Amor...Dor...Reencontro escrita por NiniPatrIlario


Capítulo 4
Capitulo 4 : A despedida


Notas iniciais do capítulo

Ultima parte deste primeiro encontro. Agora fica a questão : quando se vão encontrar de novo e como...



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– Olá, disse avançando até ao balcão enquanto que tentava não demonstrar a sua emoção.

– Assustou-me, não a ouvi entrar, que tal o banho? Espero que tenha encontrado tudo o que necessitava, apesar de ser productos para homem. - Disse algo embaraçado mas sempre com o seu magnifico sorriso. Desde que chegara, sempre a tinha olhado com um sorriso nos labios.
– Bom, obrigada. Para ser-lhe sincera, sinto-me muito melhor, confesso-lhe que tinha razão, - sorriu ligeiramente - e sim, encontrei tudo o que necessitava, obrigada.

– Viu? Bem que lhe tinha dito. Quer um chocolate quente? Com o frio que faz lá fora apeteceu-me. - Viu-se algo obrigado a explicar mesmo se não via a razão de o fazer.

– Voluntaria.

Foram então para a sala e depois de terem bebido o chocolate quente e falado um pouco mais sobre a viajem de Paulina, sobre México e outras coisas mais banais, mesmo se ela parecia algo cansada como demostraram varias vezes os seus olhos ao se fecharem sem que ela desse conta, Carlos Daniel se levantou e levou o tabuleiro para a cozinha. Quando voltou, ela já tinha adormecido, devia de estar mesmo cansada pelas olheiras que via nos seus olhos. Pengou então nela ao colo e a levou até o quarto. Dormia tão profundamente que quando pegou nela, nem se deu conta, apenas se colou ainda mais contra o seu peito abraçando-o pelo pescoço e aninhando o rosto no seu ombro enquanto que murmurou algo que não conseguiu perceber. Além disso também suspirou e deixou escapar um ligeiro gemido de felicidade como se o seu lugar fosse ali em seus braços. Carlos Daniel pensou que ia enloquecer quando sentiu o seu hálito quente no seu pescoço como se o estivesse a acariciar com as suas proprias mãos e foi por pouco se não caiu ali de joelhos ante a reacção da parte do seu corpo.

Quando a pousou na cama ela nem se mexeu, cubriu-a dos seus cheirosos lençois de seda e a fiicou a admira durante uns pequenos momentos enquanto dormia, parecia um verdadeiro anjo caido do céu com o seu cabelo de seda espalhado na almofada em forma de leque e o seu rosto angelical ligeiramente rosado e desmunido de qualquer maquilhagem. Deixando-a sozinha, foi para a sala estudar os seus textos para o dia seguinte.


Já passavam das três da manhã quando bateram à porta, era uma bela morena alta e delgada e o mais provável era que vinha de alguma festa pela forma em como estava vestida.

– Boa noite. Suponho que é consigo que a minha amiga está? - Disse a rapariga com a sua voz melodiosa e que se não se equivocava, tinha um leve sotaque europeu assim como não deveria de ter mais de 25 anos.

– Se fala da Paulina, sim é comigo que está, - respondeu ao a deixar passar, - e você deve de ser a sua manager de quem me falou?

– Ana, - apresentou-se estendendo-lhe a mão.

– Carlos Daniel, - comprimentou-a por sua vez -. Em seguida a chamo.

Subiu as escadas quatro a quatro e ao entrar no quarto, Paulina já não estava na posição em que a deixara mas sim de barriga para baixo com algumas brilhantes madeixas já secas que caiam sobre o seu doce rosto.

– Paulina? Paulina? Desperte, a sua manager já chegou. - Chamou-a abanando levemente o seu ombro. Ao sentir que a abanavam levantou-se precipitadamente dando-lhe um estalo.

– Perdão, perdão, perdão, - rugou pondo-se de joelhos em cima da cama tocando-lhe suavemente no rosto.

Não conseguindo desviar o seu olhar, tudo à sua volta tinha deixado de existir e apenas eles contavam. A sua mão parecia ter ganho vida propria e precorria cada centimetro do seu rosto, ao tocar nos olhos dele, Carlos Daniel os fechou e deitou a cabeça para tras delectando-se do seu mágico tocar.

A sua pele arrepiou-se toda e sentia-se extranha, como se já não sentisse o seu proprio corpo, era como se estivesse a flutuar numa nuvem de felicidade. Os seus labios entreabriram-se lentamente chamando pelos dele como se fossem um imã. Nesse momento ele abriu de repente os olhos e neles brilhavam uma luz estranha e profunda como se os seus olhos fossem dois poços escuros. Sentia o mesmo desejo do que ela, tinha a certeza, podia ver neles a mesma chama que ele seguramente podia ver no seu olhar. Olhando-a sempre nos olhos segurou-a pela cintura para a aproximar mais de si, e se deu conta de que parecia necessitar do calor do seu corpo. Começou a aproximar o seu rosto do dela e os seus labios quase se tocaram quando...

– Hum, hum. - Ouviu-se a Ana ao entrar no quarto. - Espero não interromper nada.
Assustados, Carlos Daniel se separou rapidamente dela e Paulina saltou da cama que, estando nervosa por ter sido sorpreendiada, se mordeu o labio antes de passar uma mão trémula neles. Carlos Daniel reparou que os seus labios pareciam realmente mais vermelhos e inchados e pode reparar que cada vez que se sentia nervosa ou acurralada, mordia o seu labio inferior. Detalhe que lhe agradou desde que a vira e que por varias vezes quase o fez perder a cabeça. Sorrindo, saiu do quarto deixando as duas mulheres sozinhas.

– Já vejo que não perdes tempo, - disse dando-lhe uma cotuvelada amigavel para a arrediar.
– Ana, não começes! Não é nada do que estás a pensar. Simplesmente adormeci e ao sentir que me abanava, acordei de repente e dei-lhe um estalo, nada mais.

– É eu sei, eu sei... - Disse como se não acreditasse em absolutamente nada do que dissera.
Descendo as escadas encontraram-se com Carlos Daniel na sala, ao as ver foi em direção delas e entregou as chaves do carro de Paulina. Passando uma mão nervosa no seu cabelo, esta se despediu dando-lhe um timido aperto de mão e agradeceu-lhe por tudo, assim como também lhe disse que não se preocupara pelo seu carro porque telefonaria a alguém para o ir buscar no dia seguinte à primeira hora.

So esperava que não tivesse sentido que a sua mão tremia um pouco.

Acompanhando-as até à porta, Carlos Daniel e Paulina se olharam nos olhos durante segundos, vendo que estava a mais, Ana a foi esperar no carro.

– Perdão por todo incomudo que possa ter causado. - Pediu rompendo aquele silêncio.

– Não tem nada por que se desculpar, - returquiu roçando o seu rosto -, pois não causou incomudo nenhum, pelo contrario, foi um prazer a conhecer apesar de ter sido nestas circonstâncias.

Carlos Daniel ia tocar novamente no seu rosto quando ela deu um passo para trás dizendo que era melhor ir embora pois não queria fazer esperar a sua manager. Antes de virar-lhe as costas, olhou-o uma ultima vez como para gravar aquela ultima imagem dele na sua mente e coração, era uma loucura, ela sabia, mas também sabia que jamais o poderia esquecer.

Quando ele menos esperava, Paulina se virou para ele novamente e agarrando no seu rosto entre as suas mãos, o beijou-o. Ao principio ficou como paralisado sem saber o que fazer mas depois segurou-a pela cintura aproximando-a mais de si, e agarrou em seus labios para não os soltar mais bebendo assim o seu sabor. Ela foi a primeira a se afastar e dando-lhe um ultimo beijo, foi-se embora sem olhar para trás para não se arrepender ainda mais do que o que já estava.

Ana vira toda a cena e quando Paulina entrou no banco passageiro lhe disse:

– Não digas nada, simplesmente arranca.


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Notas finais do capítulo

Espero que continuem a gostar e mereça os vossos comentarios.
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Beijos e até ao proximo capitulo



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