Die Young - Os céus tem um plano para você escrita por Mi Cullen


Capítulo 20
Acho Que Você Combina Com o Edward, Bella.


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito para postar, mas agora tem um novo capítulo para os meus leitores queridos.



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POV ALICE

Os três horários custaram a passar, eu não prestava atenção no que os professores diziam, estava ocupada procurando pelo futuro, mas nada aparecia.

Eu já estava ficando frustrada com a situação, até que recebi um torpedo no celular e piorou tudo.

Junte todos e me encontrem no estacionamento.

Precisamos ir embora agora!

Edward.

“Droga! Como eu não previ isso?” pensei chateada ao perceber que Edward já tinha visto a Bella e não parecia satisfeito.

– Quem era querida? – perguntou Jasper num tom baixo demais para os ouvidos humanos.

– Edward. – murmurei tensa, apesar de não ter tido uma visão sobre o que ele pretendia fazer, eu sabia que nada de bom viria dele nessas circunstancias. Talvez Jasper tivesse razão e eu devia ter contado a todos.

Suspirei abaixando a cabeça.

– Vamos pensar em algo meu bem, fique tranquila, tudo vai dar certo. – pegou minha mão por baixo da mesa me ajudando a ficar calma com seu dom.

[...]

No fim da aula enviei mensagem para Rosalie, Andrew e Anthony nos encontrar. Saí como um foguete em velocidade humana e Jasper me seguiu. Encontramos Rose e Emm na entrada do refeitório esperando o resto da família.

– Onde estão os gêmeos? – perguntei quando nos aproximamos.

– Achei que você era a vidente aqui, anã. – Emmett tentou fazer piada, mas preferi ignorar e olhei para Rose esperando uma resposta.

– Eu liguei nos celulares e estão ambos desligados. – Rosalie falou olhando as suas unhas bem feitas.

– Temos um problema, Edward quer ir embora rápido, você pode ir chamar os gêmeos, por favor, Rose? É importante. – pedi a ela que bufou saindo sem dizer nada.

Ficamos parados na entrada do refeitório em silêncio olhando ela se afastar.

– O que o cabeçudo quer agora? Ele está tão estranho quanto vocês dois. – Emmett acusou de brincadeira e fechou os olhos em fenda pra mim e meu marido.

Ninguém o respondeu e o silêncio voltou a reinar entre nós.

Alguns minutos depois Rose voltou como uma fera, de seus olhos parecia que sairia fogo para matar alguém.

– O que foi Rose? – perguntei segurando seu braço num aviso mudo, vários humanos olhavam em nossa direção.

Ela me olhou com raiva e disse. – Como se você não soubesse, né Mary Alice Cullen? –

Bufei de frustração. “Devo estar muito cansada para não ter visto o que aconteceu com ela.”

Massageei de leve minha testa. “O que está acontecendo comigo? Me sinto estranha demais, deve ser a tensão pela gravidade do problema que arrumei.” Pensava alheia a todos até ser cortada pela voz melodiosa de meu marido.

– Vamos para casa, estamos chamando muita atenção. – me abraçou pela cintura e caminhamos em silêncio para o estacionamento.

Eu sentia que quando encontrasse Edward algo de ruim iria acontecer, mas eu não conseguia prever o quê exatamente. Mas eu espero estar enganada e ele só esteja confuso e reconsidere antes que seja tarde demais.

Ao entrarmos no estacionamento, pudemos avistar Edward encostado no volvo com cara de poucos amigos. Suspirei abaixando a cabeça, agora não era hora para ser covarde, aproximamos do carro em passos lentos.

Um rosnado alto pôde ser ouvido e Jasper se postou a minha frente, caso ele me atacasse.

– Então você sabia e não me contou? Qual é o seu problema Alice? Você consegue imaginar o que isso vai causar aos meus filhos? Você é muito egoísta. – suas palavras eram baixas e pausadas, mas cortavam como uma lâmina afiada, um soluço escapou da minha garganta antes que eu pudesse controla-lo.

Ele estava certo no fim, eu não tinha direito de omitir e manipular a vida de ninguém e eu podia imaginar que isso iria causar a nossa família.

– Já chega Edward! Vamos discutir em casa. – Jasper me guiou até o carro de Rose enquanto me enviava ondas de paz, sem muito sucesso. Os outros nos seguiram em silêncio, mas era quase palpável a confusão na mente deles sobre o motivo de Edward estar bravo.

– Onde estão os meus filhos Alice? –

– Ah! Então é por isso que estão brigando? Eu não acredito que você fez isso com a gente, Alice. – foi Rosalie a quebrar o silêncio.

– Onde eles estão? – Edward repetiu a pergunta sem alterar o tom de voz.

Eu não conseguia responder, tinha um nó na garganta que só aliviava quando o soluço o rompia.

– Alice mandou mensagem e eles não apareceram, agora a pouco Rosalie foi procura-los, pergunte a ela então. – Jasper foi ríspido em sua resposta. Ele me ajudou a entrar no carro, mas ainda conseguimos ouvir o que Rosalie disse, graças a nossa super audição.

– Os dois estão com ela e você não pode permitir isso Edward. –

– Isso não te diz respeito. Agora vamos para casa. – Edward estava furioso e nem se importou em correr para entrar no carro e arrancar o carro a toda velocidade.

Fechei os olhos desolada e esfreguei minha testa. Eu estava perdida e o futuro não estava mais lá para me ajudar.

POV BELLA

As outras aulas seguiram normais, conversei algumas banalidades com Anthony e Andrew, eles eram ótimas companhias e eu me sentia muito bem com eles.

A verdade é que os dois são perfeitos em todos os sentidos, tanto fisicamente quanto na personalidade. Eu me sentia atraída para eles, como magnetismo, seria amor a primeira vista? Eu realmente não sei dizer, só tenho certeza que o que eu sinto perto deles não é normal, mas o que seria exatamente?

Minha mente viajava nas possibilidades enquanto o professor explicava uma matéria qualquer.

Poderia ser uma paixão adolescente, uma fixação pela grande beleza deles ou até mesmo amor a primeira vista, dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece, então quem sabe, né?

Nossa aproximação é bizarra demais. Existe uma relação entre nós que é estranhamente familiar, tanto que eu até aprendi diferenciá-los desde o primeiro momento. Precisava apenas olhar para o rosto que saberia dizer se era Anthony ou Andrew.

Apesar das poucas horas que passamos juntos, eu também já confiava a eles a minha vida, me sentia mais a vontade do que junto com meus parentes de sangue e tudo isso estava começando a me assuntar.

Não é normal uma relação assim com desconhecidos, afinal eu acabei de conhecê-los e eles ainda são desconhecidos, né?

Sim, eles são.

Não, eles não são.

Ah! Eu não sei.

Acho que eu realmente estou perdendo as faculdades mentais.

Eu estava começando a ficar preocupada com os sentimentos que cresciam dentro de mim rapidamente, então tentando manter o equilíbrio sem dependência fiz amizade com algumas outras pessoas, inclusive as que vovô me mostrou no shopping. Na aula de espanhol estava Jéssica Stanley e Ângela Weber, ambas faziam parte da torcida e me chamaram também para o teste hoje a tarde.

[...]

As coisas seguiam normais, não conseguia ficar longe dos gêmeos por mais que eu tentasse falar com outras pessoas além deles. Parecíamos estar ligados de uma maneira sobrenatural. Tudo era muito recente e intenso demais, como se fossemos parentes próximos que não se viam a muito tempo, só que por mais que isso me assustasse eu não conseguia sentir vontade de fugir.

Eu queria mergulhar de cabeça nessa relação louca e com certeza já não conseguia mais me ver sem tê-los por perto. Na hora do intervalo os gêmeos me acompanharam até o meu armário e uma loira escultural se aproximou de nós.

– Nos encontramos no estacionamento em cinco minutos. – falou séria me dirigindo um olhar gélido que fez com que eu prendesse a respiração e abaixasse o olhar. Ela era estranha e diferente dos gêmeos.

“Seriam parentes? Namorada de algum deles? Espero que não seja nada de nenhum dos dois.”

Uma pontada de ciúmes em relação a ela deu sinal em meu coração, me fazendo levantar o olhar e encará-la. Ela realmente é assustadora e tem um olhar de assassina, mas eu não estou com vontade de dividir a atenção dos gêmeos com ninguém.

A loira parecia irritada por eu encará-la e deu um passo em minha direção como se fosse me atacar.

Meu coração acelerou, mas não desviei o olhar.

– Agora estamos ocupados Rosalie e temos aula depois, conversamos em casa. – Anthony respondeu seco para ela dando as costas e colocando as mãos em meus ombros de maneira carinhosa.

Eu estava tensa e relaxei automaticamente com seu toque.

Olhei para Andrew que estava calado lançando um olhar mortal na direção dela. Ela bufou e saiu desfilando pelo corredor com sua beleza sobrenatural.

“Quem será ela? Se acha demais para o meu gosto.” pensei com raiva acompanhando-a até sumir pelo corredor.

– Desculpe por nossa irmã Bella, ela é meio ciumenta e super protetora. – falou Andrew se desculpando.

“Então é irmã? Pelo menos não é namorada.” Respirei aliviada.

– Tudo bem. – fechei meu armário e comecei a caminhar em silencio para o refeitório com um de cada lado.

[...]

– São apenas vocês três de irmãos? – perguntei a eles colocando uma batata frita na boca.

Anthony estava com a boca cheia de hambúrguer e foi Andrew que respondeu sorrindo docemente. – Não, nós somos sete. –

Arregalei os olhos. “Sete?” pensei assustada, eu não sabia que as pessoas ainda gostavam de fazer tantos filhos.

– Todos somos adotados. – disse ao perceber minha expressão, depois disso soltei a respiração que não sabia que prendia. – Esme e Carlisle, nossos pais adotivos são boas pessoas, nossos irmãos são Rosalie, que você já conheceu, Emmett, Alice, Jasper e Edward... – um arrepio cortou minha coluna, era como se já conhecesse essa historia e esses nomes, mas devia ser coisa da minha cabeça, eu acabei de conhecer os Cullens.

– Você está bem Bella? – questionou Anthony vindo sentar na cadeira do meu lado.

– Sim, acho que a comida não me fez muito bem. – respirei fundo e tentei disfarçar o mal estar.

– Mas e você Bella, tem irmãos? Conte-nos como é a sua família. – perguntou Anthony enquanto comia as minha batata frita e bebia a minha coca. Sorri para a sua naturalidade, depois disso o mal estar foi embora e a leveza da nossa amizade retornou.

– Eu sou filha única, meu pai morreu e agora eu moro só com minha mãe. Compramos uma casa ao lado do meu avô e somos apenas nós três agora. Meus pais também são filhos únicos e eu não tenho tios ou primos. Meus avós maternos moram na Flórida e eu quase não tenho contato com eles. – eu nunca tinha falado com ninguém sobre o meu pai desde a sua morte, mas falando para eles não doeu tanto e eu não me senti tão vazia como antes.

Suspirei sorrindo para eles. Talvez eu estivesse viajando em relação a eles, mas Anthony e Andrew me completavam de uma maneira sobrenatural, era estranho e me fazia bem.

– E namorado Bella? – gargalhei da pergunta e Anthony me acompanhou.

– É claro que ela não tem namorado Andrew, como você é idiota irmão. – afirmou Anthony com tanta convicção e eu ri mais.

– Quem te disse que eu não tenho namorado? – perguntei entre risos.

Ele me olhou convencido e disse. – Eu tenho certeza Bella, você é boa demais para namorar os caras daqui ou de Manhattan. –

– E que tipo de cara é bom para eu namorar então? – falei petulante. “Será que ele me achava tão feia assim para não ser capaz de arrumar um namorado?”

Acho que você combina com nosso irmão Edward. No fim da aula vamos te apresentar a ele e depois nos diz o que acha. – dessa vez foi Andrew quem falou e a sensação de déjà vu voltou ao meu corpo quando o nome Edward foi pronunciado por seus lábios.

– Sim, eu gostaria de conhecê-lo depois e saber se ele é tão lindo e legal como vocês. – mostrei uma coragem que não tinha para dizer aquilo. O sinal tocou neste instante e eu me levantei passando a mão nos cabelos de Anthony e seguindo para guardar minha bandeja.

Eu deveria aproveitar que eles querem me apresentar o irmão e acabar logo com essa sensação estúpida. E era isso que eu iria fazer quando acabasse a aula.

POV EDWARD

Várias possibilidades rondavam minha mente, mas nenhuma delas podia se tornar real. Eu senti na pele o que é amar alguém e perde-la, não queria que meus filhos se sentissem ligados na humana.

As imagens na mente de Rosalie me torturavam e eles realmente pareciam gostar dela, eu tinha que impedir que eles sofressem e os levaria para longe novamente, foi uma péssima ideia aceitar voltar a farsa humana.

Estacionei o carro na garagem de casa e desci em disparada. Carlisle e Esme estavam na sala de jantar, que usávamos para reuniões, me sentei em meu lugar e aguardei meus irmãos.

[...]

/ Eu acho que quando tudo acabar, tudo volta em flashes, sabe?

É como um caleidoscópio de memórias, tudo volta. Mas ele nunca volta

Acho que parte de mim sabia desde o segundo em que eu o vi que isso iria acontecer

Não é na verdade nada que ele disse, nem nada que ele fez

Era o sentimento que veio junto com ele.

E a coisa louca é, eu não sei se eu sequer me sentirei dessa forma de novo.

Mas eu não sei se eu deveria

Eu sabia que seu mundo mudou depressa demais e queimou intensamente, mas eu só pensava

Como pode o diabo estar te empurrando em direção a alguém que se parece tanto com um anjo quando ele sorri para você?

Era uma vez

Alguns erros atrás

Eu estava na sua mira

Você me pegou sozinha

Você me encontrou

E, quando eu me apaixonei intensamente,

Deu um passo atrás

Sem mim

Nada de desculpas

Ele nunca verá você chorar

Finge que não sabe

Que ele é o motivo pelo qual

Você está se afogando

E o medo mais triste chega causando arrepios

De que você nunca amou a mim ou a ela ou a ninguém

(I Knew You Were Trouble – Taylor Swift)

CONTINUA


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