Pov. Austin

Acordei com muita dificuldade, minha cabeça parecia quase explodir e meu corpo estava tão dolorido que não conseguia mover um músculo se quer.

Abri meus olhos de vagar, me acostumando com a luz do local.

Tudo estava branco.

Ah, não! Eu morri! Esse é o céu?!

Depois que me acostumei com a luz do local, abri totalmente os olhos e comecei a ouvir uma som de "Bip" soando de algumas máquinas que pude perceber que estava ao meu lado.

Logo então minha fixa caiu, eu estava em um hospital. Provavelmente, consequência de ter dirigido com raiva ontem.

Não me lembrava de absolutamente nada depois que apaguei. Mas, lembranças foram surgindo involuntariamente da minha cabeça.

Dallas, Ally, o beijo, meu ciúme, minha raiva... tudo veio a tona em meu cérebro, fazendo minha cabeça doer ao extremo!

Depois de me acalmar um pouco, escutei a pota sendo aberta e um homem robusto, com barba a fazer e com um jaleco branco, passou por essa porta, vindo em minha direção.

– Olha, vejo que o senhor já acordou! - ele disse dando um sorriso sincero.

Apenas assenti com a cabeça.

– Você se lembra de algo que te fez dirigir da quela maneira? -ele me perguntou.

Espera, para quê um médico deveria saber dessa informação?!

Mas, não hesitei em responder.

– O motivo real de tudo isso foi que... - dei uma pausa, relembrando novamente aquela cena. - que... eu vi minha namorada com outro cara.

Quando eu disse isso o médico me olhou com seriedade, entendendo meus motivos.

– Ata, já vi muitas história assim Austin, mas, nem todas terminaram bem. - ele deu uma pausa, como eu, mas, logo prosseguiu. - olha, a forma que seu carro ficou e da forma que o poste ficou, talvez você nem estaria mais aqui!

Quando eu escutei essas palavras me senti culpado de algo, mas, não sei bem como explicar.

Algo em mim me dizia estar errado.

– Compreendo o que o senhor me disse. E sim, eu fui um idiota.

Essas foram as últimas palavras que eu disse, ele assentiu a cabeça e saiu.

E voltei apensar em tudo o que havia ocorrido.

Eu fui mesmo um idiota, quase morri por causa da traição da Ally. Se ela fez isso comigo, com certeza é por que ela não sente nada por mim, absolutamente nada!

Depois de um tempo, peguei no sono. Mas, logo acordei com uma figura ao lado da cama.

Não, sério, o que ela estava fazendo ali depois de tudo o que ela me fez?!

–O que você está fazendo aqui? – perguntei secamente.

– Austin, eu posso te explicar tudo! –ela disse olhando em meus olhos, mas, desviei meu olhar do dela. Aquilo era muito doloroso para mim.

–Não há nada para ser explicado. Você e o Dallas se amam, e agora que ele voltou com certeza vocês vão querer ficar juntos!

– Austin, não! O Dallas é passado, o meu presente agora é você!

–Não foi isso que eu vi... bom, na verdade o que eu vi foram vocês dois se beijando.

– Ele que me agarrou Austin, Dallas é mais forte que eu e não consegui me soltar!

– A, até parece. – a olhei de soslaio para tentar ver sua expressão.

– é verdade! Se você não confia em mim, pergunta a ele!

– Ally, por favor, me deixa sozinho.

– Tudo bem, mas, eu não vou fazer nenhum esforço e não vou correr atrás de você. Se quiser conversar, sabe onde eu moro! –ela disse friamente. – Acho melhor nós darmos um tempo.

Ao ouvir aquelas palavras meu coração se quebrou em mil pedaços.

Uma menina nunca, e repito NUNCA me deu um fora. Eu não queria isso. A Ally é diferente e eu realmente amava ela, mas, percebo agora que tudo o que el me dizia era mentira.

Eu fui um burro de acreditar nela, de apoiá-la, de ajudá-la!

– Eu acho que é o melhor. – eu disse, mas, em nenhum momento consegui olhar em seus olhos, como eu já disse aquilo era demasiadamente doloroso para mim.

Depois que terminamos essa conversa, Ally saiu apressada pela porta, e triste.

Eu não queria que ela ficasse assim, mas, foi ela a culpada disso tudo.

Bom, e se for verdade mesmo o que ela disse, e se for verdade que Dallas a forçou? Eu estou sendo egoísta de não ouvi-la?

Mas, eu tenho sentimentos também!

Ao anoitecer o médico me deu alta, e fui para casa, com a ajuda de meus pais e meus amigos.

Passei a noite toda relembrando tudo o que me havia acontecido, e acabei adormecendo com esses pensamentos.

No dia seguinte acordei bem cedo. O que não é normal para mim!

Eu já estava bem melhor, nem parecia que eu quase havia morrido ontem. Só haviam alguns arranhões na minha perna. O que não é o problema quando se coloca uma calça jeans.

Levantei da cama e fui até a cozinha.

– Meu filho, você tem que ficar de repouso! - minha mãe falou com ar preocupado.

– Mãe eu estou ótimo!

– Mas, mesmo assim você não irá a escola hoje! - meu pai fala autoritário.

– Ah, qual é pai, hoje terá o treino mais importante da temporada! - temei.

–Mas, meu filho, você acabou de bater com o carro, e se tiver quebrado alguma coisa!

– Pai, eu não quebrei nada, você escutou o médico!

–Não, já disse, não!

–Pai!! - esperniei.

–Austin! Não!

–Aff!

Bufei e sai da cozinha pegando meu café e subindo para meu quarto, conde fiquei a manhã toda.

Depois que almocei resolvi dar uma volta, para respirar um pouco de ar puro, uma coisa quase impossível em Miami, com todos aqueles carros e fábricas, mas, enfim.

Até que de longe, vi uma figura morena se aproximar de mim, eu já iria dar meia volta, mas, ela conseguiu me alcançar.

– Cara, a gente precisa conversar. - ela disse.

–Não Dallas, não temos nada para conversar!

– E o treino! Você não foi treinar hoje, o que está cacontecendo?

Ata, el não sabia o que estava acontecendo. Que sínico.

– A, você não sabe o que aconteceu? - questionei, olhando para ele com uma cara de deboche.

E ele apenas balançou a cabeça em sinal de negação.

– Bom, então deixe-me te atualizar! Eu bati com meu carro ontem, e quase morri por sua causa!

–Minha causa? O que eu fiz?

Nossa que cara de pau!

– Eu te vi beijando a Ally ontem no corredor da escola!

Falei de uma só vez.

–Cara me desculpa. - ele me encarou. - eu é ue a forcei a isso, eu não aquentava mais ficar longe dela, mas, ela não me correspondeu me empurrando e vi que ela sente algo por você, algo que ela nunca mais sentiria por mim.

Então era verdade! A Ally estava falando a verdade esse tempo todo! Eu sou um idiota!

Eu tinha que falar com ela, não podia acabar o nosso relacionamento por causa de um ciuminho e um orgulho bobo.

Ai!É nessas horas que me da vontade de bater com o carro outra vez e morrer. Mas, não seria possível, meu carro foi todo destruído!

Eu sai correndo de perto de Dallas o deixando para trás confuso.

Sai em direção ao apartamento de Ally, batia na porta e quando ela abriu, me surpreendi com o que vi.

Ela estava diferente, mas, não diferente do seu normal. Ela tinha voltado com aquele estilo de antes, seu cabelo não estava mais o mesmo e percebi um novo pincerg no seu nariz.

– Ah, resolveu me procurar loirinho? - ela falava de uma maneira dura, seca, sem sentimento.

–Ally, o que aconteceu com você? - perguntei incrédulo com a figura que se encontrava a minha frente.

– Eu nunca mais vou mudar Austin, fui uma burra de confiar nas pessoas, de me entregar a elas, e o que eu ganhei no final? Desconfiança e Decepção!

– Me desculpa Ally de não ter de escutado, o Dallas me contou tudo, me desculpe por não ter confiado em você.

– Não, agora é tarde Austin. Esqueça que eu existo, esqueça tudo o que vivemos um dia. Esqueça!

Nesse momento ela fechou a porta na minha cara.

Eu a havia perdido.

A gorota que me mudou, que me transformou por completo, não queria mais saber de mim.

Eu não sei se vou conseguir absorver tudo isso, não se vou conseguir!

Mas, eu não vou desistir!

Eu vou ter Ally Dawson de volta!

Nem que pra isso eu tenha que pintar o mar de rosa ou apagar o brilho do sol! Eu não iria desiti, nunca!

Mas, o que mais me preocupa é essa mudança dela.

Será que eu a fiz voltar a se viciar?!

Será que eu despertei a raiva e a frustração que existia dentro do passado dela?!

Será que eu fui o culpado por tudo isso?!

Será que ela iria sofrer tomando essa atitude?!

Será que eu nunca a teria de volta?!

E foi pensando e me enchendo de perguntas, que voltei para casa, tomei um banho, e me fiz mais e mais perguntas sem nenhuma resposta.

O que me decepcionava mais ainda.