Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 25
A noiva em fuga.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Então, se lembrem que Thata é boazinha okay?
Nos falamos mais lá em baixo, boa leitura e Sweet Begônia, obrigada por ser meu controle de qualidade!



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Sete meses depois...

OLIVER

Olho para os bancos ocupados por meus amigos e nossas famílias a minha frente, o tapete vermelho no meio deles, com orquídeas brancas, se misturando a rosas vermelhas por todo o salão, em jarros e arranjos elaborados. O salão estava decorado a perfeição, graças a eficiência beirando obsessão de Caitlin. Deveria ser o dia perfeito, nós esperávamos que fosse. Mas agora preciso enfrentar todos os meu convidados e dizer o que não vai acontecer, só que não sei o que dizer. Talvez amor apenas não seja o suficiente afinal.

–Espere mais um pouco Oliver. –aconselha Dig, que é meu padrinho, me puxando para uma sala que ficava atrás do altar, eu não sei o que dizer, não sei se devo falar alguma coisa, por que em minha mente, ainda estou tentando saber o que inferno, eu fiz de errado. –Já ligou para ela?

–O celular dela, ficou na sala onde ela estava com a madrinha. –Slade é quem responde por mim. –Mas algo pode ter acontecido. –acrescenta rapidamente, tentando fazer com que eu me sinta melhor.

–Tem mesmo certeza do que viu? –o olhar sempre altivo de Bruce cai sobre Slade.

Dois dias antes...

–Não tem mais como morar nesse apartamento Felicity! –grito beirando a fúria. –Seu cachorro é uma máquina de destruição!

Pude ver o quanto aquilo a irritou, seus olhos ferveram, quando as pessoas não entendem o porquê eu chamo Ray de cão do inferno, deveriam o ver nesse momento, enquanto brigamos, ele está deitado com carinha de anjo em um canto, como se fosse o melhor cachorro do mundo, ou como o cão demoníaco que ele é, como se assistisse de camarote o melhor jogo da história.

–Agora ele é meu cachorro? –grita de volta. –Quando estávamos separados ele era como um filho para você, mas agora... –bufa furiosa. –Você o usou! –acusa.

–Como é que é? –digo cada palavra pausadamente me aproximando dela, e a olhando de cima.

–Me fala Oliver, se não é verdade! Você não gosta do Ray! –ela segurava o choro, e aquilo me machucava, mas machucava ainda mais ele dizer que não gosto desse demônio em forma de animal doméstico.

–Eu explicaria minha relação com ele para qualquer um. –falo baixo, mas o desprezo era palpável em minha voz. –Menos para você! –ela estremece sob meu olhar decepcionado. –Nunca pensei que precisaria disso.

Felicity pisca algumas vezes, como se aquilo fosse um tapa em sua face. Que droga, é só um apartamento, por que não podemos simplesmente nos mudar? Estaremos casados em dois dias, e passou da hora dela desapegar.

–O que você quer? –pergunto a surpreendendo. –De verdade. Estamos noivos, a dias do nosso casamento. Quer morar aqui, com o buraco no carpete da sala que Ray... –me esforço em dizer seu nome, para não provocar mais raiva do que o necessário. –O buraco que ele fez na semana passada? E as marcas das patas dele na porta do nosso quarto?

–Você não entende! –murmura segurando o choro. –Eu me lembro desses momentos. O buraco no carpete, foi por que você saiu com Diggle para correr, e ele sentiu sua falta Oliver, se sentiu traído. –ela dá um sorriso fraco. –E as marcas na porta, é ele me acordando todas as manhãs! Abrir mão desse apartamento é como abrir mão de uma parte da minha história, da nossa história!

–Ele se sente preso aqui Felicity, por isso fica irritado quando não o levo para correr. –digo baixinho agora, segurando seus ombros. –E nos mudar não significa que não criaremos mais lembranças, só que vamos ter espaço para criá-las.

–Não sei se consigo fazer isso... –murmura com os olhos cheios de lágrimas, e por instinto a envolvo em meus braços.

–Eu amo vocês dois Felicity, onde vamos morar não importa. –sussurro em seu ouvido, e ela se encolhe em meus braços, como se precisasse se sentir segura.

–Tudo bem. –responde retribuindo o abraço. –Vamos comprar outra casa, desde que seja algo que eu possa pagar metade. –reviro os olhos, mas não posso evitar o sorriso em meu rosto.

Dezessete horas antes...

–Alzheimer ? –Felicity diz deitada sobre meu peito, enquanto listava as possíveis tragédias que poderiam acontecer em nossas vidas.

–Donna me parece saudável. –argumento beijando o alto de sua cabeça. –E eu não tenho histórico em minha família.

–Tumor cerebral? –diz observando a aliança em sua mão, erguendo seu braço.

–Que tipo de romance brega você anda lendo ultimamente? –respondo beijando a palma de sua mão.

–Um acidente, como batida de carro, um barco afundando, ou um avião caindo. –ela estremece ao dizer ignorando minha pergunta.

–Tem uma forma que eu aceitaria morrer, e ainda morreria feliz. –cubro seu corpo com o meu, sorrindo sugestivo para ela.

–Parada cardíaca? –debocha prendendo o riso.

–Felicity, nada vai acontecer. –tranqüilizo acariciando seu rosto. –Nos casaremos amanhã, e vamos envelhecer juntos, vamos ter filhos e netos, e ainda comeremos pudim de ameixa no asilo. –conto fazendo careta de nojo, que ela espelha.

–Acha mesmo? –questiona com a voz fraquinha.

–Claro que sim! –ela sorri antes de me beijar. –Olha, você está nervosa, e isso é normal, mas antes que perceba estaremos em um avião rumo a nossa lua de mel.

–Não estou nervosa Oliver, só sei que não somos as pessoas mais sortudas do mundo. Ainda não caímos de um penhasco, ou desenvolvemos nenhuma doença terminal, mas se tratando da nossa vida, eu prefiro não descartar nada. –suspira, e posso ver que o que começou sendo uma brincadeira divertida, agora era um desabafo real.

–Prometo que nunca mais vou desaparecer rumo a uma guerra.

–Sei disso, você não pode, nem se quisesse, não depois da sua perna e de todo aquele trauma! –solta, ficando vermelha em seguida.

–Não iria mais, não poderia te deixar. –confesso a beijando como se isso fosse meu pedido de desculpas, minha tentativa de voltar no tempo e pedir a ela que me esperasse.

– Sempre tem um naufrágio para te fazer quebrar sua promessa. –sussurra.

–Chega! –deixo meu corpo cair ao seu lado, me sentindo frustrado com toda essa conversa sem sentido.

–Desculpe...

–Não, eu entendo. –respiro fundo me virando para a olhar. –Mas preciso que confie em mim quando digo que não vou te deixar, ou fazer qualquer coisa que te machuque.

Ela me olha por alguns instantes com olhos marejados, quando percebo que ela não vai responder a puxo para meus braços. –Eu te amo tanto. –sussurra baixinho com o rosto escondido em meu peito. –E sei que você me ama, mas a vida parece compensar esse tipo de amor, com empecilhos e tragédias!

–Felicity, olha para mim. –a encaro. –Nada vai acontecer. Eu prometo!

Agora...

–Ela estava saindo com vestido e tudo. –Slade responde olhando para Bruce. –Eu a vi arrancar o carro, como uma noiva em fuga.

–Não, isso não faz o menor sentido. –ouço Dig murmurar, mas deixo meu corpo cair sobre uma cadeira, passando a mão em meu rosto.

–Nós andamos brigando. –solto, e sinto três pares de olhos sobre mim. –A dois dias.

–Eu briguei com Selina uma hora antes do meu casamento Oliver, isso não quer dizer nada.

–Brigo o tempo todo com Lyla. –acrescenta Diggle.

–Cara, eu acho que ela fugiu. –diz Slade por impulso.

Duas horas antes...

Estava terminado de me arruma, olhava meu reflexo no espelho, enquanto terminava o nó em minha gravata borboleta. Escuto os passos ritmados da minha irmã, em seguida vejo seu reflexo, estava linda com um vestido salmão, e um grande sorriso que iluminava seus olhos, ela me abraça por trás deitando seu rosto em minhas costas.

–Papai estaria orgulhoso. –comenta olhando nosso reflexo.

–Estaria orgulhoso de você também. –acrescento sorrindo, coisa que não conseguia parar de fazer desde que acordei pela manhã. –Já viu minha futura esposa?

–Acabo de vir de lá, minha mãe e Donna estavam a enlouquecendo, precisei inventar uma história de que a noiva só pode ficar acompanhada da madrinha nas ultimas duas horas antes do casamento. –dou risada. –Mas descobri uma coisa da qual você vai gostar. –sussurra me puxando para um canto da sala que estava me arrumando.

–Thea, o que você está fazendo? –questiono quando ela abre uma porta estreita que dava para um corredor mais estreito ainda, que possuía uma porta no fim.

–Paredes finas! –conta como se isso correspondesse a cura do câncer, continuo a olhando sem entender. Thea me puxa até a outra porta me posicionando de costas para ela. –Não se mexa, e aconteça o que acontecer, não se vire! –bate palminhas animada, antes de sair correndo por onde entramos.

–Okay... –murmuro para o nada, sem entender o que estava acontecendo ali, quando escuto a porta atrás de mim de abrir, um sorriso se abre lentamente em meu rosto, no momento em que me dou conta do que está acontecendo.

–Oi. –escuto a voz de Felicity, e fecho meus olhos, tentado demais a olhá-la, para confiar em mim.

–Como se sente? –pergunto.

–Vou me casar em poucas horas, me sinto bem. –mas posso sentir no nervosismo em sua voz. – Só precisava ouvir sua voz, para me acalmar. E você?

Procuro sua mão com a minha, sem me virar, a sinto encostada em mim, de costas como eu estou, ao perceber minha intenção sua mão se encaixa na minha, perfeitamente. –É o melhor dia da minha vida. –respondo.

–Eu te amo. –sussurra, e sinto sua não se soltar da minha.

–Eu te amo. –então a porta se fecha, estou sozinho mais uma vez.

Agora...

Não, nada parecia certo nessas história, em poucos minutos os convidados começariam a perceber que já deveria ter começado a cerimônia. E não sei se devo chamar a policia ou ligar para Caitlin. Independente das brigas, ou de todo o nervosismo, nada disso parece ser certo.

–Vocês viram minha filha? –Donna entra apressada. Levanto meus olhos, encontrando os dela transbordando preocupação.

–Slade a viu sair a algum tempo. –conta Bruce.

Donna encara cada um da sala, lendo na expressão deles a suspeitas que tinham a respeito do que Felicity poderia ter feito. Ela nega dando dois passos para trás, e seus olhos param nos meus. –Não pode estar pensando isso. –caminha em minha direção com o semblante sério. –Não acredita que a minha filha, que te ama, te deixaria no altar. Por que essa não é ela!

Engulo em seco. –Alguma coisa aconteceu Donna. –respondo procurando o celular em meu bolso. –Tem razão, ela não me deixaria.

–Ah meu Deus, o que aconteceu com minha filha?


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Notas finais do capítulo

OMG! O que aconteceu com a Felicity?

Então pessoas, me contem o que acham, e o que acharam do capítulo. Estou aqui ansiosa por ver a reação de vocês, toda a fic foi idealizada a partir da ideia desse capítulo, então a resposta de vocês agora é essencial.
Bjnhos!