Amor...Dor...Reencontro escrita por NiniPatrIlario


Capítulo 5
Capitulo 5 : Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Afinal não foi muito o tempo que pssaram sem se voltar a ver...
Vamos la ver o que acham deste capitulo.



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Olhando para o seu relogio, Carlos Daniel pôde ver que já eram 5 da manhã e ainda não tinha conseguido adormecer.

Pouco depois de Paulina se ter ido embora fora para a cama mas contrariamente ao que pensara, não conseguia parar de pensar nela, na forma em como lhe falava e se punha nervosa cada vez que se aproximava dela, nos seus labios pulposos e rosados e nos seus olhos cor-de-azeitona que brilhavam como se fossem o sol cada vez que ela sorria. O seu sorriso era como o de uma criança, era um sorriso suave e inocente que alegrava o seu mundo, mas o pior de tudo era que não tinha como a voltar a ver pois nem lhe tinha passado pela cabeça pedir o seu numero de telefone ou perguntar onde morava. Gostaria tanto de a voltar a ver, voltar a sentir o gosto dos seus labios e o calor das suas mãos no seu corpo. Podia a ter ajudado a trocar o seu peneu, ou ter chamado alguém para vir ver o carro, mas queria que ela ficasse com ele nem que fosse por pouco tempo. Não sabia porquê, mas desde que a vira toda molhada à porta da sua casa, sentira como uma vontade de a proteger, de a conhecer, e quando ela disse que a sua amiga so viria três horas mais tarde, quase pulou de alegria.

– Maldição! - Exclamou-se ao se levantar da cama para ir tomar um banho frio a ver se assim a podia tirar dos seus pensamentos nem que fosse por uns momentos.

Em sua casa Paulina passava exactamente pelo mesmo transtorno que Carlos Dnaiel, não tinha como lhe telefonar e jamais se atreveria a ir à sua casa. Tratava de não pensar nele mas ao parecer ele monopolisava completamente os seus pensamentos, não podia deixar de pensar no beijo que tinham dado à apenas 2 horas atrás. Também não podia esquecer a primeira vez que o vira, quando lhe abriu a porta com o seu ar de sono e o seu cabelo despentiado que tanto sonhara tocar, ou no seu rosto quando lhe deu um estalo e na mudança que se operara no seu olhar quando lhe tocou no rosto e ele a segurou pela cintura pronto para a beijar, nas suas mãos fortes e carinhosas que por pouco pussuíam o seu corpo se a Ana não tivesse entrado naquele momento.

Apôs tantas voltas finalmente conseguiu adormecer mas foi para sonhar com ele, para ver o seu rosto, o seu sorriso que tanto a captivava e o ver a abraçar fortemente contra ele enquanto que ela aninhava o rosto no seu peito que lhe inspirava tanta confiança e uma proteção inexplicaveis.

As oito da manhã no Destrito Federal do México, nos estudios de "La Mujer de Doble Cara" encontravam-se em plena reunião, dez actores com o seu productor.

– Salvador, já não podemos continuar assim! Como vamos fazer para continuar as gravações se já não temos protagonista femenina? - Perguntou Carlos Daniel chateado e frustrado. Primeiro porque dormira poucas horas já que uma tal Paulina se apoderara de todos os seus pensamentos, e segundo porque já fazia semanas que não podiam gravar a telenovela.
Salvador era o responsável da nova trama, "La Mujer de Doble Cara", protagonizada por Carlos Daniel e por Marimar, até que esta se maguou durante as gravações, interrompendo assim o seu contarto para esta trama que entraria ao ar dentro de uma semana.
– Eu sei, eu sei mas o que é que queres que... já sei! Já tenho a solução! En seguida regresso, tenho que fazer uma chamada urgente para resolver este problema. Como é que não tinha pensado antes nela? - Perguntou-se saindo rapidamente da sala de reuniões.

– Mas Sal... - nem pôde terminar a sua frase pois já Salvador saia da sala com o seu telefone na mão pronto para telefonar.

– Alô? - Respondeu uma voz sonolenta.
– Paulina? - Preguntou a voz do outro lado da linha.
– Ela fala.

– Sou eu, Salvador, – ambos já tinham trabalhado juntos na Venezuela -, preciso que venhas o mais rápido possivel aos estudios de "La Mujer de Doble Cara" - casa onde seria realizada a maior parte da historia -. Espero-te nesta direção...


Uma hora mais tarde Paulina ainda sem saber o que queria Salvador, chegava aos estudios indicados por ele. Uma assistente a levou até uma sala de reuniões onde se podiam ouvir varias vozes que não pareciam estar de acordo umas com as outras.

Ao a ver, Salvador saiu e a convidou a entrar enquanto que dizia aos outros que parassem de falar pois já tinha a solução ao problema que sobre eles se abatia.

Ao entrar, Paulina olhou ao seu redor, era uma grande sala iluminada por uma grande janela que ficava atrás da grande mesa redonda castanho claro onde havia cinco homens e quatro mulheres.

Quando Paulina entrou, Carlos Daniel a reconheceu de imediato, primeiro pelo seu odor e logo porque uma mulher como aquelas não se podia esquecer tão facilmente. Olhou-a de cima abaixo devorando cada parcela do seu corpo com o seu olhar.

Paulina vestia um lindo vestido alaranjado que lhe chagava até aos joelhos e hoje, contrariamente ao dia anterior, tinha o cabelo amarrado deixando ver assim o seu longo pescoço feito para os seus beijos e caricias. Quanto a Paulina, ao o ver, as borboletas que já tinha sentido no dia anterior voltaram a aparecer e o seu coração começou a acelarar fazendo com que pudesse ouvir o seu ritmo cardiaco nos seus proprios ouvidos. Será que os outros também o podiam ouvir? Sentiu um calor repentino e as suas mãos começaram a suar. Mas não teve tempo para analisar o que realmente sentia naquele momento pois Salvador começou a falar.

– Meus queridos companheiros, apresento-vos a nova protagonista: Paulina Martins!

– Como?! - Exclamou Paulina e todos os outros arregalando os olhos pensando que tinham ouvido mal.

– Sim, é que... tivemos um pequeno contratempo com a protagonista inicial e... pensei em ti, - respondeu levantando os ombros e coçando a cabeça, pensou que fosse aceitar logo.

– Mas... eu... eu nem sei do que é que se trata a historia! Nem me avisaste sobre os teus planos! E devo te lembrar que se vim da Venezuela foi para fazer "Por Ti Seré" e não outra?! - Exclamou carregando bem nesta ultima frase.

Chateada pelo sucedido saiu da sala de um passo decidido sem olhar para trás ou para quem quer que fosse. Sentiu os olhos dos outros pousados em si e ouviu os murmurios começarem mas não se importou e começou a ir em direção à saida.

Como pôde a charmar ali e frente a todos anunciar aquela bomba? Pelo menos podia lhe ter dito algo ao telefone, não? Contar-lhe o que pensava fazer, mas não, o senhor Salvador teve que esperar que ali estivesse para fazer figura de parva ante todos.

– Paulina! Paulina, espera! - Gritava Salvador correndo para a alcançar.

Quando chegou à sua altura, a agarrou pelo braço fazendo-a ficar face a ele.

– Porque é que não me disseste nada? Porque é que não me disseste nada quando falaste comigo ao telefone? Fiquei com cara de idiota frente a eles! - Disse levantando as mãos frustrada.

– Apenas acaba de suceder e devo admitir que não pensei em ti antes, mas como soube que chegavas ontem, lembrei-me de te telefonar. Não estava previsto que a protagonista fora se magoar durante as gravações, - pousando uma mão no hombro direito dela continuou, - além do mais, tu tens um contrato por três anos, o unico que vamos fazer é alterar a ordem das gravações. Primeiro fazes "La Mujer de Doble Cara" e logo "Por Ti Seré". Nada vai mudar, tens a minha palavra, - tirando a mão do seu ombro levantou o queixo dela para que o olhasse.

– E essa quê? Quem era? - Perguntou Chantal, uma das personagens, com um ar de nojenta.
– Não ouviste? Chama-se Paulina e além de ser maravilhosamente bonita, vai ser a nova protagonista. Até que enfim encontraram alguém pois já estava farto de andar aqui de tras para a frente para no final, terminar por fazer nada. - Respondeu Juan que também faria parte daquele grande projecto.

– Nem que protagonista, nem que oito quartos! Apenas chega e já vai impôr a sua lei com essa carita de mosca morta?! Pensa conquistar o Salvador se fazendo de inocente é? Porque é que não me escolheu a mim se sou bem melhor do que ela e sei de que se trata a historia? - Continuou Chantal ironicamente, como se tivesse uma grande carreira atras dela.

– Não sejas tonta Chantal! Nem a conheces como para que estejas a falar mal dela injustamente. Além de que o director é ele não tu e se esculheu a Paulina é porque acha que ela é a mais indicada para ser a protagonista e é porque conhece o seu talento para a actuação.
– Quê?! Porque tu sim a conheces para a estares a defender de tal maneira? Não sejas ridiculo Carlos Daniel!

– Pois sim, calha que sim a conheço contrariamente a ti que fala nas costas dos outros sem ter provas! E dou-te um conselho? Para a proxima vez enrola a tua lingua sete vezes antes de falar e não te fassas enemigos antes do tempo! - Respondeu enervado com aquela situação e antes de que a mostarda lhe chegasse mais ao nariz decidiu sair da sala.

– Então Paulina? Aceitas? - Tomando um ar mais convincente continuou, - Já trabalhei contigo e te conheço perfeitamente, sei que és a mais indicada para este papel. Assim que não aceito nenhum NÃO da tua parte. Carlos Daniel também te poderá ajudar a integrar o elenco, levar-te a conhecer a cidade e ajudar-te nas tuas classes de pronunciação, pois é necessario que tenhas o sotaque mexicano para a novela... olha, falando no rei de roma, vê quem ali vem. Carlos Daniel! Ainda bem que te vejo, estava exatamente a falar de ti

– De mim? Espero que bem, - sorriu como sempre o fizera na noite anterior. - Porquê? - Perguntou olhando para Salvador e logo para Paulina que corou como se tivesse sido apanhada em flagrante delito. Ficava tão adoravel quando se punha assim...

– Estava a tratar de a convencer para que aceitasse trabalhar conosco pois normalmente deveria protagonisar "Por Ti Seré”, mas estou a ficar com falta de argumentos, não me queres dar uma ajudinha? - Perguntou dando uma leve cotuvelada no seu braço empurrando-o para a beira de Paulina o que a deixandou nervosa e a fez corar novamente. Para melhorar tudo, ele pousou uma mão no seu ombro como num gesto amigavel mas aquele pequeno contacto a fez se arrepiar deliciosamente e acelarou o seu ritmo cardiaco de tal maneira que o seu peito dançava ao ritmo daquela batida.

Vendo o efeito que provocava nela, uma luz brilhante dançou nos seus olhos e passou uma mão leve no seu rosto a fazendo sobressaltar. Estavam à frente do Savador e ele nem parecia se importar por lhe tocar assim tão intimamente como se se conhecessem desde sempre.

– Não te preocupes. - Disse com um ar meigo a tuteando dando assim um aspecto mais intimo entre eles, mas dado o beijo que tinham partilhado na noite anterior, talvez fosse normal sentirem-se conectados por qualquer forma que fosse, amigavel, ou não. - Eu te ajudarei em tudo com tal de que te sintas bem entre nós, saberás tudo em menos de uns segundos e vais ver que te vais apaixonar pelo teu papel. - Continou com um olhar que deixava entrever um sentimento de esperança mas também cheio de promessas que ela estava segura que ele faria de tudo para as realizar.

Carlos Daniel faria de tudo para que ela ficasse com aquele papel, nem que tivesse que andar de joelhos atrás dela o dia inteiro, ou que tivesse que acampar frente à porta da sua casa, mas a essa mulher não a deixaria escapar por nada no mundo e já que o destino quiz que se voltassem a encontrar e até a trabalhar juntos, com mais razão faria de tudo para não a deixar ir assim sem tentar saber quem realmente ela era e sem tentar perceber o que é que realmente sentia por ela. Era algo forte que o deixava enigmático e tinha que saber o que era antes de que ficasse completamente louco e perdesse completamente a pouca razão que ainda tinha.

Falando daquela forma era impossivél se negar e Paulina tinha que reconhecer que aquele homem não a deixava tão indeferente quanto pretendia, não! Pelo contrario, se sentia perdida e loucamente atraída por ele, parecia puro feitiço, nunca tinha sentido nada tão forte por homem nenhum, porquê precisamente ele?

Carlos Daniel pegou na sua mão a abanando levemente e levantando as sobrancelhas como para que ela dissesse que sim.

Fechando os olhos e mordendo o seu labio acabou por aceitar. Ficando todo contente, apretou-lhe um pouco mais a mão e num movimento gracioso - mais como um impulso – lhe deu um beijo na bochecha, Paulina teria perdido o equilibrio se não fosse por ele segurar a sua mão. A sua mente ficou completamente parada e os seus pensamentos pareciam ter adormecido sobre o efeito daquele beijo, era um beijo simples, certo, mas tão intenso que a deixou arrepiada e anestesiada. Imediatamente reveu o beijo que trocaram na noite anterior e um arrepio percorreu toda a sua espinha, uma vontade louca quase incontrolavel de o beijar novamente lhe ocurreu e até o teria feito se não fosse pelo facto de Salvador estar presente.

Ele notou que Paulina tinha ficado sorpreendida e ao mesmo tempo nervosa e não pôde deixar de se censurar um pouco pelo seu impulso, mas ao mesmo tempo pensou que se ela lhe agradava e que o unico que desejava era de estar com ela desde que a viu pela primeira vez, então as censuras não tinham cabimento nos seus pensamentos.

Não parecendo ter dado fé do sucedido, Salvador sorridente se virou para Fernando e disse:

– Agora conto contigo para que a ajudes a conhecer o elenco, os locais das gravações, o camarim dela e sobretudo, diz-lhe quais são os papeis que vai ter que protagonizar.

– Os meus quê? - Chocada soltou a mão de Carlos Daniel, - não ia ser A protagonista?

– E assim será, mas farás duplo papel, ele te explicará tudo, e sem lhe dar tempo de contestar virou-lhes as costas.

Regressando à sala de reuniões onde todos seguiam lá, Carlos Daniel disse:

– Pessoal, optimas noticias, o papel principal femenino já tem dona, de agora em adiante será Paulina a nova protagonista e espero que como eu, todos a fassam se sentir como em casa.
– Que sejas bem vinda minha filha. - Começou Libertad levantando-se da sua cadeira para lhe dar um beijo de bem vinda.

Libertad era uma senhora já de idade mas muito carinhosa, tudo nela dava um sentimento de bem estar e de segurança. O seu cabelo era de um castanho com tons avermelhados, usava-os curtos o que fazia sobresair a sua cara meiga, as suas sobrancelhas fininhas eram também meias avermelhadas e os seus labios tampouco escapavam ao vermelho. Era uma senhora baixinha que usava uma camisola e uma saia negra assim como os seus sapatos de salto alto. De imediato sentiram uma grande afinidade que seguramente terminaria numa grande amizade.

Libertad, Paulina conhecia por ser uma famosa cubana que fez sucesso no México, era uma senhora admirada por todos e uma grande vedeta da televisão mexicana assim como das telenovelas e estava segura de que a iria ajudar imensamente com o seu novo papel.
– Bem vinda! - Repetiram todos em coro.

Sorrindo, Paulina agradeçeu. Todos lhe tinham dado as boas vindas menos uma que desde o principio lhe parecia ter declarado a guerra e sempre a olhara de lado, ao parecer não parecia muito contente com a sua chegada e ficou ainda mais desgustada quando Carlos Daniel a rodeou dos seus fraços fortes e se inclinou para lhe falar ao ouvido, a sua respiração acelarada a fez se arrepiar, quase se esquecia que estava rodeada de pelo menos dez pessoas.

– Acho que está hora de começares a conhecer os locais e o resto do elenco para que te familiarises com eles.


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Notas finais do capítulo

Que tal? Mereço novo comentarios? :p
Joquinhas muacks



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