Aposta de Amor escrita por Patty


Capítulo 27
Recordações & Decisões


Notas iniciais do capítulo

Hey guys!!
Eu demorei não é mesmo?!
Me desculpe, mas para recompensar esse capítulo é o maior até agora, espero que gostem, espero muito que gostem!!
Ahhh! Nem me dei conta, já está no capítulo 27!! Meu record hahah
Quero agradecer a todos que me inspiraram a chegar até aquii!! MUITO OBRIGADA!
Ah, e sabe... já ta na hora de uma outra recomendação ne... kkkk
ENJOY!



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Pov. Ally

Depois que o eu fechei a porta na cara do Austin, me recostei na mesma e comecei a chorar.

A princípio eu não entendi aquela minha reação, mas, logo eu percebi o real motivo de estar derramando lágrimas por ele:

"Eu não consigo o esquecer, eu ainda o amo!"

Mas, isso era frustrante pra mim. Foi ele que começou duvidando da minha palavra, e eu simplesmente, pedi um tempo pra pensar. Mas, esses pensamentos estavam tão confusos na minha cabeça, que nem eu própria os entendia.

O motivo pelo qual, prometi não confiar mais em ninguém, era nada mais nada menos do que medo de me machucar novamente. Tentei disfarçar isso novamente com roupas pretas e meus queridos Tênis, mas, isso era superficial, isso era apenas uma casca, escondendo todo o sentimento existente no interior do meu coração.

E eu não estava mais aguentando aquilo, meu desejo era sair correndo e abraçar o Austin dizendo à ele que o amava e o queria de volta, mas, a porra do meu orgulho é tão grande que não fui capaz de fazer isso, e acabei de perdê-lo, talvez pra sempre!

Ele com certeza não iria mais correr atrás de mim, com certeza se cansaria disso, e eu tinha que fazer o mesmo.

Esquecê-lo.

Me perdi totalmente em meus pensamentos que nem percebi meu celular vibrar em meu bolso o peguei quando o mesmo vibrou a sua terceira vez.

Era uma mensagem.

De Luke.

Luke /Ally

Hey Ally!

Me desculpa, não falei com você dês de aquele dia, por que adivinha?! Fiquei de castigo.

Ally?

Ah! Desculpa só vi as mensagens agora. Ai e desculpa de novo, você ficou de castigo por minha culpa!

Não, que isso, não precisa se desculpar, meus pais é que são insuportáveis mesmo. Disseram que demorei de mais em sua casa, e começaram a pensar em coisas...

KKKKK... É eles têm esse "super-poder", mas, desculpa mesmo assim.

Tudo bem! Como já disse, não foi nada!

Que bom, obrigada!

E então, me atualize!

Oi?

Me fale tudo o que aconteceu depois daquele dia.

Ai, Luke, tanta coisa...

Que tal nós sairmos, ai você pode me contar...

Acho uma boa ideia!

O que você acha de um restaurante Italiano, no próximo quarteirão do prédio em que você mora?!

Humm, Amo comida Italiana!! Tudo bem!

Ótimo! Te pego as 8!

Okay! Beijos!

Beijos, Tchau!

Off.

Que ótimo, agora eu teria um encontro com o Luke.

Espera, isso vai ser incrível! Com toda certeza, é desse modo que vou esquecer Austin!

Como não havia pensado nisso antes?!

Já eram 16:00 hrs. Resolvi deixar pra me arrumar mais tarde.

Peguei o controle e liguei a TV, nada de interessante passando... Só programas de auditórios, documentários, desenhos animados, filmes chatos...

Mas lembrei de uma outra coisa. Semana que vem seria o jogo entre a Marino e o Colégio de São Francisco, no caso o de Dallas, o que seria uma merda! Ter que assisti um idiota que me beijou, assim me fazendo, tecnicamente, terminar com meu namorado, jogando com o meu, tecnicamente, ex-namorado!

E não teria outra escolha, eu teria que assisti-los, pois as meninas estavam tão animadas com esse jogo, eu não podia decepcioná-las.

E fiquei com esses pensamentos na minha cabeça. É, morar sozinha está me fazendo muito mal. Daqui a pouco eu vou entrar em depressão.

E quanto ao meu antigo vício...

Eu sou mais forte que ele, e nem Austin e nem Dallas, iriam me fazer voltar a cometê-lo!

Depois de horas terem se passando, tomei vergonha na cara, e fui tomar um banho!

Entrei no banheiro, e fiquei um momento me olhando no espelho, em silêncio, até por que, eu iria conversar com quem?! Com meu reflexo? Se um dia eu começar a fazer isso, podem me internar!

Depois de observar aquela figura refletida do outro lado daquele vidro, aqueles cabelos sem vida, aquele rosto cheio de lápis de olho preto, e remew...

Me despi, e entrei na banheira. Joguei água no meu rosto, fazendo assim, aquela "tinta preta" escorrer sobre minhas mãos e meu pescoço. Meu cabelo já estava quase que totalmente molhado, me fazendo lembrar das californianas que tirei.

Depois de um bom tempo, de baixo d’agua, sai e me enrolei numa toalha, abri a porta e entrei em meu quarto, Abri o closet e fiquei observando minhas roupas, decidindo qual usaria.

Com certeza, não iria de Tênis para um restaurante, e nem de calça jeans, o que era um ultraje, pois esses eram meus favoritos! Olhei em um canto do armário e observei uma coisa, isso fez meu aparelho lagrimal entrar em ação... lágrimas escorriam no meu rosto e lembranças ecoavam em minha mente.

Aquele vestido florido, rosa, me derrubou, totalmente. Eu havia ganhando ele da minha mãe, de aniversário na minha festa. Eu lembro da pirraça que fiz por causa da cor, pois na época estava “fora de moda”.

Ri com isso.

Mas, minha mãe não se importou com isso, apenas me deu um beijo no rosto e falou que um dia eu iria amá-lo. Depois de pensar nessas palavras eu o guardei, pra ver se elas se concretizassem. E por incrível que pareça, isso aconteceu.

Eu estava de frente a frente com aquele vestido, meus lhos brilhavam e meu coração disparava de saudades. Sei que minha mãe era muito ausente, mas, quando ela podia, ela era a melhor mãe do mundo, sempre com aquele jeito doce, e gentil.

E eu não dei valor a isso, sempre brigando com ela, falando palavras ofensivas. As vezes quando ele ia viajar com o papai eu nem chegava a me despedir dela.

Mas, o que eu poderia fazer agora? Ela se foi.

Eu tive várias chances de ter uma relação boa e sólida com ela, mas, eu descartei essas chances, eu simplesmente as rasguei e jogei fora!

E agora eu me deparava, naquele apartamento, sozinha, sem ninguém! Minha vontade era de me jogar do décimo andar, ou sair me drogando... mas, não, o amor que eu sentia pelos meus amigos, e principalmente o amor que eu sentia pelos meus pais com certa é maior do que essas sensações e medos desconfortáveis.

Eu então sequei minhas lágrimas, e logo em seguida meu corpo, coloquei minha roupa íntima, e peguei o cabide em que o vestido estava pendurado e o fiquei observando por um tempo.

O fato de eu tê-lo a dois anos, não me fazia rejeitado, pois cabia perfeitamente em mim.

Ele era curto, mas, não algo que pudesse ser escandaloso.

Marcava a cintura, e era inteiro recoberto por rendas delicadas que o fazia dar um ar de doçura, e o mais lindo, as flores estanpadas, elas eram tão delicadas. A costura era tão bem acabada, parecia ser feito por anjos.

Criei coragem e o vesti, ele me trazia tantas lembranças dos meu pais, ruins, e outras boas.

Coloquei um salto branco e me olhei no espelho.

O vestido, assim como eu presumia, caiu perfeitamente no meu corpo, e o salto combinava perfeitamente com tudo.

Aquela imagem refletida no espelho, me fez recordar aquela menina, doce, gentil, educada de antigamente. E não aquela menina invejada e ao mesmo tempo desejada por todos. Aquela menina que não tinha amigos verdadeiros, mas, apenas pessoas que queriam ter o que ela tinha.

Me perdi tanto nesses pensamentos que nem vi a hora passar, já eram 19:00 hrs.

Ainda me observando no espelho, voltei meu olhar para meu rosto, eu tinha crescido, e eu não tinha notado isso.

Eu tinha me transformado, meus cabelos já não eram os mesmos, meus olhos também não.

E eu estou disposta a mudar, a voltar a ser aquela pessoa agradável que todos queriam a sua volta, eu realmente quero mudar!

Penteei meus cabelos, eles estavam castanhos e lisos, como sempre fora. E o deixei assim.

Passei um pouco de base e pó compacto no rosto, apenas pra esconder algumas imperfeições e espinhas adquiridas pelos hormônios. Logo em seguida, coloquei uma sombra nos olhos, mas, nada significante, apenas uma cor clara. Um lápis de olho, e um Remew, e em menos de meia hora eu estava pronta.

Peguei um perfume que estava em cima de minha penteadeira e passei. Amava aquele cheiro, nada nem tão doce e enjoativo.

E continuei a me observar e a relembrar dos momentos bons que passei com a minha família. Mas, só lembrei dos bons, os ruins, prometia a mim mesma que esqueceria, que os tornaria invisíveis, em minha mente.

Eu realmente, estava disposta a mudar.

Estava tão distraída, que me esqueci completamente do meu “encontro” com Luke. Eu não poderia fazer aquilo, eu sei que sou uma egoísta, de sair com ele apenas para esquecer o Austin.

Mas, será que é isso mesmo que eu queria? Esquecê-lo?

Não, com certeza não.

Eu não podia, e nem queria.

Ouvi então, o interfone tocar, fui atendê-lo, Seu José anunciou Luke, e eu permiti sua entrada.

Em poucos minutos escutei batidas na porta e fui atendê-la.

–Ally! Você está Linda! Incrível! – ele falou impressionado e literalmente, boquiaberto.

Aquilo me fez corar.

– Obrigada Luke, você também está ótimo! – Sorri, mas, meu sorriso logo se desfez, percebi o quão errada eu estava.

Ele percebeu minha mudança repentina de expressão.

– Ally? Está tudo bem com você?

Eu tive que ser sincera.

–Não Luke, não está nada bem!- falei triste, mas, dessa vez nenhuma lágrima saiu de meus olhos.

–Me fala o que está acontecendo. – ele parecia mesmo, muito preocupado.

Respirei fundo, e falei.

–Eu não posso sair com você, me desculpa, eu percebi que isso não é o certo a se fazer!

–Ei, eu sou seu amigo! Pode contar comigo sempre!

–Obrigada.

–Mas por que isso não é o certo a se fazer?

–Bom, você quer entrar? – ri.

–Sim! – ele riu de volta.

Luke então entrou, eu o acompanhei até a sala e sentei ao seu lado no sofá.

–Olha, a conversa vai ser longa, então você quer alguma coisa pra beber ou comer? – falei sorrindo.

–Aceito uma água. – ele disse com o mesmo sorriso de sempre, doce e sincero.

Me levantei e fui até a cozinha pegar a água para ela, depois que lhe entreguei, me sentei novamente, ele me olhava como se tivesse me dando permissão para falar.

Não hesitei, e comecei a falar.

–Olha Luke, depois que o Austin saiu daqui bravo por me ver de traje e você apenas de cueca. – não pude deixar de rir, e percebi que Luke também não. – ele obviamente entendeu tudo errado ao nosso respeito. Mas, depois que você saiu ele voltou, e dês desse dia começamos a namorar. E eu devo tudo a você, que conversou com ele. – Fui interrompida por Luke.

–Eu? Quem disse que eu fiz alguma coisa? – falava com um sorriso sínico e irônico, com ar de brincadeira.

–Fez sim, “anjinho da guarda” – o lembrei da brincadeira que ela havia feito com o Austin.

–Okay, fui eu sim!

Continuei.

– Nós estávamos bem, um entendia e respeitava o outro. E nós realmente nos amávamos, mas ontem, aconteceu uma cois, qua acabou com tudo isso.

Luke continuava prestando atenção em mim, interessado.

–Meu antigo namorado de São Francisco, o Dallas, veio com o time para Miami para um jogo que ocorrerá semana que vem no Marino, e adivinha, o Austin é capitão do time. E a dois dias a trás o Austin me viu beijando o Dallas, na verdade, o Dallas se jogou pra cima de mim, eu não podia fazer nada a respeito, ele é mais forte que eu! E quando ele viu a cena saiu com seu carro, com raiva e bateu em um poste. Graças à Deus ele não se machucou.

–E então?

–E então, que ontem, quando fui visitá-lo no hospital, eu contei a verdade à ele, mas, o mesmo não acreditou em mim. E então eu pedi um tempo. Eu não posso ficar com uma pessoa que não confia na mina palavra. Por que, hoje ele veio me procurar me dizendo que o Dallas falou toda a verdade a ele, e veio me pedir desculpas.

–E o que você fez?

–Eu fechei a porta na cara dele e falei pra ele me esquecer.

–Ally, eu não estou acreditando que você fez isso!

–Por que? – perguntei confusa com a reação de Luke.

–Se coloca no lugar do Austin, claro que você não gostaria de o vê-lo beijando outra garota. E só o falo dele ter ficado com raiva e batido o carro, significa que ele estava com ciúmes, o que significa que ele te ama! E outro fato que demonstra isso é dele ter vindo aqui te pedir desculpas!

–Ai Luke, você tem toda razão! Eu fui uma idiota não é mesmo?!

– Sendo sincero?! Uma completa idiota!

– E o que eu faço agora?

–Vai! Corre atrás do cara que você ama! Não o deixe escapar!

– É você estar certo, eu vou agora!

Ao falar isso me levantei e sai correndo do apartamento, disposta a reconquistar o Austin de volta, de perdoá-lo e na esperança de também ser perdoada.

Peguei o carro, e rapidamente fui até a casa dele. Estacionei, sai e bati na porta. Fui atendida pela sua mãe.

–Ally?

–Oi Senhora Moon, o Austin está em casa?

Falei com algumas falhas, pois estava recuperando o fôlego. Consequência de eu ter saído desesperada de casa.

– Não querida, ele está no treino, depois de ter insistido muito eu o deixei ir treinar, mas, eu acho que ele já está voltando, você quer esperá-lo? Pode entrar.

–Não obrigada, eu vou até a escola. Mas obrigada mesmo assim. Boa noite.

–Boa noite querida.

Sai deixando Mimi, confusa.

Fui em direção a escola com esperança de que Austin ainda estivesse lá. Estacionei e sai do carro, entrei na escola, indo em direção ao campo de futebol.

Avistei Elliot e Riker, mas nada de Austin.

Me aproximei dos dois.

–Vocês viam o Austin?

–Uou, Ally você está linda! – falou Elliot me olhando de cima a baixo.

–Por favor! – insisti. – você viram ou não ele?

–Ele acabou de ir embora.

–Está bem, obrigada.

E sai de lá, eu não acredito!

Mas, eu não iria desistir, eu não iria deixar o homem dos meus sonhos a minha alma gêmea se afastar de mim por motivos banais, não iria, nunca!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram?
Posto o próximo capítulo se tiver pelo menos 10 reviews ou uma recomendação!
Okay?!
Espero que entendam meus motivos!
Obrigada
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POR FAVOR
E
OBRIGADA!!



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