Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 23
Boatos...


Notas iniciais do capítulo

Fiquei muito feliz pela quantidade de comentário no capítulo anterior. Sei que vocês estão muito putas e zangadas com o Pietro e com a Sofia também, mas eu gostaria de dizer que as coisas ruins ainda nem acontecerem hahaha. Obrigada a todas que comentaram e espero ver vocês nos comentários desse capítulo também. Obrigada por tudo meninas.
E nunca cedam o que vocês tem de mais precioso pra menino nenhum, por mais que você o ame. Lembrem-se sempre disso.
Boa leitura e vejo vocês nos comentários.



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Arthur’s POV

Estou indo na casa da tia Gumi, o Gui chegou hoje de manhã, tô nem ai se vou parecer um baitolinha, mas eu estava com uma saudade do caralho daquele japonês zoeiro e agora ele vai morar e estudar aqui, finalmente tenho meu melhor amigo de volta. Antes de sair de casa eu dei de cara com a Sofia, eu estava com muita raiva dela por ter dito que aquele beijo foi uma fraqueza, e vamos combinar, aquele beijo foi tudo menos uma fraqueza, foi bom, foi maravilhoso, foi tudo menos uma merda de uma fraqueza. Mas eu estou fingindo que não estou ligando pra isso. Quer saber? Que se dane. Se ela não me quer, tem quem queira, podem não ser tão gostosas quanto ela, mas garanto que tem. E agora que o Guilherme chegou, vamos sair e eu vou arranjar alguma menina pra mim e esquecer a Sofia de uma vez por todas.

–Arthur. –Gui me abraçou. –Tava com saudades, porra.

–Eu também seu merda. –ri. Ele estava me esperando do lado de fora da casa dele.

–Vamos. –ele me puxa.

–Pra onde? –pergunto.

–Você vai me mostrar o movimento dessa cidade, sou novo aqui, esqueceu? –ele ajeita o topete e sorri.

–Tá. –saímos da frente da casa dele e fomos andar pelo centro. –Vamos buscar a Mille e a Isadora no ballet? Hoje era o dia do Tadeu de buscar a Isa, mas ele vai se atrasar e me pediu pra busca-la.

–Vamos. –ele concorda. –A irmã da Isa continua gostosa? –ele ri.

–Sofia? Sim, ela continua gostosa pra caralho e malvada também. –digo rindo com amargura.

–O que aconteceu? –ele pergunta.

–A gente se beijou. –digo cabisbaixo.

–Ah moleque! Esse é o meu garoto! –ele me dá um soquinho no ombro. –E ai? Ela se apaixonou por você e largou o trouxa do Pietro? Aposto que sim, você é um gatão. O gatão do Gui! Quem é o gatão? Quem é o gatão? É você!

–Não, e cara nunca mais fale isso em voz alta. Isso foi muito gay. –respondo. –Ela disse aquele beijo nunca aconteceu e que foi um erro.

–Gatinha malvada. –ele assovia.

–Malvada demais. –suspiro. Continuamos conversando sobre coisas aleatórias e sobre as meninas que ele namorou em BH.

Mostrei a cidade pro Gui e agora estávamos esperando as meninas saírem do ballet. Ele estava assoviando pra todas as meninas bonitas que passavam na frente dele, acho que esse ai está mais carente que eu.

–Já que a Sofia não te quer, a gente tem que arranjar outra mina pra você. –ele diz de repente, depois que uma garota deu o dedo do meio pra ele por ele a ter chamado de “gostosa”.

–E quem disse que eu quero outra mina? –pergunto.

–Você quer sim. –ele responde por mim. –Até parece que eu vou deixar meu mano ficar sofrendo por amor por causa de uma menininha gostosa e malvada que escolheu o gêmeo errado.

Ri dele. As meninas saem saltitantes e felizes e quando veem o Gui pulam de felicidade.

–Você vai morar aqui, né? –Isa pergunta.

–Sim. –ele responde rindo. A criança só o viu uma única vez e já está apaixonada por ele.

–Oba. –ela saltita. Fomos andando até a casa da Isadora, e passamos o caminho todo ouvindo elas falarem do recital de ballet que vai ter e que elas vão participar e blá, blá. Deixamos a Isadora em casa, e depois levei a Mille pra casa. Gui e eu íamos ao cinema, e enquanto esperávamos dar a hora da sessão ficamos jogando no meu quarto.

–Ela chorou como uma criança que descobre que papai Noel não existe. –escuto o Pietro ri com alguém ao telefone. O quarto dele é colado ao meu, então escuto praticamente tudo que ele faz.

–De quem ele tá falando? –Gui sussurra.

–Não sei. –respondo, tentando ouvir mais ainda a conversa dele.

–A mãe dela ligou aqui há dois minutos me perguntando se eu sabia onde ela estava, parece que a pequena Sofi está sumida desde a hora que eu a chutei. –ele completa.

Maldito. Ele terminou com a Sofia? E ela sumiu? Eu não estava entendo nada.

–Ele terminou com a Sofi? –Gui pergunta.

Não respondo, entro no quarto do Pietro e ele me olha confuso e desliga o telefone.

–Posso saber o motivo da intromissão? –ele pergunta.

–O que aconteceu com a Sofia? –pergunto.

–E o que isso tem a ver com você? –ele pergunta, rebatendo minha pergunta.

–Responde logo, cacete. –murmuro, tentando controlar minha raiva. Só de pensar na hipótese dele ter magoado a Sofia, meu corpo todo enrijece e eu tenho vontade de soca-lo.

–Ui, nervosinho. –ele dá uma risada. –Não que seja da sua conta, mas eu terminei com ela hoje, mas acho que ela não aceitou muito bem isso, porque pelo jeito sumiu.

Ele terminou mesmo com ela? Mas por quê? Por que ele tinha terminado com ela? O que ela fez?

–Por que terminou com ela? –pergunto.

–Fiquei sabendo que ela te beijou. –ele diz me olhando. –E eu, ao contrario de você, não gosto de ser corno.

–Quem te contou? –pergunto.

–Ela. –ele dá os ombros. –Tadinha, estava com medo de eu a odiar. –ele ri. –Eu não a odeio, tenho pena dela, porque eu tirei tudo que eu queria dela e agora ela tá sofrendo.

O que ele queria dizer com isso?

–Essa é a hora pra você dá uma de herói e ir atrás dela. –ele sorri friamente. Esse cara é meu irmão? Me pergunto mentalmente –Quem sabe ela começa a gostar de você.

Saio do quarto dele bufando de raiva e volto para o meu.

–O que houve? –Gui pergunta.

–Ele terminou com ela e pelo jeito ela sumiu. –digo rapidamente, pego meu telefone e ligo pra Jennifer.

–Alô? –ela atende.

–Cadê a Sofia? –pergunto.

–Eu ia perguntar a mesma coisa. –ela suspira. –Ela sumiu, estamos atrás dela, tia Ly tá quase morrendo aqui.

–Droga, acho que sei por que ela sumiu. -digo.

–O que aconteceu?

–Pietro terminou com ela e do jeito que o meu irmão é, não foi nada bonito. –digo.

–Filho da puta, sem ofensas a sua mãe, é claro, mas se alguma coisa acontecer com a Sofi eu mato ele, juro que mato. –ela fala nervosa, ouço uma voz masculina perguntar o que houve e ela conta o que aconteceu. –Tadeu tá meio puto aqui, acho melhor eu desligar e tentar acalma-lo, antes que ele decida ir ai quebrar a cara do seu mano, ou até fazer coisas piores.

–Posso ajudar vocês a procura-la? –pergunto.

–Se puder, eu agradeceria, estou sozinha aqui com o tio Brand tentando acalmar a tia Ly e o Tadeu e de combo a Isadora que está surtada. Tá foda, o Markus tá trabalhando e não pode procura-la, então eu agradeceria de verdade se você pudesse nos ajudar.

–Vou tentar acha-la. –digo desligando.

–Deixa eu adivinhar... Nosso cinema já era? –Gui arqueia as sobrancelhas.

–Preciso procurar a Sofia e tentar consertar o que o idiota do meu irmão fez. –digo.

–E conquistar o coração da mocinha. –Gui ri. –Vamos lá, herói.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Tem mais de uma hora e meia que o Guilherme e eu estamos virando a cidade do avesso procurando a Sofia e até agora nada dela. Já fomos a quase todos os lugares possíveis, e nada dela.

–Agora é oficial: Se algo acontecer com essa garota, eu mesmo mato o seu irmão. –Guilherme diz. –Ela não está em lugar nenhum, e até minha mãe está preocupada com ela.

–É porque ela é especial. –digo. –Olhe ali. –aponto pra uma menina sentada no banco com a cabeça no meio dos joelhos. –Acho que é ela. –saio correndo em direção à menina. –Sofia?

Ela levanta a cabeça e juro por Deus, eu quase saí correndo. Ela estava horrível, seus cabelos estavam despenteados e as bochechas e os olhos vermelhos.

–Veio rir de mim? –ela pergunta com a voz meio grossa. Acho que foi porque ela chorou demais.

–Claro que não. –respondo sentando do lado dela. –O que houve?

Ela me encara e lágrimas começam a descer pelas bochechas.

–Pietro terminou comigo. –ela diz chorando. Gui senta do meu lado e a olha.

–Típico do cabelo de espiga, ele sempre faz as garotas chorarem. –Gui diz com certa raiva contida na voz.

–Eu o amo. –ela chora mais ainda e isso me faz revirar os olhos. Você o ama e olha o que ele fez contigo? Te deu um belo pé na bunda, penso. –Mas ele não me ama. –ela murmura baixinho. –Ele me humilhou me usou e depois me descartou. –ela chora.

–Como assim? –pergunto.

–Ele... Ele... –ela tenta dizer, mas apaga no meu colo.

–Sofia? –levanto seus cabelos.

–Ela desmaiou? –Gui pergunta.

–Sim. –respondo. –Acho que ela ficou muito tempo sem comer e teve queda de pressão. Liga pra Jenni e pede pra alguém vir busca-la. –entrego o celular pra ele.

Cinco minutos depois os pais da Sofia chegam e a levam para o hospital, a mãe dela estava bem desesperada. Tadeu e Jenni ficaram aqui conversando comigo e com o Gui, pra saber como a achamos.

–Obrigada Art. –Jenni me abraça. –Quer ir com a gente para o hospital?

Eu queria, mas acho que não seria a melhor escolha, ela não gostava muito de mim e pra completar eu ainda sou irmão gêmeo do cara que deu o fora nela, acho melhor evitar confusão.

–Melhor não. –respondo. –Pode me ligar quando ela acordar?

–Claro. –ela sorri. –Vamos Chuchu?

–Vamos. –Tadeu me olha. –Obrigado mano, vou tentar me controlar e não quebrar a cara do idiota do seu irmão, mas só farei isso em consideração a você.

–Por mim, você pode quebrar a cara dele quando sentir vontade. –respondo.

–Por isso que você é o melhor. –Tadeu ri. –Tchau.

–Tchau. –eles saem.

–Espero que ela fique bem. –Gui diz.

–Eu também. –balanço a cabeça. –Posso ir pra sua casa hoje? Não estou a fim de ficar vendo a cara cínica do Pietro.

–Eu já ia sugerir isso.

Fui pra casa do Gui e fiquei jogando vídeo game com ele, uma hora depois a Jenni me ligou e disse que a Sofia estava bem, ela só teve uma crise de pressão baixa, mas agora ela já estava melhor e estava em casa.

–Ela tá muito mal? –pergunto.

–Mal é apelido. –Jenni diz baixinho. –Seu irmão tirou a virgindade dela da maneira mais bruta possível.

Ele fez isso? Eu não tô acreditando nisso... Esse puto não fez isso com ela. Não pode ser! Eu vou matar o Pietro. Jenni só pode estar brincando comigo. Sofia não foi tão idiota a ponto de se entregar pra ele assim... Diz que ela não fez isso...

–Diz que tá mentindo? –peço.

–Quem dera... Preciso desligar a Sofi acordou. –ela desliga.

–O que houve? –Gui pergunta pausando o jogo.

–Ele dormiu com ela e depois a chutou. –digo.

–Filho de uma puta sem ofender a tia Clarice. –ele grita. –Teu irmão é muito cretino.

–Aham, demais. –concordo.

Depois de jogarmos muito, fomos dormir, amanhã seria o primeiro dia de aula do Gui na minha escola. Tia Gumi me acordou mais cedo pra eu ir pra minha casa ir me arrumar. Fomos pra escola. Chegamos e fomos à secretaria ver qual era a turma do Gui, ele ficou na turma da Jenni.

–A Jenni é legal e inteligente, cola com ela que você passa de ano tranquilo. –eu digo.

–Tá me chamando de sanguessuga? –ele me dá um soquinho.

–Você é. –rio.

–Gayzinho. –alguém grita.

–Sempre soube que você era uma bicha incubada. –outra pessoa grita. Olho em volta e vejo que estão falando com o Markus. Ele está encolhido perto dos armários e alguns garotos o rodeiam.

–Não vai reagir, bixona? –um garoto enorme o empurra. E ele arruma os óculos.

–Parem com isso. –corro até o Markus.

–Qualé Arthur? Vai me dizer que é uma bixona também? –um garoto da minha sala pergunta.

–Sou mais homem que você. –respondo. –Deixa ele em paz, porra. –eu não sabia o porquê deles estarem implicando com o Markus, mas ele era meu amigo e eu ia defendê-lo.

–E se eu não quiser? –ele me encara.

–Eu vou quebrar a sua cara. –o ameaço.

–Isso tudo só pra defender a bixona?

Markus está com cara de assustado, acho que ele nunca foi chamado assim.

–Ele é meu amigo, e tem nome. –digo.

O sinal toca.

–Isso ainda não terminou, viu bixona? –ele e a sua gangue saem.

–Você tá bem cara? –pergunto.

–Como descobriram? –ele murmura. –Só a Sofi sabia.

–O que? –pergunto. –Você está bem?

–T-Tô... –ele sai correndo em direção as salas. O que foi muito estranho.

–Gente, essa escola é sempre assim, cheia dos barracos? –Gui pergunta.

–Não, só foi uma recepção calorosa pra você. –digo. –Vai pra sala.

–Eu já ia. –ele sai. Eu sigo pra minha sala. Será que a Sofia vai vir hoje? A primeira aula era de matemática, eu amo matemática! Sou muito bom em matemática, é simplesmente minha matéria favorita. Sento atrás de uma garota que eu não sei o nome e ela logo se vira pra conversar comigo.

–Tá sabendo dos boatos? –ela pergunta. Reviro os olhos, essa menina é tão fofoqueira.

–Quais? –pergunto, só pra ser educado, porque na verdade eu não quero saber.

–Dos boatos sobre o Markus e a sua opção sexual. –ela dá um risinho. Eu começo a prestar atenção no que ela diz. Markus? Opção sexual? Que história era aquela?

–Hã? –franzo a testa.

–É o seguinte. –ela coloca uma das mãos no queixo. –Estão dizendo por ai, que a Sofia contou pra todos que o Markus é gay.

Tá, aquilo era um absurdo! Não pode ser! Sofia não faria isso, ela ama demais os amigos... E que história era aquela que o Markus é gay? Era por isso que aqueles meninos estavam implicando com ele?!

–Quem te contou isso? –pergunto.

–Todo mundo tá comentando sobre isso, não se tem uma fonte concreta. –ela ri. –Apesar de a fonte oficial ser a própria melhor amiga dele. A Sofia. O que é bem horrível, se for prestar atenção.

Sofia entra na sala bem na hora, ela está horrível. Com olheiras enormes e as bochechas inchadas, ela senta e encara o Pietro que está do outro lado da sala rindo histericamente de algo que o idiota do Alejandro disse, o professor entra na sala e começa a dar matéria, o Markus não entrou nessa aula. Será que os boatos são verdade? Será que o Markus é gay? E será que a Sofia contou o segredo do próprio melhor amigo?


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Notas finais do capítulo

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