POV JASPER

Desde que Bella morreu a nossa família está sempre depressiva na maior parte do tempo, isso me afeta muito pelo meu dom de ler e controlar os sentimentos das pessoas.

Nunca havia falado para minha pequena fada que isso me deixava muito para baixo, mas como só ela para me conhecer tão bem, decidiu fazer uma viagem de compras só nós dois para minha total alegria.

Amo nossa família, mas amo muito mais minha esposa, é ela quem me mantém vivo.

Nossa viagem seguia normal até o ataque suicída em Lower Manhattan, onde eu salvei a Bella ou sei lá como se chama.

Tão diferentes, mas tão parecidas ao mesmo tempo, isso me deixava muito confuso por não achar uma resposta lógica.

Balançei a cabeça para espantar esses pensamentos e disquei o número de casa, no segundo toque a voz doce e maternal de mamãe atendeu.

– Alô? –

– Oi mãe, tudo bem por aí? –

– Ah! Querido, que saudades. Tudo está bem sim e aí? Ficamos preocupados com o noticiário das torres gêmeas e vocês aí sozinhos. –

– Está tudo ... ótimo, não aconteceu nada com a gente. – pigarrei no fim para ela não notar minha tensão.

– Onde está Alice? –

Pigarrei mais uma vez. – Ela foi ao centro de Manhattan. – respondi tentando me esquivar.

– Tudo bem. – suspirei de alívio quando ela pareceu engolir.

– Tudo bem então querido, nos ligue mais vezes, beijos. –

– Beijos. –

[...]

Estava sozinho no quarto do hotel, minha mente viajava em diversas possibilidades sobre a questão daquela garota, mas não chegava a lugar nenhum.

Chateado por não ter respostas, deitei na cama colocando os braços em cima do rosto e buscando pensar nas curvas de minha mulher para não enlouquecer com a situação.

[...]

No dia seguinte...

Alice ainda está vigiando Bella no hospital e eu estou mais uma sozinho, fiz algumas pesquisas na internet do meu notebook, minha pequena solicitou a Janks um dossiê que está na mesa ao meu lado, já havia lido todas as palavras e com a ajuda da tecnologia humana e algumas lendas antigas cheguei a uma conclusão para tudo que estava acontecendo.

Fui até a rua do hotel que ficava na Times Square e comprei um lindo arranjo de flores que mandaria para Bella, como presente de aniversário, e para que a ajudasse pelo menos um pouco a seguir em frente, sabia por Alice que ela estava abalada com tudo.

Após enviar, voltei para o hotel me deitando na cama e viajando nos pensamentos. Quando Alice chegasse eu contaria tudo que descobri sobre a Isabella Welch.

“Mas será que ela não se lembra ou quis permanecer escondida esse tempo todo? Se ela realmente não quiser voltar a ocupar seu lugar, o que vai acontecer com Edward e os gêmeos?”

Balancei a cabeça em negação, alguns minutos depois ouvi a porta do quarto se abrir e por ela minha mulher entrar sorrindo e saltitando até meus braços, sentou-se de frente em meu colo e abraçou meu pescoço dando beijos quentes.

Feliz com seu retorno, esqueci tudo e distribui beijos por toda parte a apertando mais e mais nos braços até ela soltar um gemido de prazer.

– Vamos tomar banho amor, estou com saudades de você. – falei baixinho em seu ouvido.

– Huhum. – ronronou em resposta.

[...]

Abraçado ao seu corpo na cama de forma carinhosa, enquanto ela lia o dossiê que traria Edward de volta a vida, eu lhe enviava paz constantemente para baixar seu nível de tensão.

– Ela tem uma nova vida Jasper, nasceu de novo em outra família e com outros pais, o que isso significa? Eu não entendo. – falou se virando para mim e se encolhendo em meus braços.

– Acho que ela é realmente a Bella. – falei com o rosto em seus cabelos cheirosos.

Ela se soltou dos meus braços e pulou no chão ficando ereta em menos de dois segundos e me olhando confusa, sabia que era hora de falar o que nossa mãe havia contado e o que havia descoberto pesquisando, por isso me sentei e apoiei as costas na cabeceira estendendo a mão para que ela se juntasse a mim.

Pedido aceito, iniciei meu relato sobre tudo.

POV ALICE

No dia seguinte...

Bella tinha recebido alta do hospital naquela tarde.

O dossiê estava com meu marido e eu leria ainda essa noite.

Após um banho de banheira e muita pegação com Jasper para tirar um pouco da tensão. Me deitei na cama do hotel com as informações nas mãos, ele se deitou atrás de mim me abraçando e mandando paz para que eu não surtasse.

Sei que ao ler isso as coisas podem mudar e não tenho nenhuma visão para me ajudar, passo os dedos na capa onde diz : Isabella Welch.

Tomo uma profunda respiração e viro a folha iniciando a leitura.

Isabella Welch, nascida no dia 13 de setembro de 1998, dezesseis anos de idade. Filha de William Welch, 43 anos e natural de Manhattan, filho de advogados, mãe falecida e pai residente no Minnesota, se formou em economia pela Columbia University, com a ajuda de créditos extras que ganhou como quarterback no High School, possuia um escritório no 109° andar da torre sul do World Trade Center, aumentou sua fortuna trabalhando para empresas no ramo petrolífero e fazendo boas compras na bolsa de valores de Nova York.

Isabel Miggiorin Welch, 43 anos e natural de Jacksonville na Flórida, filha de pais separados e família de classe média baixa, se formou em moda pela Columbia University, com a ajuda de créditos extras que conseguiu sendo líder de torcida no High School.

Isabella, residente num apartamento na Prince ST esquina com a W Broadway em Lower Manhattan.

Aluna desde os cinco anos na School of Manhattan e na School Artistic Gymnastics of New York...(Segue o dossiê sobre os detalhes da vida particular e pública de Bella).

[...]

Todas as palavras que eu li eram irreais demais, Bella havia nascido de novo, com outra família e completamente oposta ao que era.

– Eu não entendo amor, nada faz sentido. –

– Estive fazendo buscas na internet querida e tudo que eu li parece fantasioso demais, impossível no mundo humano, mas como somos seres míticos nada é impossível. –

– O que quer dizer com isso amor? – perguntei levantando a cabeça e olhando em seus olhos.

– Que essa menina pode ser a reencarnação da Bella verdadeira, eu vi num site uma lenda Quileute falando sobre isso. Talvez nem tudo esteja perdido e exista uma salvação para Edward, querida. – terminou cheio de esperança dando um beijo em meu nariz.

Fiquei imóvel por alguns segundos, meu cérebro não processava a informação.

Ele respirou fundo notando minha confusão e continuou a falar – Você lembra que no dia 13 de setembro de 1998 teve uma visão com o nascimento de um bebê humano e depois tinha flashs de sua vida? – balancei a cabeça afirmando. – Então amor, acredito que era a Bella, junte as informações do dossiê com a lembrança de suas visões. –

Passei alguns minutos pensando e realmente tudo fazia sentido no ponto de vista dele. – A Bella voltou? – ele sorriu confirmando.

– A Bellinha voltou! – pulei feliz em cima dele, o beijando apaixonadamente e sem me conter com a euforia dentro de mim pelo retorno da minha cunhada, liberei minha excitação em cima do meu marido, que não reclamou.