Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 26
O final, nada épico!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas!
Prontos para o ultimo capítulo de CRQ?
Quero agradecer muito a todos que acompanharam a fic, quero agradecer a seus comentários lindos que me enchem de motivação, e vontade de fazer mais e melhor. Olha, e preciso dizer que Little D, vc foi a única que acertou o que aconteceu com a Fel, parabéns!
Bom, agradeço também as minhas Sweets Rose e Begônia, que acompanharam cada passo dessa fic e aguentaram meu perfeccionismo e auto cobrança, sem nem me xingar. Amo vocês garotas! (E digo isso completamente sóbria)
Agradeço a galera que indicou (SBegônia, Catarina, FehCastro e Adri M), vocês são incríveis, e isso significa tanto que mal posso descrever para vocês, muito obrigada.
Espero que gostem do capítulo!



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FELICITY

Quando era pequena e meu pai desapareceu, me lembro de ouvir minha mãe chorar à noite. Nunca fui uma criança normal, em pouco tempo percebi o padrão, a data em que o choro acontecia. Era sempre dois dias antes do aluguel vencer, e das contas chegarem. Nesse dia logo pela manhã eu acordava cedinho e preparava o melhor café na cama que podia para ela. O que para uma criança de dez anos se resume a cereal e suco de laranja, mas o sorriso orgulhoso que ela dava ao ver o trabalho bobo que tive, era meu pagamento. Me sentia uma pequena heroína, que salvou o dia, ou melhor, à noite de sono da minha mãe.

Me lembro perfeitamente de suas palavras, Donna me olhava com seus grandes olhos azuis, que não passam muita sanidade, mas são os olhos mais sinceros que existem. Ela me dizia com a voz doce. –De todas as loucuras que fiz em minha vida, você, minha bonequinha, é a melhor, ou a única que me deu um bom retorno! –então tocava aponta do meu nariz e sorria.

Eu sei, isso não é uma poesia, mas acredite ou não, é a melhor declaração de amor que existe. Uma criança muda a vida de uma pessoa, transforma a dinâmica de um casal. Muitos não seguram a barra, como meu pai, e fogem. Mas existem boas pessoas que se propõem a criá-las, a ter uma criança, e ensiná-las a valorizar o pouco que recebem. E são essas pessoas que irão salvar o mundo, boas pessoas, criando bem seus filhos.

Duas horas antes...

–Ai meu bebê lindo! –minha mãe sorria com os olhos marejados ajeitando meu véu. –Não acredito que já está se casando!

Sorrio para ela, não conseguia parar de sorrir, não sei se de felicidade ou pânico, mas a essa altura qualquer um estava valendo, Cait estava sentada, jogada na verdade no sofá no canto, com seus pés inchados descansando, palavras dela. Já eu tenho minhas dúvidas se ela poderá se levantar dali algum dia. Thea estava ao seu lado, fascinada pelos chutes que meu afilhado dava.

–Felicity querida, você está linda! –Moira entra dizendo com seus braços abertos para mim. –Como se sente?

–Não consigo parar de sorrir. –respondo.

–Ah, isso é bom, você está feliz!

–Na verdade, ta mais para meu rosto, parece que meus músculos congelaram dessa forma. –corrijo por impulso. –Não que eu não esteja feliz por me casar com seu filho, ele é o amor da minha vida, claro que estou feliz por me casar com ele, como poderia não estar... –me desespero tentando consertar.

–Ela entendeu sweet. –mamãe me interrompe dando tapinhas em meu ombro.

–Isso do sorriso pode ser bom. –diz Caitlin, até sua voz parecia cansada coitadinha, ultimo trimestre da gravidez, ela parecia estar a ponto de explodir, mas estava linda! –Vai precisar tirar muitas fotos, e chega a um ponto que é até bom seu rosto já estar congelado dessa forma. –desabafa me fazendo dar risada.

–Acho que agora seria a hora “dá conversa”. –minha mãe fala cheia de cerimônia, e se tratando de Donna Smoak, só isso congelou meu estômago.

–Que conversa? –pergunto olhando para os dois lados a procura da saída mais próxima.

–Você sabe querida. –responde dando risadinhas. –Na noite de núpcias...

–Ah não, não mesmo! –interrompo fazendo cara de nojo, e ela e Moira dão risada.

–Te disse que seria divertido! –diz com cumplicidade para minha sogra.

–Divertido... –murmuro soprando o ar, nervosa, meu coração estava a ponto de sair pela boca e nem sei mais a definição da palavra diversão.

–Bom, é melhor checar as coisas. –diz Cait se sentando direito com dificuldade. –Primeiro, noiva pronta. Okay. –aponta para mim. –Madrinha, okay. –aponta para ela mesma. –Damas de honra... –olha para Thea e para o resto da sala onde nos arrumávamos. –Está faltando a outra, onde está a Lyla?

–Eu a procuro! –Moira se voluntaria imediatamente, já saindo, ninguém gosta de ficar perto da Cait, quando ela entra no modo Megazord.

–Tudo bem. –murmura respirando fundo. –Buque?

Olho ao redor da sala, não, meu buque não estava em lugar algum. –Ah meu Deus, eu não tenho buque! –agora sou eu quem está pirando, começo a levar a mão ao cabelo, mas minha mãe a segura com um sorriso amarelo, me impedindo de estragar o penteado.

–Quem foi o fornecedor que traria o buque? –Thea questiona se levantando, ninguém diz nada e Cait faz cara de culpada, erguendo a mão. –Como assim Caitlin? Você é a pessoa mais organizada... Acho que do mundo!

–Ai, me desculpe! Não sei o que aconteceu... –se desespera, e eu estou em pânico, sou incapaz de dizer qualquer coisa. –Vou consertar isso agora. –diz pegando o celular e discando algum número. –Amor, preciso de você agora!

Juro, não deve ter levado mais do que quatro minutos até Barry Allen, aparecer na salinha que estávamos, todo esbaforido. –Sua bolsa... –começa a dizer a olhando apavorado, com as mãos no joelho, tentando recuperar o fôlego. –A sua bolsa, rompeu? –nós seguramos o riso, por que o desespero dele é até fofo na verdade.

–Não! –Cait responde e Barry respira aliviado, levando a mão ao peito. –Eu esqueci o buque de Felicity em casa, preciso que você o busque.

–Ah! –só então ele olha em volta, aceno para ele que sorri, antes de me olhar de verdade. –Está linda Fel, Oliver vai ter um ataque cardíaco quando te ver! –elogia, eu sorrio de volta, mas tudo o que penso é se listei ou não ataque cardíaco em minhas possíveis tragédias.

–Obrigada Barry!

–É, todo mundo está agradecido, mas o casamento começa em pouco mais de uma hora, e precisamos do buque. Por favor, amor, seja rápido. –Barry assente e sai apressado em seguida. –Desculpa Fel, é que você não gostou do que o fornecedor fez, então eu mesma fiz um, do jeito que queria, era para ser uma surpresa. –Cait diz com os olhos marejados. –Só queria te dar algo importante, seria uma coisa nova.

–Que isso Cait. –me sento ao seu lado pegando sua mão. –Estou feliz por ter feito meu buque. –nos olhamos por um segundo, só para nos certificar que tudo estava bem com a outra.

–Quando me casei em Las Vegas, não tinha buque... Ou fotos... –minha mãe começa a contar, mas nem sei se estava falando sozinha, ou com a gente. –Mas eu pensava que seu pai era o amor da minha vida, me casaria com ele debaixo de uma ponte se preciso... Nunca imaginei que ele fugiria... –Thea e Cait se olham alarmadas, e sinto meu coração bater mais forte.

Oliver é o amor da minha vida, não tenho dúvidas disso, mas e se alguém, sei lá, se o coelhinho da páscoa for seqüestrado e ele ativar mais uma ver o modo herói? E se ele me deixar? Se nenhuma de suas promessas a mim, tiver mais peso do que seu dever com o país? Ah meu Deus, não aceito ser viúva antes dos meus oitenta anos!

–Ah, não. –escuto a voz de Cait, me tirando de meus devaneios. –Não entra nessa agora!

–Hum... –Thea se levanta olhando um relógio imaginário em seu pulso. –Ah Donna, faltam exatamente uma hora e meia para o casamento, e aqui em Starlling é tradição que a noiva fique apenas com a madrinha. –faz cara de desculpas empurrando minha mãe para a porta. –Não queremos azar para o casamento deles...

–Oh, tudo bem. Nos vemos daqui a pouco querida! –mamãe acena já na porta e tenho vontade de beijar Thea, que pisca para mim, sussurrando um já volto.

Agora...

Todos me olhavam, vi alguns garotos filmando, o que uma noiva faria na sala de espera de um hospital? É o que essas pessoas devem estar se perguntando nesse momento. Eu deveria estar me casando agora, deveria me sentir completa, nervosa e feliz, ao entrar pelo salão e ver o sorriso lindo do homem que amo me esperando no altar.

Mas só o que vejo é Barry correndo em minha direção com meu buque em suas mãos e uma bolsa de bebê na outra. Me levanto, e ele para em minha frente com os olhos brilhando, e um sorriso no rosto, seguro em seus ombros tentando o passar segurança. Ele assente. –Obrigado Fel. –murmura, mas eu nego, dispensando os agradecimentos.

–Vai lá, estão apenas te esperando para começar. –Barry sorri, me entregando um lindo buque de orquídeas com rosas brancas, e sai em direção ao corredor, parando abruptamente.

–Felicity! –chama.

–Sim? -tiro meus olhos do buque para seguir a direção de sua voz.

–Você não deveria estar se casando agora? –semicerra seus olhos, e eu confirmo. Ele volta correndo em minha direção e me entrega seu celular. –Avise Oliver. –diz antes de beijar meu rosto. –Obrigado! –grita já se apressando para acompanhar o parto de seu filho.

Depois que tive meu encontro escondido com Oliver, Cait entrou em trabalho de parto. Deveria ter levado mais a sério essa história de azar, ainda mais se tratando de Oliver e eu. Mas subestimei a sorte, precisava ouvir a voz dele, me acalmar. E quando tudo aconteceu, meu casamento, eu, Oliver, tudo passou para segundo plano. Caitlin precisava de mim, então sai em disparada com ela, que tentava em vão ser durona. Liguei para Barry assim que cheguei ao hospital, por que esqueci meu celular no meio de toda a correria. Agora, meu noivo deve pensar que foi abandonado no altar.

–Ah que merda, eu abandonei Oliver no altar! –minhas mãos estão trêmulas e sinto meu coração batendo forte. E se ele não entender? Se não me perdoar? –Preciso ficar calma. –digo me sentando em uma cadeira no corredor vazio. Respiro fundo algumas vezes, tomando coragem para fazer o que precisava.

Disco seu número com meu coração na mão, Oliver atende no primeiro toque. ‘Barry, você está com Caitlin, sabe onde Felicity está?’ –diz imediatamente, desesperado.

–Sou eu Oliver, Felicity. –tento passar tranqüilidade em minha voz.

‘Você está bem?’ –sua voz é urgente.

–Sim, me desculpe...

‘Foi alguma coisa que eu fiz Felicity, é por que não quer se mudar?’ –me interrompe ansioso. ‘Por que podemos morar no seu apartamento, isso nem é tão importante assim...’

–Não, Oliver, eu não fugi do casamento! –respondo chocada por ele ter chegado a essa conclusão. Meio hipócrita eu sei, já que eu mesma cheguei a essa conclusão alguns segundos antes.

‘Não?’ –sua voz era duvidosa.

–Claro que não, me casar com você é o que mais quero nesse mundo. Cait entrou em trabalho de parto, eu estou no hospital com ela, mas Barry acabou de chega. –respiro fundo, era como a escolha de Sophia, meu casamento ou estar presente no momento mais importante da vida da minha melhor amiga no mundo.

‘Não pode sair daí agora, é a Cait!’ –sorrio, por ele me entender, então tudo parece estar no seu devido lugar.

–Mas eu quero me casar com você. –murmuro manhosa, e posso ouvir seu riso baixo do outro lado da linha.

‘Eu sei, vou cuidar de tudo por aqui, vamos ter nosso casamento.’ –garante.

–Tudo bem. –sorrio aliviada, tiro o véu dos meus cabelos o segurando em meu colo. –Eu te amo.

‘Eu sei.’ –responde desligando em seguida.

Não sei quanto tempo se passou, mas quando menos esperava vejo um batalhão passando pela porta. Oliver, Slade, Dig e Lyla, Bruce com Selina e Dick, minha mãe, minha sogra, Thea, Roy e Paris. Me levanto sorrindo, deixo o buque e meu véu no banco. Oliver é o primeiro a me alcançar, ele me abraça, e me sinto estar a onde pertenço.

–Você me deixou apavorado. –murmura em meu ouvido e eu me agarro mais a ele quando percebo que estava prestes a me soltar, não estava pronta para isso ainda. –E você está linda. –respiro fundo, sentindo seu cheiro.

–O que estão fazendo aqui? –pergunto quando nos soltamos olhando em volta.

–Precisamos casar vocês! –mamãe diz animada. –E eu não poderia deixar de estar aqui, é a Cait. –diz como se fosse obvio.

–Walter ficou com os convidados na recepção, vai cuidar de tudo até que vocês possam ir para a festa. –conta Moira.

–Não achamos que gostaria de se casar sem Cait e Barry por perto. –Oliver diz segurando minha mão.

–Tudo bem. –concordo, não ligo na verdade para onde aconteceria meu casamento, todos que eram importantes estava aqui, bem na minha frente.

–Ah, você precisava de uma coisa azul! –minha mãe parece se lembrar pegando algo em sua bolsa. –Seu pai me deu em nosso casamento, então acho que também é algo velho! –sorri me entregando um par de brincos delicados com pedrinhas azuis. –E pode ficar tranqüila, tem uma sensitiva que mora perto da minha casa, que garantiu que não vai dar azar! –fala naturalmente, e todos olhamos para ela sem reação.

–Nasceu! –todos nos viramos ao som da voz de Barry que ainda usava as roupas de parto, esbaforido como sempre, mas dessa vez de alegria, ele estava diferente, era como se algo tivesse acendido dentro dele. –Meu filho nasceu!

Após alguns minutos e um suborno básico, estávamos todos espremidos no quarto de Cait, que estava mais linda do que nunca com o filho nos braços, e o marido ao seu lado, encantado com a cena. O bebê era uma mistura perfeita dos dois, ele segurava o dedo de Barry como se não quisesse que o pai saísse de perto, sinto as lágrimas escorrerem por meus olhos, vendo a cena mais linda de toda minha vida.

–Vai se chamar Bart. –conta Cait com os olhos marejados.

–Outro Bartolomew? –solto sem conseguir segurar.

–Você se acostuma com o nome. –ela e Barry dizem em uníssono e todos nós rimos.

–Ele é lindo, meus parabéns! –Oliver diz.

–Obrigada. –Cait responde tirando os olhos do filho, contrariada. –Precisamos casar vocês! –se lembra, voltando novamente para o modo Megazord. –Felicity, tem tudo ai?

–Tenho algo novo. –levanto o buque, com um sorriso agradecido, era exatamente como queria. –Algo velho e azul. –mostro os brincos. -Só me falta algo emprestado.

Cait e Barry trocam olhares cúmplices e ela entrega Bart para o pai, que resmunga um pouquinho, antes de voltar a dormir tranqüilo. Cait estende a mão para mim me pedindo o buque, e a entrego. –Só devolve quando acabar. –diz Barry me entregando o bebê. –Uma coisinha emprestada.

Oliver mexe nas mãozinhas de Bart, brincando com ele. E nós aguardamos, aguardamos... E aguardamos... –Alguém não deveria estar celebrando o casamento? –escuto Dick perguntar olhando para os lados.

–Ah, não vão dizer que esqueceram o celebrante? –Cait joga a cabeça para trás frustrada.

–Você esqueceu o buque! –alfineta Thea.

–Esse não é o ponto... –a voz das duas se perde no meio das conversas paralelas que surgem na sala, todos estavam agitados, menos Bruce, que mexia calmamente em seu celular.

–Pronto. –diz em sua voz grave, e imediatamente todos se calaram. –Eu faço. –Dick segura o riso, e Selina faz cara de paisagem, o mesmo acontece com Slade, Dig, Lyla e o próprio Oliver. Mas parecia que nenhum deles queria contradizê-lo.

–Tudo bem... –murmura Oliver ainda sem expressão, quando Bruce para na nossa frente. –Lembraram dos papeis que vamos assinar?

–Estão comigo. –diz Paris em sua voz tímida, quase inaudível.

–Oliver, você aceita a Felicity como sua esposa? –pergunta sério.

–Ele não deveria introduzir, e dizer aquelas coisas de casamento? –cochicha Dick com a mãe, recebendo um olhar de repreensão de Bruce que faz com que se cale imediatamente.

Bruce volta a olhar para Oliver, aguardando a resposta. –Aceito. –diz com seus olhos nos meus, depois se volta para Bart que faz um barulhinho fofo em meus braços.

–Felicity, aceita Oliver como seu esposo? –o tom de voz do Bruce suaviza um pouco ao falar comigo, e por maior que seja sua pose de durão, ele parece estar grato por saber que o amigo agora tem alguém em sua vida.

–Aceito. –respondo sorrindo. Olho para nossa família e amigos que nos observava cheios de carinho em suas faces, e para meu marido, que me via como se eu fosse a melhor coisa do mundo.

–Então eu declaro vocês, marido e mulher. –encerra Bruce o que deve ter sido o casamento mais objetivo da história. –Pode beijar a noiva. –ele estende as mãos, para pegar Bart dos meus braços, o entrego o bebê.

–Eu te amo. –digo para Oliver tocando seu peito, enquanto ele se inclinava para me beijar.

–Amo você!

Sinto seus lábios nos meus, e é como se todo o mundo à nossa volta desaparecesse. Seus braços envolvem a minha cintura, minhas mãos se enroscam em seus cabelos curtos, sou capaz de sentir seu coração bater acelerado junto ao meu. Somos lembrados da presença dos outros por suas palmas, que se transforma e tosses e risadinhas.

–Tem uma criança aqui! –escuto Barry dizer em tom de brincadeira.

Nós nos separamos e Oliver tem o maior sorriso do mundo em seus lábios. –E você quem vive dizendo que sua vida não é um filme de comédia romântica. –brinca, acariciando meu rosto.

–Posso me acostumar com isso!

Um ano depois...

Hoje é meu aniversário de casamento, e queria fazer uma surpresa para Oliver. Mas a desvantagem em ser casada com um milionário é que ele tem tudo, e eu tento me manter criativa, para não perder a graça. Estava em meu escritório na QC, que agora é um pouco maior do que o anterior, desde que passei a fazer parte da diretoria, e fica no mesmo andar do Oliver. Pedia a Jimmy, meu assistente para marcar uma reunião com o CEO, que por acaso é meu marido. Ajeito os óculos em minha face, quando escuto a batida incerta de Jimmy.

–Sra. Queen, o Sr. Queen já chegou. –informa.

–Pode deixá-lo entrar, por favor. –sorrio para ele, que se retira em seguida.

–Queria me ver? –Oliver entra, usando um terno escuro, com o semblante confuso, me levanto e o guio até minha cadeira para que ele se sente em meu lugar.

–Sr. Queen, eu o interrompi? –ele me olha sem entender.

–Você me chamou de Sr. Queen? –questiona divertido com um sorriso de lado, eu apenas concordo balançando a cabeça, e tranco a porta. –Por que trancou a porta? –solto um riso baixo.

–Por que ninguém pode saber. –sussurro em resposta, tocando meus lábios com o indicador, pedindo silencio. Ando em sua direção, e o sorriso em seu rosto se alarga ainda mais.

–Saber o que, exatamente? –seus olhos já estavam presos em mim, ele os semicerra esperando resposta.

–Do nosso amor secreto, Sr. Queen. –dou de ombros parando em sua frente.

–Amor secreto? –Oliver sorria se inclinando automaticamente em minha direção, com os olhos brilhando, balanço a cabeça novamente concordando.

–E também Sr. Queen, quero informar que peguei suas roupas na lavanderia, levei seu cachorro no veterinário e seu carro para a manutenção. E... –me escoro na mesa e tomo impulso para me sentar sobre ela, à frente dele, que me olhava como se eu fosse uma presa, prestes a ser devorada. –Acabei de tirar o pó da mesa, com meu traseiro! –arqueio a sobrancelha com um sorriso contido em meus lábios. –Mais alguma coisa que posso fazer, Sr. Queen? –pergunto com ar inocente, colocando uma perna de cada lado da sua cadeira.

Oliver leva as mãos ao rosto, como se quisesse clarear seus sentidos, respirando alto. Em seguida sinto sua mão em minha coxa, erguendo a saia de meu vestido vermelho, enquanto seus olhos me sondavam cheios de cobiça. –Posso pensar em mil coisas que quero fazer com você. –sua voz sai grossa e grave, me fazendo estremecer.

–Hum... Sr. Queen... –gemo seu nome, e ele solta um risada, me puxando para seu colo.

–Melhor esposa do mundo. –murmura entre o riso, cobrindo meu pescoço de beijos.

–Só para constar, eu ganhei esse ano, não é? –paro o olhando, que imediatamente faz cara de paisagem. –Meu presente. –aponto para mim mesma. –É melhor do que o seu?

–Melhor, e mais competitiva! –acrescenta, calando meus protestos com um beijo apaixonado.


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Notas finais do capítulo

E é isso!
Bom, espero que tenham gostado do meu emaranhado de clichês (ou não), comentem e me digam o que acharam!
Obrigada mais uma vez