Barracas & Beijos em Nerd’s

Pov. Ally

Quando chegamos no local que aconteceria o acampamento, uma floresta, saímos do ônibus e recebemos as recomendações dos professores e orientadores.

Eu, sinceramente, não estou nem um pouco animada pra isso.

Ai, ter que ficar numa floresta cheia de árvores e animais nojentos, o lado bom é que eu iria ficar na mesma cabana que meu namorado e no mesmo grupo que minhas amigas, Por que ninguém merece ter que dividir algum espaço com a Miley e a Kira, aquelas duas... ai esquece.

Como que estava falando...

–Austin, você é o único homem aqui, então vai ter que nos ajudar a montar as barracas. – Falou Cassady se aproximando de nós com um manual de instruções nas mãos.

Ata, até parece que eu iria depender de um homem pra montar uma barraca idiota. Eu sou Ally Dawson, posso fazer isso sozinha e ainda melhor do que ele.

Orgulho? Não, Talvez valorização.

– Eu ajudo vocês sim. – respondeu aquele loiro que amo.

Ta parei.

– Eu não preciso de ajuda! – falei determinada olhando bem nos fundos de seus olhos, o que o fez rir.

– Até parece que você vai conseguir! – disse tirando sarro com a minha cara.

– Quanto machismo! Pode saber, que consigo sim e vai ficar melhor do que a sua!

Parece uma DR?! Pois saiba que estávamos rindo a beça.

– Aposta o que? – eu disse o desafiando.

É, eu sei que esse negócio de aposta não daria muito certo, por que, tecnicamente, eu fui alvo de uma, e deu no que deu não é?! Mas, vocês sabem que meu gênio é forte, e eu não iria perder a oportunidade de ver aquele loirinho frustrado. Tá, no modo bom.

– Se você, senhora Moon. – okay, o que foi isso?! Senhora Moon, já foi longe de mais, nós só namoramos a um mês, vai de vagar coisinha. – Não conseguir montar esta barraca – ele a pegou e me entregou. –Você vai ter que beijar o Cleyton.

Espera... o Cleyton? Ele ta maluco? É vou procurar um psiquiatra pro meu namorado.

– O Cleyton?? – indaguei – Aquele Nerd? E outra não é muito normal você me pedir para beijar um outro garoto, já que eu sou sua namorada.

– Eu sei, mas ele não é outro garoto, ele é-eé é o Cleyton! – nós quatro rimos.

– Fechado, e se você perder, eu vou querer outra coisa, mas, mais tarde eu te falou – sorri maliciosamente pra ele, que devolveu o sorriso.

–Fechado.

Apertamos as mãos, como num acordo.

– Você vai perder, bad boy! – dei língua pra ele.

Ele se virou pra mim e falou.

– Quem dá língua pede beijo. – se aproximou e me beijou, mas o ar e aquelas duas irmãs loiras oxigenadas tinham que nos atrapalhar, não é mesmo?!

– Gente! – gritou Carrie.

– As barracas, foco. – completou Cassady.

–Okay, okay.- eu e Austin falamos em coro nos separando.

Eu tinha que conseguir montar aquele treco, mas, alando a verdade, não tinha mínima ideia de como começar.

Peguei o manual de instruções que estava em espanhol, Avá, sério?! Bom, claro que pra mim não é um problema, já que falou quatro línguas fluentemente, mas, eu comprei quilo em Miami, então não muito certo estar escrito em espanhol, não acham?!

Comecei a traduzir, e a montar, mas quilo estava, definitivamente me tirando do sério! Cada coisa que eu montava, de alguma forma se desmontava do nada, acho que era praga do Austin. Mas, como não acredito nessas bobagens desconectei essa hipótese da minha mente.

Já tinham se passado 30 minutos, e nada. Olhei para a cabana das meninas que o Austin estava montando e percebi que já estava quase no final.

Eu não poderia beijar o Cleyton, bom ia até ser engraçado, tirar sarro com a cara dele, mais tadinho, não quero que o primeiro beijo dele seja comigo, é estranho.

Como eu sei que ele nunca beijou alguém?

A, qual é? É o Cleyton!

Eu estava começando a entender aqueles ferros e lonas, quando um ser chega por trás de mim.

– Seu tempo acabou. Senhorita Dawson.

– E quem estimulou o tempo? – perguntei pra ele.

– Ninguém, mas, eu já terminei a minha. – Austin me respondeu.

– Me dá só mais um minutinho. – disse o empurrando.

Então ele se encostou em uma árvore e ficou me observando junco com as meninas, e rindo da minha cara, claro!

Eu estava me embolando toda naquelas cordas, as folhas do manual já tinha se soltado, e eu já tinha perdido a paciência.

É parece que Ally Dawson não é tão determinada como eu pensei.

– Ai! – bufei – desisto! – me aproximei do Austin, que ria da minha situação, e ria muito, sério se não tivessem monitores ali perto eu dava um soco na cara dele!

– Você já sabe o que vai ter que fazer! – falou se referindo a mim.

–Sei, seu idiota.

– Ah, vai me dizer que você não gosta desse idiota! – falou com uma carinha de cachorro sem dono.

– Não – fui seca, curta e grossa. Ele olhou pra mim com uma cara engraça, perguntando com olhar o motivo da minha resposta. E claro que eu estava de brincadeira. – E não gosto, eu amo esse idiota, que mudou minhavida completamente! – nesse momento nos beijamos.

Mas, claro, as tontas da Carrie e da Cassady tinham que nos interromper, novamente!

– Gente,chega de namorar, tem outra barraca pra você montar Austin!

– Tudo bem! – ele respondeu desanimado.

Pov. Austin

Depois que terminei de montar minha barraca e da Ally, pois iríamos dormir juntos. Arrumamos nossas coisas e fomos de encontro com o restante do pessoal que estavam em uma espécie de refeitório, o lugar era bem espaçoso.

– Bem pessoal, sejam todos bem-vindos! Os seus professores vão lhes entregar uma folha com as atividades, e com as regras do acampamento, e quem descumprir essas regras levará uma advertência! – falou um dos monitores.

– Nossa, que chatisse!- cochichei para Ally.

–Verdade!

– E para lhes desejar boas vindas, iremos dar uma festa na praia, e estão todos convidados.

Nesse momento todos gritaram.

– Agora começou a melhorar. – falei para o Ally, rindo.

– E como - me olhou com malícia.

Rimos disso.

Fomos pegar nossas folhas.

E nela estava escrito assim:

ATIVIDADES:

Recolher vestígios de plantas secas;

Tirar fotos de animais e fazer uma pequena biografia deles;

Achar qualquer tipo de mineral.

Fazer um resumo sobre a eficiência do grupo e sua respectiva participação.

REGRAS:

Não usar roupas inadequadas ( Shorts e blusas curtas);

Respeitar os monitores e professores;

Respeitas seus colegas do grupo e os demais;

Manter o ambiente sempre limpo;

Não mexer com animais e plantas que sejam contra seus conhecimentos;

Meninos e meninas, proibido qualquer atitude amorosa;

Se divertir, (dentro das regras).

Tipo, tudo nada à ver!

Passamos a tarde toda cumprindo aquelas atividades. Que saco, mas, até que emfim terminamos.

Cassady foi a última a escrever o relatório, depois de tudo pronto fomos nos arrumar para festa.

Como era na praia que ficava logo em frente ao acampamento, não precisávamos, como posso dizes, nos arrumar muito, pois eu sabia que íamos ficar bêbados e nos jogar na água.

Não, não podia beber, mas, sabe como são os adolescentes, sempre dão um jeito.

Já estávamos no local da festa, onde me aproximei do pessoal.

Estava Ally, e como estava linda! Mas, claro, sei escolher bem minhas namoradas!

Cassady, Carrie, Trish e Dez.

– Iai pessoal! – assenei me aproximando mais.

–Oi meu amor. – Ally me abraçou de lado e a beijei. – estávamos conversando sobre umas brincadeirinhas de boas vindas que vamos fazer. – ela disse com um tom de voz diferente, e eu o conhecia,e posso te dizer que não é coisa boa!

– Oba! Gostei To dentro! – falei animado, não me julguem, eu gosto de uma confusão e de rir de vez em quando.

– ótimo! – falou Trish.

– Ai gente, eu acho que isso não é uma boa ideia! – falou Cassady com medo.

– Ah qual é Cass, a gente só vai se divertir um pouquinho – sua irmã, conseguiu a convencer.

–Tudo bem! Mas, isso não vai dar certo!

– Por que? – Dez perguntou.

– Por causa deles. – ela apontou para Rocky, Kira e Miley.

Os fofoqueiros! Se eles descobrissem o que estamos armando, com certeza contariam tudo para os professores, como sempre fazem, mas claro que aquelas putas e aquele covarde seriam os nossos principais alvos!

– A gente dá um jeito neles! – Falei, tranqüilizando o pessoal.

– Então o plano é o seguinte... – Ally falou, fazendo com que todos se aproximassem dela, para poder escutar.

...

Tudo certo, mas, claro que eu tinha que lembra a Ally de uma coisa.

O Cleyton!

– Ally. – a chamei.

–Oi! – ela se virou pra mim.

– Você não está se esquecendo de algo?

– O que? – ela me olhou confusa.

– O beijo.

– Ah, eu já te beijei hoje Austin! – ri.

–Não eu sua bobinha, ele – Apontei para o Cleyton que estava sentado num banco, limpando os óculos.

– Aff, Austin, esquece isso! – falou batendo em meu braço.

– Não vou, promessa é promessa!

– Mas, eu não te prometi nada!

– Mas, apostou! Agora vai lá. – a empurrei, fazendo a ir de encontro com Cleyton, ela me olhou com um olhar que dizia “Vou te matar” e me mostrou o dedo do meio.

Nada gentil para uma dama, não é mesmo?

Mas, como eu disse, a Ally é diferente, e é isso que eu tanto gosto nela, além dela ser muito boa de cama, mas, isso não vem ao caso.

Pov. Ally.

Ai aquele Austin me paga! Mereço um namorado idiota como ele?

É, sei que sim.

Me aproximei de Cleyton e sentei ao seu lado jogando um olhar sexy.

Ele não era muito feio, mas, seu jeito e suas roupas o deixavam esquisito.

Mas, vamos acabar logo com isso.

– OI. – falei olhando para ele.

– Ally? Ally Dawson está falando comigo? O- o que eu fiz? – ele falou assustado. Eu só fiz rir da cena.

– Nada, mas, eu quero fazer isso.

Peguei sua mão e coloquei em minha cintura e o beijei.

Ele pulou do banco.

– Por que você fez isso? – falou mais assustado ainda.

Me aproximei dele.

–mas eu não quero só isso. – sussurrei em seu ouvido.

Só vi o garoto sair correndo de medo, é parece que ele não queria perder a virgindade comigo...

==Levem na brincadeira, okay? Okay.==

Olhei pra trás e vi o imbecil do Austin rindo da minha cara, me aproximei dele.

– Ele beija melhor do que você! – falei, rindo da cara que ele fez.

–Aé? Melhor do que isso? Duvido.

Ele me puxou para uma árvore. Me puxou para seu colo, entrelacei minhas pernas em sua cintura e ela me pressionou contra a arvore, me beijando. Pediu passagem com a língua explorando cada canto de minha boca. Passava suas mão em minha cintura, mas loco as colocou por baixo da blusa, as passando pelo meu sutiã.

Mas o ar nos faltou.

– E agora, - ele disse ofegante. – ele beija melhor que eu?

– Não, definitivamente não! – o beijei novamente.

Até que ouvimos passos e nos separamos, por sorte eram Trish e Dez.

– Eu acho que não é desse jeito que se passa batom Austin.- falou Dez rindo da cara dele, pois sua boca estava vermelha por causa do meu batom.

– Idiota!

Rimos.

–Já ta tudo certo para as ‘’brincadeirinhas’’ – Trish falou.

– Então vamos lá. – Eu e Ally falamos juntos.