I do not remember anything escrita por Hale


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Eu recebi mais uma recomendação, to quase morrendo de alegria aqui. Fernanda Stilinski muito obrigado, serio, você não tem noção da minha felicidade.



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Mais um vez sinto aquele gosto quase familiar de sangue, abro os olhos e vejo a mesma cena da manhã passada, estou em uma toca de coyote, estou nua e com sangue e carne na minha boca. Suspiro e olho em volta pela caverna, é bem menor que a anterior, ao fundo dela tem um par de roupas completas, isso é estranho.

Me levanto e ando até a roupas e vejo que são roupas femininas, provavelmente de uma adolescente, as roupas parecem em bom exceto por alguns rasgados e sangue em algumas partes. Vesti a roupa rapidamente, elas ficaram um pouco grandes em mim, mas pelo menos não estou mais nua.

Ando mais um pouco pela caverna e não vejo o esqueleto de um veado, tampouco de outro animal. Continuo andando até a saída olhando pelo chão a procura do que ontem foi a minha janta. Mas apenas descubro isso ao sair da caverna.

Na frente da caverna, logo na saída está o corpo, ou melhor o que sobrou do corpo, de uma garota. A garota, que provavelmente é a dona das roupas, está totalmente irreconhecível, seu rosto está todo aranhando e esfacelado, seu corpo está quase todo comido, tem alguns pedaços do corpo jogados em sua volta.

Meus olhos se enchem de lágrimas e eu caio de joelhos em frente ao que um dia foi uma garota. Eu não consegui segurar minhas lágrimas, elas queimam em minha face. Eu não acredito que fiz isso, eu não poderia ter feito, não poderia. Eu não sou um monstro, não sou monstro. Mas o corpo dessa garota discorda disso. Eu a matei ? Não, foi o coyote. Não fui eu, não fui, não fui.

Tudo que eu consigo fazer é ficar sentada olhando o corpo com olhos lacrimejando, se fosse um animal qualquer eu não me importaria, mas é um ser humano. Um ser humano que provavelmente tinha amigos, tinha uma família, talvez até um namorado, e eu tirei isso dela, tirei ela dessas pessoas. Eu sou um monstro.

Me levantei meio cambaleante e sai correndo daquele lugar. A culpa me corria mais que qualquer coisa, meu peito doía, meus olhos ainda estavam cheios lagrimas. Eu não conseguia fazer nada, ao não ser correr dali, e me sentir um monstro.

Minhas mãos estão encharcadas de sangue da garota, minha boca está com sangue dela, a carne dela está no meu estomago, a partes do seu corpo sob a minhas unhas. Isso é horrível, é terrível, eu me odeio. Como eu pude fazer ? Eu sei que foi basicamente meu lado lobo que fez isso, mas ainda sim é meu lado, ou seja, fui eu. Isso é pior coisa que eu já fiz.

E para piorar a situação eu quase não me lembro mais das coisas, estou me esquecendo do meu passado, mais um vez. Tudo está dando errado para mim, tudo.

Continuo a correr cada vez mais rápido, até que eu ouço vozes, vozes humanas. Eu sinto um choque me percorrer, essas vozes podem ser vozes dos amigos da garota que eu matei, podem ser da sua família....

Esse pensamento me faz entrar em desespero, olho para atrás e não vejo ninguém, mas quando olho para frente é tarde, há uma pedra enorme ali, e eu não consigo desviar. Sinto o choque da pedra contra mim, minha cabeça bate com força e mais uma vez perco a consciência.


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Notas finais do capítulo

Quem já perdeu a conta de quantas vezes a Malia perdeu a memoria levanta a mão. o
Bom pessoal, hoje resolvi dar um pouco de ação a historia, espero que tenham gostado.
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