Crescent Moon escrita por niicole_masen


Capítulo 1
Capítulo 1 - Recomeço


Notas iniciais do capítulo

1ª fic q eu to escrevendo espero que vcs gostem bls ??



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Um ano e meio havia se passado depois que Edward foi embora. Muita coisa mudou desde aquele tempo.

Eu já andei de moto, pulei de penhascos, assisti filmes de zumbi, me vi uma completa zumbi, descobri um melhor amigo que por sua vez virou um lobisomem. Minha vida tinha virado 180º quando cheguei em Forks.

Descobri que vivemos num mundo onde nada parece ser o que é, que hallowen tem suas verdades...

Eu descobri tanta coisa nesses anos que fiquei nessa cidadezinha onde meu pai, por ironia do destino, resolveu seguir sua vida. Nela, creio eu, habita monstros. A não ser que eu passei um pouco mais de dois anos da minha vida sonhando... bom, acho que eu não tenho tanta imaginação assim. (N/A: a tia steph tem (yy’)

Pra falar a verdade, não acho que eu deva me arrepender de ter decidido morar com meu pai. Até porque, no fundo, eu sempre soube que aqui sim era meu lar. Conheci pessoas encantadoras aqui, pessoas que nunca quiseram me magoar. Não acho também que eu tenha inimigas por aqui. Tirando, é lógico, o fato de ter uma vampira sádica correndo atrás de mim, mais isso é fichinha para o que eu já passei. Ou talvez não.

Bom, esse não é o momento certo pra minha cabeça explodir de tanto pensar o que estava ou poderá estar acontecendo. Eu tenho que pensar no presente. Mesmo que o futuro me perturbe e o passado me doa.

E eu tenho que enfiar logo na minha cabeça a aceitar o que é bom pra mim, não o que é bom para os outros. Acho que estou ficando meia egoísta...

Ai meu deus. Foco, Bella, foco.

Bom, desde quando eu fiquei sabendo que o Jacob era um lobisomem, tem sido diferente.  Sim, era muito legal quando éramos todos humanos, e o fato de ele ser milhões de vezes mais forte do que eu, não é novidade, porque ele sempre foi musculoso, então é fácil de se acostumar. Era... normal. Tirando as horas de rondas todos os dias, eu ficava a maioria do tempo livre – meu e dele – com ele.

Com o Jake era tudo mais fácil. Ele sabia que eu era muito sensível com o fato de falar sobre os... ELES – doía só de pensar no nome deles.

Já que meu pai ainda não tinha descoberto sobre as motos - graças ao Billy-, então eu e o Jake fomos andar de moto – agora eu estava ficando boa com elas – para depois irmos á uma lanchonete.

_Não vai querer beber nada Bella de Neve? – o Jake brincava comigo por eu se muito branca perto dele (ou de qualquer outra pessoa que eu veja) – Sua coca pode esquentar.

_ Me esqueci de beber. Ando distraída nos últimos dias. – disse.

_Distraída? – foi apenas o que ele disse.

Depois disso ele pediu a conta para a garçonete – que, posso apostar, gostou bastante do meu melhor amigo – e fomos para a casa da Emily.

Clarie estava lá. Ela era muito bonitinha, e o Quil estava vidrado no pedacinho de gente que ela era aos quatro anos.

_Ela cresceu bastante – comentei para o Jake depois que cumprimentei todos que estavam ali.

_Faz tempo que você não vem aqui – ele não tinha muita razão, a última vez foi á dois meses.

_Gente, o café está na mesa – foi só a Emily dizer isso que uma manada de lobos famintos atacaram a mesa.

Ela já tinha reservado um pouquinho para alguns que não quisessem se matar para pegar um bolinho de arroz, então eu fui para o lado dela. Era impressionante como o Jacob conseguia comer tanto, mesmo depois de comer dois x - Tudo e 1 litro de coca cola a menos de uma hora.

Depois que acabou a comida, ele voltou do meu lado e ficou me contando coisas engraçadas.

Por isso que eu gostava do Jake. Só ele conseguia me fazer rir e acalmar o buraco fundo em mim. Só o Jake conseguia me fazer sentir como se o buraco estivesse se cicatrizando. E isso era muito, muito bom.

 O tempo na pequena e confortante casa da Emily passou rápido. E eu tinha que ir embora. Primeiro porque um Seth brincalhão e desgovernado quase fez o Paul pirar de vez e perder o único controle que ainda lhe restara – o único que ele tem. E segundo, porque o Jake acha que é perigoso eu ficar perto do Paul daquele jeito.

Eu até gostava do Paul. Ele é um garoto legal.

E terceiro, mais não menos importante, já eram sete e meia, e, a menos que eu queira comer uma papa, feita por Charlie, eu teria que ir para casa fazer meu jantar.

Me despedi de todos e fui para minha camionete. Mas, antes de eu consegui chegar até a porta da minha camionete, Jake estava no banco da frente e já tinha ligado o motor.

- Eu não sei se você percebeu, mais está dentro da minha camionete – disse fingindo constrangimento e nervosismo.

- Charlie me ligou. Falou que era pra mim te levar para casa sã e salva. – pelo jeito ele percebeu minha falsa nervosidade.

- E eu posso saber por que você acha que eu não posso chegar em casa sã e salva dirigindo a minha caminhonete? – sim, agora eu estava irritada. Dei ênfase na palavra ‘minha’ -. E eu também gostaria de saber por que você não me contou que ele ligou.

- Ele me ligou quando você estava distraída, e eu não te falei porque você estava se divertindo lá dentro, não queria te preocupar ou encomodar. E não, Bella, não te acho incapaz de ficar de frente pra um volante e bater na primeira arvore que aparecer na sua frente. É só precaução. Exesso de preocupação.

Entrei no carro mais brava do que nunca naquele dia. Mesmo sendo adorável em algumas horas, o Jake sabia como irritar uma pessoa como eu. Esse exesso de preocupação já estava me enxendo.

O carro estava quente. O lobo do meu lado deveria estar com uns 46º agora.

_Uma pessoa normal, diria que você está com febre – disse tentando tirar a raiva de mim. (quando eu ficava irritada com o Jake, o buraco atiçava como se soubesse que eu não estava protegida pelo meu melhor amigo.)

_E o que exatamente uma pessoa como você diria? – ele perguntou se divertindo. Fingi que não percebi que ele me chamou de anormal.

_Diria que meu sol particular está fazendo meu carro pegar fogo – ri com a idéia.

Nesse momento tínhamos chegado á garagem de casa. O modo como ele dirige – rápido demais, mais ainda suportando a velocidade máxima que minha picape oferecia -, despertava uma dor muito forte no buraco.

Então ele olhou profundamente nos meus olhos.

_Você sabe que eu te amo, Bella.

_E você sabe que eu também te amo. E talvez deva saber que se eu demorar mais um pouco, meu pai pode tentar fazer o jantar e eu não vou ficar feliz com isso – nós dois rimos e saímos da caminhonete – eu disse aquilo por que não queria que ele estragasse tudo - eu precisava dele mais do que ele poderia imaginar – e ele sabia disso. Como sempre, egoísta. Como eu posso ser tão burra?

_Então até.

_Até. Vejo você sábado – disse me lembrando de meus planos para amanha.

_Por que não amanha? – Ele perguntou incrédulo.

_Eu combinei com umas amigas de sair.

_Sei. Então até sábado.

_Tchau. – foi só o que eu disse.

Entrei em casa, e meu pai não tinha chegado ainda. Estranho. Muito, muito estranho.

Charlie chegava sempre por volta das cinco horas, e já eram mais de oito. Bom, a profissão dele também não era nada fácil, convenhamos.

Fiz o jantar, então – lasanha, qualquer coisa, ela ficava boa se colocasse para esquentar.

Depois que comi, fui assistir TV. Tentar assistir seria uma forma mais direta e clara de se falar o que eu estava fazendo.

Charlie chegou às nove e quinze.

_Aconteceu alguma coisa, pai? - perguntei enquanto ele tirava a arma e as outras coisas do corpo.

_Nada, Bells. Apenas aqueles lobos, ursos, ou seja, lá o que forem – disse desanimado. Ele devia estar bastante cansado.

_O que eles fizeram?

_Nada. Pelo menos eu espero. Só que dois montanhistas viram alguns e ficaram com medo. Fui com o Billy ver, mais não havia nada.

_Hm. – respondi. A matilha devia tomar mais cuidado com isso. – E que cor era o urso?

_Não sei, acho que era um preto e um cinza... Por que Bella? Você sabe de alguma coisa?

_Não, né, pai? Como que eu vou saber dessas coisas?

_Sei – ele respondeu desconfiado.

_O jantar está no microondas. É só esquentar.

_Tudo bem. Espero não ter feito você esperar muito – ele olhou para a TV ligada, estranhado o fato, pois eu não sou muito de assistir TV.

_Não, eu acabei de ligar ela. Vou dormir pai. Boa noite.

_Boa noite, filha.

_Ah, pai?

_Sim?

_Amanha depois da escola eu vou ao cinema, tudo bem?

_Com quem?pan>

_Só com a Angela.

_Qual Angela? – perguntou desconfiado, mais uma vez.

_Weber, pai. Boa noite. – respondi sem pensar.

Fui tomar banho e depois fui para meu quarto.

Quando eu me afastava do Jake, o buraco em meu peito ardia com todas as forças, e quando eu entrava no meu quarto, me lembrava de uma pessoa invadindo meu quarto pela janela e me observava dormir, cantando a minha cantiga de ninar. E me lembrar disso trazia mais dor ao meu peito.

 

Fui para a escola mais cedo do que o normal. Uma coisa que eu não podia ter era tempo livre, mais eu PRECISAVA dele agora.

Noite passada pensei que se eu sentir a dor mais forte acostumaria com ela. Talvez dê certo.

Pensei nos melhores momentos antes do fiasco do meu aniversario de 18 anos.

A primeira vez que vi o rosto dele, o que senti quando ele me segurou na campina, o som de sua voz na escuridão de minha consciência vacilante, quando ele me salvara de James, o quanto ele era super protetor comigo e quando ele foi embora. A lembrança mais triste.

O buraco agora pegava fogo, sangrava, até. Então eu ouvi alguém chamar meu nome.

_Bella! – era a voz de Mike Newton. Sorri com a lembrança, ardente para meu buraco, o ódio que Edward sentia sobre Mike – quando pensava em seu nome, ardia mais ainda.

Sai da picape para ver o rosto de Mike.

_Hey, Mike!

_Fiquei sabendo que vai ao cinema com a Ang...

_Sim, eu vou.

_O Ben perguntou para ela se ele podia ir, e, sabe como é não é?

_Sei o que, Mike?

_Eu também poderia ir? Quero dizer, com você...

_Tudo bem, então. Vamos às sete.

O sinal me salvou dessa.

_Passo para te pegar, então?

_OK.

O resto da aula passou devagar, até o intervalo. Voltei a falar com a Jéssica e até que ela foi legal comigo. Mas, quando ficou sabendo que eu iria ao cinema com o Mike, ficou uma fera. Convidei-a para ir também – fingi que não vi a cara do Mike nessa hora -, mais ela mentiu fazer compras com a mãe em Seattle, e nós íamos para Port Angeles.

Entrei na aula do Sr. Banner, e senti uma pontada no meu buraco. Não foi uma dor igual sempre sinto quando entro nessa aula e vejo minha mesa vazia.

Era menor. E eu me sentia orgulhosa por isso. Talvez tenha dado certo atiçar o buraco antes da aula. Com o tempo acho que ela some algum dia. Não como ele havia dito, não, isso nunca aconteceria. Eu nunca esqueceria o Edward. Isso era impossível de acontecer.

Depois da aula fui para casa e tomei um banho. Iria me arrumar, fazia tempo que não o fazia. Me lembrei da Alice me dando uma bronca por me arrumar e ri.

Mike, Ang e Ben chegaram no carro de Mike para me pegar. Assistimos Marley e Eu, um romance. Ia reclamar mais me lembrei que Mike ia se sentir mal se visse um filme de terror de novo. Estava ficando fácil rir com as minhas lembranças felizes.

O filme até que foi legal, apesar de eu ter chorado bastante no final e ter acabado minha pipoca rápido.

Passamos em uma lanchonete que parecia ser boa, pois estávamos com fome. Indicação de Angela. Essa menina conhece mesmo essa cidade.

Foi divertido. Mike brigava – brincando – com Ben, e Ang e eu ficávamos rindo da palhaçada dos dois.

Mike me levou para casa e meu pai tinha pedido uma pizza. Fiquei feliz por ele se conformar que não nasceu para ficar cozinhando por aí.

_Oi, pai.

_Oi, Bells. O filme foi bom?

_Foi legal.

_Já comeu?

_Sim. Passamos em uma lanchonete. Estou cansada, vou lá para cima.

_Tudo bem.

Subi e fui ao banheiro. Tomei banho, coloquei meu pijama, penteei o meu cabelo e desci a escada.

Dei um “boa noite” para meu pai, que estava na sala vendo baseball e fui para o meu quarto, sonhar com um amor perdido, que não fazia mais questão de meu amor egoísta e irracional, como espero eu, fazia antes.

 

 

PDV Alice

 

Edward tinha ido caçar, e ele sempre entrava pela porta – uma mudança feita no mês passado, porque antes ele pulava a janela do quarto -, nós só o víamos quando ele voltava, e eu estava um pouco animada- não me pergunte por que – para vê-lo. Agora estávamos no Alaska novamente, e meu pai tinha comprado uma casa para nós não ficarmos na casa de Tanya. Ainda bem. Não é por nada não, mais é meio inconveniente ficar lá.

Ouvimos Edward entrar e abrir a porta.

_Edward, meu filho! – disse Esme maternalmente.

_Oi, mãe. – disse com uma voz morta, como sempre.

_Edward! – eu quase berrei. – Que saudades! Que roupas são essas? Parece um mendigo de rua! Há quanto tempo não troca de roupas?

            _Bastante tempo.

            _Hey, Edward. Cara, você está com uma cara péssima.

            Mais eu não escutei mais nada do que Emm dizia, e nem meu irmão.

            Na minha visão, Bella estava indo ao cinema com Mike, Ben e Ângela, seus amigos antes de ela... Mais como que eles estavam indo ao cinema?  Como que a Bella estava nos planos deles? Eu nunca mais vi os planos das pessoas de Forks, antigamente tinha que me esforçar um pouco porque não falo com eles. Bella estava morta e ela não podia ir ao cinema, por que ela não existia mais! Deixou de existir desde quando pulou do penhasco! Ou será que...

            _Pare de pensar nela – ele disse com a voz firme. Como se ordenasse isso.

            Fiquei em silêncio, paralisada. Eu acabara de ver Bella. Uma visão que ELA havia tomado. Mas... Como?

            _Você viu... ? – agora estava caindo a fixa dele.

_Sim. Eu acho que sim.

_Não é possível, Alice. Não pode ser.

_Eu sei – sussurrei mais pra mim mesma do que pra ele.

_Podemos saber o que perdemos dessa conversa toda? – Rosalie perguntou pela família.

_É que... – não consegui terminar.

_Alice? Você está bem? – Jasper estava do meu lado no mesmo segundo.

_Sim, sim eu estou.

_E o que você viu, querida?

_Bella – era a minha voz? Estava suando fraca e baixa, como se eu estivesse pegando uma gripe ou algo parecido.

_Bella? – perguntou Carlisle – Ela não...

_Morreu – Edward completou.

_Eu não sei, ta legal? – eu explodi me livrando dos braços de Jasper. Odiava quando me enchiam de perguntas duvidosas sobre minhas visões. – Talvez eu esteja errada. Talvez eu esteja ficando doida, mesmo.

Sai de casa, batendo a porta, e tomei a decisão de pegar o primeiro carro que estivesse na garagem.

Era a BMW. Droga. Rosalie iria me matar, eu estava vendo. Pouco me importava. Se ela arrancasse meus braços, iria ter o troco quando os devolvesse. Liguei o carro e sai derrapando da garagem. Não sabia ainda para onde iria, mais só resolveria quando meus pensamentos estivessem a 100 km do alcance de meu irmão.

 

 

02/02/2010


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Notas finais do capítulo

maan, mereço reviews ? a fic ta boa ?? só posto o proximo cap. se tive 1 review no min. =DD