinha saído para não ouvir meus gemidos pela casa quando eu e o Liam estávamos transando. Só de pensar nessa possibilidade um sorriso maligno se formava em meus lábios.

Fiquei no jardim da casa para esperar o Ryan que voltava com o Liam da escola. O jardim era maior do que na casa dos Bracho como todo o resto da mansão.

Eu não tinha muito o que fazer aqui, mas com certeza era mais confortável do que em qualquer outro lugar que já havia pisado. Eu pertencia aqui. Sentei no sofá onde se encontrava no jardim em uma cobertura aconchegante e estiquei as pernas no puff.

Na pequena cobertura que se encontrava ali, haviam duas poltronas postas lado a lado com uma mesa de centro e um sofá na qual eu estava sentada com um apoio para os pés. Uma mesa para tomar café da manhã ou chá da tarde ao ar livre encontrava-se atrás de mim.

Muito diferente da casa dos Bracho. Silencio e paz. Fechei os olhos para sentir a brisa bater no meu rosto. Relaxei o corpo e cochilei sem perceber, pois, abro meus olhos no momento que escuto barulho de carro. Liam chegando com o Ryan da escola.

Levantei na hora e vejo meu pequeno correr na minha direção e eu abro meus braços abaixando para recebe-lo.

Ele me abraça apertado como se quisesse me sufocar e me dá um beijo demorado.

— Tudo isso era saudades? – Beijo ele por todo o rosto deixando marcas nele todo.

— Cadê meu presente? – Ele se afasta um pouco de mim me olhando bem nos olhos.

Eu olho diretamente para o pai do meu pequeno, o fuzilando.

— Não acredito que você contou, Liam! Era surpresa. – Digo indignada.

— Ele não queria se comportar no carro e fiz o que você faz sempre. Você quem me ensinou. – Liam colocou as mãos no bolso e fez uma cara de santo.

— É, eu percebi. Mas há formas e formas de fazer.

— MAMÃAAEEE! Eu estou esperando.

— Tudo bem, príncipe. Vamos lá olhar seu presente. – Ofereci minha mão para ele segurar e ele de imediato aceitou. Liam veio na minha direção e me deu um beijo.

— Você viu minha mãe? Quando saí para buscar o Ryan eu não a vi.

— Não faço ideia. – Andei em direção a casa. – Talvez ela tenha ido embora. Já olhou para ver se as malas dela estão no quarto?

— Não, não olhei. Saí meio apressado. Depois eu ligo para ela.

— Eu espero que eu ganhe um cachorro – Ryan cortou nosso dialogo subindo as escadas comigo.

— Quem sabe? – Eu brinco piscando para ele e recebo um sorriso do tamanho do mundo.

Assim que entramos no quarto o cachorro de pelúcia que nós havíamos comprado para o Ryan estava bem ali, em cima da sua cama no centro onde era impossível não enxergar.

Liam assobiou atrás de mim olhando para o teto descontraído como se quisesse disfarçar de alguma coisa e eu acho aquela atitude estranha, mas ignorei.

Por pouco tempo.

 Olhei para o meu pestinha amado para ver sua reação e a que encontro é de um garoto de 3 anos me fuzilando como se quisesse vender minha alma ao capeta.

— NÃO FOI ISSO O QUE EU PEDI!


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Notas finais do capítulo

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