O sorriso de Hinata foi encantador.

– Sabe, Naruto-kun, eu sei de tudo isso. Quando eu te defendi contra o Pain, meu sentimento era de que eu iria morrer, sem dúvidas, que aquela seria minha última batalha. Mas me senti feliz, sabendo que, mesmo se eu morresse rápido, lhe daria preciosos segundos para se soltar e poder lutar, lutar por Konoha. Não me importava com minha vida, pois para mim, viver sem seu sorriso seria a mesma coisa que um atestado de óbito, contra mim mesma. Eu sempre me inspirei em você, Naruto-kun, seu sorriso, quando me salvou, naquele inverno, se lembra? Quando ainda éramos pequenos e alguns garotos zombavam de mim por eu ter o Byakugan. Você entrou na minha frente e me defendeu, berrou para eles que seria Hokage, se virou para mim e sorriu. Aquele sorriso. – Ela sorriu, e seus olhos se encheram de lágrimas, nostálgicas, lembrando-se do sentimento que começou a nascer naquele momento. – Aquele sentimento de te ver sorrir, que brotou quando pus meus olhos em você, foi nutrido todos os dias e a cada dia eu te amava mais, te admirava mais, me apaixonava, em todos os sentidos por você. – Ela pausou. – Sabe quando fomos salvar a Hanabi, na lua? E no fim a lua foi cortada no meio? – Ela sorriu, chorosa, sentimental. –Então eu, quando fiquei submersa no genjutsu daquele lago, lembrei de um evento... Quando Iruka-sensei nos disse “com quem você gostaria de ficar, caso o mundo acabasse?”, eu escrevi seu nome naquele papel, já você... O jogou pela janela, argumentando erroneamente que “a Lua nunca iria cair sobre a Terra” e “o Mundo nunca vai acabar”. No exame Chunnin, eu torci por você na luta contra Kiba, torci e não tenho ressentimento, mesmo sabendo que ele era do meu time. Você lutou, se esforçou e acabou dando uma surra nele que surpreendeu a todos, naquele dia, quem te viu, percebeu que você não era só um demônio e que não deveria ser temido, mas sim respeitado. – Ela fechou os olhos, enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. – Quando eu lutei contra o Pain... – Ela voltou ao assunto. – Tudo o que eu queria eram segundos. Míseros segundos para dar à você, para fazê-lo me notar e notar que toda a vila dependia de você naquele momento. Eu não fui muito útil, eu sei, mas você venceu o adversário e não só venceu, como também mudou os conceitos dele. Quando voltou, eu queria te abraçar, mas infelizmente estava no hospital... E você foi lá. Onde tudo começou entre nós... E depois teve a luta de você contra meu pai. Lembra-se? Quando você enfiou a cara dele no chão e o fez se curvar diante de você... Nossa! Naquele dia eu fiquei com medo, mas no fim, você se controlou e, como meu pai havia prometido, permitiu nosso namoro sem questionar mais. Você fez com ele o mesmo que fez com Neji-nii-san, mostrou que não há um futuro definido, fez ele parar de ser altivo com você e fez ele te respeitar. E depois vivemos tantas coisas juntos... – Ela chorava e Naruto partilhava as lágrimas da amada. – Eu te amo, Naruto-kun!

– Eu te amo muito mais, Hinata-chan! – Ele a abraçou com força e vigor, e quando se separaram, ficaram surpresos: todos estavam vendo a cena do beijo, chorando e suspirando “awn”. – Ei, vocês! Seus intrometidos, parem de espiar imediatamente! – Disse berrando em plenos pulmões, olhando para a cena dos “vigias”. – Se arrumem imediatamente, em meia hora iremos partir para a investida! Vão logo! Quero todos aqui fora no prazo estipulado. – Continuou berrando, expandindo e vibrando seu chacra, fazendo todos tremerem de medo e voltarem-se para dentro da casa, para arrumarem-se e preparem-se, tanto física quando emocionalmente.

Hinata estava rubra de vergonha, até que o loiro virou-se para ela e foi surpreendido por um beijo, calmo, amoroso e cheio de ternura, imediatamente retribuiu o ato. Naruto levantou-se junto à ela, sem parar o beijo, segurou-a pela cintura e a juntou mais para si, ele abraçou-a com amor, até se separarem. Hinata alisou o colete de Naruto e deu uma leve tocada com o indicador na bandana do Uzumaki.

– Já disse que você está lindo hoje, Hokage-sama? – Ela sussurrou, no ouvido dele, fazendo-o arrepiar.

– Não... E eu, já disse que você fica cada dia mais perfeita, se é que é possível? – Ele sorri, sussurrando no ouvido dela em forma de reciprocidade. – Agora vá, reúna-se com sua equipe e coloque seu colete jounnin, sim, quero que o use. – Ele viu-a se afastar. – Aliás, dê ordem para que todos se reúnam aqui, juntos, tenho aquele assunto para resolver. – Ela acenou com a cabeça e seguiu seu caminho.

– Fico muito agradado para conversar com todos aqui. – Naruto fala sorrindo, observando os mais de cem jounnins reunidos e prestando atenção nas palavras do Nanadaime. – Creio que se recordam do incidente de um tempo atrás, em Konoha. A invasão maculada por um homem mascarado, um infeliz que ousou ultrajar os muros de Konoha e impor suas vontades baixas e medíocres, pensando que não haveria defesa. Eu como Hokage, me impus e defendi Konoha, mas gostaria de saber por que o desgraçado fora tão longe, afim de atacar uma vila pacífica. – Ele pausou, e olhou para suas tropas, que tremeram ao ver o pulsar do Kamigan. – Então, Kiba... Não tem nada para dizer?

O jovem tremeu, quando percebeu todos olharem para si. – O que quer dizer, baka? Está me acusando? – Tentou transparecer confiança, falhadamente. – Naruto gargalhou.

– Acusando? Estou afirmando! – Sua voz saiu potente, inabalável. – Pare de fingir, ou chamarei o Ibiki-sama para lhe colher as informações e se me chamar de baka novamente, cai ganhar um belo de uma Bijuu Dama na cara! – Ameaçou o Hokage, observando-o, e ganhou um olhar intempestivo de Kiba, que desapareceu de sua frente e reapareceu atrás de Hinata, colocando uma kunai no pescoço dela.

– Acho que esse é o ponto fraco do Hokage, não é? – Limitou-se a colocar o nariz nos cabelos de Hinata, e virá-la abruptamente tentando dar-lhe um beijo, que foi interrompido por um soco no queixo que o fez subir no ar.

– Tenho certeza que não... – Ele sorriu. – Esse é meu ponto forte. – Quando Naruto percebeu, Hiashi havia aparecido atrás de si, e lhe acertado um golpe de Punho Gentil, selando seus tenketsus.

– Fraco, Hokage. – Cuspiu as palavras em Naruto, que se virou e sorriu.

– Tenho certeza que não, Hiashi. – Naruto mirou-lhe um soco no estômago, que arrancou Hiashi do chão.

– Hinata, cuide desse verme, eu vou cuidar do traidor principal. – Naruto fez alguns selos e chutou Hiashi para perto de Hinata. – Arte Sábia Estilo Uzumaki: Jutsu de Selamento, Trinta e Três Trigramas Hexagonais! – Apontou a mão para Hiashi, e uma imensa barreira os isolou (à Hiashi e à Hinata) dentro de seis muros cor de sangue, quase transparentes e absolutamente intransponíveis.

Quando Naruto avistou Kiba, imediatamente se teleportou para ele e fez os mesmos selos, acrescentando o selo “U” e levantando a mão para o alto. – Arte Sábia Estilo Uzumaki: Jutsu de Selamento, Trezentos e Trinta e Um Trigramas Hexagonais! – Uma imensa luz partiu da mão do Shinobi, e cobriu a área que teria a luta contra Kiba, era mais denso e sua cor era mais viva que o escudo que isolara Hinata, não era transparente e absolutamente intocável, pois ele se expandia como borracha para que não houvesse toque.

– Sentem-se e esperem. – Sasuke sentou no chão e ficou vislumbrando as zonas de combate. – Só não esperem o retorno do Inuzuka! – Ele riu, absorto em pensamentos malignos, usufruindo de sua fria risada de Uchiha. Sakura sentou-se ao lado dele, e posteriormente todos também se sentaram e começaram a torcer pelos heróis.

//Hinata vs. Hiashi

– Olha, quem diria, a fracote do Clã Hyuuga lutando contra um dos melhores líderes que o mesmo já teve, que pena. – Hiashi dirigiu a palavra para sua filha, que olhava-o com desprezo e não com o desespero que Hiashi achou que encontraria.

– Outrora, eu pensaria em fugir daqui... E nunca apontar um dedo contra você. – Iniciou ela, ativando sua linhagem. – Mas hoje, irei esfregar sua cara no chão. – Imediatamente assumiu a posição de luta dos Hyuuga, Hiashi fez o mesmo.

– Veremos, então.

// Naruto vs. Kiba

– Está nervoso, Uzumaki? – Kiba perguntou irônico, mostrando os punhos, que assumiam uma coloração prateada, esta, que se expandiu por todo o seu corpo, tornando-se uma armadura de diamantinium. – Sabe essa armadura? – Veio de outra dimensão... – Nem terminou de falar, e foi socado no rosto, indo parar perto dos limites do escudo.

– Poupe-me. Não estou a fim de escutar você tagarelar. E nem irei rebaixar a Kurama, entrando no modo dela só para lutar contra você... A escória! – Naruto sorriu, ampliando o fluxo de chacra no seu Kamigan, e aperfeiçoando o vislumbre que tinha do lugar. Sentiu seu chacra circular mais forte pelo seu corpo, dando-lhe uma força e velocidade sobre-humana.

– Mostre-me do que é capaz, Uzumaki! – Inferiu Kiba, observando atentamente o loiro à sua frente, enquanto se levantava, tendo sua face coberta por uma máscara de prata.