Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 3
A fada madrinha, ou alguém que tenha uma tiara.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Galera quero agradecer a todos os comentários, favoritos e acompanhamentos, fico muito contente em saber que estão gostando.
Boa leitura!



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FELICITY SMOAK

Ter o chefe supremo como amigo me saiu melhor que a encomenda. Oliver é divertido, nada superficial e genuinamente preocupado com as pessoas ao seu redor. Um cara incrível ao qual tenho aprendido a admirar e respeitar mais a cada dia. Nós já somos amigos a dois meses, e nunca mais conversei com esteiras ou precisei dar nomes aos meus móveis. Grande avanço da minha parte.

É o inicio de junho e eu adoro o inicio de Junho. Tudo parece estar mais bonito nessa época do ano, as coisas são mais coloridas, as pessoas mais alegres, e eu me sinto leve e inteira mais uma vez. Chego na QC uma hora antes do meu horário, tenho feito isso a quase um mês. Chego mais cedo e saio mais tarde, para conseguir uma semana de folga, quero ir ver minha melhor amiga em seu aniversário, acho que não suporto nem mais um dia sem Cait.

–Oi. –Oliver entra em minha sala em um terno escuro. Ele se joga na cadeira a minha frente como se fosse o sofá da sua casa.

–O que um CEO faz exatamente? –Pergunto cheia de ironia sem tirar os olhos do computador a minha frente.

–Não te vejo a três dias e nós trabalhamos no mesmo prédio. –Reclama como se fossem três meses. –Então não me culpe se tive que burlar uma reunião para vir ver se você estava viva. –Todo aquele drama fingido me faz parar de prestar atenção no computador. Eu sorrio olhando com carinho para seu rosto que me olhava com ar divertido.

–O que você quer Sr. Queen? –Pergunto o encarando.

–Você sabe que nós estamos a dezoito andares de distância? –Pergunta pegando minha caixa de tachinhas.

–Não. Por que nunca contei. –Tomo a caixa de sua mão e ele sorri.

–Por que tem trabalhado tanto? –Oliver diz com seriedade. –Não que esteja reclamando, afinal sou seu chefe. –Ele aponta o dedo para ele e depois para mim. –Sou o maior beneficiado por sua falta de vida social...

–Você adora me lembrar disso. –Interrompo o fazendo rir.

–Por quê? –Repete a pergunta.

–Combinei uma folga de uma semana com RH, vou para Central nesse sábado, pela manhã. –Conto e o sorriso desaparece de seu rosto.

–Uma semana inteira Smoak? –Ele pergunta se sentando ereto agora. –Sete dias inteiros? Eu quase tive um treco depois de três! –Dramatiza o final me fazendo dar risada. –Por que não me perguntaram nada? –Oliver olha para os lados como se procurasse alguém. –Sabem que eu sou o chefe, não sabem? –Questiona para o vento e a pobre Paris que passava pela porta na hora se pega em uma saia justa quanto ele direciona a pergunta para ela. –Ei você! –A chama e a garota fica completamente vermelha. –Sabe que eu sou o CEO dessa empresa?

–Sim... Sr. Queen. –Responde com a voz tremula.

–Para de assustar minha equipe. –Repreendo fechando a cara para ele. –Pode ir Paris. –A garota respira aliviada antes de seguir seu caminho.

–Com quem do RH você conversou? –Pergunta interessado esquecendo completamente Paris e sua voz tremula. –Por que uma semana? Por que não três dias? -Eu reviro meus olhos.

–Nem vai dar para sentir minha falta Queen. –Garanto, mas ele faz careta.

–O que tem de tão interessante em Central City?

–O aniversário da minha melhor amiga. –Conto sem conseguir evitar o sorriso que se forma em meu rosto.

–Aniversário da Cait? –Diz como se fosse intimo da garota. –Por que não a trazemos para Starlling? Assim você não vai e nós comemoramos todos juntos. –Respiro fundo o olhando com carinho.

–Também estou sentindo sua falta Oliver. –Admito e vejo o ar vitorioso em seu rosto perfeito. –O que acha de sair hoje, só você e eu? –Proponho.

–Em um restaurante chique onde eu tenha que usar terno e você um daqueles vestidos que sempre me deixa chocado? –Se inclina em minha direção sobre a mesa apoiando o rosto nas mãos.

–Como chocado? –Questiono horrorizada o vendo sorrir.

–Felicity, não vamos ser hipócritas, não somos assim. –Continuo o encarando sem entender bulhufas do que ele dizia. –Você sempre me surpreende nesses eventos, consegue parecer algo... Eu não sei. É como se você fosse um desses desenhos da Disney e tivesse uma fada madrinha em seu armário. –Termina sussurrando a ultima parte como se fosse um segredo de estado.

–Queen, isso deveria ser um elogio? –Pergunto confusa.

–Acho que sim. –Responde em meio ao riso. –A questão é, vamos ou não jantar em um restaurante chique, a luz de velas e com roupas impecáveis?

–Isso me parece muito com um encontro Oliver...

–Sou seu chefe, isso é impossível! –E ai está o motivo dele viver me lembrando de que é meu chefe. –Mas passo na sua casa para te buscar as oito, esteja pronta. –Se levanta indo em direção a saída.

[...]

Saio da empresa as seis, pego um transito horrível e entro em minha casa quinze para as sete. E a maratona começa. Tomo um banho rápido, arrumo meus cabelos, os deixando soltos com ondas, maquiagem leve com um batom vermelho. Já são oito horas e estou olhando para meu closet vestindo apenas um roupão quando a campainha toca.

–Ah merda! –Abro a porta para Oliver que me olha de forma estranha. Ele usava um terno slim risca de giz que Deus, só me fazia ter pensamentos pecaminosos. –Oi, eu só preciso me vestir, fique à vontade. –Oliver beija meu rosto antes de passar por mim e se sentar em minha sala ligando a televisão.

–Vai lá tirar sua fada madrinha do armário. –Debocha colocando no canal de esportes.

Mas a verdade é que ver a forma que ele estava vestido me ajudou a escolher a forma que eu me vestiria. Decidi por uma saia longa de cintura alta preta, de tecido leve e um toper da mesma cor, porem com alguns brilhos e manga três quartos, mais curto que deixaria uma linha do meu abdômen a mostra, saltos super altos e estava pronta. Volto para sala e Oliver comemora o fato de algum time ter feito ponto, não faço idéia do que seja e não me importo, paro a sua frente e faço pose vendo seus olhos percorrerem meu corpo de cima para baixo.

–Sua fada madrinha é a melhor. –Brinca, mas seus olhos são escuros e seu rosto sério.

–O melhor. –Aponto para mim. –Para o melhor. –Faço uma pequena reverencia para ele que sorri desligando a televisão.

–Vamos Srta. Smoak. –Me oferece o braço e eu encaixo o meu no dele.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar, adoro saber o que estão achando da fic. Bjs