Out States — Dark Sky

Júlia Smith 12 de Novembro de 1997, ??h??min.

Acordar de um sono profundo, querer, mas não poder. Não consigo me levantar. Existe algo me sugando, algo forte e sombrio, mas uma luz na escuridão veio até meus olhos castanhos os quais saíram lagrimas como às vezes sai quando bocejamos. Nesse momento preciso acordar, uma amiga está em perigo. Eu estou em perigo.

A luz girou entorno do meu corpo e me fez levantar. Apenas um sopro e a entidade de Misty saiu a 10 metros de min, destruir o pilar onde havia as escrituras. A meu ver estava tudo florido e calmo, mas era uma mentira. Lara havia caído no mais profundo limbo; onde os pensamentos ruins existem. Eu preciso ajuda-la, mas algo me impede algo que me deixou fraca e fez abandona-la na mina. Eu sei o que fazer.

Peguei as ervas que estava à frente do carrinho onde eu estava. Tirei o casaco de couro encharcado de sangue o que pingou pelo chão áspero e perigoso onde estava. Abrir minha ferida e meu grito fino ecoou por toda mina chamando atenção até de baratas que haviam por lá. Não podia desistir, nesse momento a aliança que eu fiz com uma amiga está em risco de ser quebrada, diferente da anterior que nunca existiu. Era apenas, uma aliança de papel na qual se acaba quando uma nuvem negra chega e apenas faz seu trabalho dispersando uma forte chuva e uma névoa que invade seu espirito lhe perguntando se você consegue aguentar tal pressão.

Minha mãe dizia que apenas três pingos do mel da raiz da névoa iria curar qualquer ferida que não fosse destinada para tal pessoa. Segui seu conselho; o primeiro pingo caiu direto a minha carne. Lembrei-me do meu irmão, o qual morreu por se enganado por um homem louco que invés de fazer justiça preferiu seguir o rumo que levou a sua esposa. No segundo pingo lembrei-me de Lara, ela sim era uma boa amiga, sempre observadora e nunca iria me deixar aqui, sozinha. Era minha vez de acreditar que ainda existe amizade verdadeira nesse mundo.

O terceiro pingo e mais doloroso, lembrei-me de Nicolas, o qual partiu sem dar adeus e pode está morto em algum lugar, um brilho enorme veio a minha face e me lembro da época que brincava e fugia pela floresta de Dark Sky… Dark Sky, uma cidade mística e perfeita para se morar, se não fosse a maldição, uma traição que fez seu nome mudar para céu escuro.

— Agora eu tenho… uma coisa… uma aliança… um contrato — Me levantei do carrinho, a entidade e diversas sombras começaram a sair do Limbo.

— Eu… Sou Júlia Smith! — Um enorme brilho espantou aquelas almas negras inclusive a aparição corrompida de Misty. Não podia simplesmente pular e seguir a sorte para tentar salvar Lara, precisava de um plano, um plano cuidadoso e perfeito, para salvar uma amiga da escuridão.

Corri sem olhar para trás, minhas pegadas faziam a poeira da caverna se levantar como a brisa do mar leva a areia até as casas mais próximas, as sombras atrás de min me faziam lembrar alguns filmes de perseguição os quais assistia com meu irmão em noite de chuva em Roseward…

Minha mente sabia exatamente onde era a saída. Eu também não pensei duas vezes para marcar o local, pois sabia que ela não podia me abandonar nesse momento, além de não perguntar como a luz me salvo de tudo aquilo. Apenas tinha a esperança de que salvaria minha amiga e ser salva, não podia pensar no passado, o qual foi sombrio e doloroso, mas dizem que ele sempre volta.

— Olá Júlia… — A voz de Ricardo me lembrou dos momentos felizes que estive ao lado dele, ele não era uma má pessoa, mas depois da aliança com a máfia negra, a mesma que Nicolas trabalhou, acabou levando ele para esse momento.

— Ricardo? — Ele parecia bastante triste.

— Eu sinto muito… ela voltou! Ela está em Dark Sky!

— Quem?

— Sua velha amiga… ela está atrás de você… ela vai acabar o que ela começou naquele mesmo ano… Sinto muito — Ele se ajoelhou aos meus pés, estávamos no lago da névoa, à frente da caverna. Estava totalmente desorientada, escutava um tipo de canto, me lembrava do mesmo que minha mãe cantava quando eu iria dormir… Eu que sempre fui traquina fugia de casa para conhecer a floresta dessa cidade… Acabou que eu sou essa cidade agora… E ela esta sendo ameaçada por cicatrizes do meu passado.

Eu havia dito que do meu passado havia-se criado uma cicatriz, mas dessa vez eu preciso acabar com ele.

— Onde ela está?

— Na floresta… por favor… fuja!

— Ricardo, você tem que fugir esta sendo ameaçado... Eu sei… seus olhos aparenta isso.

— Eu prometi a eles… e eu vou te salvar…

O momento mais rápido de sua vida, a única pessoa na qual lembrava sua família, se levanta e se joga na sua frente e um som que faz você se arrepiar… o arrepio sobe a sua cabeça e o que vem depois e apenas um vaco, de não saber o que fazer. Esse é o som de um tiro.

Ricardo havia sido baleado na minha frente, seu corpo ficou mole e me levou até o chão.

— Júlia…

— Cala boca, vou te levar por hospital…

— Você… tem os cabelos divinos de sua mãe… pegue… — Ele apontou para o bolso e havia uma arma — Você nunca gostou… mas é necessário agora.

Sua respiração havia parado. Eu apenas queria chorar, mas eu não podia tinha que ser forte, pegou a arma e ouvir alguém caindo, quando ela se recompôs e estava vestindo uma roupa totalmente preta, ela não havia mudado nada da ultima vez…

— Olha, à minha velha amiga Júlia Smith esta aqui… ou deveria chamar Lucy Jones? — Ela apontava a arma para min, seu cabelo curto e negro como o céu me lembrava da situação que estava.

— Olá… Alice… — Seu sorriso diabólico só me fazia sentir mais raiva — Você… você o matou…

— Mas é claro… eu sabia que esse velhote iria salvar sua pele, mas sua morte foi em vão, ele morrerá igual a você…

— Sua… Assassina! — Apontei a arma para ela.

— Mas olha só, essa cachorra agora sabe mostra as unhas? Olhe bem para você, não passa de uma menina tola que acha que é mais superior que todos… Veja você mesmo… — Provocou se aproximando de min…

— O que está querendo fala?

— Você se diz tão pura, mas não é tão diferente de min…

— Eu não sou igual a você!

— Não é igual, mas vejamos… Eu lhe perguntei todos que morrerão… morreriam se você tiver-se seguido as ordens do deus traidor? Você disse isso.

— Eu nunca iria seguir o mal, como você seguiu…

— São escolhas… vejamos, tenho quase certeza que, sua querida deusa Rose não lhe deu esse poder.

Das mãos apenas saiu sombras, seus olhos passaram a brilhar, um brilho nada divino, ela criou um tipo de entidade a mesma que encontrei na volta para Dark Sky e possivelmente o mesmo que matou o Will de acordo com a imagem que Lara me disse que viu.

— Acho que a sua amiguinha sabe muito bem quem é esse bichinho fofo…

— Você… você também matou Will!

— Minhas mãos não estão tão sujas como a sua, por exemplo, eu mato, mas mato e confirmo você é bem diferente, mata, mas de costas, sem ver… vamos lá… venha para o meu lado… — Ela começou a caminhar até min. — Você sabe muito bem, que sou eu a terceira escolhida…

— Está enganada! Ela é a escolhida!

— Jura? Mas ela tem livre arbítrio, como você e Nicolas… Aposta quanto que depois que ela sair do Limbo ela virá diferente…? — Ela ficou cara a cara comigo, queria atirar, mas não consegui. — Acho que você já está pensando nisso não é? Apenas é uma questão de tempo até que Lara Croft venha para o meu lado… e você também…

— Onde está Nicolas?

— Isso não sabe… apenas faço missões que vem ao meu gosto… nem Darkness se pronunciou mais… há um longo tempo atrás… Sem mais delongas, irei acabar o que comecei… Adeus Júlia Smith!

— Parada! — A voz de Jean Scarlet soou como o sino da escola onde havia estudado em Roseward anunciando o fim da aula de matemática o qual eu não gostava muito.

— Veja só, o amiguinho de Júlia trouxe a patrulha salvadora junto com ele, os policiais de Hope City… fiquem com sua deusa Misty.

Uma enorme explosão negra nos empurrou pelos lados, ao ver novamente ela tinha fugido. Uma fumaça negra saia da grama onde ela havia fugido, na parede da cachoeira apenas a frase “A maldição do céu está chegando a Dark Sky”.

Jean me ajudou a levantar.

— Está bem?

— Não… veja Lara caiu em um local da mina eu preciso de ajuda…

— Tudo bem.

Ele pegou algumas cordas com os homens que estavam ao seu lado, os policiais levaram alguns homens armados que provocou um incêndio na floresta local.

Caminhando pela caverna me lembrava de o que Alice havia me dito que Lara poderia muito bem escolher o lado negro e não o lado certo… será que realmente existe isso?

Eu não sou uma heroína, Ricardo morreu na minha frente, há alguns minutos atrás vi seu corpo sendo levado pelos policiais, decidi prestar meu luto mais em breve.

De qualquer forma uma coisa é certa. Darkness é o verdadeiro vilão dessa historia de acordo com sua mensageira ele não a contatou a um bom tempo… preciso seguir com o contrato feito naquela época, preciso encontra Nicolas e seguir com nossa missão e preciso pedir que Lara não escolhesse o lado errado… eu pelo menos penso assim.

Mas existe uma esperança dentro de min, uma que nunca se apagará, eu e Jean corremos sem parar até o local, uma pequena decida Lara havia caído em uma pedra não literalmente no fundo e estava consciente! Desci de corda e segurando uma e ao aponta minha lanterna para uma pedra plana encontrei.

— A achei!

— É isso ai Smith!

A puxamos, ela era meio leve, estava suja e arranhada, precisava ser levada diretamente para o Hospital, ao olhar para trás, vi um rosto familiar, Rose estava observando meus passos em uma piscada ela havia desaparecido.

Lembrei-me do que Alice havia me dito que éramos parecidas, mas isso é uma ilusão, eu não sou parecida com ela, isso por que eu não traio meus amigos, me sacrifico por eles, e nesse ponto que eu nem chego a ser parecida com ela, minha historia com essa garota está com os dias contados, já que ela está abençoada por Darkness, eu precisarei de uma ajudinha de certa amiguinha dos velhos tempos…

Estou seguindo o caminho certo, isso está apenas começando, mas o que é mais preciso eu tenho meus amigos. A partir de agora ninguém mais morrerá… Nicolas… eu te encontrarei.

No entanto… não posso deixar de esquecer sobre a pessoa que havia matado… além do meu principal objetivo… Vingança… não devo pelo menos esquecer disso… pois é por conta dela que estou aqui.