Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 4
O ex namorado que brota do chão, só pode.


Notas iniciais do capítulo

Amores, a partir de agora definitivamente vai ser apenas um capitulo por dia, meu estoque está quase esgotado. Espero que vocês gostem do capítulo que está maior a pedido da Raíssa.



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OLIVER QUEEN

Chegamos ao restaurante apesar de estarmos atrasados não é preciso esperar por nossa mesa. Felicity anda ao meu lado com um lindo sorriso lindo no rosto, que me aquece por dentro. Sei que foi errado manipulá-la para conseguir um encontro, mas qual era a outra opção? Ela se senta a minha frente olhando o ambiente em volta, e aponta para uma mesa cumprida ao nosso lado.

–Acho que vai ter um noivado ou bodas de alguma coisa aqui hoje. –Comenta apontando para o local.

–Isso te incomoda Srta. Não Acredito Em Romance? –Provoco a vendo fechar a cara para mim.

–Não. –Responde simplesmente bebendo da água em sua taça e aquilo me anima um pouco.

Vemos um grande grupo passar pela porta e aos pouco me dou conta de que conheço cada um deles. Sr e Sra. Lance, o parceiro do Sr. Lance na policia, Sara, Michelle e o marido, os melhores amigos de Laurel. Depois entram o Sr. Merlin, Thea, minha mãe. Laurel e Tommy abraçados. Mas que merda é essa?

–Oh não. –Murmuro morrendo de vontade de desaparecer daquele lugar.

–O que aconteceu? –Pergunta Felicity, seguindo a direção do meu olhar. –Ah, merda! –Pragueja teatralmente fazendo um gesto com o braço. –Olha parceiro, tenho um plano. –Fala com seriedade, quem não a conhecesse acreditaria que estava realmente falando sério. –Vamos fingir que estamos em um encontro. –Sussurra mal sabendo que já estávamos em um encontro a muito tempo, por um segundo ela me distrai com todo aquele ar encantador dela. –E não vamos nos importar com o que sei lá, esses dois vilões estão fazendo aqui, apesar de eu suspeitar que para reservar uma mesa inteira aqui, só pode ser... –Ela faz careta e volta a se sentar ereta na cadeira.

Forço um sorriso para ela que percebe imediatamente minha tristeza e segura minha mão sobre a mesa. –É um plano mal elaborado. –Sussurro vendo seu sorriso voltar.

–Oliver, querido. –Escuto a voz da minha mãe falar e olho para cima com um sorriso falso a vendo ao lado de Thea que sorria feliz olhando para mim e Felicity juntos.

–Oi. Mãe. –Me levanto beijando a bochecha das duas. –Thea, mãe, essa é Felicity Smoak. –Apresento e ela se levanta apertando a mão das delas.

–É muito bom conhecer vocês. –Fala para elas sorrindo com simpatia. –Oliver fala muito das duas.

–Ele fala muito de você também... –Thea começa a falar demais e eu lanço um olhar de censura para ela. –Mas... Ele não quer que eu conte. –Fala tapando a boca como se eu fosse incapaz de ouvir.

–O que fazem aqui hoje? –Minha mãe me pergunta com ar preocupado.

–Oliver me manipulou para ter um encontro com ele depois que falei que não quero namorar mais. –Felicity solta tudo de uma vez, minha mãe e Thea olham para ela entre a surpresa e diversão. –Ele pensa que eu não sei. –Sussurra o final.

–E você me iludindo com essa história de fingir encontro! –Acuso chocado. –Sabia o que eu estava fazendo o tempo todo!

–Super Q.I –Diz encostando um dedo na testa e pisca para Thea que a essa altura já havia se rendido a ela.

–Ollie. –Agora era a voz de Laurel, respiro fundo olhando para ela que parecia espantada, Tommy tinha seu braço em volta da cintura dela e me olhava um tanto desconfortável. –O que faz aqui?

–Não sei mais. –Murmuro muito baixo para que ela escute.

–Ele está em um encontro. –Thea conta e Laurel finalmente vê Felicity que lhe dá um pequeno aceno como se dissesse “oi”. –Vem mãe, vamos nos sentar. Prazer em te conhecer oficialmente Felicity. –Diz me dando um beijo e puxa mamãe com ela para a mesa cumprida.

–Eu tentei falar com você durante toda essa semana. –Tommy me fala constrangido. –Laurel e eu estamos noivos, por que não se juntam a nós? –Pergunta e eu o olho incrédulo.

–Oi! –Felicity se anuncia por que eu havia perdido momentaneamente a capacidade de falar. –Sou Felicity Smoak. –Cumprimenta os dois com um aperto de mãos. –Quer saber amor. –Ela fala e eu a olho assustado percebendo que era eu quem ela acabou de chamar de “amor”. –Acho que podemos pular o jantar, são apenas formalidades bobas. –Pisca para mim sugestiva e eu sorrio sem conseguir me conter e os dois a nosso lado nos olhavam completamente sem lugar. –Desculpe. –Sussurra para eles com cara de santa. –Mas não consigo tirar minhas mãos dele. –Eu mordo o lábio para conseguir ficar sério.

Cinco minutos depois estávamos os dois dentro do meu carro, quase chorando de tanto rir. –Sinto muito Oliver. –Diz pegando minha mão. –Eu me viro a olhando sério agora. Sua pele alva, a linha que aparece em seu rosto sempre que ela sorri, seus olhos azuis, ela é linda e não apenas linda, ela é leal.

–Obrigado.

–Mas qual é o problema dela? –Pergunta me deixando confuso. –Você é muito mais gostoso que ele. –Diz parecendo indignada me fazendo cair na gargalhada de novo. –E... Eu acabei de chamar meu chefe de gostoso... Pela milionésima vez! –Suspira escondendo o rosto nas mãos. –Qual o meu problema?

–Chefe e seu amigo. –Corrijo tirando as mãos dela do rosto para que possa ver seus olhos. –Se ajuda eu te acho linda, e acho que essa é a segunda vez que digo isso em voz alta. –Contrabalanceio ligando o carro. –Para onde vamos?

–Sei de um lugar perfeito! –Se anima prendendo o cinto de segurança.

Paramos em um lugar quase na fronteira da cidade, era um bar pop, não faço idéia de como Felicity conhece esse lugar. Estaciono o carro e vemos um grupo de amigos entrar no local de jeans e camisa xadrez.

–Não acha que estamos arrumados demais? –Pergunto apontando para nossas roupas.

–Isso é legal por que é noite de Karaokê e vamos parecer ganhadores do Grammy! –Dou risada balançando a cabeça. –Tudo bem, Sr. Chatinho. –Joga as mãos para o alto. Ela sai do carro dando à volta e para em frente à minha porta fazendo um gesto para que eu abra.

–O que? –Pergunto saindo do carro e paro a sua frente.

Felicity tira meu paletó e a gravata que eu usava abrindo dois botões da minha camisa branca e dobra as mangas. –Lindo! –Fala dando dois passos para trás e analisando o seu trabalho.

–Você ainda se parece com uma vencedora do Grammy. –Aponto para ela que sorri dando uma voltinha.

–Não me importo com isso. –Dá de ombros pegando minha mão. –Não tenho dessas frescuras. –Implica colocando minha carteira em meu bolso e vamos em direção ao bar de mãos dadas.

FELICITY SMOAK

–Foi uma noite incrível. –Falo quando ele para o carro na minha porta.

–Como conhece aquele lugar? –Pergunta como se aquilo já rodasse sua mente a horas.

–Eu sou uma pessoa incrivelmente viciada em internet, e quando pensei que ficaria fora por uma semana comecei a procurar algo legal que pudesse fazer com você antes de ir. –Confesso e Oliver se inclina me dando um beijo no rosto.

De repente percebo que estamos muito próximos nos olhando nos olhos, e a maldita tensão sexual que eu tanto tentei evitar estava lá. O olhar de Oliver passa para meus lábios e eu sinto um repentino interesse pela pinta que existe tão perto do seu lábio inferior, Deus, ela deixa tudo tão mais lindo... E sexy...

–Adorei sua versão de Grease. –Ele fala tossindo um pouco com um pequeno rubor no rosto e a voz rouca se afastando e eu faço o mesmo.

–É meu filme preferido... –Respondo tentando me recompor.

–Sete dias. –Oliver respira fundo olhando pela janela.

–Olha, a festa da Cait vai ser na sexta e eu volto no domingo pela manhã, pode ir a festa se quiser e emendar o fim de semana. –Sugiro por impulso, mas queria mais que tudo que ele dissesse sim.

–Quer mesmo que eu vá? –Ele me encara com atenção procurando qualquer sombra de duvida em minha face.

–Adoraria que conhecesse a Cait pessoalmente. –Respondo e parece bastar, pois um sorriso genuíno surge em seu rosto.

–Nos vemos na sexta então. –Diz e eu solto meu sinto de segurança sem nenhuma vontade de sair do carro, mas essa era minha deixa.

–Vê se não atrasa. –Finjo arrogância para dar um ar dramático a saída e Oliver dá risada.

–Não sou louco de provocar sua fúria! –Ele grita, mas não olho para trás.

Antes de colocar a chave na porta me viro e vejo seu carro ainda parado e o vidro do carona abaixado, ele me esperava entrar em segurança para que pudesse ir embora. –Não vai se apaixonar Felicity. –Murmuro entrando em minha casa.

CENTRAL CITY

Não é que eu sinta falta dessa cidade, acho que cada canto dela foi estragado pelas memórias do crápula do Cooper. Mas é bom sair da fria e escura Starlling para ensolarada e colorida Central, mesmo as pessoas desse lugar parecem ser mais bem humoradas. Mesmo assim vou sentir falta dos mal humorados da minha então cidade em que resido. Na verdade de um, e não é tão mal humorado assim...

–Fel! –Escuto a voz de Caitlin me gritando esganiçada no momento em que piso na plataforma. –Felicity! –Me viro em sua direção e a vejo correndo, empurrando as pessoas em seu caminho, tento correr a seu encontro da melhor forma que posso, arrastando minha mala comigo.

Então estamos uma de frente para a outra, eu solto minha mala de qualquer jeito e aceito seus braços abertos. Uma garota pode se perder se não tiver uma melhor amiga, nós duas sabemos disso. Nos abraçamos com carinho, quando a olho de verdade percebo seu rosto corado, apesar de suas roupas sempre sérias como o vestido cinza de corte reto que ela usava nesse momento, nada é capaz de deixar Caitlin sem graça ou apagada, sua luz própria é imensa e a alegria que ela nunca foi capaz de esconder estava ali, bem aparente para quem quisesse ver.

–Oh meu Deus Fel! –Dramatiza me abraçando mais uma vez. –Pensei que esse trem nunca mais chegaria. –Fecha a cara olhando para a locomotiva parada com pessoas desembarcando como se tivesse o poder de a congelar através de seu olhar, que se torna doce no momento em que volta a me encarar.

–Também senti sua falta Cait, senti falta até do seu transtorno de personalidade. –Ignoro suas reclamações sorrindo para ela. –Olha, acho que preciso de um sorvete e talvez uma maratona de filmes bregas com você. –Digo pegando minha mala e começamos a caminhar lado a lado. –Não ter com quem fazer isso é um saco!

Oliver não serve para isso não. –Faz careta dizendo o nome dele enciumada o que me faz gargalhar.

–Ele não é o mais chegado em ficar em casa. –Respondo suspirando e Caitlin para a minha frente segurando meus ombros e me encarando como se ela fosse um policial de filme de ação, e eu coitada, fosse o criminoso.

–Está apaixonada por ele. –Afirma sem mudar a expressão.

–Não! –Nego imediatamente e ela não para de me encarar. –Credo, você me dá medo! –Ela intensifica o olhar. –Tudo bem, eu não sei okay? –Caitlin sorri vitoriosa e respira aliviada em seguida encaixando seu braço no meu.

–É tão bom saber disso, antes você apaixonada do que eu sendo trocada. –Confessa descaradamente, destrancando seu carro à distância. –Não que não suspeitasse, todas as vezes que conversei com vocês dois juntos por skype dava para ver que um queria tirar a roupa do outro. –Ela falava rapidamente e eu a olho horrorizada. –Beijou ele para quebrar a tensão sexual?

–Beijei! –Ela me ajuda a colocamos minha mala no porta malas do carro.

–Estranho, isso deveria funcionar. –Começa a pensar e nós entramos no carro. –Talvez devesse transar com ele. –Murmura mais para ela mesma, confesso que já pensei nessa possibilidade.

–A esse ponto acho que não vai adiantar mais. –Suspiro.

–Então o que vai fazer? Não era você que dizia que não queria mais namorar? –Pergunta de forma puramente cientifica, não estávamos tricotando, apenas vendo um problema e buscando a solução mais viável para ele.

–E não quero, mas Oliver é diferente, eu sinto que posso confiar nele. –Confesso.

–Isso é bom Felicity. –Diz com a voz doce. –Talvez você precise deixar as coisas seguirem seu próprio curso, não dá para controlar tudo.

–Mas e meu dedo podre? –Cait sorri divertida. –Não quero estragar mais um cara perfeito.

–Primeiro, ninguém é perfeito e segundo, nunca engoli aquela fachada de bom moço do Cooper. –Caitlin Snow é uma pessoa incrível e doce, mas se ela toma raiva de alguém, se torna permanente. –Aquele cara era do mal.

–Pode ser. –Sussurro encostando minha cabeça no vidro e olhando a cidade passar rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de dizer o que acharam.
Bjs