(...)

— Entendeu? – ela perguntou.

— Sim, não sou tonto. – respondi.

— Ok, você pode descobrir quando podemos colocar nosso plano em ação.

— Por que eu?

— Porque você é amigo deles.

— Mas... – ela me cortou.

— Descubra logo e depois me ligue.

— Tá, tá, tchau. – me levantei.

— Tchau. – fui embora.

Violetta Pov’s

Resolvi tomar um banho e fui até o quarto para me trocar.

Vesti uma roupa qualquer e percebi que havia dois embrulhos em cima da cama. Fui até lá e os peguei. Um era rosa, o outro era azul, os abri. Dentro do embrulho rosa havia um sapatinho branco, em um par estava bordado “Castillo” e no outro “Vargas” de dourado, algumas lágrimas rolaram por meu rosto e abri o embrulho azul. Nele também havia um sapatinho, mas era azul, e também estava bordado “Castillo” e “Vargas”, porém era de branco.

Sentei na cama e lágrimas rolaram sem parar por minhas bochechas, um tempo depois a porta se abriu, olhei para trás e vi León.

— Ei, princesa. – ele entrou e caminhou até o armário.

— Ei. – respondi enjugando o rosto. Ele se vestiu e sentou ao meu lado na cama.

— Estava chorando? – me encarou.

— Não.

— Eu sei que estava. Por quê?

— Por nada.

— Me conta.

— Não é nada, eu nem estava chorando.

— Fala princesa.

— É que... Eu achei isso. – mostrei os dois embrulhos a ele.

— Ai amor, eu havia me esquecido disso! Era para te dar no dia que caiu da escada...

— Eu imaginei que fosse... – senti meus olhos marejarem outra vez.

— Mas não fica assim, eram só presentes. – me abraçou de lado.

— Presentes para os nossos bebês.

— Não fique triste, tá?

— Vou tentar.

— Quando vamos contar para Sophi?

— Contar o que?

— Sobre os bebês.

— Nós não precisamos contar para ela.

— É claro que precisamos.

— Por quê?

— Porque ela está esperando os irmãos chegarem.

— Tudo bem, nós contamos a ela.

— Quando?

— Amanhã, ela está dormindo agora.

— Então tá. – se deitou. — Deita comigo. – abraçou minha cintura.

— Espera aí, vou lá embaixo e já volto.

— Ok. – soltou minha cintura e me levantei, indo até a cozinha em seguida, um tempo depois meu celular tocou.

Ligação On

— Alô?

— Princesa!

— Quem é?

— Eu, princesa, Austin.

— Ah sim, Aus, oi.

— Tudo bem?

— Tudo, e com você?

— Também.

— Ao que devo a honra de sua ligação há essa hora?

— Liguei para te chamar para sair amanhã.

— Ah, não vai dar Aus.

— Por que não?

— Amanhã León vai voltar ao trabalho e quero ficar com Sophi.

— Leva ela também.

— Ah não Aus, podemos marcar outro dia?

— Podemos, eu te ligo.

—Ok, tchau Aus.

— Tchau.

Ligação Off

Subi e deitei ao lado de León, ele me abraçou.

— Demorou para voltar. – ele disse.

— É, Austin ligou.

— O que ele queria?

— Me chamar para sair amanhã.

— E o que você disse?

— Para marcarmos outro dia.

— Hum... – ele me apertou mais em seus braços e logo dormi.

(...)

Acordei e León não estava mais no quarto, já devia ter ido trabalhar. Fui ao banheiro e depois desci até a cozinha.

— Amor, ainda está aqui! – caminhei até ele e o selei. O beijo esquentou e ele me sentou na bancada. — Ahn... Amor... A Sophi. – disse, tentando recuperar o fôlego.

— Ah é, a Sophi. – se afastou rapidamente.

— Ahn... Bom dia, Sophi! – fui até a mesa e me sentei.

— Bom dia, mamãe!

— Amor, eu tenho que ir. – caminhou até a mesa e me beijou.

— Tchau amor.

— Tchau princesa, tchau princesinha. – foi até Sophi e beijou sua testa, depois saiu. Tomamos nosso café da manhã e a levei para a sala, ligando a televisão em seguida e a sentando no sofá.

— Vou à cozinha arrumar as coisas, tá bom? – ela assentiu e voltei para a cozinha.

(...)

Arrumei o que estava fora do lugar e voltei para a sala para ver como Sophi estava, estava tudo uma bagunça.

— O que é isso, Sophia? - perguntei brava.

— Eu tô blincando mamãe.

—Vai brincar no seu quarto!

— Mas mamãe...

— Vai Sophi, eu vou arrumar isso aqui.

— Tá bom. – ela resmungou e subiu.

Comecei a arrumar a bagunça que ela havia feito na sala, quando acabei já eram 09h30min, resolvi ir ajeitar o meu quarto.

— Mamãe! – Sophia gritou.

— O que foi? – gritei de volta.

— Vem blincar comigo.

— Agora não, estou ocupada.

— Vem mamãe, pô favor.

— Daqui a pouco, Sophia.

— Tá bom.

Voltei a arrumar as coisas e fui pegar água. Enchi um copo e comecei a beber, Sophia gritou de novo:

— Mamãe!

— Oi? Eu já vou!

— Vem logo! – bufei e subi até o quarto dela.

— Do que vamos brincar?

— De mamãe e filhinha.

— Ok, eu sou a mãe.

— Não, eu sou a mamãe e você é a filhinha.

— Tá bom. – nós brincamos por um tempo e ouvi um barulho lá em baixo. — Sophi, eu vou ver o que foi isso e já volto.

— Ah não, mamãe, fica comigo.

— Só vou ver o que foi esse barulho, tá? – ela assentiu e desci. Não tinha acontecido nada na sala. Fui até a cozinha e bebi um pouco d’água, mas estava estranha então não bebi o resto. Outro barulho soou e me virei, senti braços me agarrarem por trás e antes de poder me virar para observar quem estava me segurando vi um pano e então “ele” o colocou sobre o meu nariz, minhas pernas ficaram trêmulas e não vi mais nada.

Narrador On

Violetta desceu para ver o que era o barulho na sala e Sophia voltou a brincar com sua boneca em seu tapete rosa.

Pouco tempo depois um homem encapuzado entrou em seu quarto e a pegou no colo.

— Quem é você? – a menina perguntou.

— Ninguém. – o homem respondeu.

— Eu quelo a minha mamãe. – ela disse.

— Não me interessa.

— Eu quelo a mamãe... Agola! – a garotinha gritou.

— Shhh... – ele desceu e saiu da casa rapidamente com a garota nos braços, entrou em um carro preto e saiu o mais rápido que pôde dali.