Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 3
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Notas iniciais do capítulo

Vejo vocês nos comentários!!!!!!!!



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–O achei normal, ué. –eu voltei a prestar atenção no filme.

–Sei. –Markus riu e voltou a prestar atenção no filme também.

Fiquei vendo filme com o Markus até umas quatro e meia, logo sai e fui buscar a Dora no ballet, era um pouco longe da casa do Markus, então tive que andar muito. Cheguei lá e vi a Dora conversando com uma garotinha de cabelos castanhos.

–Dorinha? –a chamei e ela sorriu pra mim.

–Ah, oi Sofi. –ela sorriu pra mim e me deu sua mochila. Ela ainda estava com o tutu rosa. –Essa é a Mille. –ela apontou pra menina que sorriu pra mim. –Ela é nova.

–Oi Mille. – eu sorri. –Sou a Sofia, irmã da Isadora.

–Mille eu já vou. –Dora disse. –Já estão chegando pra te buscar?

–Sim, minha mãe tá chegando. – ela olhou pra rua. –Olha ela ali. –ela apontou para o carro preto que se aproximava. Uma moça bem bonita de cabelos castanhos desceu e óculos escuros desceu do carro.

–Mille. –a moça sorriu.

–Oi mamãe. –Mille a abraçou. –Essas são a Isa e a Sofia.

–Prazer. –a moça sorriu pra gente e nos abraçou. Ela cheirava bem. –Sou Clarice, mãe da Mille.

–Prazer. –Dora e eu falamos juntas.

–Vamos Mille? Seu pai tem um jantar importante hoje. –ela pegou na mão da Mille. –Foi um prazer meninas.

–Prazer foi nosso. – eu respondi e ela se foi. –Vamos Dorinha?

–Vamos. –ela pegou na minha mão. Dora tinha nove anos, ela não parecia nada comigo, ela tinha cabelos pretos bem escuros e uma franjinha bem bonitinha. –Compra sonhos pra mim? –ela pediu com os olhos grandes.

Arrumei a minha mochila e a dela no meu ombro e suspirei, Dora é apaixonada por sonhos, tipo tanto que minha mãe a proíbe de comer direto, ela tinha a glicose muito alta e isso podia resultar numa diabetes e isso era uma coisa que a minha mãe estava tentando evitar.

–Dorinha, mamãe não vai gostar disso. –eu respondi.

–Por favor, Sofi. –ela falou manhosa.

–Que tal um misto quente? –eu perguntei. –Eu faço um super misto quente pra você, com queijo e salame, que tal?

–Isso não é sonho. –ela franziu o cenho.

–Se fosse sonho não se chamaria misto quente né Isadora. –eu ri.

–Chata. –ela fechou a cara.

Voltamos pra casa e eu fiz o misto quente pra Dora, ela comeu e foi fazer o dever de casa dela, fui me trocar e deitei na cama. Jenni estava no karatê hoje, então não podia vir pra cá. Tadeu estava na faculdade, Brand e mamãe estavam trabalhando, então só tenho a Dora pra me fazer companhia e ela estava fazendo dever de casa.

–Que tédio. –eu suspirei e encarei o teto. Lembrei-me dos gêmeos, do Pietro na verdade. Como podia ele ser tão lindo? Aqueles cabelos loiros e os olhos azuis, ai, ai...

–SOFIA! –alguém gritou. Despertando-me do mundo da imaginação, olhei e vi o Tadeu na porta me chamando.

–Que gritaria é essa? –perguntei.

–Tava em que mundo? Tô te chamando e você não responde. –Tadeu entrou e deitou do meu lado.

–Respondi agora. – eu o olhei. –O que você quer?

–Mamãe disse que ela e o Brand vão sair com uns amigos e não vem para o jantar. –ele disse. –Então, pensei em levar a Isa e você para jantar.

Olhei pra ele o analisando, Tadeu era bem bonito, era alto, tinha os cabelos pretos e estava com uma barba por fazer, ele acabara de fazer vinte anos e estava cursando jornalismo.

–Quem é você? E o que fez com o Tadeu? –perguntei.

–Idiota. –ele riu. –Melhor levar vocês pra comer, do que você cozinhar. –ele riu. –Sua comida é ô. –ele fez um sinal com as mãos. –Uma merda!

–Nossa que calunia. –eu me fiz de ofendida. –Só vou se você levar a gente no McDonald’s.

–Tá bom. –ele se levantou. –Manda a Isa se arrumar.

–Tá. ISADORA VAI TOMAR BANHO. –eu gritei.

–Se fosse pra gritar eu teria gritado. –Tadeu me olhou.

–Então por que não gritou? –eu dei os ombros.

–Anã. –ele jogou um urso da Isadora em mim. Nada ver ele ficar me chamando de anã só porque tenho um metro e cinquenta e oito e sou menor que quase todo mundo que convivo.

–Idiota. –joguei o urso de novo nele.

–Ei, não machuquem o Senhor Pimpolho. –Isadora chegou e tomou o urso antes que o Tadeu o jogasse de novo em mim.

–Foi o Tadeu que começou. –eu me defendi.

–Tedy. –ela brigou com ele. Isadora chama o Tadeu de Tedy desde pequeninha. Ele tentou faze-la parar, mas nunca deu certo. –Pra onde vamos?

–McDonald’s. - respondemos juntos.

–Ah sim. –ela colou o Senhor Pimpolho na prateleira. –Vou tomar banho.

–Okay, também vou. –Tadeu saiu e a Dora entrou no banheiro.

–Ei, vê se não mora nesse banheiro viu? –gritei com ela.

–Tá. –ela respondeu.

Separei uma roupar qualquer pra Dora e pra mim e enquanto ela tomava banho entrei no face, não tinha nada de bom. Isadora saiu do banho e eu fui tomar o meu. Depois de prontos o Tadeu nos levou pra jantar.

Depois que jantamos, fomos na loja de brinquedos, porque a Isadora encheu tanto o nosso saco pra irmos lá e acabamos cedendo. Tadeu acabou comprando uma Barbie pra ela e depois voltamos pra casa, mamãe e Brand ainda não tinha chegado, já era tarde, então fomos dormir. Acordei no outro dia no horário certo, acordei a Isadora e fui tomar banho. Desci e o café já estava pronto.

–Bom dia, Brand. –sorri pra ele.

–Bom dia, Sosô. –ele me deu um beijo na testa.

–Chegaram que horas ontem? –perguntei. Minha mãe colocou o requeijão e sentou do lado do Brand.

–Tarde. –ela respondeu. –Vocês jantaram o que? Não vi nada sujo na cozinha.

–Tedy nos levou pra jantar. –Isadora respondeu por mim. Nem vi essa criatura chegar.

–Hm. –mamãe me passou o requeijão. –Hoje é quarta-feira.

Sorri hoje eu faria o trabalho com Pietro.

–E o que tem? –Tadeu perguntou sentando-se à mesa. Ele deu um beijo de bom dia na Dora e outro em mim.

–Quarta feira é a noite da família. –minha mãe sorriu.

–Desde quando? –eu perguntei comendo a torrada.

–Desde hoje. –minha mãe respondeu. –Quero que estejam aqui às sete da noite, pois vamos fazer algo em família.

–Tem que ser hoje? –Tadeu perguntou.

–Tem. –minha mãe respondeu.

–E se eu não comparecer? –ele perguntou.

–Melhor não provocar sua mãe. –Brand comentou.

–Droga. –Tadeu murmurou.

–Já que todos concordam. –minha mãe se levantou. –Toda quarta-feira vamos ter a noite da família e sempre faremos algo divertido.

Olhei pro Tadeu e ele estava com a cara de bunda, ri. Logo deu o horário de ir pra escola e eu fui pra casa da Jenni.

–Bom dia. –ela pulou em mim. Ela sempre fazia isso.

–Bom dia, loira. –eu sorri.

–O que você vai fazer hoje de tarde? A gente podia ir ao shopping e depois comprar pizza congelada pra comer na sua casa. –ela falou.

–Hoje à tarde eu tenho que ir fazer um trabalho. –eu sorri.

–Com quem? –ela fez aquela carinha de “Hmmmmmmm”

–Pietro. –respondi sorrindo.

–O novato que você tava secando na aula de português? –ela perguntou.

–Eu não tava secando ele. –me defendi. –É ele sim.

–Hmmmmmmm. –ela fez aquela carinha. Se você não sabe que carinha é essa, é aquela de safada.

–Hm nada. –eu respondi. –Só vamos fazer um trabalho.

–Trabalho e depois beijos. –ela disse e saiu correndo rindo.

–Vaca. –corri atrás dela.

Fomos pra escola rindo e brincando. Hoje o dia estava lindo e florido. E eu nem vi a hiena hoje. O dia estava realmente lindo! A primeira aula de hoje era matemática. Entrei e vi que o Markus já tinha chegado e com quem ele estava conversando? Com o idiota do Arthur. Revirei os olhos e sentei no meu lugar.

–Oi Sofia. –alguém me cumprimentou. Olhei e vi o lindo do Pietro.

–O- Oi Pietro. –eu gaguejei. Droga, droga, droga.

–Sobre hoje à tarde. –ele trocou a mochila de ombro. –Ainda tá de pé, né?

–Sim. –respondi sorrindo.

–Então te vejo as três. –ele sorriu e foi sentar. Sorri que nem uma boba.

–E esse sorrisinho besta na cara? –Markus perguntou sentando atrás de mim.

–Nada. –eu o olhei. –Virou amigo do boboca ali é? –apontei pro Arthur que estava conversando com a Anna.

–Somos uma dupla, esqueceu? –Markus ajeitou seus óculos. –E ele é um cara legal.

–Ele? Legal? Conta outra.

–Você que é implicante. –Markus sorriu. –Ele é legal.

–Se você diz. –dei os ombros

O professor chegou e começou a dar aula. Tentei ao máximo não distrair, não queria pagar mico novamente.

–Quem se habilita a responder essa questão. –o professor apontou para o quadro. –Vamos turma, quem responder já tem um ponto garantido na minha média.

Não se ouvia uma voz na sala, o silencio estava tão chato que dava pra ouvir o “cri, cri” dos grilos.

–Eu respondo. –alguém disse. Todos olharam pra trás procurando quem tinha se habilitado a responder. Foi o Arthur.

–Seu nome é? –o professor olhou pra chamada. –Arthur Menezes, certo?

–Sim. –Arthur deu os ombros, ele estava com o uniforme e a jaqueta de couro por cima.

–Pode vir. –o professor o chamou, ele saiu de trás da sala e pegou o canetão da mão do professor, olhou para o quadro e começou a resolver a questão. Dois minutos depois ele tinha terminado.

–Interessante. –o professor olhou para o resultado. –Bom trabalho, Sr. Menezes.

–Obrigado. –ele sorriu.

–Já tem um ponto garantido. – o professor anotou algo na chamada. –Pode se sentar. –Arthur voltou pro seu lugar e eu vi que a Madalena sorriu pra ele. Safada. –Bom turma, o Sr. Menezes conseguiu esse resultado usando essa formula... – o professor continuou falando, falando e falando. Logo o sinal tocou e fomos pra aula de geografia, no caminho vi que a Liga dos M’s grudou no Arthur.

–Tadinho. –Markus comentou. –Carne nova.

–Carcaça nova. –eu corrigi.

–Sofia sempre doce como um limão. –Markus riu.

Estramos na aula de geografia era dupla e ela demorou séculos pra passar. Quando acabou fomos para o intervalo e lanchamos com a Jenni.

–Sábado vocês podem dormir lá em casa? –Jenni perguntou.

–Eu posso. –eu respondi. Eu sempre dormia na casa da Jenni, tipo desde sempre.

–Eu também. –Markus respondeu.

–Então tá bom. - ela sorriu. –Carne nova é? –Jenni apontou pra frente, onde a Liga dos M’s estava com o Arthur, ele estava com cara de tédio.

–Carcaça nova, segundo a Sofi. –Markus riu.

–Tadinho, ele não parece estar curtindo muito a atenção. –Jenni comentou.

–Quem se importa? –eu disse comendo a minha maçã.

–Eita coice. –Markus riu.

Lanchamos e voltamos pras outras aulas, o resto passou bem devagar e quando acabou eu fui embora bem rápido puxando a Jenni e o Markus.

–Calma vei. –Markus disse.

–Calma nada. –eu respondi. –Preciso de vocês pra me ajudarem a escolher uma roupa.

–E precisa correr desse jeito? –Jenni perguntou.

–Sim. –continuei puxando os dois.

Chegamos em casa e almoçamos e eles me ajudaram com uma roupa. Deu três horas e eu fui pra biblioteca. Antes de sair a Jenni disse pra eu não parecer tão interessada.

–Oi. –ele sorriu pra mim assim que cheguei à biblioteca.

–Oi.

–Senta ai. –ele apontou pra cadeira. Sentei. –Por onde vamos começar?

–Qual seu filme favorito? –perguntei.

Ele sorriu. Meu Deus do céu seria muito difícil me concentrar hoje.


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