Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 23
A aliança de família.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Bom, ontem foi um dia memorável para todo o fadom, e gente, como me sinto contente, sei que todos vocês também estão. Depois de três anos de espera, todas as trolagens e relacionamentos paralelos deles, nosso dia está chegando. Falamos sobre como parece ser uma despedida depois... Vamos ser felizes, nos iludir e curtir o momento. Merecemos isso meu povo!
Bom, nem vou pedir desculpas pela demora do capitulo, por que acho que vocês sabem que sinto muito por isso, mas não estamos mais nas férias e preciso equilibrar meu tempo agora, espero que entendam isso. E falo mais com você lá em baixo, pessoas lindas! Tudo está mais colorido desde que vi a promo mais perfeita da história!
Espero que gostem do capítulo. Amo vcs!!!!!



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FELICITY

Acordo atrasada, pois misteriosamente, okay, não tem mistério nisso, vou ser sincera. Meu cachorro me acorda todos os dias, mas hoje o meu lindo namorado que agora voltou à ativa com todas suas atividades físicas, o levou para correr com ele pela manhã e eu fiquei sem meu despertador. Levanto correndo e vou direto para o banheiro, vendo o que se parece muito com um ninho de passarinho no alto da minha cabeça.

–Ótimo. –murmuro, desanimada vendo a bagunça em que me encontro.

Tento com a escova o prender como sempre, mas hoje definitivamente não é meu dia. Caitlin e Barry chegariam em quarenta e cinco minutos, não tenho tempo para cabelo rebelde agora! -Tudo bem, respira... Não vou me atrasar, vai dar tudo certo!

Vejo um pote de gel de Oliver em cima da bancada do banheiro, chego a me sentir no deserto, tamanha a tentação, até meu lado judia ficou desapareceu nesse momento. Não vou fazer isso. Dou de ombros correndo para o chuveiro e tomo um banho em exatos três minutos, me enfio em um vestido rosa e a água conseguiu domar a fera em minha cabeça. Quando estou prestes a sair escuto a porta se abrindo e o barulho de Ray correndo pela casa, ele se joga sobre mim, deixando duas marcas de terra de suas patas na altura do meu abdômen, por que conseguir sair na hora é pedir demais para uma pessoa que não dispõe de boa sorte na vida.

–Ah Ray! –exclamo observando o estrago. –Droga, tenho trinta minutos agora.

–Qual o problema? –Oliver passa por mim, dando um beijo em meu rosto antes de ir encher uma xicara de café para ele.

–Caitlin e Barry vão desembarcar em trinta minutos e eu... –bufo levando minhas mãos à cabeça, percebendo que se reclamasse acabaria perdendo mais tempo ainda. –Vou me trocar.

–Não, não, não! –Oliver contem Ray o segurando pela coleira quando estava prestes a pular em mim mais uma vez. –Vamos fingir que você não é um ser maligno, só por hoje, seja apenas um cachorro. –contenho o riso devido a seriedade com que ele falava com o cachorro, que o observava como se Oliver fosse uma daquelas vitrines de frango assado. –Não acha que esse apartamento começou a ficar pequeno demais para o cão do mal? –escuto Oliver dizer enquanto colocava um vestido amarelo, dentro do closet.

–Não. –respondo simplesmente. O encontro sentado na cama quando saio, o vejo passar seus olhos por meu corpo, com um sorriso de lado. –Não! –repito agora como uma resposta para as intenções carimbadas em sua face.

–Não disse nada. –sorri abertamente se levantando, e coloca a caneca sobre a mesinha de cabeceira, preciso sair daqui imediatamente se quiser chegar a tempo, uma pequena parte de minha mente tem consciência disso... Uma parte bem pequenininha.

–Você está suado... –engulo em seco olhando para a camisa colada em seu peito, moldando cada musculo.

–Estou... –responde tirando a camisa em seguida. –Vou tomar um banho. –o sorriso em seus lábios se alarga, cheio de provocação. Desço meus olhos para seu dorso nu, e o princípio do v aparente no cós de suas calças. Ah meu Deus, isso é provação demais. Ele dá dois passos em minha direção, eu dou dois de costas em direção a porta, assim que sinto a maçaneta sob minha mão, saio dali rapidamente, como se minha vida dependesse disso, ainda consigo ouvir sua risada quando estrou no fim do corredor.

Desvio de Ray por pouco e consigo sair de casa intacta, Oliver está certo, ele é muito grande para meu apartamento minúsculo. Mas o dia em que concordar com Oliver de primeira, a vida vai começar a perder a graça, isso é certo. No transito todos os sinais estão fechados, chega a parecer castigo, e olha que estou me esforçando para não reclamar, mas o dia não está colaborando com meu esforço.

Vinte e oito minutos depois estou procurando uma bendita vaga para estacionar. Por que essa é a forma que a vida tem de me compensar, posso lidar com isso, posso lidar. Respiro fundo e vejo uma vaga distante, seguida de outro possível ocupante, mais distante ainda. Chego a sorrir antes de acelerar e estacionar vitoriosa no local, saio sem nem mesmo olhar para trás, indo direto a área de desembarque, nem preciso de muito, vejo Barry rodeado de bagagens com uma Caitlin ansiosa ao seu lado, corro até eles abraçando os dois ao mesmo tempo.

–Oi! –murmuro antes de os soltar, tentando ser extremamente doce, para que eles não se importem com meu atraso. –Como foi a viagem? –Barry e Caitlin, abrem o maior sorriso possível para mim, o que vindo dos dois significa um real sorriso, daqueles repletos de dentes brancos, perfeitamente alinhados, mas conheço minha melhor amiga, foram sete minutos de atraso que ela multiplicaria por três e me faria pagar caro por cada um deles, mas não... –O que vocês fizeram de errado? –semicerro meus olhos os encarando, Caitlin permanece firme, mas Barry engole em seco olhando nervoso a sua volta.

–Nada aconteceu. –ela se apressa a dizer. –Só senti falta da minha melhor amiga!

–Ela sentiu mesmo! –concorda Barry desconfortável.

–Tudo bem Barry, pode me contar, prometo que te protejo dela. –brinco, mas ele fica pálido imediatamente, antes de Caitlin forçar uma risada o indicando que era uma piada. –Okay... Agora estou preocupada...

–Não fique, prometo que nada de ruim está acontecendo. –ela diz tranquilamente enquanto se abaixa para pegar uma das malas.

–Não! –exclama Barry se adiantando. –Eu pego.

–São seis malas, e você só tem dois braços. –murmura Cait em protesto.

–Pode deixar querida, eu consigo! –responde com dificuldade ao pegar a quarta mala, todo torto coitadinho.

–Vocês são estranhos, quer dizer. –penso por um instante em formular melhor o que penso. –São estranhos individualmente, mas como casal... –assovio para reforçar meu ponto. –Se existisse um Oscar para casais estranhos. –aponto de um para o outro. –Seria de vocês.

–Felicity, você vive um triangulo, onde a outra metade é um cachorro. –desdenha Cait encaixando seu braço no meu sem se importar com as malas e o perrengue que o marido estava passando para carrega-las. Me viro para olhá-lo piedosa, mas Cait me faz virar novamente. –Deixa ele fazer uso de toda essas testosterona. –murmura baixinho me fazendo dar risada.

–Vai quebrar seu marido. –sussurro preocupada.

–Não se engane, Barry é bem mais forte do que aparenta. –sorri sugestiva e eu faço careta, Barry nos seguia parecendo um personagem de desenho animado, todo torto!

Não sei como ele conseguiu chegar ao carro inteiro, mas conseguiu, Cait o deu um beijo rápido o chamando de “Meu Herói”, que o fez sorrir como uma criança depois de ganhar o melhor presente de Natal do mundo. No caminho até a nova casa deles, que ficava a duas quadras da minha, ele a perguntou umas quinze vezes se estava se sentindo bem, a ajudou a sair do carro. Mas dessa vez o fiz levar as malas de duas em duas para dentro, não conseguiria mais o ver a ponto de romper um ligamento da coluna mais uma vez.

–Tem certeza que você está bem? –pergunto na porta, poucas horas depois, antes ir embora, estudando seu rosto com cuidado, mas ela estava linda, com um brilho nos olhos que nunca tinha visto antes.

–Muito bem. –responde me abraçando apertado. –Nos vemos a noite no jantar aqui?

–Claro! –respondo recebendo um abraço de Barry. –Por favor, me diz que você quem vai cozinhar. –sussurro para ele, que dá risada.

–Com certeza! –concorda e vemos Cait fazer careta. –É muito bom ter você por perto Fel.

–Bom, ter vocês também. –sopro um beijo para os dois já saindo. –Nos vemos a noite!

OLIVER

Chego em casa depois de passar o dia com acionistas da QC, entediado era um eufemismo para descrever meu estado de espírito. Precisava tomar um banho e me trocar para pegar Felicity em sua casa e a levar para o jantar dos Allen. Vejo Thea sentada a mesa com Roy, conversando animada, murmuro um oi apressado e subo as escadas correndo.

–Oliver! –escuto a voz de minha mãe quando estou na porta do meu quarto.

–Hey! –sorrio indo em sua direção e a abraço rapidamente.

–Filho, sei que deve estar com pressa, vive assim ultimamente, mas preciso falar com você. –diz com um sorriso nos lábios, o que para Moira Queen pode ser apenas fruto de sua elegância impecável e não um sinal de boas notícias como é para o restante de nós.

–Algo de errado?

–Pode ir tomar seu banho, pedirei a Maria para servir um chá, conversamos lá em baixo. –responde me dando um beijo no rosto.

–Café, por favor. –brinco piscando para ela.

Tomo meu banho, ainda pensando no que poderia ser, sei que não tenho passado quase tempo nenhum em casa, desde que voltei com Felicity. A verdade é que nós estávamos praticamente morando juntos, não passávamos mais nenhuma noite separados, as poucas que dormia em minha casa, ela estava junto. O estranho foi que só me dei conta disso agora. Não que Moira faça o tipo “mãe ciumenta”, mas tenho mesmo passado pouco tempo com ela e Thea.

Visto uma calça jeans escura e uma blusa preta de mangas longas e gola v, pego meu casaco e fui para seja lá o que minha mãe quer comigo. A encontro sentada no sofá, quando me sento ao seu lado ela me entrega uma xicara fumegante de café. Sorrio para ela, tentando amolece-la.

–Como vai Felicity? –questiona bebericando seu chá.

–Me desculpe mãe, sei que tenho passado muito tempo fora, e sei que isso não é justo com você e Thea. –digo de uma vez, suspirando no fim. –Prometo que tentarei administrar meu tempo melhor de agora em diante...

–Não, quero mesmo saber como ela está! –faz um gesto com a mão dispensando minhas desculpas, o que me confunde.

–Está bem...

–Ótimo! –sorri deixando a xícara de lado. –Vocês estão bem? Algum problema com Ray?

–Ray... –me esforço para não chama-lo de pequeno, grande manifestação demoníaca, mas não acho que ela entenderia minha relação com ele. –Está muito bem, mas começou a achar os moveis atraentes, acho que teremos que castrá-lo. –ela solta uma risada contida. –E sim, Felicity e eu estamos muito bem.

–Fico feliz por isso. –franzo minha testa tentando entender o que acontecia ali.

–Mãe, qual é o problema?

–Sabe que gosto de Ray, é verdade, gosto dele. –dispara a falar. –Apesar de ter que trocar de carpete cinco vezes depois de você inventar aquilo de guarda compartilhada, e nem vou falar do sofá de seu escritório...

–Disse para não o deixar fechado lá! –interrompo me defendendo.

–Não é esse o ponto Oliver! –ela se levanta e passa a andar de um lado a outro gesticulando enquanto falava. –O ponto é que eu quero netos, de verdade, que andem sob duas pernas, e não quatro patas!

–O que? –pergunto chocado.

–Querido. –ela volta a se sentar à minha frente e toma minhas mãos nas suas. –Você sempre foi um homem de relacionamentos sérios, veja os anos que passou com Laurel... Mas a verdade é que não entende como relacionamentos funcionam, não sabe como progredir neles. Passou cinco anos com Laurel e casamento nem mesmo chegou a ser uma opção. –abri a boca para me defender, mas ela me lançou um de seus olhares que me fez calar no mesmo momento. –E eu não interferir, por que bom, você e Laurel nunca me pareceram algo definitivo. Mas com Felicity foi diferente Oliver, ela esteve com você em seus piores momentos, esteve comigo e Thea, quando você não poderia estar. É sua melhor amiga... –sorrio para ela.

–Eu a amo mãe, não estou com ela por que sinto ser algo cômodo, seguro. Ela me confunde, surpreende, não me sinto nem mesmo inteligente, na maior parte do tempo que estou com ela. –penso em voz alta. –Mas ao mesmo tempo ela me olha como se eu fosse a melhor pessoa do mundo, não importa o quão ferrado eu esteja. É com Felicity que quero passar o resto da minha vida, e cada dia tem se tornado mais difícil me separar dela, por menor que seja o período de tempo que fico longe. –conto com sinceridade, minha mãe acaricia meu rosto com brilho em seus olhos.

–Não sabe como isso me alegra, meu filho. –diz se virando para pegar algo sobre a mesa. –Acho que posso te dar isso então. –ela coloca uma pequena caixinha em minhas mãos.

–O que é? –questiono abrindo, o que estava dentro me deixa sem palavras por um momento. –A sua aliança...

–A aliança que seu pai me deu, sim. –confirma. –A mandei para o joelheiro na semana passada, foi limpa e reparada. Seu pai e eu tivemos um casamento feliz Oliver, tive você e Thea como fruto disso, e não desejo nada menos para você e Felicity. –eu me levanto e a puxo junto, a abraçando com carinho.

–Obrigada mãe. –murmuro em seu ouvido, sem a soltar.

–Parabéns meu amor, vai se casar com sua melhor amiga!


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de dizer o que acharam desse capítulo, quero muito saber a opinião de vocês. Bom, aqui não é a série, mas vou liberar o título dos próximos, dos últimos capítulos na verdade, menos do ultimo, por que seria um spoiler muito grande:
*O pedido, ou quase.
*A Noiva em Fuga.
*...
Não esqueçam de comentar galera!
Bjs seus lindos!