(Imaginem que no gif acima é o Damon ta legal?)

Pov. Damon

Quando finalmente Matt e Rebekah se beijaram a igreja explodiu em palmas animadas, todas as mulheres estavam emocionadas, olhei de relance para Elena que secava algumas lagrimas que tinham escapado de seus olhos, ela estava esplendida naquele vestido, o jeito como ele ficava em seu corpo faria qualquer homem ir a loucura só por vê-la, ela se esforçava para não borrar a maquiagem oque era fofo, depois de alguns minutos os noivos desceram do altar e todos nós pegamos o mesmo caminho indo para os fundos da igreja.

– Será que podemos ter aquela conversa? – Sussurrei para Elena assim que chegamos aos fundos da igreja.

– Damon eu não pretendo te matar até que Rebekah tenha tido o casamento perfeito, não me faça mudar meus planos – Ela olhou para Miguel e Isabella um pouco na frente – Nos vemos lá, vou levar as crianças no carro do Jeremy.

– Porque você não vem comigo, meu carro esta ai, e eles precisam ir nas cadeirinhas. – Ela suspirou.

– Tem no carro do Jeremy, mas se você quiser leva-los, eu entendo, mas não vou com você. – Ela não parecia feliz ou delicada como alguns minutos antes enquanto chorava.

– Tudo bem, leve-os. – Ela assentiu se virando e indo para perto do Jeremy e da Bonnie.

– As coisas estão difíceis? – Reconheci a voz de Rose e me virei sorrindo.

– Oque você acha? – Ela só deu de ombros – Acho que ela está tendo alguma coisa com o Andrew.

– O cara que você odeia? – Assenti de leve – Que tristeza.

– É.

– Tristeza pra você, porque ele é muito lindo, céus ela está tão bem assim? – Dei um rápido beliscão nela que passou a mão no braço – Para de ser chato – Ela bateu no meu ombro – Eu estou brincando, sei que ela não tem nada com ele.

– Como? Virou telepata irmãzinha? – Ela me lançou um olhar desafiador.

– Lembra que ela era minha amiga antes de você ficar com ela? E que tivemos um jantar incrível a dois dias no qual você não estava?

– Ela falou alguma coisa? – Perguntei rapidamente.

– Eu até diria, mas como você disse, sou telepata, e telepatas não saem por ai dizendo tudo oque descobriram – Revirei os olhos e ela sorriu – Ela não disse nada, mas deu a entender, e o jeito como ela te olhou agora, ela não pensa em ninguém.

– Você deveria ter ouvido oque ela disse, a coisa do olho teria passado despercebida. – Ela revirou os olhos e se abaixou para pegar Jack que puxava a ponta do seu vestido, assim que ela o segurou ele esticou os braços gordos pra mim, e eu o segurei.

– Você não sabe nada sobre mulheres, e cuida do Jack, eu vou procurar o Chris, ok? – Assenti balançando a cabeça e o bebê em meus braços.

Jack tinha só 2 anos, os olhos verdes e cabelos quase loiros, ele ficou brincando com minha gravata enquanto esperava Rose, senti uma mão pequena puxando meu paletó e olhei para baixo vendo Bella e Miguel emburrados me olhando, eles apontaram para Jack com os olhinhos faiscando de raiva.

– Solta ele pai! – Miguel falou fazendo um bico.

– Não solto – Respondi balançando Jack no colo – Ele não é chato como vocês, e também não é ciumento.

– Para pai – Bella cruzou os braços fazendo a mesma cara que o irmão – Ele não é seu filho.

– É meu sobrinho, e ele não fica resmungando de tudo. – Eles balançaram a cabeça em conjunto.

– Bluuuuuuu. – Jack falou balançando a cabeça pra eles como se tivesse entendido oque eu disse.

– Pai solta ele, por favor. – Bella pediu ameaçando chorar.

– Vocês são chatos, sabia? – Coloquei Jack no chão ficando ajoelhado na altura dele – Ele é o priminho de vocês, porque são chatos com ele?

– Por que você fica pegando ele no colo. – Bella falou em pequeno grito.

– E você é nosso pai. – Miguel completou.

– Eu sei, cadê a mãe de vocês por falar nisso? – Quase que instantaneamente Elena apareceu atrás deles.

– Não saiam assim de perto de mim eu fiquei... ai que fofo – Ela passou por eles se ajoelhando perto de Jack passando as mãos no cabelo dele – É o filho da Rose não é? É o... Jack – Ela apertou as bochechas dele que segurou sua mão – Ele é tão bonitinho.

– Mamãe! – Miguel e Bella falaram juntos fazendo Elena se assustar.

– Eu fiz alguma coisa errada? – Ela perguntou encarando eles.

– É que você é nossa mãe – Bella falou sem paciência – Não dele, então não pode ficar fazendo isso.

– Então eu não posso acha-lo bonitinho... – Ela olhou para os dois incerta – É isso?

– Quase, vem aqui que eu te explico. – Bella pegou a mão de Elena e a puxou voltando para perto de Jeremy, Miguel foi logo atrás.

– Obrigada por ficar com ele – Rose falou pegando Jack no colo e segurando a mão do Chris, Chris era mais velho que meus filhos pouco mais que um ano, ele acenou pra mim e foi até Paola – Ele ainda está com saudades do pai.

– Ele não ligou? – Ela negou – São os filhos dele!

– Eu sei, Damon – Ela pigarreou segurando Jack com o outro braço – Sei que ele nos deixou, mas oque eu posso fazer? Amarra-lo pelo pescoço e força-lo a ficar perto dos filhos? Eles não os quer, não vou faze-los passar por isso.

– Ok, não posso dizer nada quanto a isso, mas eu iria até o fim do mundo pelos meus filhos, sabe disso. – Ela assentiu.

– Acho que devemos ir, não é? – Olhamos em volta, tudo estava quase vazio só tinha algumas pessoas paradas, Elena já tinha saído – Filho, vamos!

Depois que Chris e Paola se juntaram a nós fomos até o carro, a festa seria a uns 30 minutos daqui, no quintal da mansão Mikaelson, Jack animou o carro tentando cantar as musicas que tocavam no radio, ele conseguia cantar melhor que Paola, já que minha irmã se esguelhava tentando seguir o ritmo da musica, assim que chegamos Jack saiu correndo pelo gramado até o grande salão, Chris e Rose foram atrás dele, Paola os seguiu correndo, peguei o caminho contrario indo até a piscina dos Mikaelson e me sentei em uma das espreguiçadeiras observando o céu estrelado, as estrelas brilhantes pareciam rir da minha cara.

––Flashback On––

– Como vai ser quando eles nascerem? – Ele perguntou apertando minha mão com força.

– Nós vamos cria-los, dar todo o amor do mundo e rezar para que eles não sejam chorões, porque nós vamos querer dormir. – Ela não riu, só balançou a cabeça quando água gelada do mar tocou nossos pés.

– A dois anos você imaginava isso? Isso tudo? – Ela balançou a cabeça um pouco pra baixo apontando para a barriga.

– Não, nunca achei que viria nessa praia – Ela balançou a cabeça me empurrando para o lado – Oque você quer que eu responda?

– Se o Damon de dois anos conseguia imaginar isso, casamento, filhos, ficar preso a alguém para sempre, conseguia? – Ela parou me olhando e ficando de frente pra mim.

– O Damon de dois anos atrás achava calças apertadas o máximo – Ela riu um pouco – Eu nunca teria imaginado, antes de conhecer você, ficar com uma única pessoa por toda minha vida, mas agora, eu não consigo imaginar como seria minha vida sem você, sem vocês.

– Sério? Está pronto para ser somente de uma pessoa? Para sempre? – Assenti a beijando rapidamente.

– Isso é como as estrelas, elas nasceram de uma grande explosão cósmica que criou tudo isso, a bilhões de anos, mas até hoje nós ainda a vemos, não sabemos como seria sem elas, mas não conseguimos pensar em uma única noite sem vê-las. – Ela sorriu olhando para o alto.

– Para sempre? – Ela questionou passando as mãos no meu pescoço.

– Para sempre – Concordei – Se você me aguentar por tanto tempo.

– Acho que consigo – Segurei em sua cintura e ela aproximou seus lábios dos meus – Mas e você me aguenta por tanto tempo?

– Como eu disse, para sempre. – Ela sorriu unindo nossos lábios novamente.

––Flashback Off––

– Damon? – Olhei para o lado vendo Alaric sentando na outra espreguiçadeira com um copo de champanhe nas mãos.

– Oi, oque faz aqui? – Me sentei olhando pra ele e pegando o copo de champanhe que ele esticou pra mim.

– Acho que o mesmo que você – Ele olhou para a piscina – Fugindo dos filhos.

– Você também, ter 6 filhos? Você poderia ter comprado um videogame sabia? Pra passar o tempo sabia? – Ele riu negando.

– Quando Jenna descobriu estar gravida da Anna, confesso que fiquei assustado mais o Jensen, a Jenny, o Ed, Thomas e Lily foram tão comemorados que em nenhum momento eu considerei que eles seriam demais, acho que vou ficar um tempo por aqui. – Ele bebeu todo o conteúdo da taça deixando ela no chão.

– Porque? – Fiz o mesmo que ele.

– Anna adora a Paola, Jensen ama esse lugar, e Jenna está louca para vir morar aqui, então comprei uma casa, será que você pode me transferir chefinho. – Ele deu de ombros.

– Sério? – Ele assentiu e eu o abracei rapidamente – É claro, vou falar com a Vicki e pedir para ela te mandar pra cá.

– Ótimo, faça isso depois porque todo mundo está procurando você. – Arqueei as sobrancelhas.

– Oque? – Ele deu de ombros.

– Todos estão te procurando, você é o padrinho, a primeira dança lembra? – Bati no ombro dele e corri em direção ao salão.

– Desculpem, esqueci da dança. – Falei ofegante parando ao lado de Rebekah que suspirou.

– Tudo bem estão todos aqui? – Ela olhou em volta e eu fiz o mesmo mais não vi Elena – Cadê a Elena?

– Desculpem – Elena apareceu com Nathan do lado dela – Eu fui procura-lo e acabei esbarrando no Nathan, conversamos e eu demorei um pouco... desculpem.

– Tudo bem – Rebekah sorriu agarrando o braço de Matt – Você entram na mesma ordem que a igreja ok?

– Tudo bem. – Todos falamos juntos e Rebekah começou a andar em direção ao centro do salão, todos os outros convidados estavam parados em volta do salão, Nathan saiu de perto da Elene se juntando aos outros convidados, eu fui para o lado dela.

– Você sumiu. – Ela sussurrou.

– Ficou com saudades? – Ela revirou os olhos.

– Fiquei preocupada com você destruir o casamento perfeito da Rebekah – Foi minha vez de revirar os olhos – Ficou com ciúmes do Nathan também?

– Não – A olhei surpreso – Deveria?

– Não, claro que não – Ela falou de forma suspeita enquanto a musica começava a tocar e Bekah e Matt agora deslizavam pelo salão como se mal tocassem o chão – Eles são o casal perfeito.

– Diziam isso sobre nós – Ela balançou a cabeça incrédula, Jeremy e Bonnie entraram alguns momentos depois Hayley e Elijah entraram, Klaus e Caroline já se preparavam para fazer o mesmo – Você achava que iria aguentar para sempre.

– E as palavras “para sempre” nunca foram tão mal utilizadas quanto naquela época, já que seu para sempre, não durou nem 1% do que eu imaginava – O rancor em sua voz era perceptível a quilômetros de distancia – Acho que devemos entrar.

– Claro – Ela segurou meu braço e andamos até uma das pontas do salão – Se você não se ofender, e apesar de ser obvio, gostaria de dizer que está incrivelmente linda.

– Obrigada. – Ela respondeu me olhando de relance.

A musica voltou a ficar alta e segurei a cintura de Elena com uma mão e segurando a mão dela com a outra, Elena colocou a mão livre em meu ombro, seguimos a coreografia de todos os outros padrinho mas eu me arrisquei a repetir alguns passos da coreografia do nosso casamento, o aperto da mão de Elena em meu ombro ficou mais firme, ela se lembrava.

– Você lembra. – Sussurrei e ela mordeu o lábio virando o rosto.

– Não sei do que está falando. – Ela tentou disfarçar.

– Você não me engana – Me afastei dela girando-a algumas vezes e então a puxei de volta debruçando meu corpo sobre o seu a segurando pela cintura, nossos lábios separados por apenas alguns centímetros – Acha que eu acredito que você conseguiu esquecer isso?

– Estamos fora da coreografia, Damon – Olhei rapidamente para o lado vendo todos os outros casais olharem para nós mesmo mantendo seus passos – Por favor.

– Diga que você se lembra, diga a verdade. – A trouxe de volta e voltamos a coreografia de todos.

– Isso não foi legal. – Ela sussurrou quando a musica estava em seus últimos acordes.

– Você disse que não se lembrava, só quis refrescar sua memoria. – Assim que a musica acabou todos começamos a bater palmas.

– Não, você tirou toda a atenção da Rebekah no casamento dela. – Ela saiu correndo em direção a piscina, eu iria atrás dela se uma mão não tivesse segurado meu ombro.

– Podemos conversar? – Me virei vendo Nathan parado com um copo de agua nas mãos.

– Eu tenho que...

– Ver a Elena? Tenho certeza que quer falar comigo antes – Cerrei o maxilar assentindo e andando com ele por alguns passos até uma mesa – Você está fazendo tudo errado cara.

– Oi? Como é? – Perguntei rindo – Você conhece a Elena a alguns meses e acha que conhece ela melhor do que eu.

– Tem razão, eu não a conheci antes, mas para a garota que eu conheci sei que está fazendo tudo errado, esta forcando ela, não faça isso – Balancei a cabeça preparado para iniciar uma discussão ali mesmo – Não diga bobagens, você sabe que eu estou certo, para reconquista-la terá que fazer muito mais do que forçá-la durante uma dança.

– Você não sabe de nada. – Dei as costas pra ele dando alguns passos.

– Aposto que foi a dança do casamento de vocês – Parei me virando novamente para ele – Ela se lembra Damon, mas quer esquecer, porque em vez de força-la a admitir isso, você não tenta faze-la querer lembrar.

– Porque você está me ajudando? – Ele riu baixo pegando uma garrafa de água e um copo, se levantou e entregou para mim.

– Não estou fazendo isso por você, mas pela Elena, ela merece ser feliz, se pode fazer isso, estou do seu lado, mas saiba que eu sempre vou estar mais do lado dela. – Ele se virou.

– Você se apaixonou por ela? – Perguntei e ele se virou colocando a mão nos bolsos.

– Sim, não posso mentir, eu me apaixonei por Elena Gilbert – Ele falou como se fosse natural – Mas ela é apaixonada por você, a maior prova de amor que eu poderia dar a ela, é a chance de ser feliz, e a felicidade dela está em você, Damon, não perca a chance de fazê-la feliz.

– Você sabe que a partir de agora você é meu inimigo numero um? Porque me disse que é apaixonado por ela? – Ele se aproximou de mim.

– Estarmos apaixonados pela mesma garota não nos torna inimigos, talvez se eu tivesse alguma chance, mas no seu caso você tem mais vantagem que qualquer um que se apaixone por ela, porque você já tem o coração dela, ela te entregou a anos atrás, e apesar de você maltrata-lo, ele já pertence a você, posso dizer que a amo o suficiente para perde-la se isso significa a felicidade dela – Ele se aproximou de mim dando alguns tapas no meu ombro – A faça feliz, Damon.

– Eu vou. – Respondi balançando a cabeça.

– Que bom, isso me tranquiliza, mais do que você imagina. – E ele se virou indo para a saída.

Segui o caminho que Elena tinha feito correndo e a encontrei sentada no mesmo lugar que eu estava alguns minutos antes, percebi que ela chorava girando uma flor nos dedos, me aproximei dela lentamente e me sentei ao lado, ela aparentemente não notou minha presença, e continuou chorando.

– Elena? – Chamei baixinho para não assusta-la, mas ainda sim ela tomou um susto secando as lagrimas rapidamente – Me desculpe se eu fui impertinente agora a pouco.

– Oque aconteceu? Porque está se desculpando? – Sua voz estava abafada por causa do choro, estiquei a garrafa e o copo de água que Nathan me deu para ela – Obrigada.

– Seu eu fiz parecer que estava tentando forçá-la a algo, eu sinto muito – Ela assentiu forçando um sorriso, segurei seu rosto secando as ultimas lagrimas com os polegares – Assim está bem melhor.

– Obrigada – Ela esboçou um sorriso, ele pareceu sincero, retribui o sorriso e ela segurou minha mãos – Já pode soltar.

– Claro – Sussurrei tirando minhas mãos de seu rosto – Pelo menos arrasamos na pista.

– Acho que arrasamos a pista, Rebekah dever estar muito brava com você. – Assenti sorrindo.

– Valeu a pena – Pisquei para ela, que com a pouca luz da lua ficava ainda mais linda – Sobre o Andrew...

– Não Damon, por favor, não estrague isso...

– Calma – Pedi dando um mínimo sorriso – Se você diz que não aconteceu nada, nem mesmo um beijo, eu acredito em você, porque eu confio em você.

– Damon eu... – Ela se interrompeu pensativa – Eu preciso te contar algo, só por que acho que nós podemos ter uma relação amigável, e isso provavelmente não vai ser legal, mas tenho que dizer, Damon eu e o...

– Papai! – Bella chamou correndo até mim com o irmão um pouco atrás, Bella sentou no meu colo e Miguel no da Elena – Serviram umas coisinhas de chocolate, tava tão bom pai.

– É? Então pega uns pra mamãe e pro papai. – Elena falou como se tentasse se livrar deles, aquilo estava estranho.

– Eu não! O papai tem pernas pode muito bem ir lá. – Bella falou cruzando os braços.

– Que falta de educação é essa? – Perguntei apertando a bochecha dela – Mas você ta certa, o papai tem pernas, vou lá pegar, você vem Elena?

– Não eu... vou ficar mais um pouco. – Ela falou sem graça abaixando a cabeça.

– Eu fico com você. – Miguel abraçou a mãe enquanto Bella me puxava.

De certa forma eu quis sair dali, porque se o meu novo objetivo era não força-la a nada, não daria se todo o tempo em que conversávamos eu me imaginava beijando ela, respirei fundo agarrando Bella e a pegando no colo, eu precisava me distrair para não voltar e beijar Elena, dizer o quanto ela estava linda, o quanto eu a queria só pra mim, mas algo na conversa com Nathan me fez pensar diferente, talvez esse devesse ter sido meu objetivo o tempo todo, faze-la confiar em mim de novo, recuperar oque eu perdi, recuperar os sentimentos dela antes de tentar recupera-la por inteiro.